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BUNDESLIGA 8×1 LIGA ESPAÑOLA

Após duas contundentes vitórias alemãs sobre os espanhóis, eis o placar parcial da peleja semifinal da UEFA Champions League: 8×1. Vantagem sólida construída em território alemão por FC Bayern e Borussia Dortmund contra FC Barcelona e Real Madrid CF, respectivamente, com maestria, superioridade técnica flagrante e certa dose de polêmica acompanhada por choradeira típica por parte do lado perdedor.

 

fbc-bvbBorussia Dortmund 4×1 Real Madrid CF

Dortmund, Alemanha

Não há a menor dúvida em apontar o nome do polonês Robert Lewandowski como o grande protagonista do duelo semifinal de Dortmund, afinal poucos foram dignos de tamanho feito na história da UCL. Lewandowski junta-se a nomes do quilate de Marco Van Basten, Ruud Van Nistelrooy, Andriy Shevchenko, Mario Gomez, além de Lionel Messi. Atletas que marcaram quatro gols ou mais em partidas da UCL.

Robert Lewandowski
Robert Lewandowski

Contudo, verdade seja dita, o grande nome do pré-jogo entre Borussia Dortmund e Real Madrid não era o atacante polonês, mas Mario Götze. Menos por alguma jogada de classe dentro das quatro linhas executada pelo jovem craque alemão e mais pelo vazamento da transferência do atleta para o Bayern às vésperas do início da decisão semifinal.

Além de balançar as estruturas do mundo da bola germânico, muita coisa estava em jogo na informação.

 Não sem razão, a ideia geral seria de uma torcida levantando-se contra Götze, sugerindo aquela velha história de traição, etc. Tudo isso em momento crucial do time na temporada.

Borussia Dortmund x Real Madrid
Borussia Dortmund x Real Madrid

Nada disso se viu em campo e, para sorte de Jürgen Klopp, Robert Lewandowski assumiu o papel de protagonista da partida na parte ofensiva.

De resto, o que se viu no Signal Iduna Park de Dortmund foi o mesmo jogo moderno do time Klopp, com muita marcação de saída de bola do Madrid e anulação de peças-chave do time de José Mourinho.

Como exemplo, basta recordar de Mario Götze sempre próximo a Xabi Alonso. Nem mesmo a talentosa dupla Luka Modric e Mesut Özil conseguiu faze o jogo madridista fluir.

Impressionante como o jogo desse Real Madrid de José Mourinho não se encaixa na formação da equipe do Dortmund de Jürgen Klopp. Mourinho já foi capaz de reduzir e até mesmo neutralizar o abismo que separava sua equipe da superioridade do Barcelona, mas não achou a fórmula ideal de jogar com eficiência contra o time de amarelo e preto da Alemanha.

Nunca é demais lembrar a fase de grupos da atual edição da UCL. Jogando no Grupo D, ambos os semifinalistas se enfrentaram duas vezes com vitória do Dortmund por 2×1 em Dortmund e empate em Madri por 2×2. Ademais, o gol único marcado por Cristiano Ronaldo nesta quarta-feira em Dortmund foi obra de falha individual de Mats Hummels.

Que os espíritos estejam preparados pelos lados de Dortmund. Muito dão por certa outra transferência para o Bayern, além de Mario Götze: o próprio Robert Lewandowski. Mais uma encomenda de Josep Guardiola?

José Mourinho terá a difícil missão de achar a saída mágica para fazer o jogo do Madrid fluir com o agravante de buscar um placar de 3×0.

Se for de motivação que o Real Madrid necessita, um grande e semelhante momento histórico deve ser resgatado na Copa da Europa 1975-1976 quando os Merengues enfrentaram o Derby County inglês e classificaram-se após derrota inicial por 4×1 na Inglaterra e vitória por 5×1 na Espanha. Dificuldades à parte, por que não sonhar?

