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VISITANTES CONFIRMAM FAVORITISMO

Os anfitriões Arsenal e Milan até que tentaram, mas sucumbiram em seus erros e limitações frente a Bayern e Atlético Madrid, respectivamente, no segundo dia de disputa dos jogos de ida das oitavas de final da UEFA Champions League. Se em Milão ainda houve algum reconhecimento pelo esforço milanista, em Londres, o alemão Mesut Özil foi eleito o grande vilão da noite.

 

 

acm 0-1 camAC Milan 0x1 Club Atlético de Madrid

Milão, Itália

 

Mais uma vez o Atlético Madrid de Diego Simeone mostrou eficiência e força e obteve grande resultado em Milão frente ao local Milan que permanece repleto de dificuldades na atual temporada.

Até que o time rossonero esforçou-se para superar as limitações técnicas. Aos 15 minutos, Ricardo Kaká acertou a trave do goleiro belga Thibaut Courtois e, logo em seguida, Andrea Poli perdeu grande oportunidade. Kaká perderia nova chance e Mario Balotelli concluiria para longe da meta a última oportunidade milanista da etapa inicial.

acm 0-1 cam 2Para o 2º tempo, o técnico Diego Simeone teve o mérito de renovar a confiança do Atleti e, ainda que o reinício melhor dos anfitriões, aos poucos, começou a controlar as ações.

Diego Costa mostraria o motivo da grande temporada pessoal ao tentar jogada acrobática conclusiva para fora do gol.

No quarto final do jogo, o controle já era espanhol e, em cobrança de escanteio, Ignazio Abate desviaria a bola de cabeça para a área que caiu na direção do bem colocado e desmarcado Diego Costa para concluir também de cabeça, sem chance para Christian Abbiati.

Ao final, o Milan teve chance única de empate com chute poderoso de Adil Rami que passou rasteiro e próximo à trave.

Vitória do eficiente Atlético Madrid de Diego Simeone que foi definido na Itália como “Rei do Oportunismo”. Poucas chances restam ao limitado Milan, apesar do otimismo de Clarence Seedorf.

Apesar do bom futebol, sobretudo na etapa inicial, parece ficar evidente que o problema do Milan não era o treinador Massimiliano Allegri.

 

Arsenal FC 0x2 FC Bayern

Londres, Inglaterra

 

Partida repleta de emoções no Emirates Stadium de Londres com duas penalidades não convertidas, porém decisivas para os rumos do placar.

afc 0-2 fcbJack Wilshere lançou Mesut Özil que foi derrubado pelo companheiro de Seleção Alemã, Jerome Boateng. O próprio Özil cobrou e Manuel Neuer defendeu sem grande esforço. Cobrança ruim do alemão do Arsenal que serviu para elevar o tom das críticas em relação a seu desempenho e condições técnicas e físicas na equipe inglesa.

Mais adiante, outra penalidade, agora cometida pelo goleiro polonês Wojciech Szczesny sobre Arjen Robben. Lance que fez com que o árbitro italiano Nicola Rizzoli expulsasse o arqueiro Gunner, tornando a partida quase invencível para os anfitriões com dez homens em campo. David Alaba perderia a oportunidade de converter.

afc 0-2 fcb 3Na 2ª etapa, o Arsenal apenas viu os comandados de Josep Guardiola tocarem a bola e tramarem as ações.

Tamanha posse de bola transformou-se em gol aos 53 minutos com potente e preciso chute de Toni Kroos.

Ao final, os atuais campeões europeus e mundiais tornariam a situação do Arsenal ainda pior com gol de Thomas Muller aos 87 minutos.

Tal foi o êxito bávaro que Guardiola deu-se ao luxo de manter importantes jogadores como Bastian Schweinsteiger no banco de reservas.

Já no pós-jogo, o técnico do Arsenal, Arsene Wenger, afirmaria que a arbitragem “matou o jogo”, referindo-se à expulsão de Szczesny. Contudo, Wenger também teve que dar explicações sobre a escalação do jovem atacante francês Yaya Sanogo (22 anos) ao lado de Alex Oxlade-Chamberlain em detrimento do mais experiente Olivier Giroud. De fato, Sanogo teve atuação apagada e as críticas em Londres também foram direcionadas à decisão do comando técnico.

Agora os Gunners agarram-se à vitória por 0x2 obtida em Munique na edição passada da UCL como forma de manter acesa a chama da esperança de classificação às quartas de final, porém a questão é saber se o Bayern concederá novamente tal brecha para tão grande desespero de causa.

