Arquivo da tag: Giva

UMA NOVA GERAÇÃO?

Início da temporada e o Santos conquista a Copa São Paulo de Futebol Júnior, o “charmoso” torneio que aquece o calendário futebolístico do Brasil. Logo, paira sobre todos a pergunta: Seria essa uma nova geração de meninos da Vila?

Pois bem, me lembro que na ocasião comentei acerca do assunto e coloquei minha opinião no texto “Grife Alvinegra“, que trata justamente de uma espécie de diferencial do Santos em revelar moleques bons de bola.

De fato, algo que pode ser considerado místico ou até mesmo sorte. O fato é que Giva, Neílton, Leandrinho, Pedro Castro, Gustavo Henrique e Émerson, nomes pouco conhecidos no cenário nacional, estão dando corpo e cara a esse novo Santos.

Há muito a equipe não tinha uma identidade, uma forma de jogar, o que era muito cobrado na época de Muricy.

Alias, por falar em técnico, até o comandante atual da equipe santista pode-se dizer que é um “moleque” da base. Claudinei Oliveira, mais um desconhecido colocado como “tapa buraco”, mas que vai se consolidando na vaga com um trabalho consistente e promissor.

Ciente das limitações do time e sem descarregar a responsabilidade nas costas dos jovens jogadores, o treinador tem dado a oportunidade de todos mostrarem o seu valor. O interessante é que logo em um clássico, os meninos mostraram personalidade e se não foram e não são brilhantes, pelo menos são disciplinados taticamente e conseguiram dominar um “calejado” e experiente São Paulo, em pleno Morumbi.

Ainda é cedo para cravar alguma coisa, mas se realmente há uma tendência em acharmos que qualquer jovem oriundo da base santista será um novo “Robinho” ou “Neymar”, porque não acreditar em uma nova geração de meninos da Vila?

Afinal de contas, esse tal “raio” parece gostar de cair duas, três, quatro vezes no mesmo lugar…

giva_rib-2

ATÉ QUANDO?

As primeiras fases das Copa do Brasil vivem nos revelando surpresas e zebras históricas. De fato, muitos foram os clubes grandes que sofreram com Asas de Arapiraca, CSA´s e Paulistas de Jundiaí.

O primeiro adversário do Santos na competição atual não chegava a assustar, tanto que seria obrigação do time de Neymar e Cia eliminar o jogo da volta.

Contudo, a zebra não veio, mas cumprir o papel de folgar na segunda partida, também não. Um segundo tempo sonolento lá no Piauí foi o suficiente para o Santos garantir o “bicho” do adversário e o sonho de muitos dos jogadores em atuar na Vila Belmiro.

A frase emblemática de Neymar, após o primeiro jogo,  “Na Vila o bicho pega”, até inspirou pouco mais de 8,000 santistas a comparecerem ao estádio e é claro que, as expectativas eram grandes em torno de uma possível goleada ou pelo menos um futebol mais vistoso do que o apresentado até agora na temporada.

Entretanto, nem goleada, nem bom futebol marcaram a classificação alvinegra. O que se viu em campo, mais uma vez, foi um time desinteressado e sem vibração. Vale ressaltar que, se o Flamengo-PI fosse um pouquinho mais qualificado teria complicado a vida do Santos e até mesmo eliminado a equipe em plena Vila Belmiro.

Mesmo assim, a medíocre peleja foi o suficiente para o Santos avançar. A pergunta que fica é: até quando jogar pro gasto fará a equipe seguir adiante?

Digo isso, pois, mesmo com esse futebol descompromissado, o time vive situação confortável tanto no Paulista, quanto na Copa do Brasil. Resta saber se quando cruzar com um adversário mais complicado, a história se repetirá.

O fato é que o Santos Futebol Clube, protagonista dos últimos anos no futebol brasileiro, hoje, não passa de um mero coadjuvante no cenário nacional.

370--1609neymar_HH

GRIFE ALVINEGRA

Grife: relacionado ao que se caracteriza como um produto de luxo, destacado pela assinatura ou marca de seu fabricante.

Se analisarmos tal significado e transportarmos o mesmo para o universo futebolístico há quem vá dizer que estou comparando um jogador de futebol a um mero “produto”, porém afastando-se dessa visão “ao pé da letra”,  o intuito de começar o texto expondo a palavra em questão e sua respectiva definição é justamente destacar algo peculiar que ocorre com o Santos Futebol Clube, a facilidade em revelar jogadores.

Ora, mas o que isso tem a ver com grife ? Você deve estar se perguntando. Muito simples, eu respondo.

Com o passar do tempo e o surgimento de grandes craques advindos do Santos, a base alvinegra ficou conhecida no Brasil e no mundo como a grande “reveladora” de craques, e não é pra menos, já que dela surgiram “simplesmente” Pelé, o maior de todos os tempos e Neymar, o melhor jogador brasileiro da atualidade. De fato, sem tecer comparações Pelé e Neymar são os grandes expoentes da fama que o Santos carrega de gerar meninos promissores para o nosso futebol.

A partir disso, sabemos que qualquer garoto que mostra algum talento e atua na base do clube já desperta grande interesse do público gerando uma série de especulações, tais como: outro Neymar ? mais um Diego ou Paulo Henrique Ganso ? E esse moleque franzino será o novo Robinho ?

E é justamente dessas perguntas que pairam na cabeça de torcedores e da imprensa que me ocorreu relacionar a base alvinegra com uma espécie de “grife”. Afinal de contas, quem nunca comprou uma camiseta simplesmente por ela ser da marca “x” ou “y” ?

É fato que costumamos atribuir e relacionar qualidade à marca ou ao fabricante de um determinado produto e isso atinge todos os âmbitos. Por exemplo: alguém se lembra do Thiago Luis ?

Pois bem, o mesmo está sem clube e nunca chegou a vingar atuando pelo Santos. Porém, quando o mesmo surgiu na Copa São Paulo de 2008 chegou a ser comparado a Lionel Messi, pasmen, mas foi essa a manchete que estampou os jornais espanhóis da época. Ao contrário da absurda expectativa criada, o jogador não chegou nem perto da capacidade do craque argentino, alias passou muito, mas muito longe.

Por isso, é óbvio que nem todo garoto revelado na base alvinegra irá se tornar um gênio da bola, entretanto, existe algo inexplicável que faz do peixe um clube diferente, uma “grife”, de fato. E hoje, mais uma vez campeão da Copa São Paulo de Futebol Jr. o clube passa a ter as atenções voltadas para si, aquelas perguntas e especulações ressurgem e os possíveis sucessores de “Neymar e cia” já querem beliscar a sua vaguinha no time de cima. Porém é sempre bom lembrar que nem sempre vencer tal competição é sinônimo de revelar grandes nomes. Mas é bom ficar de olho, porque quando o campeão é o Santos não dá pra descartar a hipótese de um novo craque. Vai que raio cai mais uma vez no mesmo lugar…

Enfim, Parabéns aos campeões e a todos os participantes da copinha !
Que os novos garotos frutos dessa competição possam abrilhantar os gramados nacionais e trazer muitas alegrias a suas respectivas torcidas, afinal de contas, mais que uma “grife alvinegra” existe uma “grife brasileira”, a maior e mais respeitada dentre todas.