 

FC Bayern 4×0 FC Barcelona

Munique, Alemanha

Quando se trata de partida do Barcelona, a curiosidade aguça-se e o primeiro pensamento é verificar as estatísticas, mais precisamente o item “posse de bola”.

Bayern celebra gols de Thomas Müller
Bayern celebra gols de Thomas Müller

Se não foi o primor dos 70% já alcançados em outros momentos, o Barça manteve nada desprezíveis 63% de posse de bola contra os 37% restantes para o Bayern.

Resultado das contas, posse de bola 37%x63% a favor do Barça e placar final 4×0 a favor do Bayern. Pergunta que não quer calar: como pode se um dos segredos do sucesso desta era hegemônica do Barça é exatamente a maior posse de bola em forma de goleada? Resposta clara a esta altura do campeonato: não se trata apenas disso.

O que se viu na Allianz Arena foi o tique-taca de sempre, mas sem efetividade desta vez.

Em defesa do Barcelona, as ausências de Carles Puyol, Javier Mascherano (o substituto imediato), além das condições físicas precárias de Lionel Messi. Toda a responsabilidade defensiva ficou a cargo do jovem Marc Bartra que acabou por ser parcialmente culpado pelo desempenho da equipe. São muitos os problemas para Tito Vilanova na reta final da atual temporada.

Lance do 1º gol do Bayern: preferência pelo lado direito
Lance do 1º gol do Bayern: preferência pelo lado direito

De resto, a imprensa espanhola reclama de três gols supostamente irregulares, apesar de reconhecer a supremacia bávara sobre os catalães. Se houve três lances capitais por um lado, deve-se incluir outras duas possíveis penalidades a favor dos anfitriões por outro.

No primeiro gol, Dante teria feito falta em Daniel Alves. Lance tipicamente marcado no Brasil, nem tanto na Europa. Já no segundo gol, marcado por Mario Gomez, haveria sutil posição fora de jogo do alemão. Para terminar a polêmica, no quarto gol, Thomas Müller teria obstruído Jordi Alba na tentativa de combater Arjen Robben, lance típico do basquete. De resto, Gerard Piqué envolveu-se em toque de braço interpretativo dentro da área, o mesmo acontecendo com Alexis Sánchez.

Lionel Messi: noite para esquecer
Lionel Messi: noite para esquecer

Polêmicas à parte, nada apaga os méritos da vitória do Bayern. Trata-se de equipe com absoluta noção do que faz dentro de campo, curiosamente com tendência de quase sempre inverter o jogo para o lado direito, fortíssimo com a presença do lateral Phillipp Lahm.

A pergunta que fica é a respeito do futuro treinador do Bayern, Josep Guardiola. O que terá a fazer o catalão nessa equipe do Bayern? O trabalho final de Jupp Heynckes é monumental e, continuando as coisas como estão, Guardiola iniciará seu trabalho em alto nível de cobrança.

Quanto ao Barça, terá que repetir atuação de gala que teve contra o Milan nas oitavas de final. Quem sabe sob pressão os catalães ganhem motivação para reeditar os melhores momentos de sua era hegemônica. É aquela velha dificuldade humana: mais difícil que atingir o topo é manter-se por lá.

A INVERSÃO POLAR DO PLANETA FUTEBOL

O mundo está pasmo com as vitórias acachapantes de Bayern e Dortmund diante dos sempre favoritos de tudo e queridinhos de todos, Barcelona e Real Madrid.

“Imaginem uma épica final entre Barça e Madrid”. “Vamos torcer por essa final históóóórica entre os maiores clubes do mundo”. “Barcelona bla bla bla”. “Real Madrid blo blo blo”.

Foram nítidas as variações de felicidade de muitos dos comandantes das transmissões das pelejas. Conforme os alemães entocavam gol atrás de gol nas estelares metas espanholas, menos efusivos eram os discursos, mais lamentos apareciam e até certo apelo ao “tudo é possível” deu para notar.

