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NO BANCO, NÃO HÁ FAVORITO

Ancelotti e Simeone equilibram final da UCL, que tem Real como melhor equipe (Crédito de imagem: AP)
Ancelotti e Simeone equilibram final da UCL, que tem Real como melhor equipe (Crédito de imagem: AP)

O Atlético de Madrid, finalista da UEFA Champions League, conseguiu diminuir o estigma de ser o primo pobre da capital espanhola. Ganhou respeito. Venceu o campeonato nacional com merecimento e ressurgiu para o cenário mundial.

Toda bela campanha tem um protagonista. E esta, conta com o bom trabalho de uma figura conhecida nos corredores do Vicente Calderón: Diego Simeone. Para muita gente, o sucesso do ex-jogador foi uma surpresa.

Marcador implacável, por vezes até agressivo, Cholo foi um dos líderes de uma Argentina promissora nos anos 90. Com a camisa da seleção, venceu duas vezes a Copa América, uma Copa das Confederações, além de ter sido medalhista de ouro nas Olimpíadas de 1996. Uma carreira de bastante sucesso.

Por outro lado, muitos ídolos têm medo de trocar a chuteira pela prancheta. No caso de Simeone, isso não aconteceu. Sem titubear, o treinador logo mostrou qualidades em seu primeiro ano na nova função, ao ser campeão argentino com Estudiantes e, depois, River Plate. Após passagem pelo Catania, da Itália, o ex-volante chegou ao Atlético.

E não demorou muito para levantar sua primeira taça: a Liga Europa 2011/12. No ano seguinte, faturou a Supercopa da Europa e, de quebra, levou ainda a Copa do Rei. Nessa temporada, batalhou duro para que o Atlético alcançasse o tão sonhado título espanhol, quebrando um jejum de 18 anos. E o troféu veio, na última rodada, num empate suado com o Barcelona, no Camp Nou.

Simeone já está na história. É o craque do time, mesmo estando fora de campo. O ídolo da torcida. A referência. Estudioso, o hermano surpreendeu até José Mourinho, mostrando que, além de saber montar fortes esquemas defensivos, também arma times que jogam bonito e tem boa posse de bola – características que ajudaram a equipe espanhola eliminar o Chelsea, em Londres, nas semifinais.

Simeone é a bola da vez. Após o mundial, seu nome está sendo cotado para assumir o posto de Sabella no comando da Albiceleste, além de equipes importantes do futebol europeu na próxima janela de transferências.  Se vencer a Liga dos Campeões neste sábado, poderá consolidar-se como o melhor técnico da temporada. Algo incontestável até o momento.

Se Simeone é novidade, o mesmo não vale pra Carlo Ancelotti, comandante do Real Madrid. Calmo, sem demonstrar muitas expressões, o italiano de 54 anos possui vasta experiência no cargo de treinador. Até chegar ao clube merengue, Ancelotti passou por Juventus, Milan, Chelsea e Paris Saint-Germain. Por todos esses times, além de deixar boas impressões, foi campeão.

Com 15 títulos no currículo, ele quer, dessa vez, entrar para a história do Real Madrid como o técnico da conquista de “La Décima”. Para isso, precisa confirmar o favoritismo que sua equipe ostenta diante do rival conhecido.

Na última edição da Copa do Rei, o Real conseguiu duas vitórias confortáveis diante do Atlético. Um 5 a 0 no placar agregado, se vingando da eliminação sofrida na edição anterior. Mas, de um modo geral, há um equilíbrio aparente nos dérbis recentes.

Nos últimos cinco jogos, cada um saiu vencedor por duas vezes, e houve um empate. O último encontro aconteceu no segundo turno da Liga BBVA, quando houve um 2 a 2 emocionante no Vicente Calderón. No primeiro turno, a vitória foi colchonera em pleno Santiago Bernabéu, vitória por 1 a 0, gol de Diego Costa, duvida para o jogo de logo mais.

