Com a disputa liquidada em apenas 45 minutos, o Real Madrid alcançou goleada histórica sobre o Bayern por 0x4 em Munique (0x5 no placar agregado) e desbancou a hegemonia dos bávaros na Europa em partida semifinal válida pela UEFA Champions League. Êxito madridista que teve como protagonistas Cristiano Ronaldo, com novo recorde, e como mentor o técnico italiano Carlo Ancelotti que deixou de lado a tradicional sisudez para abrir raro sorriso no final da partida.
O nível de expectativa para a partida de volta em Munique era redobrado após o modo como o Madrid havia vencido o Bayern em Madri por 1×0.
Se no Estádio Santiago Bernabéu os merengues não ousaram lutar contra a maior posse de bola bávara, defendendo-se com perfeição e contra-atacando com precisão cirúrgica, já na Allianz Arena a expectativa era de alguma repetição no desenrolar do jogo e a esperança por parte da torcida local de maior sucesso e eficiência ofensivos dos comandados de Josep Guardiola.
Surpreendentemente, não foi o que se viu no início da partida. Estava claro o nervosismo do Bayern que tinha menos posse de bola que o esperado e cometia faltas ríspidas. Definitivamente, algo não funcionava bem na engrenagem do time de Guardiola.
O Madrid de Ancelotti demonstrava toda a segurança e frieza necessárias para grandes jogos e selar a classificação era questão de tempo.
Pouco tempo por sinal. Logo aos 16 minutos, o zagueiro Sérgio Ramos fuzilaria de cabeça após cruzamento de Luka Modric e falha de marcação de Dante na área. Quando Manuel Neuer tomou conhecimento da trajetória da bola já era tarde, 0x1 Madrid.
Ramos teria seu dia de consagração ao marcar novamente no intervalo de 4 minutos, em novo lance pelo alto em lance de falta pela direita cobrada por Ángel Di María com participação de Pepe.
Os 0x2 parciais já quase que finalizavam a disputa. O Bayern mostrava-se nervoso demais e não ameaçava o gol de Iker Casillas.
Não bastasse a vantagem elástica, o momento de glória de Cristiano Ronaldo chegaria ainda na 1ª etapa ao marcar aos 34 minutos e tornar-se o maior goleador da UCL em uma temporada e superar Lionel Messi e José Altafini.
E na etapa final o Bayern bem que tentou colocar os ânimos no lugar sobretudo com a entrada de Mario Götze que deu novo sangue para o lado ofensivo da equipe local, entretanto não era dia do time alemão e as chances criadas foram improfícuas.
O Madrid continuava bem postado defensivamente com grandes atuações de Pepe, Sérgio Ramos, Fábio Coentrão e Daniel Carvajal.
No final, o coroamento total para o time espanhol com gol de falta através de tiro rasteiro de Cristiano Ronaldo. Momento que arrancou sorrisos até mesmo de Carlo Ancelotti que quase nunca demonstra qualquer tipo de emoção no banco de reservas.
A lamentar pelo lado do Madrid apenas o cartão amarelo de Xabi Alonso que o elimina da partida final única.
Vitória histórica do Real Madrid que qualifica a equipe para a grande final de Lisboa em maio, e com ares de favoritismo dado o peso da camisa merengue. La décima se aproxima.
Cristiano Ronaldo também fez história ao superar Lionel Messi e José Altafini em gols marcados em uma edição do torneio europeu de clubes. O craque português chega a 16 gols na atual edição da UCL.
Após duas contundentes vitórias alemãs sobre os espanhóis, eis o placar parcial da peleja semifinal da UEFA Champions League: 8×1. Vantagem sólida construída em território alemão por FC Bayern e Borussia Dortmund contra FC Barcelona e Real Madrid CF, respectivamente, com maestria, superioridade técnica flagrante e certa dose de polêmica acompanhada por choradeira típica por parte do lado perdedor.
Borussia Dortmund 4×1 Real Madrid CF
Dortmund, Alemanha
Não há a menor dúvida em apontar o nome do polonês Robert Lewandowski como o grande protagonista do duelo semifinal de Dortmund, afinal poucos foram dignos de tamanho feito na história da UCL. Lewandowski junta-se a nomes do quilate de Marco Van Basten, Ruud Van Nistelrooy, Andriy Shevchenko, Mario Gomez, além de Lionel Messi. Atletas que marcaram quatro gols ou mais em partidas da UCL.
