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A SALVAÇÃO DO SEMESTRE

Após o encerramento da “tediosa” primeira fase do Campeonato Paulista temos definidos os seguintes confrontos: São Paulo x Penapolense, Ponte x Corinthians, Mogi x Botafogo-SP e o clássico do mata-mata, ou melhor “mata”, já que se trata de um jogo único, Santos x Palmeiras.

Não vou entrar na questão que envolve o regulamento da competição, pois pretendo reservar um post apenas para debater tal assunto. O fato é, que o atual formato do estadual mais disputado do Brasil, infelizmente só permite que o torneio pegue fogo, após 4 longos meses.

Em relação ao Santos, que nada tem a ver com isso, o Paulistão apesar de “sem graça” para todos torna-se a grande prioridade do semestre, até porque a equipe santista busca um feito inédito e histórico, afinal de contas, nenhum time (na era profissional) foi Tetra Campeão Paulista.

Por isso, a salvação para o marasmo que toma conta da temporada alvinegra pode ser justamente o título do torneio. E se analisarmos friamente as circunstâncias, isso tem tudo para acontecer.

Principalmente pelo fato dos times grandes estarem focados na Libertadores, sendo assim, o caminho rumo ao tetra se mostra, teoricamente, menos árduo. Vale lembrar também que o Santos deve jogar sempre completo, já Palmeiras nas quartas e São Paulo e Corinthians em uma possível final devem poupar jogadores, evidentemente, caso avancem na competição sul-americana.

Portanto, o semestre do Santos parece depender do título estadual e de fato, com os fatores levantados, será que o time adquiri uma espécie de “obrigação” de ser campeão ou os grandes paulistas também entram forte na briga?

Somente os próximos jogos poderão responder…

Está dada a largada para o Paulistão, finalmente!

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ATÉ QUANDO?

As primeiras fases das Copa do Brasil vivem nos revelando surpresas e zebras históricas. De fato, muitos foram os clubes grandes que sofreram com Asas de Arapiraca, CSA´s e Paulistas de Jundiaí.

O primeiro adversário do Santos na competição atual não chegava a assustar, tanto que seria obrigação do time de Neymar e Cia eliminar o jogo da volta.

Contudo, a zebra não veio, mas cumprir o papel de folgar na segunda partida, também não. Um segundo tempo sonolento lá no Piauí foi o suficiente para o Santos garantir o “bicho” do adversário e o sonho de muitos dos jogadores em atuar na Vila Belmiro.

A frase emblemática de Neymar, após o primeiro jogo,  “Na Vila o bicho pega”, até inspirou pouco mais de 8,000 santistas a comparecerem ao estádio e é claro que, as expectativas eram grandes em torno de uma possível goleada ou pelo menos um futebol mais vistoso do que o apresentado até agora na temporada.

Entretanto, nem goleada, nem bom futebol marcaram a classificação alvinegra. O que se viu em campo, mais uma vez, foi um time desinteressado e sem vibração. Vale ressaltar que, se o Flamengo-PI fosse um pouquinho mais qualificado teria complicado a vida do Santos e até mesmo eliminado a equipe em plena Vila Belmiro.

Mesmo assim, a medíocre peleja foi o suficiente para o Santos avançar. A pergunta que fica é: até quando jogar pro gasto fará a equipe seguir adiante?

Digo isso, pois, mesmo com esse futebol descompromissado, o time vive situação confortável tanto no Paulista, quanto na Copa do Brasil. Resta saber se quando cruzar com um adversário mais complicado, a história se repetirá.

O fato é que o Santos Futebol Clube, protagonista dos últimos anos no futebol brasileiro, hoje, não passa de um mero coadjuvante no cenário nacional.

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DEIXEM O GAROTO EM PAZ!

Não é de hoje que a imprensa bombardeia o público com especulações sobre a saída de Neymar do Santos. Pra ser mais exato, desde que o garoto ascendeu ao profissional cogita-se a sua ida para Europa. Os que defendem a saída do garoto alegam que Neymar jamais será o “melhor do mundo” se não jogar em um grande europeu.

Eu que defendo sua permanência acredito que ele não deveria se importar com esse título concedido pela Fifa de “melhor jogador do mundo”. Sem querer comparar, mas muitos jogadores geniais não tiveram a oportunidade de participar de tal premiação e ninguém discute que eles foram os melhores do mundo de suas épocas, aliás, não só de suas épocas, mas englobando toda história do futebol.

