Diante de um público de 76 mil pessoas no Estádio Olímpico de Berlim, o Bayern conquista o título nacional alemão com sete rodadas de antecedência na atual edição da Bundesliga ao bater o Hertha por 1×3.
Sem a menor dificuldade, o time bávaro iniciou os trabalhos logo aos 6 minutos com gol de Toni Kroos após jogada de Thomas Müller pela direita. Logo mais, aos 14 minutos, Mario Götze ampliou de cabeça através de cruzamento de Bastian Schweinsteiger. Com a partida e o campeonato definidos, os gols finais vieram somente na etapa final com a cobrança de penalidade por parte de Ádrian Ramos, reduzindo para os anfitriões, e Franck Ribéry após lançamento de Mario Götze.
Festa definitiva para o Super Bayern, agora de Josep Guardiola, que reuniu a ótima variação de jogadas do time montado por Jupp Heynckes, juntamente com a obsessão pela posse de bola do treinador catalão.
Além da superioridade crescente do time de Munique, o 24º título alemão veio com maior facilidade devido ao enfraquecimento do principal rival dos últimos anos, o Borussia Dortmund, que além de ter perdido um de seus maiores astros, Mario Götze, para o próprio Bayern, enfrentou temporada repleta de lesões, sobretudo entre os jogadores do sistema defensivo. Algo que transformou o trabalho do técnico Jürgen Klopp em verdadeira missão inglória.
Agora o Bayern terá total tranquilidade para se concentrar na busca do sexto título da UEFA Champions League. E concentração será necessária para os comandados de Guardiola, já que a concorrência promete ser forte, especialmente por parte de Real Madrid, Barcelona e Chelsea.
Os anfitriões Arsenal e Milan até que tentaram, mas sucumbiram em seus erros e limitações frente a Bayern e Atlético Madrid, respectivamente, no segundo dia de disputa dos jogos de ida das oitavas de final da UEFA Champions League. Se em Milão ainda houve algum reconhecimento pelo esforço milanista, em Londres, o alemão Mesut Özil foi eleito o grande vilão da noite.
AC Milan 0x1 Club Atlético de Madrid
Milão, Itália
Mais uma vez o Atlético Madrid de Diego Simeone mostrou eficiência e força e obteve grande resultado em Milão frente ao local Milan que permanece repleto de dificuldades na atual temporada.
Até que o time rossonero esforçou-se para superar as limitações técnicas. Aos 15 minutos, Ricardo Kaká acertou a trave do goleiro belga Thibaut Courtois e, logo em seguida, Andrea Poli perdeu grande oportunidade. Kaká perderia nova chance e Mario Balotelli concluiria para longe da meta a última oportunidade milanista da etapa inicial.
Para o 2º tempo, o técnico Diego Simeone teve o mérito de renovar a confiança do Atleti e, ainda que o reinício melhor dos anfitriões, aos poucos, começou a controlar as ações.
Diego Costa mostraria o motivo da grande temporada pessoal ao tentar jogada acrobática conclusiva para fora do gol.
No quarto final do jogo, o controle já era espanhol e, em cobrança de escanteio, Ignazio Abate desviaria a bola de cabeça para a área que caiu na direção do bem colocado e desmarcado Diego Costa para concluir também de cabeça, sem chance para Christian Abbiati.
Ao final, o Milan teve chance única de empate com chute poderoso de Adil Rami que passou rasteiro e próximo à trave.
Vitória do eficiente Atlético Madrid de Diego Simeone que foi definido na Itália como “Rei do Oportunismo”. Poucas chances restam ao limitado Milan, apesar do otimismo de Clarence Seedorf.
Apesar do bom futebol, sobretudo na etapa inicial, parece ficar evidente que o problema do Milan não era o treinador Massimiliano Allegri.
Arsenal FC 0x2 FC Bayern
Londres, Inglaterra
Partida repleta de emoções no Emirates Stadium de Londres com duas penalidades não convertidas, porém decisivas para os rumos do placar.