Contudo, verdade seja dita, o grande nome do pré-jogo entre Borussia Dortmund e Real Madrid não era o atacante polonês, mas Mario Götze. Menos por alguma jogada de classe dentro das quatro linhas executada pelo jovem craque alemão e mais pelo vazamento da transferência do atleta para o Bayern às vésperas do início da decisão semifinal.
Além de balançar as estruturas do mundo da bola germânico, muita coisa estava em jogo na informação.
Não sem razão, a ideia geral seria de uma torcida levantando-se contra Götze, sugerindo aquela velha história de traição, etc. Tudo isso em momento crucial do time na temporada.
Nada disso se viu em campo e, para sorte de Jürgen Klopp, Robert Lewandowski assumiu o papel de protagonista da partida na parte ofensiva.
De resto, o que se viu no Signal Iduna Park de Dortmund foi o mesmo jogo moderno do time Klopp, com muita marcação de saída de bola do Madrid e anulação de peças-chave do time de José Mourinho.
Como exemplo, basta recordar de Mario Götze sempre próximo a Xabi Alonso. Nem mesmo a talentosa dupla Luka Modric e Mesut Özil conseguiu faze o jogo madridista fluir.
Impressionante como o jogo desse Real Madrid de José Mourinho não se encaixa na formação da equipe do Dortmund de Jürgen Klopp. Mourinho já foi capaz de reduzir e até mesmo neutralizar o abismo que separava sua equipe da superioridade do Barcelona, mas não achou a fórmula ideal de jogar com eficiência contra o time de amarelo e preto da Alemanha.
Nunca é demais lembrar a fase de grupos da atual edição da UCL. Jogando no Grupo D, ambos os semifinalistas se enfrentaram duas vezes com vitória do Dortmund por 2×1 em Dortmund e empate em Madri por 2×2. Ademais, o gol único marcado por Cristiano Ronaldo nesta quarta-feira em Dortmund foi obra de falha individual de Mats Hummels.
Que os espíritos estejam preparados pelos lados de Dortmund. Muito dão por certa outra transferência para o Bayern, além de Mario Götze: o próprio Robert Lewandowski. Mais uma encomenda de Josep Guardiola?
José Mourinho terá a difícil missão de achar a saída mágica para fazer o jogo do Madrid fluir com o agravante de buscar um placar de 3×0.
Se for de motivação que o Real Madrid necessita, um grande e semelhante momento histórico deve ser resgatado na Copa da Europa 1975-1976 quando os Merengues enfrentaram o Derby County inglês e classificaram-se após derrota inicial por 4×1 na Inglaterra e vitória por 5×1 na Espanha. Dificuldades à parte, por que não sonhar?
FC Bayern 4×0 FC Barcelona
Munique, Alemanha
Quando se trata de partida do Barcelona, a curiosidade aguça-se e o primeiro pensamento é verificar as estatísticas, mais precisamente o item “posse de bola”.
Se não foi o primor dos 70% já alcançados em outros momentos, o Barça manteve nada desprezíveis 63% de posse de bola contra os 37% restantes para o Bayern.
Resultado das contas, posse de bola 37%x63% a favor do Barça e placar final 4×0 a favor do Bayern. Pergunta que não quer calar: como pode se um dos segredos do sucesso desta era hegemônica do Barça é exatamente a maior posse de bola em forma de goleada? Resposta clara a esta altura do campeonato: não se trata apenas disso.
O que se viu na Allianz Arena foi o tique-taca de sempre, mas sem efetividade desta vez.
Em defesa do Barcelona, as ausências de Carles Puyol, Javier Mascherano (o substituto imediato), além das condições físicas precárias de Lionel Messi. Toda a responsabilidade defensiva ficou a cargo do jovem Marc Bartra que acabou por ser parcialmente culpado pelo desempenho da equipe. São muitos os problemas para Tito Vilanova na reta final da atual temporada.