Zico, Tostão, Ademir da Guia, Rivelino, Maradona, Cruyff, Puskas e é claro o Rei Pelé. De fato, são inúmeros os exemplos de jogadores que foram os melhores de suas épocas e não precisaram de um troféu ou um título para provar isso.

Agora, porque o mesmo não pode acontecer com Neymar?  Será mesmo que com o futebol que ele joga, ele seria só mais um na Europa? Teria que provar tudo novamente?

Sinceramente, sem medo de arriscar, acredito que o garoto seria protagonista em qualquer cenário, seja na Europa, na China, aonde for. Portanto, não há a necessidade do Neymar sair do país para comprovar seu talento. Aqui o garoto é feliz, se sente bem, é adorado pelos torcedores de seu clube e o mais importante, está perto de sua família.

Entretanto, o mais lamentável dessa história toda, não é a ânsia que muitos têm pela saída do garoto. O que mais incomoda, de fato, é o tratamento que dão ao melhor jogador brasileiro em atividade. É “pipoqueiro” pra lá, “cai-cai” pra cá, juízes punindo suas comemorações, zagueiros agressivos tentando quebrar sua perna, cabeças de bagre provocando e imprensa contestando.

Ora, mas não foi a própria mídia que criou o estrelato do Neymar? Por qual motivo agora o criticam?

Cada passo de Neymar é uma capa de jornal, uma manchete. É o seu cabelo que mudou, sua nova namorada, suas fotos nas redes sociais…

Imagine um garoto de 21 anos que em 4 anos como jogador já atingiu o status que Neymar atingiu. Dinheiro, badalação, fama, tudo isso mexe muito com a cabeça de um menino. Por sorte, o seu staff é muito bem preparado e evita que sua carreira tome um caminho conturbado, como  aconteceu com o Ganso, por exemplo.

O fato é que precisamos parar de pegar no pé do garoto, parar de forçar a sua saída. Vamos focar a atenção, as capas de jornal e as notícias no seu futebol, no seu talento. Ele é um atleta como qualquer outro, que pode oscilar, ter seu momento ruim, mas uma coisa é certa, ele não precisa provar mais nada a ninguém.

Portanto, deixem o garoto em paz! Afinal, se acham que está ruim com ele, imagine sem…

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CLÁSSICO DE AMIGOS, ERROS E DECIDIDO PELO MELHOR DO BRASIL NEYMAR!

A Vila Belmiro foi palco de mais um clássico Sansão na tarde deste domingo, com um ingrediente a mais, a volta de P. H Ganso que foi hostilizado desde que colocou os pés na cidade de Santos por ter trocado o Peixe pelo Tricolor do Morumbi. Amigos desde as categorias de base Neymar e Ganso não ligaram para os xingamentos da torcida e mataram a saudade com um longo abraço. No jogo Neymar, como sempre decidiu, Ganso não jogou mal no primeiro tempo mas longe de conseguir ter o poder de fogo do craque Santista. Com erros de arbitragem o Tricolor foi prejudicado mas o Santos soube aproveitar as oportunidades e sacramentar um 3 x 1 no primeiro clássico paulista do ano.

 

O Primeiro tempo apresentou duas equipes muito parecidas, do lado santista Neymar com seus dribles e arrancadas sempre levava perigo e do lado São Paulino o conjunto prevalecia ao brilhantismo de qualquer jogador. O Tricolor teve excelente oportunidade com Luis Fabiano que perdeu gol claro após sobra em chute de fora da área. Oportunidade esta que não foi desperdiçada pelo lado Santista que após sobra na área Neymar toca para Miralles que só teve o trabalho de tirar do arqueiro Denis. O Tricolor ainda teve um gol erroneamente anulado pela bandeira após marcar impedimento de Luis Fabiano que estava em posição legal após cabeçada para o fundo das redes de Rafael.

 

Na saída do primeiro-tempo Ganso foi completamente achincalhado pela torcida santista que o chamou de mercenário e jogou moedas e notas falsas xingando o atleta que preferiu trocar o time da baixada pelo Tricolor do Morumbi demonstrando ingratidão com o clube que o formou.

 

No Segundo-Tempo o Santos começou melhor e dominava as melhores chances até que Neymar em uma arrancada impressionante foi derrubado por Paulo Miranda e marcou novamente contra o Tricolor, que tem sido um dos seus principais alvos nos últimos anos.

 

O Tricolor ainda tomou fôlego após a entrada de Douglas e Cañete no lugar de Paulo Miranda e P.H Ganso, o São Paulo melhorou e diminuiu o marcador após linda cobrança de falta de Jadson que vem sendo um dos principais jogadores do time em 2013.