Jack Wilshere lançou Mesut Özil que foi derrubado pelo companheiro de Seleção Alemã, Jerome Boateng. O próprio Özil cobrou e Manuel Neuer defendeu sem grande esforço. Cobrança ruim do alemão do Arsenal que serviu para elevar o tom das críticas em relação a seu desempenho e condições técnicas e físicas na equipe inglesa.
Mais adiante, outra penalidade, agora cometida pelo goleiro polonês Wojciech Szczesny sobre Arjen Robben. Lance que fez com que o árbitro italiano Nicola Rizzoli expulsasse o arqueiro Gunner, tornando a partida quase invencível para os anfitriões com dez homens em campo. David Alaba perderia a oportunidade de converter.
Na 2ª etapa, o Arsenal apenas viu os comandados de Josep Guardiola tocarem a bola e tramarem as ações.
Tamanha posse de bola transformou-se em gol aos 53 minutos com potente e preciso chute de Toni Kroos.
Ao final, os atuais campeões europeus e mundiais tornariam a situação do Arsenal ainda pior com gol de Thomas Muller aos 87 minutos.
Tal foi o êxito bávaro que Guardiola deu-se ao luxo de manter importantes jogadores como Bastian Schweinsteiger no banco de reservas.
Já no pós-jogo, o técnico do Arsenal, Arsene Wenger, afirmaria que a arbitragem “matou o jogo”, referindo-se à expulsão de Szczesny. Contudo, Wenger também teve que dar explicações sobre a escalação do jovem atacante francês Yaya Sanogo (22 anos) ao lado de Alex Oxlade-Chamberlain em detrimento do mais experiente Olivier Giroud. De fato, Sanogo teve atuação apagada e as críticas em Londres também foram direcionadas à decisão do comando técnico.
Agora os Gunners agarram-se à vitória por 0x2 obtida em Munique na edição passada da UCL como forma de manter acesa a chama da esperança de classificação às quartas de final, porém a questão é saber se o Bayern concederá novamente tal brecha para tão grande desespero de causa.
E não poderia ser diferente para alegria de todos os fãs do futebol: as seleções tradicionais e favoritas começam a atingir a qualificação para a Copa do Mundo do Brasil em 2014.
As duas datas FIFA sequenciais do calendário internacional do futebol foram utilizadas pelas federações continentais realizarem mais duas etapas no processo de apuramento dos qualificados para disputarem o Mundial.
Nesse ínterim, nunca é demais ressaltar o óbvio: datas FIFA foram criadas para que as seleções nacionais atuem e seleções nacionais utilizam-se de jogadores dos clubes. Algo que inviabiliza a atividade dos próprios. Traduzindo: no mundo coerente, em datas FIFA, seleções jogam e clubes não. Contudo, parece que o Brasil não aprendeu a lição.
Pelas eliminatórias da UEFA, Grupo B, a Itália confirmou nova vinda ao Brasil (após a Copa das Confederações) ao bater a Bulgária por 1×0 em Palermo com gol de Alberto Gilardino e, em seguida, derrotar de virada a República Tcheca por 2×1 no Juventus Stadium de Turim graças ao artilheiro Mario Balotelli.
Que venham toda a força e tradição da Azzurra tetracampeã, especialmente com a presença do showman Mario Balotelli, além da categoria de Andrea Pirlo.
Já a briga pela segunda posição, que dá direito a disputa de repescagem, está embolada entre Bulgária, Dinamarca, República Tcheca e Armênia.
No Grupo D, a Holanda não precisou fazer muito para fechar sua ida ao Brasil. Primeiramente, foi a Tallinn e empatou com a anfitriã Estônia em 2×2 com gols de Arjen Robben e Robin Van Persie. Na sequência, foi a Andorra para fazer apenas 2×0 na seleção local com gols do próprio Van Persie. A Laranja fez 22 pontos e deixou a briga da repescagem para Hungria, Turquia e Romênia.
Outra seleção europeia que se aproxima do Brasil em 2014 e merece destaque é a Bélgica. A badalação não é exatamente por resultados fantásticos obtidos em Copas do Mundo, apesar de boas campanhas já realizadas, mas pela quantidade de jogadores importantes que militam em ligas nacionais de ponta como a English Premier League.