De fato, em se tratando de futebol, podemos imaginar que o fortíssimo Real Madrid possa marcar 3X0 no Dortmund em Madrid.  Já o hoje menos espetacular Barcelona, que não anda sabendo muito que fazer com sua sempre decantada posse de bola, não nos dá muita margem para acreditar em uma apoteótica virada diante do poderoso Bayern, ainda que no Camp Nou. O Barcelona de histórias recentes até pode dar algum argumento aos tristonhos de ocasião.

Fato é que estamos diante de uma iminente virada de ciclo, uma cada vez mais evidente inversão polar no planeta pelota. E nem falo da troca do futebol espanhol pelo alemão no trono de grande liga planetária. Falo da troca de patamares entre Bayern e Barcelona, estes sim, muito mais do que Dortmund e Madrid, detentores das atuais e justas alcunhas de grandes times do mundo.

No embalo do espanto pelos feitos dos alemães, veio junto a incredulidade do poderio financeiro e de patamar que atingiu o Bayern. Atual campeão alemão com trocentas rodadas de antecedência e em vias de voltar a disputar mais uma final de Champions League, os bávaros foram direto no quintal do rival de Champions e único hoje capaz de lhe fazer alguma frente nas competições nacionais e lhe arrancou, sem choro e nem vela, sua principal estrela.

Na esteira dos quase 40 mi de euros investidos na contratação de Gotze junto ao Dortmund, vieram as incertezas acerca da tão recitada nova realidade da Bundesliga. Um clube que consegue ir ao hoje maior rival e lhe subtrair seu principal jogador tem tudo para transformar a liga tão bem planejada para ser a melhor do mundo em uma verdade de mão única. E neste caso a comparação com o campeonato espanhol perde força, já que lá ainda existe a polarização do Madrid com o Barcelona. Na Alemanha tudo leva a crer que nem isso irá acontecer.

E isso sem mencionar a (má) intenção do Bayern em fazer nova visitinha em Dortmund e levar para casa o autor dos quatro gols que massacraram o Real Madrid. Na perda de Gotze e Lewandowski o Dortmund encolhe diante do fortalecimento latente do Bayern.

No achincalhamento histórico dos 4X0 diante do Barcelona, percebe-se o encolhimento de todo o planeta futebol diante do novo dândi do esporte Rei. E eu nem mencionei Pep Guardiola.

GOMEZ

QUESTÃO DE LÓGICA

Favoritos vencem nas quartas de final da UEFA Champions League com destaque para o Bayern que derrotou a Juventus com autoridade. Os resultados reduzem a competição europeia a confronto entre Espanha e Alemanha e expõem as fragilidades e limitações das equipes italianas, conforme apontou o técnico Antonio Conte.

 

 

Belo mosaico da torcida do Borussia Dortmund
Belo mosaico da torcida do Borussia Dortmund

Juventus FC 0x2 FC Bayern

Turim, Itália

 

Era consenso por parte de todos do lado da Vecchia Signora que a melhor chance de buscar o placar agregado desfavorável em dois gols após a partida de Munique seria anotando um gol rapidamente.

Celebração bávara em Turim
Celebração bávara em Turim

Mas o gol precoce não veio e a Juventus não conseguiu ter desenvoltura ou domínio territorial, características que predominaram por parte do Bayern na 1ª perna da série eliminatória.

Sim, houve aquele momento impetuoso inicial promovido pelos anfitriões, mas nada que pudesse bater os comandados de Jupp Heynckes, recém campeões nacionais.

Para piorar, a Juventus ia a campo sem os suspensos Arturo Vidal e Stephan Lichtsteiner, dando oportunidade para o montenegrino Mirko Vucinic jogar desde o início.

De concreto para a Juve somente uma cobrança de falta batida por Andrea Pirlo com grande defesa de Manuel Neuer.

Na 2ª etapa, o Bayern continuou seu processo de superioridade e finalizou a série com gols de Mario Mandzukic aos 64 minutos e Claudio Pizarro no apagar das luzes.