De resto, a imprensa espanhola reclama de três gols supostamente irregulares, apesar de reconhecer a supremacia bávara sobre os catalães. Se houve três lances capitais por um lado, deve-se incluir outras duas possíveis penalidades a favor dos anfitriões por outro.
No primeiro gol, Dante teria feito falta em Daniel Alves. Lance tipicamente marcado no Brasil, nem tanto na Europa. Já no segundo gol, marcado por Mario Gomez, haveria sutil posição fora de jogo do alemão. Para terminar a polêmica, no quarto gol, Thomas Müller teria obstruído Jordi Alba na tentativa de combater Arjen Robben, lance típico do basquete. De resto, Gerard Piqué envolveu-se em toque de braço interpretativo dentro da área, o mesmo acontecendo com Alexis Sánchez.
Polêmicas à parte, nada apaga os méritos da vitória do Bayern. Trata-se de equipe com absoluta noção do que faz dentro de campo, curiosamente com tendência de quase sempre inverter o jogo para o lado direito, fortíssimo com a presença do lateral Phillipp Lahm.
A pergunta que fica é a respeito do futuro treinador do Bayern, Josep Guardiola. O que terá a fazer o catalão nessa equipe do Bayern? O trabalho final de Jupp Heynckes é monumental e, continuando as coisas como estão, Guardiola iniciará seu trabalho em alto nível de cobrança.
Quanto ao Barça, terá que repetir atuação de gala que teve contra o Milan nas oitavas de final. Quem sabe sob pressão os catalães ganhem motivação para reeditar os melhores momentos de sua era hegemônica. É aquela velha dificuldade humana: mais difícil que atingir o topo é manter-se por lá.
Após cinco rodadas da fase de grupos da UEFA Champions League, o Borussia Dortmund define a liderança do Grupo D, o chamado grupo da morte, deixando para trás rivais como Real Madrid e o eliminado Manchester City.
GRUPO D
Ajax 1×4 Borussia Dortmund
Amsterdã, Holanda
O Borussia Dortmund confirmou grande fase no torneio europeu de clubes e fez 4×1 no Ajax em Amsterdã.
Parece que o técnico Jürgen Klopp e equipe, diferentemente do Manchester City, assimilaram as amargas lições da temporada passada e se prepararam com afinco para a atual edição da Champions.
Robert Lewandowski marcou duas vezes, além de Marco Reus e Mario Göetze. Danny Hoensen diminuiu para os holandeses.
Os campeões da Bundesliga terminaram líderes do grupo com 11 pontos.
Manchester City 1×1 Real Madrid
Manchester, Inglaterra
O Manchester City é eliminado da UCL pela segunda vez consecutiva, como já previsto, dada a situação delicada que chegava à 5ª rodada da competição.
E, desta vez, não houve algo sequer a se apegar como justificativa do fracasso.
O Madrid teve início avassalador e controlava totalmente as ações, a ponto das estatísticas do jogo apresentarem absurdas 12 tentativas de gol dos visitantes contra nenhuma dos anfitriões após um quarto de disputa.
A formação inicial de Roberto Mancini revelou-se ineficiente. Pablo Zabaleta jogava ao lado de Vincent Kompany e Matija Nastasic na defesa.
No Madrid, jogando de verde, Xabi Alonso, Sami Khedira e Luka Modric dominaram o meio de campo. À frente, Cristiano Ronaldo e Angel Di María finalizavam o trabalho de domínio territorial.
Nesse contexto, o Madrid marcou logo aos 10 minutos com Karim Benzema que concluiu, sem esforço, bola cruzada de Di María.
Cristiano Ronaldo exibia forma física e técnica exuberantes e José Mourinho, no banco, era show à parte com suas reações curiosas de acordo com o desenrolar dos lances.
Somente na segunda metade do 1º tempo, o City apresentou sinal de vida ofensiva com duas tentativas para testar Iker Casillas.
Na 2ª etapa, empurrado pela torcida e com James Milner, Javi García e Carlos Tevez em campo, os Citizens trataram de forçar o jogo, mas o gol de empate veio somente através de penalidade inexistente de Arbeloa sobre Sérgio Aguero. O próprio argentino bateu e converteu.
No final, empate fatal para o City, que apenas brigará por vaga na Liga Europa, e relegou o Real Madrid à 2ª colocação do Grupo D.