Na sua última partida pelas Eliminatórias, dia 6 de setembro pelo Grupo A, frente à Escócia em Glasgow, vitória por 2×0 com gols de Steven Defour do FC Porto e Kevin Mirallas do Everton FC. Além dos anotadores citados, não é possível esquecer de nomes como Daniel Van Buyten do FC Bayern, Toby Alderweireld do Atlético Madrid, Kevin de Bruyne do Chelsea FC, Marouane Fellaini do Manchester United FC e Vincent Kompany do Manchester City FC.
Outra super força, a Alemanha, ainda não se classificou matematicamente, mas segue firme no Grupo C na liderança com 22 pontos após receber a vizinha Áustria na Allianz Arena de Munique e aplicar tranqüilos 3×0 com gols de Miroslav Klose, Toni Kroos e Thomas Muller. A vaga da repescagem é disputada por Suécia, a própria Áustria e Irlanda, já com poucas chances.
No equilibrado Grupo E, a Suíça tomou as rédeas com 18 pontos e a Islândia é a grande surpresa na vice-liderança com 13. E exatamente as duas seleções se enfrentaram em Berna e os islandeses demonstraram força ao empatarem em 4×4 com os anfitriões. Na rodada seguinte, os suíços foram a Oslo em impuseram 2×0 sobre os noruegueses com gols do zagueiro do FC Basel, Fabian Schär. Já a Islândia recebeu a Albânia em Reykjavic em obteve novo bom resultado ao fazer 2×1. A Islândia vai deixando equipes mais fortes como Noruega e Eslovênia para trás por ora.
Problemas para Portugal no Grupo F. Após oito rodadas, a seleção do técnico Paulo Bento está com 17 pontos, um atrás da Rússia. Os portugueses foram a Belfast e necessitaram do talento de Cristiano Ronaldo, que com hat-trick, garantiu vitória por 2×4 de virada. Só que os russos jogaram duas vezes e venceram ambas as partidas (4×1 sobre o Luxemburgo e 3×1 sobre Israel). Agora Portugal pode ter que encarar a repescagem. Israel corre por fora.
No Grupo G, Bósnia e Grécia lutam pela vaga direta. Ambos estão com 19 pontos. A Eslováquia corre por fora com 12 pontos.
A Inglaterra corre risco no embolado Grupo H. Lidera com 16 pontos, mas tem Ucrânia e Montenegro com 15 e Polônia com 13. Ainda assim, o time de Roy Hodgson fez 4×0 na Moldávia em Wembley e conseguiu bom empate sem gols contra a concorrente Ucrânia em Kiev.
No Grupo I, a Espanha lidera com 14 pontos e uma partida a menos. A Roja foi a Helsinki e impôs placar de 0x2 sobre a Finlândia com gols de Jordí Alba e Álvaro Negredo. Resultado que ajudou a França que perdeu dois pontos na Geórgia ao empatar sem gols com a seleção local e depois vencer a Bielorrússia por 2×4 em Gomel. A Espanha deverá se classificar e a França deverá ser outra a encarar a repescagem.
Na América do Sul, a Argentina foi a Assunção e impôs vitória maiúscula sobre o Paraguai por 2×5 com dois gols de pênalti de Lionel Messi, além de Sergio Agüero, Angel di Maria e Maxi Rodriguez marcando. Os porteños atingiram 29 pontos na liderança da Eliminatória da CONMEBOL e garantiram-se para a Copa.
A Colômbia é a vice-líder com 26 pontos. Recebeu o Equador e fez 1×0 para, em seguida, ir a Montevidéu e perder por 2×0 para um ressurgido Uruguai que já havia vencido o Peru por 1×2 fora de casa. Agora, o time de Oscar Tabárez é o 5º colocado com 22 pontos na indefinida eliminatória sul-americana. A decepção é o Paraguai, lanterna e eliminado.
Na CONCACAF, o México é a grande decepção e corre sérios riscos. Na 7ª rodada, recebeu Honduras e perdeu incrivelmente por 1×2 em pleno Estádio Azteca da Cidade do México. Na sequência foi a Columbus e sofreu nova derrota, agora por 2×0, para os Estados Unidos do técnico Jürgen Klinsmann.
