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REAGE PALMEIRAS!

Ontem o Palmeiras comemorou 98 anos de uma existência muito mais pautada pelas histórias de sucesso do que pelas mazelas. Se 2012 terminasse agora o clube já teria dado ao seu torcedor uma enorme razão para ter este como um ano inesquecível: o título da Copa do Brasil, após 12 anos do último título de relevância nacional e colocando o clube como o maioral no país.

Por outro lado, a 17ª colocação no BR12 levaria o clube ao limbo da série B. Um contraste de emoções pelo qual o torcedor não quer e não merece passar.

Os discursos começam a perder efeito: A ressaca da Copa do Brasil já passou. O time tem condição de ficar na metade de cima da tabela, mas até agora não saiu da zona da degola. O que ainda pode servir de alento é o número excessivo de desfalques – 11- e o bom futebol praticado contra o Santos. Mas jogar como nunca e perder como sempre não serve mais.

ALERTAS!

Faltam 19 rodadas para o término do BR12 e o time precisa conseguir o dobro do que conseguiu nos 19 primeiros jogos para não correr riscos.

Na 19ª rodada de 2011 o Palmeiras aparecia com 32 pontos e na 6ª colocação. Hoje conta com 16 e esta na 17ª.

Na mesma rodada do BR11 o 17º era o Atlético PR com 18 pontos, dois a mais que o Palmeiras na mesma posição em 2012. Ao final o Atlético PR foi rebaixado.

Em 2011 o problema do time foi o excessivo número de empates. Em 2012 são as derrotas que obscurecem o caminho alviverde. Já são 11, o que é mais do que todas as derrotas do time no BR11.

Em 2011 o 17º colocado ao final do campeonato foi o Atlético PR, com 41 pontos. O Cruzeiro com 43 se safou. Se considerarmos então a nota de corte como 43, faltam ao Palmeiras 27 pontos com 57 ainda em disputa.

São 9 vitórias em 19 jogos. Não é impossível, mas o time precisa mais do que qualquer outra coisa vencer em casa e não ser mais presa tão fácil fora, onde obteve somente uma vitória no 1º turno.

A ESPERANÇA É VERDE.

Alguns fatores devem ajudar muito o time nesse 2º turno: Barcos vive grande fase, o que lhe conferiu convocação para a seleção argentina. Valdívia fez boa partida contra o Santos. Em forma e atuando sempre, o Mago deve ser fundamental nessa recuperação. Luan, Maikon Leite e Arthur devem ficar a disposição de Felipão já para o próximo jogo contra a Portuguesa.

O time tem vaga na próxima Libertadores. Ninguém quer disputar a maior competição do continente como um time rebaixado. A doação deve ser redobrada, até por ser de conhecimento público que a diretoria pretende reforçar muito o elenco para a competição e mediante isso, cravar uma vaga no time é objetivo de quem está jogando atualmente. Felipão está de olho.

A situação é preocupante, mas ainda não é desesperadora. Ainda…

A COMÉDIA DOS ERROS

Tivesse o jogo contra o Santos terminado empatado, o Emerson que seria lembrado seria outro, o ausente Sheik, que continua fazendo muita falta no comando do ataque corintiano, já que, por mais que venha numa evolução dia após dia, o peruano Paolo Guerrero ainda não conseguiu marcar seu primeiro gol com a camisa do Corinthians.

Mas quis o destino que o Emerson a ser lembrado neste clássico fosse o bandeira Emerson de Carvalho, por conta de seu erro capital no início do segundo tempo, dando início à virada santista. No lance do segundo gol do Santos e de André, havia a surpreendente marca de TRÊS impedimentos. O que teria levado a arbitragem a deixar acontecer tamanho equívoco? Má intenção? Falta de compromisso? Distração? Desconhecimento das regras?

Não parece ter sido o caso de erro intencional. É incapacidade mesmo. É inegável que este Campeonato Brasileiro está sendo marcado pelo pior nível técnico de todos os tempos no que diz respeito à arbitragem.  Que o digam os palmeirenses, que só nesta competição já tiveram vários lances a contestar. Muito provavelmente, esta semana será caracterizada pela discussão em 100% das mesas redondas, programas esportivos e conversas de bar no que diz respeito à regulamentação da profissão de árbitro de futebol. Há quanto tempo se fala nisso? O quanto avançamos? De quem é o interesse em manter as coisas como elas são?