De consolo para Roberto Mancini fica apenas o fato de ter ouvido seu nome ser ovacionado pela torcida Citizen como forma clara de provocação ao Chelsea que demitira mais um técnico.
Com gol de Jack Wilshere, que não marcava havia quase dois anos, além de tento de Lukas Podolski, o Arsenal se garantiu na próxima fase da Champions League.
A vitória por 2×0 sobre o enfraquecido campeão francês do Montpellier foi assistida por 60 mil fãs no Emirates Stadium de Londres.
Na rodada final, o Arsenal cumprirá tabela na Grécia contra o Olympiakos.
Schalke 04 1×0 Olympiakos
Gelsenkirchen, Alemanha
Com gol único do austríaco Christian Fuchs aos 31 minutos do 2º tempo, o Schalke 04 conseguiu segurar a liderança do Grupo B e a classificação para a fase de mata-mata da UCL.
Para o Olympiakos resta a Liga Europa na segunda metade da temporada.
O ótimo Málaga teve começo avassalador contra o Zenit em São Petersburgo, Rússia, com gols do argentino Diego Buonanotte e do uruguaio Sebastian Miglierina, mas permitiu reação e empate dos anfitriões com gols do português Danny Gomes e Viktor Faizulin.
Ainda assim, o Málaga se garantiu como líder definitivo do Grupo C com grande campanha.
Anderlecht 1×3 AC Milan
Em temporada ruim do Milan, a vitória conquistada em Bruxelas traz algum alento para o torcedor rossonero. Tudo graças a mais um gol de Stephan El-Shaarawy (o melhor milanista da temporada), outro gol de Alexandre Pato (já não goza de confiança pelos lados de Milanello após tantas lesões), mas, principalmente, o belíssimo gol de bicicleta do zagueiro francês Philippe Mexes.
Mas que o torcedor milanista não se engane, não foi nenhuma atuação de gala. O time de Massimiliano Allegri, sempre na corda bamba no cargo de treinador, sofreu, sobretudo no 1º tempo. Não fosse a falta de criatividade dos anfitriões, as dificuldades teriam sido maiores.
Os gols, todos no 2º tempo, classificaram o Milan e colocaram o Anderlecht apenas na briga por vaga na Liga Europa contra o Zenit. Ambos jogarão como visitante contra Málaga e Milan, respectivamente, mas poderão contar com o desinteresse dos classificados.
Sim, o Barcelona largou na frente contra o arquirrival Real Madrid no confronto de ida e volta do campeão da Copa do Rei contra o campeão da Liga no Estádio Camp Nou de Barcelona. Mas, o erro final do goleiro Victor Valdez resultou no segundo gol dos visitantes, transformando os confortáveis 3×1 provisórios em 3×2 finais, deixando a disputa em aberto para a partida de Madri.
O 1º tempo começou de forma trivial nas partidas do Barça. Muito ímpeto do adversário tentando mostrar serviço contra o time a ser batido. Tudo isso dura até o momento em que o Barcelona consegue colocar a bola no chão e iniciar seus trabalhos de amplo domínio de possa de bola.
Tito Vilanova repetiria a formação tática (3-4-3) da partida contra o Real Sociedad, tendo como única alteração inicial a escalação de Alexis Sánchez no lugar de Cristian Tello.
No Madrid, José Mourinho vinha com escalação defensiva que incluía o contestado Fábio Coentrão atrás, um meio de campo povoado por Callejón, Mesut Özil, Sami Khedira e Xabi Alonso, deixando Cristiano Ronaldo isolado à frente.
E Mourinho conseguiria seu objetivo na 1ª etapa ao tornar a partida monótona e truncada após alguns minutos de jogo, apesar da tradicional maior posse de bola dos locais.
Xabi Alonso levaria amarelo por falta em Sergio Busquets, Fábio Coentrão desarmaria Alexis Sanchez na área levando o público a reclamar penalidade e Alberloa também levaria amarelo por carga também sobre Busquets. Definitivamente, o jogo tornara-se demasiado físico àquela altura.
As maiores emoções estavam reservadas para o 2º tempo.