Situação caótica que provocou a demissão do técnico José Manuel de la Torre. O novo treinador da Seleção El Tri é Victor Vucetich, ex-Monterrey. Vucetich terá que tirar o México da péssima 5ª posição na classificação com apenas 8 pontos. A Eliminatória é liderada pelos Estados Unidos com 16 pontos e a Costa Rica com 15.
Confira as classificações na Europa, América do Sul e América do Norte-Caribe:
Começou neste final de semana mais uma temporada da Bundesliga, a Liga Federal Alemã, com os favoritos FC Bayern e Borussia Dortmund vencendo seus jogos. Mas não se engane, o paradigma germânico dos últimos tempos, baseado na hegemonia do Bayern com a vice-liderança do Dortmund, pode ser quebrado agora, uma vez que Jürgen Klopp parece ter reinventado uma equipe anda mais forte sem Mario Götze e, acredite se quiser, com as primeiras cornetas bávaras soando contra Josep Guardiola por conta da chegada de Thiago Alcântara a Munique, além dos ensaios de mudança tática na equipe.
Após a decisão da Supercopa Alemã, vencida pelo Borussia Dortmund por 4×2 contra o Bayern, uma certeza, pelo menos, o público de Dortmund teve: o Borussia do ótimo técnico Jürgen Klopp não havia perdido a motivação, a energia demonstradas nas duas últimas temporadas, apesar da derrota na final da UEFA Champions League para o próprio Bayern, sem mencionar a saída do astro Mario Götze do clube.
Chega a ser até certo ponto surpreendente, pois com a saída de Götze, além do assédio sobre outros astros do clube como Robert Lewandowski, a expectativa maior é a de relativa queda técnica dos vice-campeões europeus e alemães.
Inesperadamente, a sensação, neste início de temporada, é a de que Klopp está em vias de conseguir reinventar o time e, após a vitória na Supercopa local contra o rival, isso ficou evidente na estreia contra o FC Augsburg.
Jogando como visitante, o Dortmund fez tranqüilos 4×0 com hat trick do gabonense Pierre Emerick Aubameyang, novo companheiro de ataque de Robert Lewandowski contratado junto ao AS Saint Etienne francês por €13 milhões. Lewandowski marcaria o gol final.
Além do estreante de 24 anos no ataque, Klopp contou com o goleiro australiano Mitchell Langerak no lugar do suspenso Roman Weidenfeller. Outras ausências foram do defensor Lukasz Piszczek e do recém contratado Henrikh Mkhitaryan lesionados.
Que o bom trabalho de Jürgen Klopp e seu Borussia Dortmund tenham prosseguimento na atual temporada.
Já os campeões europeus do Bayern, já sob a batuta de Josep Guardiola, foram a campo contra o Borussia Mönchengladbach e impuseram tranqüilos 3×1 com gols de Arjen Robben, Mario Mandzukic e David Alaba, além de Dante Bonfim que, em aparente estado de dó do ex-clube, fez contra.
Até aí tudo bem pelos lados de Munique. Estreia com vitória tranqüila em casa.
Mas, insatisfações já são ouvidas Baviera afora.
Uma delas refere-se a possíveis descontentamentos dos jogadores do Bayern em relação a algumas mudanças no estilo de jogo que Guardiola tem tentado implantar na equipe.
Se for o que todos sempre imaginaram, Guardiola estaria tentando “barcelonizar” o Bayern. O Barcelona de Guardiola sempre caracterizou-se por toques incansáveis e perfeitos de bola, movimentação em procura de espaço para penetrar nas defesas adversárias e finalizar, tudo isso sem um atacante de ofício na área adversária. Algo recente que todos se recordam muitíssimo bem.
Já o Bayern de Jupp Heynckes possuía algumas características diversas. Tratava-se de equipe que jogava de forma bem mais intensa pelos lados, também com excelente toque de bola, porém igualmente adepta do jogo aéreo, com um lado direito muito forte e com atacantes claramente definidos.