Classificação inquestionável do Bayern, a equipe que obteve o resultado mais contundente nas quartas de final da UCL. Agora, os bávaros buscam redenção após deixar escapar pelos dedos o título continental no ano passado jogando em casa.

Já pelos lados piemonteses, a derrota da Juventus por 4×0 no placar agregado escancara de vez o momento delicado pelo qual passa o futebol italiano.

Tal é a gravidade da crise italiana que basta relembrar ser a Juventus, recentemente reestruturada após envolvimento em escândalos seguido de rebaixamento, o melhor que a Bota produz em termos futebolísticos na atualidade.

De fato, a Itália não vê nenhum de seus clubes chegarem ao topo desde os idos de 2010 quando a Internazionale de José Mourinho derrotou os poderosos Barcelona e o próprio Bayern na reta final daquela edição do torneio.

Situação calamitosa que motivou o treinador da Juve, Antonio Conte, a fazer declarações fortes no pós-jogo desta quarta-feira. Eis algumas delas:

 

Infelizmente, a situação é esta: não vejo a possibilidade de sucesso na Champions por parte de nenhuma equipe italiana por muitos anos. Criou-se um gap enorme.”

 

“Faz-me rir quando ouço que, com duas ou três contratações, seja possível vencer a Champions. O futebol italiano está parado e isso deve ficar claro para todos. No exterior, eles fazem investimentos e projetos, entre nós fala-se de árbitros e da atriz com a qual algum jogador sai. Quando venci a Champions com Lippi, a equipe de referência era o Ajax que trabalhava com os jovens. Agora, o Ajax não existe: há as superpotências como o Real, Bayern, Barcelona, PSG, equipes que têm um faturamento de 400 milhões. Creio que todos juntos devemos mudar o futebol italiano: e quando digo “todos”, penso em nós, nos clubes, nos torcedores, na mídia, nas instituições. Caso contrário, não se chegará a lugar algum. A última copa foi ganha pela Inter há 3 anos. A última semifinal a quando se remete? Esperamos que a Lazio elimine o Fenerbahce, mas a situação é essa. E é melhor olhar a realidade em vez de pensar em bobagens”.

 

Antonio Conte
Antonio Conte

Antonio Conte colocou o dedo na ferida. Agora, faz-se mister que todos os envolvidos no espetáculo ajam para que o calcio retome os caminhos de seus tempos de glória de outrora. Caso contrário, os italianos continuarão a ver as fases agudas dos torneios europeus de clubes pela televisão.

 

 

FC Barcelona 1×1 Paris Saint Germain FC

Barcelona, Espanha

 

Após empate em 2×2 no Parc des Princes de Paris, o poderoso Barcelona deparar-se-ia com situação inusitada: a ausência do maestro Lionel Messi, além dos desfalques no sistema defensivo como o capitão Carles Puyol.

Chute fulminante de Pedro Rodríguez para marcar
Chute fulminante de Pedro Rodríguez para marcar

Tito Vilanova viu-se obrigado a lançar Cesc Fábregas a campo como fizera no 2º tempo do jogo de Paris. O Barça mostrou-se, até certo ponto, acéfalo, sem referência e, apesar da tradicional posse de bola superior, teve que conviver com oponente atrevido, que buscou atacar os temidos anfitriões. Algo de novo e inusitado se forem resgatados pela memória os desempenhos de outros adversários em condições semelhantes.

Boas atuações de Ezequiel Lavezzi, Lucas Moura e Javier Pastore, além de Zlatan Ibrahimovic efetuar a função de pivô em diversas ocasiões.

Lucas Moura marcado por Gerard Piqué e Jordí Alba
Lucas Moura marcado por Gerard Piqué e Jordí Alba

E foi com Javier Pastore que surgiu o gol do PSG em rápido contra-ataque após assistência de Ibrahimovic aos 50 minutos de jogo. Início auspicioso de 2º tempo para os visitantes.

Gol que obrigou Tito Vilanova a lançar Messi no jogo, ainda que em condições físicas precárias devido à contusão surgida em Paris.

