É inegável que as maiores expectativas em torno de atuações individuais nesta Copa se dão em torno de Neymar, Messi e CR7. Como já destaquei em textos recentes, Alemanha, Espanha e Holanda possuem equipes excelentes, mas não contam com um “fora de série” e apostam suas fichas na força de seus conjuntos.
Na estreia brasileira Neymar não foi brilhante, mas quando precisou mostrar seu talento, ele não decepcionou. A mesma coisa aconteceu com a Argentina de Messi. Se o ex melhor do mundo não encheu os olhos com sua atuação, lhe bastou apenas um momento de brilho pra encaminhar a vitória hermana na estreia.
Neymar tem o suporte de uma equipe mais coesa que a Argentina de Messi, mas com um poderio ofensivo evidentemente inferior. Ambos carregam seus pesos nos ombros, sendo Neymar a de conduzir os donos da casa ao título, ainda que com apenas 21 anos de idade, em sua primeira Copa. Já Messi chega para a sua terceira Copa, mas a primeira onde claramente os olhos do mundo aguardam ansiosamente uma atuação a altura do que ele já cansou de fazer pelo Barcelona. A Copa de 2014 está para Messi como a de 2006 esteve para Ronaldinho Gaucho. Lá o brasileiro naufragou junto do insosso time de Parreira.
Neymar em um jogo de Copa tem 2 gols, Messi em 3 Copas chegou ao mesmo número. Isso não quer dizer nada, mas aponta a indigesta situação a qual Messi terá que conviver.
A situação de Cristiano Ronaldo é claramente mais complexa. O melhor do mundo atua por uma seleção que não lhe dá, nem de longe, condições de sonhar com o título. Ainda assim a cobrança lhe chega como se assim fosse.
Sua estreia, no entanto, não pode ser considerada decepcionante. Visivelmente fora das melhores condições físicas, até que começou bem o jogo diante da favorita de muitos, a Alemanha. Buscou jogo e encontrou certa esperança na postura inicial ofensiva da seleção portuguesa. Mas o gol em um pênalti – que pra mim não foi – seguido da expulsão do destemperado Pepe, além das lesões de Hugo Almeida e Coentrão, minaram as parcas esperanças do Bigode. CR7 sucumbiu, a Alemanha impôs o seu ritmo forte e não venceu por mias por que tirou o pé no segundo tempo.
Neymar e Messi seguem suas vidas “tranquilas” na primeira fase, diante de adversários do escalão intermediário da bola, enquanto CR7 terá que juntar os cacos portugueses e, mesmo contra seleções também inferiores a sua, lutar contra a maré negativa, o forte revés da estreia, além da má vontade de muitos.
A mesma má vontade que certamente terão que conviver Neymar e Messi, dependendo dos papéis de suas seleções na continuação do mundial.