Com 45 vitórias, seis empates e cinco derrotas em 56 jogos dirigindo o Real Madrid (um aproveitamento de 80,36%), Ancelotti leva vantagem sob Simeone. Os números do argentino são bem inferiores, mas ele possui mais jogos à frente do Atlético. Em 143 partidas, Cholo viu sua equipe vencer 95 delas, empatar 26 vezes e sofrer 22 derrotas – 66,43% de aproveitamento.

É óbvio: estatística não ganha jogo. É papo para jornalista. Ainda mais quando se trata de técnicos, que não marcam gol. No entanto, com grandes jogadores à disposição, qualquer alteração, seja no emocional ou no fator tático, pode fazer a diferença.

O Real é mais time que o Atlético. Porém, no banco de reservas este duelo não tem favorito.

VITÓRIA HISTÓRICA QUE FAZ SORRIR

Com a disputa liquidada em apenas 45 minutos, o Real Madrid alcançou goleada histórica sobre o Bayern por 0x4 em Munique (0x5 no placar agregado) e desbancou a hegemonia dos bávaros na Europa em partida semifinal válida pela UEFA Champions League. Êxito madridista que teve como protagonistas Cristiano Ronaldo, com novo recorde, e como mentor o técnico italiano Carlo Ancelotti que deixou de lado a tradicional sisudez para abrir raro sorriso no final da partida.

cr7 e caO nível de expectativa para a partida de volta em Munique era redobrado após o modo como o Madrid havia vencido o Bayern em Madri por 1×0.

Se no Estádio Santiago Bernabéu os merengues não ousaram lutar contra a maior posse de bola bávara, defendendo-se com perfeição e contra-atacando com precisão cirúrgica, já na Allianz Arena a expectativa era de alguma repetição no desenrolar do jogo e a esperança por parte da torcida local de maior sucesso e eficiência ofensivos dos comandados de Josep Guardiola.

fcb 0-4 rmcf 4Surpreendentemente, não foi o que se viu no início da partida. Estava claro o nervosismo do Bayern que tinha menos posse de bola que o esperado e cometia faltas ríspidas. Definitivamente, algo não funcionava bem na engrenagem do time de Guardiola.

fcb 0-4 rmcf 3O Madrid de Ancelotti demonstrava toda a segurança e frieza necessárias para grandes jogos e selar a classificação era questão de tempo.

Pouco tempo por sinal. Logo aos 16 minutos, o zagueiro Sérgio Ramos fuzilaria de cabeça após cruzamento de Luka Modric e falha de marcação de Dante na área. Quando Manuel Neuer tomou conhecimento da trajetória da bola já era tarde, 0x1 Madrid.

Ramos teria seu dia de consagração ao marcar novamente no intervalo de 4 minutos, em novo lance pelo alto em lance de falta pela direita cobrada por Ángel Di María com participação de Pepe.

Os 0x2 parciais já quase que finalizavam a disputa. O Bayern mostrava-se nervoso demais e não ameaçava o gol de Iker Casillas.

fcb 0-4 rmcf 2Não bastasse a vantagem elástica, o momento de glória de Cristiano Ronaldo chegaria ainda na 1ª etapa ao marcar aos 34 minutos e tornar-se o maior goleador da UCL em uma temporada e superar Lionel Messi e José Altafini.

E na etapa final o Bayern bem que tentou colocar os ânimos no lugar sobretudo com a entrada de Mario Götze que deu novo sangue para o lado ofensivo da equipe local, entretanto não era dia do time alemão e as chances criadas foram improfícuas.

O Madrid continuava bem postado defensivamente com grandes atuações de Pepe, Sérgio Ramos, Fábio Coentrão e Daniel Carvajal.

No final, o coroamento total para o time espanhol com gol de falta através de tiro rasteiro de Cristiano Ronaldo. Momento que arrancou sorrisos até mesmo de Carlo Ancelotti que quase nunca demonstra qualquer tipo de emoção no banco de reservas.