EURO – GRUPO D: HERÓI SHEVCHENKO

No dia do grupo D iniciar suas atividades, Andriy Shevchenko, veterano craque ucraniano, ex-Milan, rouba a cena do dia e leva sua seleção co-anfitriã a vitória de virada sobre a Suécia em Kiev para delírio da torcida local.

 

 

Andriy Shevchenko

FRANÇA 1×1 INGLATERRA

Donets’k, Ucrânia

Em outro grande clássico europeu, repleto de jogadores que atuam nas principais ligas nacionais do mundo, a França joga melhor, mas apenas empata com a Inglaterra.

Os ingleses vinham para o Euro em clima relativamente conturbado, pós saída inesperada de Fabio Capello e muita indefinição para a definição do novo treinador, Roy Hodgson.

Os franceses, renascidos sob a batuta de Laurent Blanc após o vexame dentro e fora de campo da Copa do Mundo de 2010, começam a colher os frutos e reviver seus melhores tempos protagonizados pelo próprio Blanc e sob comando do inesquecível Zinedine Zidane.

Os ingleses começaram melhor. Por pelo menos 10 minutos, os ingleses, astros da Premier League, ditaram as regras.

Hodgson colocava Alex Oxlade-Chamberlain, do Arsenal, como titular, mas tinha a enorme ausência de Wayne Rooney, suspenso.

Mas, logo os franceses começaram a tocar a bola e passaram a tomar as rédeas da partida.

Quando a França parecia conduzir o jogo a seu estilo preferido, os ingleses abriram o placar aos 30 minutos em lance de bola parada. Steven Gerrard, ao melhor estilo David Beckham, colocou na área de forma perfeita para Joleon Lescott concluir de cabeça.

Mas a França era melhor e menos de 10 minutos depois, Samir Nasri empataria em chute perfeito no canto do companheiro de Manchester City, o goleiro Joe Hart.

Na comemoração, Nasri mostraria o dedo no rosto, no clássico gesto de silêncio, aparentemente em direção ao banco de reservas inglês. Mais tarde, o francês afirmaria que o “cala a boca” em questão era direcionado à imprensa francesa que o criticara nos últimos tempos.

 

Samir Nasri fazendo sinal de silêncio na comemoração do gol

O 2º tempo foi menos movimentado com algumas oportunidades de bola parada da Inglaterra.

Já os franceses tiveram Karim Benzema tentando explorar o cansaço e as contusões inglesas, especialmente sobre Scott Parker.

No final, empate de 1×1 com superioridade francesa sobre os ingleses, sobretudo no 1º tempo.

 

UCRÂNIA 2×1 SUÉCIA

Kiev, Ucrânia

Em partida de encerramento da primeira rodada do Euro, os co-anfitriões receberam a Suécia na capital Kiev e obtiveram vitória consagradora para o veterano Andriy Shevchenko que marcou ambos os gols ucranianos na virada por 2×1.

O jogo estava polarizado em cima de dois grandes artilheiros, coincidentemente o atual e o antigo artilheiro do Milan, o próprio Shevchenko e Zlatan Ibrahimovic.

Após 1º tempo que começou morno e terminou mais agitado, os gols saíram todos na etapa final.

Aos 52 minutos, Yevhen Selin estava caído sentindo lesão, mas o jogo prosseguiu. Sebastian Larsson cruzou, Kim Kalsstrom dominou e passou rasteiro para Ibra concluir.

Alegria sueca que durou pouco. Três minutos depois, Andriy Yarmolenko cruza e Sheva marca o empate.

Mais seis minutos e chegaria o momento da máxima consagração de Shevchenko na partida quando o ex-milanista aproveitou cobrança de escanteio de Yevhen Konoplyanka.

Antes do final, o técnico Oleg Blokhin substituiria o ídolo veterano para ovação total do estádio em Kiev.

Vitória dos co-anfitriões e de Shevchenko sobre Ibrahimovic e liderança do grupo para a Ucrânia.

E AGORA WENGER?

Algo que parecia inacreditável para o futebol inglês – sempre preciso, profissional e planejado – aconteceu neste domingo no Emirates Stadium de Londres, mais especificamente durante o 2º tempo da partida que marcou a vitória do Manchester United por 2×1 sobre os anfitriões do Arsenal, quando o técnico “gunner” Arsene Wenger decidiu substituir o atacante Alex-Oxlade-Chamberlain por Andrey Arshavin e os fãs responderam com vaias à decisão do confuso treinador.

Arsene Wenger

Foi a terceira derrota consecutiva do Arsenal na Premier League. A situação de Wenger ao final da partida era tão embaraçosa em Londres que o francês contou com a solidariedade de Alex Ferguson, seguramente ciente do momento ruim do colega.