Leo Messi não estava no melhor da forma, mas fez o suficiente para participar de forma importante no gol da classificação do Barcelona. Em troca de passes na região da área parisiense, Messi achou Pedro Rodríguez que fuzilou chute no canto do goleiro Salvatorte Sirigu.

Lionel Messi teve que entrar em campo sem condições para resolver
Lionel Messi teve que entrar em campo sem condições para resolver

No final, classificação do Barcelona, justa sim, mas com maiores dificuldades que em ocasiões anteriores.

Viu-se na equipe eliminada do PSG nítida evolução em comparação ao início da temporada atual. Méritos para o experiente treinador Carlo Ancelotti que está transformando um amontoado de grandes nomes em time de verdade. O PSG é time para vencer futuramente. Agora, cabe aos parisienses confirmarem o favoritismo no âmbito doméstico ganhando a Ligue 1.

 

 

Galatasaray AS 3×2 Real Madrid CF

Istambul, Turquia

 

Com folgado placar agregado de 3×0 a seu favor, o Real Madrid aparentemente finalizou a série contra o Galatasaray quando o artilheiro da UCL, Cristiano Ronaldo, marcou logo aos 7 minutos de jogo.

Galatasaray 3x2 Real Madrid
Galatasaray 3×2 Real Madrid

Entretanto, como diria mais tarde o técnico José Mourinho, o Real Madrid enfrentou não somente 11 jogadores do Galatasaray, mas 50 mil, referindo-se aos torcedores mais que fanáticos do clube turco.

O Madrid ainda levaria o 1º tempo a banho-maria, mas sentiria a força dos fãs na etapa final, sem mencionar toda a habilidade de alguns dos mais experientes jogadores do time anfitrião colocada em ação.

Três belos gols fizeram o quase impossível que foi recolocar o Galatasaray na disputa pela vaga semifinal.

Aos 58 minutos, o marfinês e ex-Arsenal Emmanuel Eboue finalizou verdadeiro míssil no gol de Diego López.

O momento de pico de pressão dos anfitriões viria entre os minutos 25 e 30 da etapa final com dois belíssimos gols de Didier Drogba e Wesley Snijder.

José Mourinho e Fatih Terim
José Mourinho e Fatih Terim

A dois gols de conseguir uma classificação histórica e presenciar verdadeiro fiasco das mesmas proporções, José Mourinho necessitou mexer para fortalecer a defesa. Para tal utilizou-se dos serviços de Raúl Albiol.

Daí em diante, o Madrid voltou a controlar o adversário e concluiu a disputa com novo gol de Cristiano Ronaldo nos acréscimos.

O craque português torna-se artilheiro isolado da edição atual da Champions com 11 gols.

O Real Madrid segue adiante com méritos, mas o Galatasaray do técnico Fatih Terim mostrou que não se deve desistir nunca.

 

 

Borussia Dortmund 3×2 Málaga CF

Dortmund, Alemanha

 

Após o 0x0 de Málaga com muitas chances desperdiçadas e evitadas pelo goleiro Willy Caballero, as expectativas eram de que o Dortmund concluiria seu trabalho com mais facilidade na Alemanha.

Momento de joia do Dortmund com gol final
Momento de joia do Dortmund com gol final

Errado, tudo mostrou-se diferente do esperado quando Júlio Baptista encontrou Joaquín Sánchez que abriu o placar.

A partir daí, qualquer empate significaria eliminação para os alemães.

A apreensão tomou conta do Signal Iduna Park e os fãs gritaram gol somente aos 40 minutos com Robert Lewandowski após assistência soberba de letra de Marco Reus.

bvb 3-2 mcfNo 2º tempo, a equipe espanhola manteve sua magnífica disciplina tática ao forçar os anfitriões a efetuar lançamentos de longa distância ineficazes. Quando o sistema defensivo não dava conta do recado, Caballero, em nova atuação de gala, resolvia a questão com grandes defesas.