A lamentar pelo lado do Madrid apenas o cartão amarelo de Xabi Alonso que o elimina da partida final única.

fcb 0-4 rmcfVitória histórica do Real Madrid que qualifica a equipe para a grande final de Lisboa em maio, e com ares de favoritismo dado o peso da camisa merengue. La décima se aproxima.

Cristiano Ronaldo também fez história ao superar Lionel Messi e José Altafini em gols marcados em uma edição do torneio europeu de clubes. O craque português chega a 16 gols na atual edição da UCL.

 

 

QUANDO BRILHA A ESTRELA DE JOSÉ MOURINHO

Com gol tardio de Demba Ba, o Chelsea conquista classificação dramática para as semifinais da UEFA Champions League frente ao Paris Saint-Germain em Stamford Bridge e José Mourinho mostra à Europa toda sua competência e toda sua estrela graças aos gols anotados por jogadores provenientes do banco de reservas e promovidos à partida pelo treinador português.

 

jm2Chelsea FC 2×0 Paris Saint-Germain FC

Londres, Inglaterra

 

Sim, ele pode ser, para muitos, detentor de ar blasé, esnobe, superior, como queiram seus críticos, mas fato é que José Mário dos Santos Mourinho Félix, natural de Setúbal, conhecido pela alcunha The Special One (“O Especial”), faz a diferença no banco de reservas de qualquer equipe, até mesmo no Real Madrid onde o clima no vestiário esteve em verdadeiro pé de guerra, afinal o Madrid de Mourinho teve a indigesta missão de encarar o avassalador Barcelona de Josep Guardiola no auge e era a equipe que melhor o enfrentava entre todos os adversários.

jm1E, na última terça-feira, não foi diferente em Londres.

Sim, o Chelsea lutava contra todas as possibilidades em casa. O placar agregado indicava 1×3 para o Paris Saint-Germain construído com justiça em Paris, o elenco do time francês era melhor para muitos analistas e, de quebra, o principal jogador da equipe na temporada, o belga (sim, mais um belga bom de bola na conta) Eden Hazard, sairia da peleja lesionado.

Mas, eis que a solução surge do banco de reservas.

Primeiramente, o alemão André Schurrle. Contratado junto ao Bayer Leverkusen, Schurrle, substituto de Hazard, aproveitou bola da direita para bater e marcar aos 32 minutos. Funcionava, assim, o primeiro improviso de Mourinho.

Andre Schurrle
Andre Schurrle

Faltava um gol para os Blues alcançarem a classificação e José Mourinho arriscou tudo ao sacar o ícone meio campista Frank Lampard, que saiu com cara de poucos amigos, e promover a entrada do pouco aproveitado atacante senegalês Demba Ba.

Caras feias à parte, a recompensa para o treinador português viria aos 87 minutos de jogo quando, após chute mascado do espanhol César Azpilicuelta, Demba Ba empurra, desajeitado, para o gol de Salvatore Sirigu.

baEra a classificação que chegava em Stamford Bridge de forma dramática.

Contudo, a partida ainda deveria prosseguir e José Mourinho aproveitou a comoção dos jogadores próximos ao córner para dar verdadeiro pique e começar a passar instruções finais, afinal, dali em diante, o time deveria se defender e, com a saída de Lampard e a entrada de Ba, o meio de campo estava totalmente despovoado.

Vitória e classificação parcialmente inesperadas em Londres para os anfitriões.

Pelos lados do PSG, eis o tipo de derrota de feridas profundas que levam tempo para cicatrizar. O lado francês teve como atenuante pela eliminação a ausência de Zlatan Ibrahimovic, contundido, verdadeiro desfalque de peso. Bom somente para o brasileiro Lucas Moura que voltou a ter oportunidade com Laurent Blanc. Mas, se a dor é forte, é através dela que o jovem clube francês, nascido apenas em 1970, terá mais tarimba e sabedoria para enfrentar futuros desafios semelhantes. Resta saber se os acionistas catarianos do clube terão paciência.