O jogo teve seu equilíbrio até os 30 minutos quando o Manchester United começou a ter domínio das ações.

O goleiro Wojciech Szczesny fez grande defesa em tentativa de Nani, mas foi Antonio Valencia que abriu o placar antes do intervalo.

Valencia abre o placar em Londres para o United

A 2ª etapa teve amplo predomínio do Arsenal durante os 15 minutos iniciais, Robin Van Persie perderia gol incrível após escorregão de Chris Smalling no meio de campo que provocaria contra-ataque mortal dos anfitriões, mas uma sequência equivocada de passes que causaram perigosas jogadas ofensivas do United reequilibrou as ações. Per Mertesacker tiraria bola quase em cima da linha em conclusão de Danny Welbeck.

Curiosamente, quando os visitantes voltaram a dominar a partida, Robin Van Persie recebe bola e acerta chute cruzado de difícil conclusão empatando o placar após contra-ataque veloz.

Aí veio a decisão polêmica de Wenger. A substituição de Chamberlain por Arshavin parecia mais uma loucura do francês. Outros viram inabilidade ou simplesmente falta de criatividade ou de ideias. Fato é que as vaias da torcida tiveram freqüência ampliada após alguns erros defensivos do russo.

Tudo piorou com o gol de Danny Welbeck após tabela entre Valencia e Ji-Sung Park aos 36 minutos.

Gol que selou o resultado do jogo.

Arsene Wenger, mais do que nunca, é contestado no comando do Arsenal. E a pergunta fatal é a seguinte: teria chegado a hora de substituí-lo ao final da temporada?

Ruim para o Arsenal que está sempre mais distante da zona de classificação da Champions e, principalmente, dos líderes na 5ª colocação com 36 pontos.

Excelente para o United que não permitiu o maior afastamento do rival e líder Manchester City que havia vencido, pouco antes, o Tottenham por 3×2 com gol em cima da hora de Mario Balotelli de pênalti, aos 95 minutos de jogo mais precisamente, em partida com excelente 2º tempo quando os cinco gols foram anotados.

Agora o City está com 54 pontos na liderança e o United sobe para 51 no 2º lugar.

Reverências também ao Tottenham. Os Hotspurs dificultaram a vida dos líderes em Manchester com excelente atuação de Gareth Bale, o melhor em campo, e permanecem em 3º lugar com os mesmos 46 pontos.

O Chelsea perdeu oportunidade de se aproximar da 3ª colocação ao abrir a 22ª rodada com mero empate contra o Norwich City por 0x0. Agora são 41 pontos para os 4º colocados.

Ainda a destacar, a expressiva vitória do modesto Fulham por 5×2 sobre a ex-surpresa da temporada, o Newcastle. Foram três gols do estadunidense Clint Dempsey. O Newcastle permanece na cola do Arsenal com 36 pontos. O Fulham conseguiu subir para o 12º lugar com 26. Já o Liverpool voltou a decepcionar ao sair para enfrentar o Bolton e perder por 3×1. Temporada para os fãs do Liverpool esquecerem por ora.

Na semana, a Inglaterra realiza rodada eliminatória da Carling Cup, a Copa da Liga Inglesa.

BOMBARDEIO BARÇA

Lionel Messi: 24 anos e 194 gols na carreira

Sem perdão. Assim foi o Barcelona em Minsk, Bielorrússia, contra o “sparring” saco de pancadas dos campeões europeus, o BATE Borisov, que levou impiedosos 5×0 com dois gols do genial Lionel Messi pela 2ª rodada do grupo H da UEFA Champions League.

 Não bastasse toda a superioridade catalã, o meio-campista Aleksandr Volodko resolveu dar a mãozinha inicial para o “passeio Barça” ao marcar contra o patrimônio e abrir o placar.

 Pedro ampliou na sequência e Lionel Messi fez o seu primeiro gol antes do intervalo graças a nova falha defensiva do BATE Borisov, desta vez de autoria do goleiro Aleksandr Gutor.

 O passeio era flagrante. Mesmo com o pé no freio, o Barça mantinha aqueles tradicionais 70% de posse de bola na partida (73% neste jogo!). Messi ampliou com belo chute forte e alto aos 11 minutos do 2º tempo. No final, David Villa ainda marcou o quinto gol do Barça.

 Quando se vê tal espetáculo de Messi e companhia, logo vem a indagação: quem poderá parar o Barcelona?

 Candidatos há. Especulou-se sobre a capacidade do time de Josep Guardiola manter o altíssimo nível da temporada passada. A dúvida veio à tona quando o time empatou alguns jogos.