André faz gol irregular, em lance que definiu o destino da partida.

Bem, se o nível técnico da arbitragem é ruim, o mesmo não se pode dizer dos times que estavam em campo na Vila Belmiro. Ambos jogaram muito. O Corinthians esteve melhor durante todo o primeiro tempo, tanto é que abriu o marcador com Danilo. Seu companheiro de armação, Douglas, mais acordado do que de costume, repetia pelo lado esquerdo o que o companheiro fazia pela direita. Um privilégio ter dois maestros. Romarinho também protagonizava bons lances, demonstrando entrosamento com Guerrero, que se não conseguia acertar o gol, ao menos trocava bons passes com o companheiro. Ralf conseguiu parar o cansado Ganso, e ainda arriscou chutes de longe. A defesa penava um pouco na tentativa de parar Neymar, mas ia bem, até o final do primeiro tempo, quando vacilou e deixou André empatar.

O segundo tempo foi do Peixe, que dominou a partir do contestado segundo gol até o final, apenas sofrendo após a entrada de Martínez no lugar de Danilo. O argentino entrou com vontade e marcou um golaço aos 35 minutos, deitando e rolando para cima de Bruno Rodrigo. Mas o zagueiro santista teve brilho pra marcar o seu e decretar a vitória do time da Baixada. Melhor para o Santos.

Com isso, o Corinthians, que vinha embalado por uma boa vitória contra o Internacional no meio da semana, fica na 10ª posição do campeonato e precisa se esforçar ainda mais pra ganhar o clássico contra o São Paulo, no próximo domingo.

Enfim, seria um bom clássico, não fosse a interferência da arbitragem. Uma pena para o futebol. Perdem todos.

ATLÉTICO GO x PALMEIRAS E SANTOS x CORINTHIANS POR CARLINHOS VERGUEIRO E LOURENÇO E LOURIVAL

“ERRATA”: Não é uma errata, mas sim um esclarecimento mais direto para que não sobrem dúvidas sobre a real intenção desse post.

Os erros de arbitragem acontecem com todos, contra todos e por todos. Contra e a favor dos clubes, sejam eles quais forem. Por vezes mais para uns, menos para outros, mas ocorrem, sempre, rodada após rodada. Acontecem por todos os que estão envolvidos no quadro de arbitragem, desde a CBF, desde Sérgio Corrêa, passando pelo mal preparo da juizada e auxiliares. Não é algo contra o Atlético ou Santos, pelo amor de Deus. É contra o sistema todo, contra a corja toda, contra essa coisa toda de viver a margem de apitadores despreparados e de uma confederação que nada faz pra que isso mude. A abordagem de hoje foi essa, mas há cada nova onda de erros crassos como os mencioandos temos aqui uma abordagem de ocasião. Dito isto, continua a postagem original.
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Serra Dourada, domingo, 19 de agosto de 2012 – Atlético GO X Palmeiras. 38 minutos do 2º tempo: Patrik pega sobra na entrada da área e enche o pé, o zagueiro Gustavo leva a mão à bola e a desvia de sua rota. Penalti! Mas o arbitro Sandro Meira Ricci nada deu. Final de jogo Atlético GO 2X1 Palmeiras.

“Fique de olho no apito,
Que o jogo é na raça
E uma luta se ganha no grito.
E se o juiz apelar,
Não deixe barato,
Ele é igual a você e não pode roubar…” (Carlinhos Vergueiro)

Veja o lance aos 6:30 do vídeo.

http://www.youtube.com/watch?v=KBAEbvyB69Q

 

Vila Belmiro, domingo, 19 de agosto e 2012 – Santos X Corinthians. 3 do 2º tempo. Leo levanta bola na área para Bruno Rodrigo, impedido, desviar para Durval que, também em impedimento, deslocou a bola para André, também em posição ilegal, que mandou para o gol. Final de jogo: Santos 3X2 Corinthians.

“O juiz meteu a mão
O juiz meteu a mão
Meu time perdeu o jogo
Foi um verdadeiro roubo
Veja que juiz ladrão…” (Lourenço e Lourival)

http://www.youtube.com/watch?v=GcCeCfT2MAU

 

O post trata dos “erros” absurdos dos árbitros, não de desmerecer as vitórias, JUSTAS, de Atlético Go e Santos.