Logo aos 9 minutos, escanteio para o Real Madrid onde Cristiano Ronaldo surpreenderia a defesa blaugrana ao vir detrás e cabecear no primeiro pau e marcar.
Alegria merengue que duraria um minuto. Na saída de bola, Javier Mascherano lança Pedro Rodríguez à direita com perfeição que deixa Coentrão para trás na corrida e bate cruzado sem chances para Iker Casillas.
Aos 68 minutos de jogo, Sergio Busquets derruba Andrés Iniesta na área. Lionel Messi bate para desempatar.
Andrés Iniesta se converteria no verdadeiro maestro do jogo ao executar belíssima jogada e lançar Xavi para ampliar.
Os 3×1 davam larga margem de conforto para os catalães na melhor de dois jogos, mas em recuo de bola, o goleiro Victor Valdez perderia posse de bola para Angel di María, promovido ao jogo por Mourinho, para diminuir.
Grande vitória do Barcelona, a primeira de Tito Vilanova nos superclásicos, mas que recebeu ducha de água fria com o segundo gol inesperado do Real Madrid que conseguiu levar a decisão para o Santiago Bernabéu na próxima semana.
Definidas as semifinais da Eurocopa, as expectativas do Velho Continente voltam-se para os confrontos vindouros entre Espanha e Portugal, fazendo o clássico ibérico, e Alemanha e Itália, nada menos que sete títulos mundiais reunidos em uma única partida.
E foi assim que as quatro seleções chegaram até a fase aguda do torneio europeu de nações.
República Tcheca 0X1 Portugal
Varsóvia, Polônia
Cristiano Ronaldo despertou de vez para o torneio europeu e isso é problema sério para os adversários.
O artilheiro da Ilha da Madeira conduziu sua seleção às semifinais fazendo o gol decisivo da partida, despachando os tchecos do goleiro do Chelsea Petr Cech.
O jogo começou com ambas as equipes relutantes em se arriscar no ataque, tanto que a melhor chance do 1º tempo ficou reservada somente para os acréscimos quando Cristiano Ronaldo acertou a trave tcheca.
Já na 2ª etapa, Portugal retornou com mais agressividade e se lançou ao ataque.
A equipe de Paulo Bento criaria diversas oportunidades, encurralando a equipe tcheca no seu campo, limitando-os a jogar defensivamente. Petr Cech teria trabalho.
O gol era questão de tempo, ainda que ele passasse rapidamente e a prorrogação já despontava como possível.
Até que a 11 minutos do final João Moutinho executa cruzamento e Cristiano Ronaldo cabeceia no chão com a bola entrando no alto do gol tcheco após quique no gramado. Portugal na frente para não mais perder a classificação. Vitória justa.
Alemanha 4×2 Grécia
Gdansk, Polônia
Mais uma vez, a Alemanha mostra força de favorita e elimina a Grécia em confronto repleto de ingredientes políticos e econômicos dentro do cenário de crise pelo qual passa a chamada Eurozona, ou os países da União Europeia que adotaram o Euro como moeda corrente.
A Grécia, que começara mal a competição, chegava às quartas-de-final com moral renovada, mas não suficiente para deixar de ser considerada um azarão perante a fortíssima Alemanha.
Some-se a isso a grave crise econômica que assola a Grécia sobretudo.
Refém da política monetária do Banco Central Europeu, praticamente controlado pelos alemães, os gregos vivem cenário de humilhação, desemprego e estagnação, ampliando a dependência do país helênico da poderosa Alemanha, que capitaliza com a economia europeia atrelada à moeda única.
Economia à parte, os alemães foram a campo dispostos a resolver a disputa o mais rapidamente possível.
Os comandados de Joachim Löw iniciaram executando belo jogo com Andre Schurrle marcando, mas tendo seu gol anulado por impedimento.
Os gregos não tinham criatividade sequer eficiência ofensiva. A única chance viria com chute de Grigoris Makos defendido por Manuel Neuer.
De resto, somente a Alemanha atacou. Marco Reus ameaçava o gol grego a todo instante.
O gol inaugural viria com belo chute de longa distância de Philipp Lahm aos 39 minutos.
Quando esperava-se a confirmação da vitória alemã no 2º tempo, os gregos surpreenderiam aos 10 minutos com gol de Georgios Samaras.
Alegria grega que durou exatos seis minutos quando Jerome Boateng consegue efetuar bom cruzamento e Sami Khedira conclui com belo chute. Alemanha na frente.
Daí em diante foi o favoritismo alemão prevalecendo em campo.
Aos 68 minutos, Miroslav Klose ampliaria e em mais quatro minutos seria a vez de Marco Reus ter seu esforço recompensado com o quarto gol alemão.
Os gregos ainda teriam oportunidade de diminuir, justificando o espírito de luta, em cobrança de penalidade com Dimitris Salpingidis. Era o segundo gol da Grécia que tinha despedida honrosa do Euro.
Alemanha na semifinal.
Espanha 2×0 França
Donets’k, Ucrânia
Eis a partida das quartas-de-final mais aguardada.
Não era para menos, afinal os campeões europeus e do mundo recebiam a renascida França de Laurent Blanc.
Na Roja, Vicente Del Bosque escalava Cesc Fábregas no ataque e detrimento de Fernando Torres.
Laurent Blanc vinha com preocupações defensivas e começaria a partida com Mathieu Debuchy atrás e próximo a Anthony Reveillere. Samir Nasri era banco, algo que teria causado certo mal estar entre o atacante e o treinador.
A verdade é que a França pouco ameaçaria os espanhóis, senhores do jogo, que tiveram, para variar, maior posse de bola, mas que criava poucas chances claras de gol.
Aos 19 minutos de jogo, Andrés Iniesta lança Jordi Alba que trabalha a bola no flanco onde Laurent Blanc havia dado mais atenção defensiva e cruza para Xabi Alonso concluir de cabeça. Espanha na frente.
Na 2ª etapa viu-se uma França mais combativa e marcando saída de bola adversária.
Na melhor jogada francesa, em jogada pela esquerda, Debuchy cabeceou com perigo.
Blanc ainda tentaria forçar o jogo com Jeremy Menez e Samir Nasri, sem sucesso.
No final, a Espanha definiria o placar através de penalidade cobrada por Xabi Alonso.
A França de Laurent Blanc progrediu, mas ainda não o suficiente para fazer frente aos espanhóis campeões do mundo.
Inglaterra 0 (2) x (4) 0 Itália
A Itália classificou-se com justiça, mas, como sempre, sofreu. Melodrama italiano à prova de chantagem emocional de qualquer mamma de plantão.
Cesare Prandelli iniciou a partida com Leonardo Bonucci no lugar de Giorgio Chiellini lesionado e promoveu o retorno de Mario Balotelli como titular para enfrentar seus conhecidos colegas ingleses de Premier League.
Os primeiros minutos foram frenéticos com Daniele de Rossi acertando belo chute na trave e troco inglês com arremate dentro da área de Glen Johnson para incrível defesa de Gianluigi Buffon.
E os 15 primeiros minutos de jogo foram os melhores que a Inglaterra conseguiria produzir em todo o jogo. De resto, para os ingleses, os destaques restringir-se-iam a atuações defensivas, principalmente John Terry, gigante na zaga.
Na Itália, Andrea Pirlo era o grande maestro. Verdadeira aula de futebol do meia da Juventus.
Na 2ª etapa, a posse de bola continuou italiana.
De Rossi novamente tentaria de voleio com a bola passando perto do gol de Joe Hart.
O goleiro Citizen teria mais trabalho com chute de Alessandro Diamanti.
Após 90 minutos sem gols, o jogo partiu para a prorrogação e a Itália manteve a iniciativa do jogo.
Balotelli tentaria novamente, mas seu companheiro de Manchester City, Joe Hart, interveio.
No final, Antonio Nocerino teria gol corretamente anulado em posição fora de jogo, após jogada de Diamanti.
E lá foram ingleses e italianos para as cobranças de tiro livre direto.
Pela Itália, Riccardo Montolivo chutaria para fora.
Já na Inglaterra, os Ashleys, Cole e Young, desperdiçaram seus tiros, selando o destino inglês na competição.
Classificação italiana justa, porém sofrida novamente. Pior, agora os italianos estarão mais desgastados para enfrentar a favorita e descansada Alemanha, ainda que o retrospecto italiano seja positivo no clássico.