Com a saída de Heynckes, mega campeão no Bayern, vem Guardiola com nível de comparação e exigência altíssimo ao passado recente. Aí vem a questão: como mudar time que está ganhando?
Guardiola bem que tentou na pré-temporada. Aí vieram as primeiras notícias de insatisfação no elenco.
Com as circunstâncias postas, Pep foi prudente, sábio e escalou um Bayern à moda Heynckes em Munique contra o Mönchengladbach. Lá estava na escalação inicial Mario Mandzukic, seguidos de perto por Toni Kroos e Thomas Muller.
Além da escalação já conhecida, havia outro fator importante que atende pelo nome de Thiago Alcântara.
O hispano-brasileiro chegou ao Bayern atendendo pedido especial de Guardiola.
Alcântara foi peça importante e promissora do Barcelona vencedor de períodos recentes e com o cartão de visitas da conquista do Euro Sub-21 pela Seleção Espanhola, além de recente convocação para a Seleção principal. Não à toa os bávaros pagaram €21 milhões pelo jogador.
Mas, no meio do caminho havia uma pedra e a imprensa alemã levantou a bola que colocou novo questionamento na contratação a pedido do treinador. Tudo por conta de Alcântara ter como representante Pere Guardiola, irmão de Josep.
Situação que gerou dúvidas, desconfianças e protestos na mídia alemã.
Somados o fator Thiago Alcântara e a possível mudança tática na equipe do Bayern encarada com certo ceticismo por parte dos jogadores, a temporada do Bayern tem um fator de imprevisibilidade não desprezível.
Encerrando os destaques da rodada inicial, o Hertha Berlim SC goleou o Eintracht Frankfurt por 6×1 no legendário Estádio Olímpico da capital alemã e é o líder.
Duas grandes partidas repletas de grandes astros abriram as quartas de final da UEFA Champions League com destaque para erros e acasos determinantes em ambos os resultados finais.
Paris Saint Germain FC 2×2 FC Barcelona
Paris, França
Em verdadeiro desfile de craques no Estádio Parc des Princes, PSG e Barcelona fizeram uma das melhores partidas da temporada com ingredientes técnicos, táticos e individuais agradáveis para toda espécie de fã de futebol. O confronto do time montado à custa de muito dinheiro contra a equipe formada na base.
O técnico Carlo Ancelotti iniciaria a noite de surpresas com escalação relativamente surpreendente, dado o peso do adversário, ao abrir mão de Marco Verratti como marcador e promoção de David Beckham para povoar o meio de campo que contaria ainda com Blaise Matuidi e Javier Pastore, além de Lucas Moura.
No Barcelona, a grata novidade ficava por conta do retorno de Tito Vilanova ao banco blaugrana após temporada estadunidense de tratamento de saúde.
E, de fato, viu-se 1º tempo eletrizante em Paris com a equipe local impondo-se sobre os temidos visitantes em diversas ocasiões.
O PSG criaria situações de ouro com Ezequiel Lavezzi e Zlatan Ibrahimovic.
A defesa do Barça, em momentos pouco habituais, ver-se-ia em dificuldades em tentar parar o jovem e habilidoso Lucas Moura que mostraria grande utilidade ao esquema de Ancelotti ao jogar um pouco mais recuado em comparação aos tempos de São Paulo FC e mesmo em outras partidas do PSG neste ano. Recuo estratégico que foi demonstrado com ótimo contra-ataque puxado pelo brasileiro que resultou em assistência a Ibra chutando para fora.
Ibra é sempre útil em qualquer equipe. Não foi diferente dessa vez, mas o sueco mostrava-se um pouco lento nos reflexos frente a seus marcadores em alguns momentos.
Pelo lado do Barcelona, os cérebros e artistas do time eram todos muito bem vigiados pelo sistema defensivo parisiense. O destaque ficaria por conta dos duelos “mano a mano” entre Lionel Messi e Thiago Silva. Contudo, era algo que permitia boa liberdade para o lateral Daniel Alves atuar.
E foi com ele que surgiria o gol inaugural através de belíssimo lançamento para Messi, que se encontrava livre pela esquerda, para concluir na saída de Salvatore Sirigu. Barcelona na frente. Verdadeiro castigo para os anfitriões.