 

 

BVB Borussia Dortmund 2×0 Real Madrid CF

Dortmund, Alemanha

 

Se o PSG não teve Ibra, o Real Madrid não teve Cristiano Ronaldo, pelo menos em campo, já que o técnico merengue Carlo Ancelotti fez questão de deixar o astro português no banco de reservas apesar de lesionado.

bvb 2-0 rmcfMas, o Madrid teve melhor sorte que o PSG e, apesar de 1º tempo ruim, garantiu-se na semifinal da UCL com derrota por 2×0 e vitória no placar agregado por 3×2.

Na verdade, os visitantes poderiam já ter definido a classificação aos 17 minutos de jogo quando Angel di Maria perdeu penalidade ao escorregar no arranque e bater mal para defesa de Roman Weidenfeller.

Em seguida, o festival de erros madridistas continuou com péssimos passes de Asier Illarramendi e Kléper Pepe que resultaram em dois gols de Marco Reus.

Por bons momentos da partida, o enfraquecido Dortmund tentou reeditar aquela equipe da temporada passada que atropelou o próprio Real Madrid e consagrou o técnico Jürgen Klopp, hoje tendo seu nome vinculado a especulações para dirigir outras equipes europeias na próxima temporada.

No final, classificação do Real Madrid que continua a sonhar com a décima Champions League.

LIÇÃO DE CAMPEÃO

A expectativa era de maior equilíbrio, algo que surgiu somente no quarto final da partida entre Manchester City e Bayern em Manchester, mas fato é que os atuais campeões da UEFA Champions League aplicaram toda sua técnica coletiva superior e venceram os anfitriões com autoridade por 1×3 com gols de Franck Ribery, Thomas Müller e Arjen Robben, além do gol de honra de Álvaro Negredo.

 

 

Citizens atônitos em Manchester
Citizens atônitos em Manchester

GRUPO D:

 

Manchester City FC 1×3 FC Bayern München

Manchester, Inglaterra

Josep Guardiola decidiu retornar à velha e consagrada formação dos bávaros com Bastian Schweinsteiger na meia e Philipp Lahm à direita, além de optar por Thomas Muller no ataque em detrimento de Mario Mandzukic, destaque do time do início de temporada.

Thomas Müller para marcar
Thomas Müller para marcar

E, logo aos 7 minutos de jogo, o francês Franck Ribery, caindo pela esquerda, arriscou próximo à entrada da área e anotou, deixando a dúvida no ar sobre possível falha do goleiro da Seleção Inglesa Joe Hart.

O gol inicial desestabilizou o planejamento tático de Manuel Pellegrini. Os Citizens não encontravam espaço de penetração na defesa adversária e a marcação de saída de bola por parte dos alemães mostrava-se eficiente.

Foi um 1º tempo de amplo predomínio representado pelos 67% de posse de bola do Bayern.

Na 2ª etapa, o City procurou demonstrar maior motivação na tentativa de empurrar os visitantes para seu campo de defesa, mas tiveram nova decepção aos 11 minutos com novo gol, agora com Thomas Muller.

Logo na sequência, Arjen Robben ampliaria para 3×0 no Etihad Stadium.

Somente na parte final, já aos 79 minutos, Álvaro Negredo conseguiu o gol do City e, a partir daí, os anfitriões conseguiram impor seu jogo com bola na trave de David Silva inclusive.

Muito pouco e muito tarde para o Manchester City.

Foi a sétima vitória sequencial do Bayern na UCL, além da primeira derrota do técnico chileno Manuel Pellegrini em casa. De quebra, muitos colocaram grande parte da responsabilidade do revés Citizen sobre as costas de Joe Hart.