 

A alegria tricolor não durou muito tempo, já que em nova assistência de Neymar, Miralles sozinho cabeceou para dar números finais ao SANSÃO e sacramentar a vitória santista diante de um São Paulo que levou o 7º gol em dois jogos e passa a preocupar Ney Franco.

 

Neymar mostrou que pode decidir um jogo, enquanto seu “cumpadre” Ganso ainda tem muito há provar para a torcida São Paulina. Com certeza esse duelo ainda vai dar muito o que falar no decorrer de 2013 e que venham mais clássicos SANSÃO com Maestria e Ousadia para alegrar os torcedores.

Cumpadres
Cumpadres

O REENCONTRO

A maioria dos campeonatos de início de temporada ainda estão em “marcha lenta”, principalmente para os times grandes, que usam os estaduais para testar as equipes de olho em competições mais interessantes, seja Copa do Brasil ou Libertadores da América.

Porém, o primeiro clássico do Paulistão tinha o seu diferencial, o reencontro do ex-jogador santista Paulo Henrique Ganso com a torcida alvinegra. O camisa 8 do tricolor nem havia pisado no gramado de Vila Belmiro, mas o simples anunciar de seu nome nos auto-falantes do estádio já motivaram os santistas a hostilizarem o meia. Apesar da pedida da joia santista para que a torcida pegasse leve com seu companheiro, o torcedor simplesmente deu de ombros e o sentimento falou mais alto, infelizmente, passando até dos limites com o arremesso de moedas e outros objetos no jogador adversário.

“Mercenário”, “Traíra” e uma série de outros “agrados” por parte dos torcedores infernizaram o jogador durante os 70 minutos em que permaneceu em campo. De fato, até o juiz apitar o início da partida, o protagonista da partida era mesmo Paulo Henrique Ganso, mas quando a bola rolou deu a lógica e mais uma vez, Neymar reinou.

No duelo saudável, Neymar x Ganso, o craque santista deu show e só não fez chover na Vila Belmiro. As duas assistências precisas para Miralles, além da criação e execução do pênalti que resultou no segundo gol do Santos decidiram o clássico.

Em relação ao jogo em si, de um lado um Santos em formação que soube explorar os erros do adversário e foi cirúrgico quando teve suas chances, do outro, um São Paulo mais arrumado, mas que falhou muito no sistema defensivo e teve um gol equivocadamente anulado pela arbitragem. Não dá pra cravar muita coisa após uma 5° rodada de campeonato, todavia, os times começam a mostrar as suas caras e quando o certame afunilar já teremos o que prever para o restante da temporada.

No reencontro de Ganso com o Santos, brlhou Neymar, como sempre. Afinal, seja qual for o palco ou a circunstância, atualmente, no cenário nacional, ele reina soberano.

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Voltando às tradições das notas quando há um clássicos, aí estão elas:

Rafael – Fez duas boas defesas e impediu a reação do São Paulo. — Nota: 6

Bruno Peres – Apareceu pouco no ataque e segurou bem o lado esquerdo adversário. — Nota: 6

Neto – Melhor atuação com a camisa alvinegra. — Nota: 6,5

Durval – Discreto. — Nota: 5

Guilherme Santos – Sofreu com Cañete e Jádson, mostrou-se fraco na marcação. — Nota: 4

Renê Júnior – Marcador e bom passador, anulou Paulo Henrique Ganso. — Nota: 6

Arouca – Não vem atuando bem na temporada, no clássico não comprometeu. — Nota: 5

Cícero – Arriscou alguns bons chutes e se apresentou bem ao ataque. — Nota: 6

Montillo – Teve relampejos de bom futebol, ainda falta muito pra justificar o investimo e a alcunha de “mais cara contratação da história do clube”.  — Nota: 5,5

Neymar – Protagonista mais uma vez, infernizou os zagueiros tricolores, além de duas assistências e a bela jogada do 2° gol feito por ele.  — Nota  8

Miralles – Cirúrgico quando lhe cabe, roubou há tempos a vaga de André. — Nota 7,5

Felipe Anderson – Pouco tempo para uma avaliação. Sem nota

Muricy Ramalho – Mais uma vez contou com o seu astro, fez apenas uma substituição, sacando um volante e colocando um meia, o que manteve a posse de bola com o Santos e colaborou na manutenção do resultado positivo. — Nota 6,5