 Pois bem, a média superior a três gols por partida deve desmentir as suspeitas. Alguns desfalques em certos momentos reforçam os argumentos pró-Barça.

 Voltando aos candidatos a bater os catalães, sem dúvida que Real Madrid e Bayern de Munique são os mais habilitados até o momento, não desprezando o Manchester United, completo e com Alex Ferguson acertando na montagem da equipe para o eventual confronto, diferente da final de maio último em Wembley.

 

Zlatan Ibrahimovic: sempre o melhor "rossonero" em campo

Na outra partida do grupo, o Milan recebeu o Viktoria Plzen no Estádio San Siro de Milão.

 O outrora copeiro Milan mostra-se sonolento, sem apetite neste início de temporada. Claro, os sete desfalques no elenco pesam. Mas, ao ver a equipe de Massimiliano Allegri em campo, conclui-se que os rubro-negros gostariam que o mundo acabasse em barranco.

 A vitória por 2×0 foi construída a muito custo no 2º tempo e graças a pênalti interpretativo após a bola de Zlatan Ibrahimovic tocar no braço de Marian Cisovsky. Antonio Cassano fez o segundo e definiu a partida para o Milan que fez apenas o suficiente para vencer e garantir o segundo lugar no grupo com os mesmos 4 pontos do líder Barcelona, mas atrás em gols.

 Pelo grupo E, o Chelsea foi a Espanha enfrentar o Valencia, vencia por 1×0 até os 42 minutos do 2º tempo, mas concedeu penalidade e Roberto Soldado empatou. 1×1 no final.

 Já na Alemanha, o Bayer Leverkusen derrotou o Genk por 2×0 com gols de Lars Bender e de Michael Ballack nos acréscimos.

 Após a rodada, o grupo ficou embolado. Diferença exata de 1 ponto entre cada equipe. O Chelsea lidera com 4 pontos. Bayer Leverkusen tem 3, Valencia está com 2 pontos e o Genk é o lanterna com 1. Todos permanecem com chances de classificação.

 

André Santos vibra com seu gol

Se as coisas não vão bem para o Arsenal de Arsene Wenger na Premier League, o alívio das tristezas encontra-se na Champions. Os “Gunners” receberam os gregos do Olympiacos no Emirates Stadium de Londres e fizeram 2×1. Alex Oxlade-Chamberlain abriu o placar aos 8 minutos e, acredite se quiser, André Santos ampliou aos 20. David Fuster diminuiu 7 minutos depois. Com o gol de hoje, Chamberlain tornou-se o mais jovem jogador inglês a marcar na UCL. Já para André Santos foi providencial fazer o seu. Mal chegara e o brasileiro já era contestado após falhas na Premier League.

 Tudo muito bem para os ingleses, mas o líder do grupo é o Olympique Marseille que fez surpreendentes 3×0 no Borussia Dortmund. A surpresa não está na vitória, afinal, o jogo era em Marseille. Normal que os locais vençam. O que o técnico Jürgen Klopp não imaginaria sequer nos piores pesadelos é a extensão do placar.

 O dois gols de André Awey, além do tento de Loïc Remy serviram para mostrar a Europa a competência do trabalho do técnico Didier Deschamps.

 São duas vitórias e 6 pontos para o Marseille, o Arsenal fica com 4. Preocupante é a situação do Dortmund: apenas 1 ponto e distante da zona de classificação. O Genk está sem pontos.

 Virada em São Petersburgo garantiu a vitória dos anfitriões do Zenit contra o FC Porto pelo grupo G. James Rodriguez abriu o placar para os portugueses, mas Roman Shirokov marcou dois e fez a alegria da torcida local. Danny fechou os 3×1 para os russos. Foi a primeira vitória do Zenit. Decepção para os portistas que, após boa estreia, amargaram derrota inesperada fora de casa.

 Na outra partida, o brasileiro Jadson livrou o Shakhtar Donetsk de derrota em casa para o APOEL. Os cipriotas abriram o placar no 2º tempo com Ivan Trickovski. O empate final veio 3 minutos após. 1×1 no final.

 Disputa parelha na classificação do grupo. O APOEL lidera com 4 pontos, Zenit e Porto ficam com 3 e o Shakhtar Donetsk tem 1 ponto. Todos seguem com chances de classificação.

 Segunda rodada da Champions finalizada. A lógica prevalece em alguns grupos como o H de Barcelona e Milan. Em outros, indefinição, e, ainda em outros, favoritos ficando para trás até o momento.

 A próxima rodada da UCL rola nos dias 18 e 19 de outubro.