 

PFC CSKA Moscou 3×2 FC Viktoria Plzen

São Petersburgo, Rússia

Na partida de abertura da rodada na Rússia, o CSKA derrotou os tchecos do Viktoria Plzen por 3×2 graças, sobretudo, a enorme falha do goleiro eslovaco Matus Kosacik que não dominou bola proveniente de simples recuo por parte de Radim Reznik (assinalado como autor de gol contra).

O time russo teve como um dos grandes destaques o japonês Kaisuke Honda, além do atacante sérvio Zoran Tosic.

O Plzen lutou bravamente a todo instante e, após sair na frente no placar com Frantisek Rajtoral, ainda conseguiu trazer emoção final ao diminuir para 3×2 com Marek Bakos.

Com o resultado, o CSKA mantém-se vivo na disputa pela segunda vaga do Grupo D.

Confira a falha do goleiro Matus Kosacik a seguir.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=CQPA9e6iBwc[/youtube]

Classificação:

Clubes

J

V

E

D

GM

GS

DG

Pts

 FC Bayern München

2

2

0

0

6

1

5

6

 Manchester City FC

2

1

0

1

4

3

1

3

 PFC CSKA Moskva

2

1

0

1

3

5

-2

3

 FC Viktoria Plzeň

2

0

0

2

2

6

-4

0

 

 

GRUPO A:

 

FC Shakhtar Donetsk 1×1 Manchester United FC

Donetsk, Ucrânia

Em partida marcada pelo recorde de atuações do galês Ryan Giggs na UCL, que entrou em campo no 2º tempo no lugar de Marouane Fellaini para completar 145 jogos disputados, o Manchester United cedeu empate aos anfitriões do Shakhtar Donetsk a menos de 15 minutos do final.

sd 1-1 mufcOs Red Devils saíram na frente com gol de Danny Welbeck após boa jogada de Fellaini.

Pressionado, David Moyes efetuou diversas mudanças na equipe em relação à partida anterior (derrota para o West Bromwich por 1×2 em Manchester pela English Premier League). Wayne Rooney, lesionado, era ausência. Em compensação, Robin Van Persie estava de volta.

Além do gol, o United apresentava superioridade na 1ª etapa, já que os anfitriões mal conseguiam ultrapassar o meio de campo.

Tudo estava no mesmo padrão na etapa final, até que, repentinamente, o Shakhtar obteve o empate através de jogada pela esquerda de Yaroslav Rakytskyy com cruzamento interceptado por Nemanja Vidic que teve sobra com chute perfeito do brasileiro Taison Freda.

Foi um verdadeiro castigo para o Manchester United. Típico de equipes que atravessam momentos ruins. Derrota que significa mais pressão para David Moyes.

 

Bayer Leverkusen 2×1 Real Sociedad

Leverkusen, Alemanha

Os donos da casa do Bayer Leverkusen obtiveram vitória ao apagar das luzes e impondo verdadeiro sofrimento aos espanhóis do Real Sociedad.

Simon Rolfes marcou o primeiro gol dos alemães nos acréscimos do 1º tempo, mas Carlos Vela reigualou o marcador logo no princípio da etapa final.

Já aos 92 minutos de partida, Jens Hegeler fez o gol decisivo de falta para o Leverkusen que se recupera da derrota inicial para o Manchester United e volta a sonhar com a próxima fase.

Classificação:

Clubes

J

V

E

D

GM

GS

DG

Pts

 FC Shakhtar Donetsk

2

1

1

0

3

1

2

4

 Manchester United FC

2

1

1

0

5

3

2

4

 Bayer 04 Leverkusen

2

1

0

1

4

5

-1

3

 Real Sociedad de Fútbol

2

0

0

2

1

4

-3

0

 

 

GRUPO B:

 

Juventus FC 2×2 Galatasaray AS

Turim, Itália

Em partida que marcou a estreia de Roberto Mancini como treinador do Galatasaray turco, a Juventus voltou a decepcionar na competição europeia e apenas empatou em casa contra os visitantes.

jfc 2-2 gasDe fato, faltou intensidade ao time Bianconeri. As dificuldades já ficaram expostas ainda na 1ª etapa e, aos 36 minutos, o experiente Didier Drogba, após erro de Leonardo Bonucci, abriu o placar no Juventus Stadium.

Sabedor do fiasco inaugural da equipe perante o Real Madrid (derrota em casa por 1×6), Mancini povoou o meio de campo com cinco jogadores.

As dificuldades de criação da Juve eram totais e Antonio Conte lançou o espanhol Fernando Llorente na partida.

O gol de empate dos anfitriões viria somente aos 78 minutos e através de penalidade sofrida por Fabio Quagliarella em ação de Nordin Ambarat e cobrança de Arturo Vidal.

A fatura parecia ter sido resolvida de forma apoteótica aos 87 minutos com gol de cabeça de Quagliarella após cruzamento de Andrea Pirlo, mas Emut Bulut empataria no minuto seguinte.

Final emocionante em Turim com segundo empate para a Juventus e bom início de trabalho para Roberto Mancini no Galatasaray.

 

Real Madrid CF 4×0 FC Copenhague

Madri, Espanha

Vitória tranquila para os Merengues em casa com dois gols de Cristiano Ronaldo e outros dois de Angel Di Maria sobre o limitado Copenhague no Estádio Santiago Bernabéu.

rmcf 4-0 fckIker Casillas foi o titular no gol e Gareth Bale ficou de fora por lesão.

Excelente resultado para Carlo Ancelotti que recebera as primeiras contestações após a derrota sofrida para o Atlético Madrid também em casa no último final de semana.

A questão no Madrid é justificar o investimento altíssimo feito em Bale em detrimento da saída de Mesut Özil. Algo a ser demonstrado dentro de campo no decorrer da temporada.

Classificação:

Clubes

J

V

E

D

GM

GS

DG

Pts

 Real Madrid CF

2

2

0

0

10

1

9

6

 Juventus

2

0

2

0

3

3

0

2

 FC København

2

0

1

1

1

5

-4

1

 Galatasaray AŞ

2

0

1

1

3

8

-5

1

 

 

GRUPO C:

 

Paris Saint-Germain FC 3×0 SL Benfica

Paris, França

Com grande atuação de Zlatan Ibrahimovic, que marcou duas vezes e assistiu no gol de Marquinhos, o PSG venceu tranquilamente seu principal oponente no Grupo C, o Benfica.

psg 3-0 slbO gol inicial logo aos 5 minutos e dos dois seguintes resolveram a partida em meia hora de peleja no Parc des Princes e transformaram a partida em verdadeiro passeio para os locais de Laurent Blanc.

Lucas Moura foi reserva e entrou na etapa final. À frente, Blanc optou por Ezequiel Lavezzi e Edinson Cavani, além do próprio Ibra.

 

RSC Anderlecht 0x3 Olympiacos FC

Bruxelas, Bélgica

O Anderlecht decepcionou em Bruxelas em jogo chave para as pretensões de ambas as equipes visando a sobrevivência no Grupo C.

Olympiakos's Konstantinos MitroglouA fatura foi resolvida com hat trick de Konstantinos Mitroglou e colocou os gregos do Olympiacos na disputa pela segunda vaga contra os portugueses do Benfica.

Classificação:

Clubes

J

V

E

D

GM

GS

DG

Pts

 Paris Saint-Germain FC

2

2

0

0

7

1

6

6

 Olympiacos FC

2

1

0

1

4

4

0

3

 SL Benfica

2

1

0

1

2

3

-1

3

 RSC Anderlecht

2

0

0

2

0

5

-5

0

O ADEUS DE RAÚL GONZÁLEZ

Um dos maiores símbolos do madridismo despede-se do futebol profissional, o artilheiro Raúl Gozález Blanco, em partida amistosa entre o próprio Real Madrid e o Al Sadd do Catar (sua última equipe) no Estádio Santiago Bernabéu de Madri.

raúl2

Integrante do mítico time dos “galácticos” dos anos 2000, Raúl sai de cena em meio a verdadeiro turbilhão que toma conta do Madrid e incluem no pacote a iminente chegada de Gareth Bale, o imbróglio Iker Casillas (insatisfeito com a reserva e pretendido pelo arquirrival Barcelona) e novas vaias às atuações de Ricardo Kaká.

Adeus Raúl!
Adeus Raúl!

Sim, houve a festa. O Madrid impôs-se sem problemas frente aos catarianos do Al Sadd e venceram o amistoso por 5×0 com direito a gol do homenageado Raúl, é óbvio, que pode ser conferido a seguir. Entretanto, havia mais na atmosfera do Barnabéu além das justas láureas concedidas ao artilheiro.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=-6x_pXblvvE[/youtube]

Antes de tudo, clima de expectativa pela chegada oficial do galês do Tottenham Hotspur, o atacante Gareth Bale. A imprensa europeia dá como fechada a negociação milionária.

Na esteira do calor estival e das novidades e acontecimentos sociais em Madri, surge o clima de apoio majoritário a Iker Casillas, goleiro e capitão da Seleção Espanhola, mas relegado à reserva no clube merengue. Apoio que quase transformou a festa em homenagem a Raúl em desagravo a Casillas quando a multidão começou a gritar seu nome logo após ter saudado o ídolo recém aposentado.

E, para apimentar ainda mais o clima, havia uma minoria, que se fez ouvir, apoiando o guarda redes titular Diego López. Enquanto isso, o técnico Carlo Ancelotti diz que López foi titular apenas na partida contra o Real Bétis (2×1 na 1ª rodada da Liga).

Não bastasse o impasse, o rival Barcelona decide colocar mais tempero na iguaria e anuncia interesse na contratação em Casillas.

De quebra, Ricardo Kaká recebeu vaias do público a cada jogada que errava no amistoso. Na verdade, Carlo Ancelotti é a última esperança para Kaká firmar-se no mundo madridista. Tudo isso por conta dos tempos de ouro que viveram juntos no Milan. A vontade do meia brasileiro sempre foi de acertar e ser bem-sucedido no clube espanhol. Que consiga fazê-lo, pois a paciência do torcedor se esvai a cada dia.

Voltando ao dono da festa, Raúl surgiu na equipe principal do Real Madrid nos anos 90 e fez parte ao inesquecível elenco dos “galácticos” que tinha em seus quadros Zinedine Zidane, David Beckham, Roberto Carlos, Ronaldo, Luís Figo, Guti, Fernando Hierro, entre outros.

Simbolismo: Raúl entrega a camisa 7 para Cristiano Ronaldo
Simbolismo: Raúl entrega a camisa 7 para Cristiano Ronaldo

Os números mostram 323 gols anotados no Real Madrid, além de 40 no Schalke 04, 11 no Al Sadd e 44 na Seleção Espanhola.

Em termos de títulos, Raúl levou 6 canecos da Liga, 5 da Supercopa da Espanha, uma Copa da Alemanha, 1 título nacional do Catar, uma Supercopa da Europa, ganhou 3 vezes da UEFA Champions League, além de duas Copas Intercontinentais.

Não à toa, o torcedor do Real Madrid idolatra e sente saudades do artilheiro, tempos em que o clube era o melhor da Europa.

Para encerrar, nada como conferir alguns gols históricos de Raúl como na sua estreia no time principal do Real Madrid contra o Atlético Madrid em 1995 ou contra o Vasco da Gama na final da Copa Intercontinental em 1998.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=TGzvmGTrrJ8[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=B1mj-bQHYR4[/youtube]