O REENCONTRO

A maioria dos campeonatos de início de temporada ainda estão em “marcha lenta”, principalmente para os times grandes, que usam os estaduais para testar as equipes de olho em competições mais interessantes, seja Copa do Brasil ou Libertadores da América.

Porém, o primeiro clássico do Paulistão tinha o seu diferencial, o reencontro do ex-jogador santista Paulo Henrique Ganso com a torcida alvinegra. O camisa 8 do tricolor nem havia pisado no gramado de Vila Belmiro, mas o simples anunciar de seu nome nos auto-falantes do estádio já motivaram os santistas a hostilizarem o meia. Apesar da pedida da joia santista para que a torcida pegasse leve com seu companheiro, o torcedor simplesmente deu de ombros e o sentimento falou mais alto, infelizmente, passando até dos limites com o arremesso de moedas e outros objetos no jogador adversário.

“Mercenário”, “Traíra” e uma série de outros “agrados” por parte dos torcedores infernizaram o jogador durante os 70 minutos em que permaneceu em campo. De fato, até o juiz apitar o início da partida, o protagonista da partida era mesmo Paulo Henrique Ganso, mas quando a bola rolou deu a lógica e mais uma vez, Neymar reinou.

No duelo saudável, Neymar x Ganso, o craque santista deu show e só não fez chover na Vila Belmiro. As duas assistências precisas para Miralles, além da criação e execução do pênalti que resultou no segundo gol do Santos decidiram o clássico.

Em relação ao jogo em si, de um lado um Santos em formação que soube explorar os erros do adversário e foi cirúrgico quando teve suas chances, do outro, um São Paulo mais arrumado, mas que falhou muito no sistema defensivo e teve um gol equivocadamente anulado pela arbitragem. Não dá pra cravar muita coisa após uma 5° rodada de campeonato, todavia, os times começam a mostrar as suas caras e quando o certame afunilar já teremos o que prever para o restante da temporada.

No reencontro de Ganso com o Santos, brlhou Neymar, como sempre. Afinal, seja qual for o palco ou a circunstância, atualmente, no cenário nacional, ele reina soberano.

59416

__________________________________________________________________________________________________________________

Voltando às tradições das notas quando há um clássicos, aí estão elas:

Rafael – Fez duas boas defesas e impediu a reação do São Paulo. — Nota: 6

Bruno Peres – Apareceu pouco no ataque e segurou bem o lado esquerdo adversário. — Nota: 6

Neto – Melhor atuação com a camisa alvinegra. — Nota: 6,5

Durval – Discreto. — Nota: 5

Guilherme Santos – Sofreu com Cañete e Jádson, mostrou-se fraco na marcação. — Nota: 4

Renê Júnior – Marcador e bom passador, anulou Paulo Henrique Ganso. — Nota: 6

Arouca – Não vem atuando bem na temporada, no clássico não comprometeu. — Nota: 5

Cícero – Arriscou alguns bons chutes e se apresentou bem ao ataque. — Nota: 6

Montillo – Teve relampejos de bom futebol, ainda falta muito pra justificar o investimo e a alcunha de “mais cara contratação da história do clube”.  — Nota: 5,5

Neymar – Protagonista mais uma vez, infernizou os zagueiros tricolores, além de duas assistências e a bela jogada do 2° gol feito por ele.  — Nota  8

Miralles – Cirúrgico quando lhe cabe, roubou há tempos a vaga de André. — Nota 7,5

Felipe Anderson – Pouco tempo para uma avaliação. Sem nota

Muricy Ramalho – Mais uma vez contou com o seu astro, fez apenas uma substituição, sacando um volante e colocando um meia, o que manteve a posse de bola com o Santos e colaborou na manutenção do resultado positivo. — Nota 6,5

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *