Eis o emparelhamento dos jogos das quartas de final da UEFA Champions League 2015-2016 a serem disputados em 5, 6, 12 e 13 de abril próximos.
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QUANDO BRILHA A ESTRELA DE JOSÉ MOURINHO
Com gol tardio de Demba Ba, o Chelsea conquista classificação dramática para as semifinais da UEFA Champions League frente ao Paris Saint-Germain em Stamford Bridge e José Mourinho mostra à Europa toda sua competência e toda sua estrela graças aos gols anotados por jogadores provenientes do banco de reservas e promovidos à partida pelo treinador português.
Chelsea FC 2×0 Paris Saint-Germain FC
Londres, Inglaterra
Sim, ele pode ser, para muitos, detentor de ar blasé, esnobe, superior, como queiram seus críticos, mas fato é que José Mário dos Santos Mourinho Félix, natural de Setúbal, conhecido pela alcunha The Special One (“O Especial”), faz a diferença no banco de reservas de qualquer equipe, até mesmo no Real Madrid onde o clima no vestiário esteve em verdadeiro pé de guerra, afinal o Madrid de Mourinho teve a indigesta missão de encarar o avassalador Barcelona de Josep Guardiola no auge e era a equipe que melhor o enfrentava entre todos os adversários.
E, na última terça-feira, não foi diferente em Londres.
Sim, o Chelsea lutava contra todas as possibilidades em casa. O placar agregado indicava 1×3 para o Paris Saint-Germain construído com justiça em Paris, o elenco do time francês era melhor para muitos analistas e, de quebra, o principal jogador da equipe na temporada, o belga (sim, mais um belga bom de bola na conta) Eden Hazard, sairia da peleja lesionado.
Mas, eis que a solução surge do banco de reservas.
Primeiramente, o alemão André Schurrle. Contratado junto ao Bayer Leverkusen, Schurrle, substituto de Hazard, aproveitou bola da direita para bater e marcar aos 32 minutos. Funcionava, assim, o primeiro improviso de Mourinho.
Faltava um gol para os Blues alcançarem a classificação e José Mourinho arriscou tudo ao sacar o ícone meio campista Frank Lampard, que saiu com cara de poucos amigos, e promover a entrada do pouco aproveitado atacante senegalês Demba Ba.
Caras feias à parte, a recompensa para o treinador português viria aos 87 minutos de jogo quando, após chute mascado do espanhol César Azpilicuelta, Demba Ba empurra, desajeitado, para o gol de Salvatore Sirigu.
Era a classificação que chegava em Stamford Bridge de forma dramática.
Contudo, a partida ainda deveria prosseguir e José Mourinho aproveitou a comoção dos jogadores próximos ao córner para dar verdadeiro pique e começar a passar instruções finais, afinal, dali em diante, o time deveria se defender e, com a saída de Lampard e a entrada de Ba, o meio de campo estava totalmente despovoado.
Vitória e classificação parcialmente inesperadas em Londres para os anfitriões.
Pelos lados do PSG, eis o tipo de derrota de feridas profundas que levam tempo para cicatrizar. O lado francês teve como atenuante pela eliminação a ausência de Zlatan Ibrahimovic, contundido, verdadeiro desfalque de peso. Bom somente para o brasileiro Lucas Moura que voltou a ter oportunidade com Laurent Blanc. Mas, se a dor é forte, é através dela que o jovem clube francês, nascido apenas em 1970, terá mais tarimba e sabedoria para enfrentar futuros desafios semelhantes. Resta saber se os acionistas catarianos do clube terão paciência.
BVB Borussia Dortmund 2×0 Real Madrid CF
Dortmund, Alemanha
Se o PSG não teve Ibra, o Real Madrid não teve Cristiano Ronaldo, pelo menos em campo, já que o técnico merengue Carlo Ancelotti fez questão de deixar o astro português no banco de reservas apesar de lesionado.
Mas, o Madrid teve melhor sorte que o PSG e, apesar de 1º tempo ruim, garantiu-se na semifinal da UCL com derrota por 2×0 e vitória no placar agregado por 3×2.
Na verdade, os visitantes poderiam já ter definido a classificação aos 17 minutos de jogo quando Angel di Maria perdeu penalidade ao escorregar no arranque e bater mal para defesa de Roman Weidenfeller.
Em seguida, o festival de erros madridistas continuou com péssimos passes de Asier Illarramendi e Kléper Pepe que resultaram em dois gols de Marco Reus.
Por bons momentos da partida, o enfraquecido Dortmund tentou reeditar aquela equipe da temporada passada que atropelou o próprio Real Madrid e consagrou o técnico Jürgen Klopp, hoje tendo seu nome vinculado a especulações para dirigir outras equipes europeias na próxima temporada.
No final, classificação do Real Madrid que continua a sonhar com a décima Champions League.
FUGINDO DO CERCO
A jogada era pela direita do ataque do Paris Saint-Germain. O argentino Javier Pastore detinha a posse de bola, porém estava cercado por três defensores do Chelsea.
Pois, quando menos se esperava que o meia do PSG pudesse livrar-se da armadilha defensiva do time inglês no setor, eis que surgem dois dribles desconcertantes e o chute rasteiro e diagonal ao gol de Petr Chech.
Belo gol que garantiu os 3×1 finais a favor do PSG em Paris dando um pouco de alívio para o time francês na partida de volta em Londres.
Veja o gol.
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CRAQUES RECORDISTAS
Final de semana de quebra de recordes no futebol europeu com Lionel Messi e Zlatan Ibrahimovic.
Em partida válida pela Liga, o Barcelona, que vinha de atuações contestadas pela torcida, recebeu e goleou o Osasuna por 7×0 com hat trick de Lionel Messi. Algo que não inspiraria grande sentimento de novidade em se tratando do supercraque argentino não fosse o novo recorde pulverizado: o de maior artilheiro do Barça em todos os tempos, somando jogos oficiais e amistosos.
Leo Messi atinge com a tripleta anotada no Camp Nou o número de 371 gols com a camisa do Barcelona e ultrapassa o filipino Paulino Alcántara que possui 369 tentos nos longínquos períodos 1912-1916 e 1918-1927.
O argentino parece melhorar sempre mais com o tempo.
Confira a lista dos maiores artilheiros históricos do Barcelona entre jogos oficiais e amistosos, os números de Messi distribuídos por competição e, em seguida, os gols históricos contra o Osasuna.
Posição | Jogador | Nacionalidade | Gols | Tempo de atuação no clube |
1) | Lionel Messi | Argentina | 371 | 2004- |
2) | Paulino Alcântara | Filipinas | 369 | 1912-1916 e 1918-1927 |
3) | Josep Samitier | Espanha | 333 | 1919-1932 |
4) | César Rodríguez | Espanha | 301 | 1942-1955 |
5) | Lázló Kubala | Hungria | 280 | 1950-1961 |
Lionel Messi no Barcelona | 371 gols |
Liga Espanhola | 233 |
UEFA Champions League | 67 |
Copa do Rei | 29 |
Supercopa da Espanha | 10 |
Supercopa da UEFA | 1 |
Mundial de clubes da FIFA | 4 |
Amistosos | 27 |
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Mais modesto, ainda assim marcante, o sueco Zlatan Ibrahimovic marcou ambos os gols do Paris Saint Germain na vitória por 2×0 sobre o Saint Etienne. Gols que alçaram o atacante à condição de maior artilheiro da história do PSG em uma temporada, somando todas as competições, com 40 gols na época atual (2013-2014).
Ibra superou o argentino Carlos Bianchi, atual técnico do Boca Juniors, que marcou 39 gols na temporada 1977-1978.
Confira os gols de Zlatan Ibrahimovic contra o Saint Etienne pela Ligue 1.
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QUASE LÁ
Barcelona e, principalmente, Paris Saint Germain saíram-se quase que classificados da rodada inaugural de ida das oitavas de final da UEFA Champions League e mostram, além de força própria, enorme defasagem técnica do Bayer Leverkusen e, especialmente, falta de tradição internacional do Manchester City.
Bayer 04 Leverkusen 0x4 Paris Saint Germain FC
Lveverkusen, Alemanha
Com grandes atuações do francês Blaise Matuidi e do sueco Zlatan Ibrahimovic, o PSG praticamente finalizou a série eliminatória contra os alemães do Leverkusen ao impor goleada de 0x4 como visitante.
Desde o início, tudo parecia destinado ao êxito francês quando Matuidi abriu o placar logo aos 2 minutos após assistência de Marco Verratti.
Mais tarde, em apenas três minutos de disputa, a questão foi definida a favor dos visitantes com dois gols de Ibrahimovic (de pênalti aos 38 e belo gol aos 41 minutos).
Edinson Cavani foi a grande ausência devido a lesão, abrindo novamente espaço para Lucas Moura que teve boa atuação.
O astro Ibrahimovic atingiu a marca de 10 gols na competição em apenas 6 partidas e é o artilheiro.
Manchester City FC 0x2 FC Barcelona
Manchester, Inglaterra
A cada nova edição da UCL as expectativas se renovam a respeito do Manchester City. Será dessa vez que os fortes competidores ingleses proporcionarão grandes espetáculos em termos de competitividade no cenário europeu?
Mais uma vez, aquela sensação de frustração parece ficar no ar para todos os fãs.
Ao receber o consagrado Barcelona em seu Etihad Stadium, a atmosfera de expectativa criada era enorme. Não à toa. O Manchester City vinha de resultados recentes avassaladores na badalada English Premier League. O pensamento óbvio predominante era de que o todo poderoso Barça teria finalmente pela frente alguém com poder de fogo de agredi-lo com força.
Mas o que se viu foi um Barcelona dominante, dando-se ao luxo de reeditar seus grandes momentos tiqui-taca de outrora e com Lionel Messi decisivo como todo grande craque deve ser.
Em lance capital da partida, repleto de dúvidas de arbitragem pelo alto de nível de dificuldade, Martín DeMichelis, na incumbência de marcar Messi, cometeu falta que o árbitro sueco Jonas Eriksson entendeu ter sido dentro da área. Penalidade convertida pelo supercraque que bateu colocado no centro do gol, enganando Joe Hart. Eriksson, de quebra, mostraria cartão vermelho para DeMichelis. Momento decisivo da partida, de argentino para argentino.
Se o Barça já demonstrava superioridade, a supremacia tornou-se flagrante contra os Citizens reduzidos a dez homens.
Neymar Jr. entrou aos 28 minutos do 2º tempo e, já aos 90 minutos de jogo, tabelou com Daniel Alves para o lateral concluir a gol e determinar enorme vantagem no placar agregado.
Tudo nas mãos do Barcelona e missão mais que inglória para o Manchester City.