As esperanças iam-se em Dortmund quando Eliseu, em posição fora de jogo, concluiu a gol. Desatenção do Málaga no posicionamento de seu atacante que poderia ter sido evitada. Para sorte do time espanhol, a arbitragem confirmou o gol.

Offside 1: Eliseu à frente da linha da bola
Offside 1: Eliseu à frente da linha da bola

A virada fantástica do time do técnico Jürgen Klopp chegaria nos acréscimos.

Martín Demichelis fazia partida perfeita até os 90 minutos de jogo quando errou o tempo de bola e não interceptou lançamento de longa distância pelo alto. Marco Reus empatou. Resultado que ainda classificava o Málaga.

Gol mal confirmado para um lado, gol mal confirmado para o outro lado.

Cruzamento da esquerda para a área com toda a linha de ataque Schwarzgelben em posição fora de jogo. A jogada prossegue com Felipe Santana empurrando a bola a gol. Delírio final em Dortmund com a classificação impossível alcançada.

Offside 2: todo o ataque do Borussia à frente da defesa do Málaga no cruzamento que originou o terceiro gol
Offside 2: todo o ataque do Borussia à frente da defesa do Málaga no cruzamento que originou o terceiro gol

Manuel Pellegrini diria que a arbitragem do escocês Craig Thompson ignorou qualquer lance faltoso após o segundo gol dos anfitriões. A imprensa espanhola tomou as dores do clube malaguenho, tendo como maior reclamação os impedimentos do terceiro gol do Borussia Dortmund, mas, fato é que dois gols foram irregulares, um para cada lado.

Mais um passo dado pelo treinador Jürgen Klopp e sua equipe rumo ao engrandecimento continental do clube.

As semifinais serão definidas por sorteio na próxima sexta-feira (12/4).

Será o confronto entre duas filosofias: a Liga Española, capaz de produzir verdadeiro futebol vencedor com uma infinidade de talentos atuando na própria Espanha ou na Inglaterra, mas que precisa resolver a questão do abismo financeiro e técnico atual existente entre a dupla Real Madrid-Barcelona e o restante dos clubes. Ainda que os clubes espanhóis estejam fazendo bela figura nas competições europeias, o campeonato nacional beira a monotonia em termos de disputa de título, quase sempre relegado à poderosa dupla. E a Bundesliga, que rivaliza com a Premier League inglesa o posto de melhor do mundo, tendo verdadeira estrutura à moda alemã de disciplina e eficiência na sua organização que se baseia em rigor administrativo, onde qualquer loucura financeira não é permitida e vivendo muito bem sem nenhuma espécie de mecenato estrangeiro.

Quem vencerá o duelo?

ERROS E FATALIDADES

Duas grandes partidas repletas de grandes astros abriram as quartas de final da UEFA Champions League com destaque para erros e acasos determinantes em ambos os resultados finais.

 

 

Gianluigi Buffon: um dos vilões da derrota da Juventus frente ao Bayern
Gianluigi Buffon: um dos vilões da derrota da Juventus frente ao Bayern

Paris Saint Germain FC  2×2 FC Barcelona

Paris, França

Em verdadeiro desfile de craques no Estádio Parc des Princes, PSG e Barcelona fizeram uma das melhores partidas da temporada com ingredientes técnicos, táticos e individuais agradáveis para toda espécie de fã de futebol. O confronto do time montado à custa de muito dinheiro contra a equipe formada na base.

Lionel Messi, David Beckham e Lucas Moura (atrás)
Lionel Messi, David Beckham e Lucas Moura (atrás)

O técnico Carlo Ancelotti iniciaria a noite de surpresas com escalação relativamente surpreendente, dado o peso do adversário, ao abrir mão de Marco Verratti como marcador e promoção de David Beckham para povoar o meio de campo que contaria ainda com Blaise Matuidi e Javier Pastore, além de Lucas Moura.