No 2º tempo, a partida perdeu em ritmo e intensidade. E perdeu mais com a saída de Lionel Messi lesionado. Sua presença no jogo de Barcelona é ainda incerta.
Mesmo sem Messi, o Barça imporia seu jogo, à base do “tiqui-taca”, com boas chances de ampliar o placar com Sergio Busquets, Xavi e Daniel Alves.
Somente no quarto final da partida, o PSG voltou a acelerar o ritmo.
O esforço dos locais seria premiado aos 79 minutos, mas de forma irregular, após cabeceio de Thiago Silva na trave e rebote para Ibrahimovic concluir em posição fora de jogo. Erro da arbitragem comandada pelo alemão Wolfgang Stark.
Aos 89 minutos, assistência fantástica de Cesc Fábregas para Alexis Sanchez penetrar na área, cavar e sofrer penalidade em precipitação do goleiro Sirigu. A reclamação dos parisienses foi intensa. Sanchez teria se jogado, mas o contato aconteceu.
Xavi fez 1×2 para o Barcelona e verdadeira onda de desânimo se abateu sobre os anfitriões. Tanto esforço para nada.
Aí, mais uma vez o destino entraria em ação, aos 93 minutos desta vez.
Assistência de cabeça de Ibrahimovic para Blaise Matuidi chutar bola que teve trajetória levemente desviada, o suficiente para enganar Victor Valdéz e entrar.
Empate final em 2×2 que mantém a disputa em aberto, ainda que com favoritismo para o Barcelona em sua casa.
Resultado fortemente influenciado por erros da arbitragem, do goleiro Sirigu ao não se furtar na tentativa bem sucedida de Alexis Sanchez cavar a penalidade, além das fatalidades em lesão de Lionel Messi e no chute final desviado de Matuidi.
FC Bayern 2×0 Juventus FC
Munique, Alemanha
Eis a partida decisiva onde mais se esperava equilíbrio e onde mais se viu predomínio de um time sobre o outro.
As coisas ficariam claras desde o início que não seria dia para os visitantes da Juventus, ocorrendo o inversamente proporcional para os locais do Bayern.
Após goleada histórica de 9×2 sobre o Hamburgo pela Bundesliga e enormes perspectivas de conquista do título nacional alemão de forma antecipada no próximo final de semana, a atmosfera não poderia ser mais favorável para os bávaros, certo?
Errado, poderia ser e foi ainda melhor!
Logo aos 25 segundos de jogo, Andrea Pirlo erraria passe, a posse de bola seria recuperada por Bastian Schweinsteiger que tocaria para o austríaco David Alaba arriscar de longe, a trajetória sofreria desvio em Arturo Vidal e entraria, fora de alcance para Gianluigi Buffon.
Prenúncio de noite perfeita para o Bayern e jornada infeliz para a Juventus.
Tudo estava tão favorável ao time da Baviera que, inclusive na adversidade, tudo acabou dando certo.
Aos 16 minutos de jogo, Toni Kroos deixa a partida lesionado, abrindo espaço para a entrada de Arjen Robben que teria participação muito positiva no domínio territorial dos anfitriões ao longo de toda a partida.
As ações foram todas controladas pelo Bayern na 1ª etapa, a ponto da Juve terminá-la sem finalizações a gol.
No 2º tempo, o quadro não seria muito diferente e o 2º gol surgiria em lance de erros de arbitragem e do consagrado goleiro Buffon.
Luiz Gustavo arriscou de longe contra o já desacreditado guarda-rede italiano àquela altura da partida, Buffon não agarrou a bola, concedendo rebote que teve a sobra de Mario Mandzukic, em posição fora de jogo, para tocar para Thomas Müller concluir.
Falha da arbitragem que não tirou o mérito da vitória alemã sobre uma Juventus que sequer teve ânimo para reclamar dada a fraca atuação da equipe.
Caberá à Juve buscar o déficit no placar agregado em Turim contra a fortíssima equipe de Jupp Heinckes. Trabalho para Antonio Conte montar sua estratégia não faltará.