Duelo de titãs: Lionel Messi marcado por Thiago Silva
Duelo de titãs: Lionel Messi marcado por Thiago Silva

No Barcelona, a grata novidade ficava por conta do retorno de Tito Vilanova ao banco blaugrana após temporada estadunidense de tratamento de saúde.

Messi conclui a gol antes de se contundir
Messi conclui a gol antes de se contundir

E, de fato, viu-se 1º tempo eletrizante em Paris com a equipe local impondo-se sobre os temidos visitantes em diversas ocasiões.

O PSG criaria situações de ouro com Ezequiel Lavezzi e Zlatan Ibrahimovic.

Daniel Alves: grande atuação em Paris
Daniel Alves: grande atuação em Paris

A defesa do Barça, em momentos pouco habituais, ver-se-ia em dificuldades em tentar parar o jovem e habilidoso Lucas Moura que mostraria grande utilidade ao esquema de Ancelotti ao jogar um pouco mais recuado em comparação aos tempos de São Paulo FC e mesmo em outras partidas do PSG neste ano. Recuo estratégico que foi demonstrado com ótimo contra-ataque puxado pelo brasileiro que resultou em assistência a Ibra chutando para fora.

Zlatan Ibrahimovic em posição fora de jogo no momento do cabeceio de Thiago Silva
Zlatan Ibrahimovic em posição fora de jogo no momento do cabeceio de Thiago Silva

Ibra é sempre útil em qualquer equipe. Não foi diferente dessa vez, mas o sueco mostrava-se um pouco lento nos reflexos frente a seus marcadores em alguns momentos.

Pelo lado do Barcelona, os cérebros e artistas do time eram todos muito bem vigiados pelo sistema defensivo parisiense. O destaque ficaria por conta dos duelos “mano a mano” entre Lionel Messi e Thiago Silva. Contudo, era algo que permitia boa liberdade para o lateral Daniel Alves atuar.

David Beckham
David Beckham

E foi com ele que surgiria o gol inaugural através de belíssimo lançamento para Messi, que se encontrava livre pela esquerda, para concluir na saída de Salvatore Sirigu. Barcelona na frente. Verdadeiro castigo para os anfitriões.

No 2º tempo, a partida perdeu em ritmo e intensidade. E perdeu mais com a saída de Lionel Messi lesionado. Sua presença no jogo de Barcelona é ainda incerta.

 

Momento do contato: Alexis Sanchez e Salvatore Sirigu
Momento do contato: Alexis Sanchez e Salvatore Sirigu

Mesmo sem Messi, o Barça imporia seu jogo, à base do “tiqui-taca”, com boas chances de ampliar o placar com Sergio Busquets, Xavi e Daniel Alves.

Somente no quarto final da partida, o PSG voltou a acelerar o ritmo.

O esforço dos locais seria premiado aos 79 minutos, mas de forma irregular, após cabeceio de Thiago Silva na trave e rebote para Ibrahimovic concluir em posição fora de jogo. Erro da arbitragem comandada pelo alemão Wolfgang Stark.

Victor Valdéz não conseguiu evitar o empate od PSG
Victor Valdéz não conseguiu evitar o empate od PSG

Aos 89 minutos, assistência fantástica de Cesc Fábregas para Alexis Sanchez penetrar na área, cavar e sofrer penalidade em precipitação do goleiro Sirigu. A reclamação dos parisienses foi intensa. Sanchez teria se jogado, mas o contato aconteceu.

Xavi fez 1×2 para o Barcelona e verdadeira onda de desânimo se abateu sobre os anfitriões. Tanto esforço para nada.

Aí, mais uma vez o destino entraria em ação, aos 93 minutos desta vez.

O árbitro Wolfgang Stark
O árbitro Wolfgang Stark

Assistência de cabeça de Ibrahimovic para Blaise Matuidi chutar bola que teve trajetória levemente desviada, o suficiente para enganar Victor Valdéz e entrar.

Empate final em 2×2 que mantém a disputa em aberto, ainda que com favoritismo para o Barcelona em sua casa.

Resultado fortemente influenciado por erros da arbitragem, do goleiro Sirigu ao não se furtar na tentativa bem sucedida de Alexis Sanchez cavar a penalidade, além das fatalidades em lesão de Lionel Messi e no chute final desviado de Matuidi.

 

 

FC Bayern 2×0 Juventus FC

Munique, Alemanha

 

Eis a partida decisiva onde mais se esperava equilíbrio e onde mais se viu predomínio de um time sobre o outro.

Thomas Müller marca o segundo gol do Bayern na Allianz Arena
Thomas Müller marca o segundo gol do Bayern na Allianz Arena

As coisas ficariam claras desde o início que não seria dia para os visitantes da Juventus, ocorrendo o inversamente proporcional para os locais do Bayern.

Após goleada histórica de 9×2 sobre o Hamburgo pela Bundesliga e enormes perspectivas de conquista do título nacional alemão de forma antecipada no próximo final de semana, a atmosfera não poderia ser mais favorável para os bávaros, certo?

Errado, poderia ser e foi ainda melhor!

David Alaba
David Alaba

Logo aos 25 segundos de jogo, Andrea Pirlo erraria passe, a posse de bola seria recuperada por Bastian Schweinsteiger que tocaria para o austríaco David Alaba arriscar de longe, a trajetória sofreria desvio em Arturo Vidal e entraria, fora de alcance para Gianluigi Buffon.

Franck Ribéry
Franck Ribéry

Prenúncio de noite perfeita para o Bayern e jornada infeliz para a Juventus.

Tudo estava tão favorável ao time da Baviera que, inclusive na adversidade, tudo acabou dando certo.

Aos 16 minutos de jogo, Toni Kroos deixa a partida lesionado, abrindo espaço para a entrada de Arjen Robben que teria participação muito positiva no domínio territorial dos anfitriões ao longo de toda a partida.

As ações foram todas controladas pelo Bayern na 1ª etapa, a ponto da Juve terminá-la sem finalizações a gol.

No 2º tempo, o quadro não seria muito diferente e o 2º gol surgiria em lance de erros de arbitragem e do consagrado goleiro Buffon.

Mario Mandzukic fora de jogo após chute de Luiz Gustavo e rebote concedido por Gianluigi Buffon
Mario Mandzukic fora de jogo após chute de Luiz Gustavo e rebote concedido por Gianluigi Buffon

Luiz Gustavo arriscou de longe contra o já desacreditado guarda-rede italiano àquela altura da partida, Buffon não agarrou a bola, concedendo rebote que teve a sobra de Mario Mandzukic, em posição fora de jogo, para tocar para Thomas Müller concluir.

Falha da arbitragem que não tirou o mérito da vitória alemã sobre uma Juventus que sequer teve ânimo para reclamar dada a fraca atuação da equipe.

Caberá à Juve buscar o déficit no placar agregado em Turim contra a fortíssima equipe de Jupp Heinckes. Trabalho para Antonio Conte montar sua estratégia não faltará.

RELEMBRANDO ROMÁRIO

Neste dia de aniversário natalício de Romário de Souza Faria, nada como recordar algumas obras primas de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro e mundial.

Barcelona 5×3 Atlético Madrid (11-3-1994)

Nos idos de 1994, Romário andava pelos lados da Catalunha a desfilar sua arte pelo FC Barcelona do técnico holandês e também legenda do futebol Johan Cruijff.

Protótipo do atual Barcelona montado por Josep Guardiola e atualmente dirigido por Tito Vilanova, o Barça de 20 anos atrás era uma equipe de busca incessante pela perfeição no passe. Não à toa que Guardiola era peça importante naquele Barça de Cruijff.

E foi exatamente de Guardiola que surgiu o passe para o aniversariante do dia Romário fazer esse golaço contra o Atlético Madrid na vitória de 5×3 dos catalães no dia 11 de março daquele mesmo 1994 em partida tensa que o próprio Romário classificaria como uma das mais importantes de sua carreira. Relembre o gol.

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