Cheers,

SÓ POR BARCOS!

O Palmeiras venceu o Flamengo por 1X0 na Arena Barueri e saiu da zona do rebaixamento. Com a derrota o rubro negro teve freada a sua reação no BR12.

Com Valdívia de volta ao time e Mazinho aberto pela esquerda na vaga de Obina, o Palmeiras foi mais equipe e mais presente no ataque ao longo de toda a partida.

Contou ainda com a expulsão de Ibson na 1ª etapa. O gol de Barcos aconteceu poucos minutos depois. E estava sim em impedimento. Longe de ser escandaloso como o seu gol anulado contra o Botafogo, mas estava a frente do último flamenguista.

Entretanto, mais uma vez o time voltou a criar muito e a desperdiçar na mesma medida. Algo muito semelhante ao que ocorreu na derrota contra o Fluminense, onde apesar de dominar boa parte do jogo e criar inúmeras chances para abrir o placar, acabou sofrendo o gol ao final da partida e não teve forças para reagir.

A diferença técnica entre Flu e Fla pode corroborar para os placares finais, mas o que mais preocupa é a dependência que começa a ser criada em torno da ótima fase de Barcos.  20 gols na temporada,  que o deixa a apenas 7 da meta estabelecida e do churrasco prometido pelo velho Bigode.

Até pouco tempo a dependência residia nas faltas de Marcos Assunção, que passaram a ganhar a cia dos gols do artilheiro argentino. Agora com os gols de Assunção rareando, o time não encontra outras vias de chegar as metas adversárias.

O time vem jogando bem, então não é tático o problema. Existe uma clara deficiência técnica e de fundamento em alguns setores. Sampaio tem tentado dar a Felipão os jogadores pedidos, mas naufraga em boa parte delas.

Não perdeu Guilherme para o Corinthians, como muitos andam dizendo. Entrou sim de gaiato em uma negociação onde o destino do jogador já estava traçado há mais de ano. Faltava apenas uma concorrência forte para forçar o alvinegro oferecer os valores pedidos pela Lusa. O Palmeiras foi usado, descaradamente.

Para suprir essa perda chegou Corrêa, que teve passagem razoável pelo próprio Palmeiras há alguns anos e outras de mesmas ou menores magnitudes em outros clubes. Aos 31 anos, vinha encostado no Dinamo. É uma tentativa desesperada de repetir o êxito obtido com a contratação, também temerária na época, de Marcos Assunção. Só que Corrêa nunca foi da mesma categoria do atual capitão da equipe.

Sabe-se que o empresário de Corrêa é Pepe Dioguardi, empresário de Kleber, hoje no Grêmio. Após a patética passagem de seu pupilo de maior renome pelo Palmeiras, onde jogador e empresário agiram de completa má fé com a instituição que os colocou no mapa da bola, Dioguardi deveria ser mantido a quilômetros de distância do Parque Antarctica.

Pelo visto o pessoal não aprendeu a lição após o furacão que passou por lá nas épocas de Pepe e Kleber.

ROMARINHO DÁ A LETRA

A virada do Corinthians bem no finalzinho do jogo contra o Coritiba em pleno Couto Pereira pode ser encarada como uma questão de justiça. Primeiro porque o Corinthians jogou melhor. Teve um momento de desatenção de Paulo André, que não viu Éverton Ribeiro passar e marcar seu gol, aos 46 minutos do primeiro tempo.

Romarinho marcou de letra o gol da vitória.

Mas veio a segunda etapa, e o Corinthians entrou mais ligado. Entrando com Guerrero no lugar de um apático Douglas (ele ainda alterna as boas e más atuações), o time acabou tendo um pouco mais de efetividade no ataque. Tudo bem que o peruano ainda não conseguiu marcar seu primeiro gol pelo Timão, mas chamou para si a marcação, dando chance para os atacantes explorarem as jogadas pelas pontas.

Aos 20 minutos do segundo tempo, foi a vez do Coritiba descuidar da marcação. Esqueceram-se logo de Paulinho, aquele que dita o ritmo do time, aquele que há muito merecia a convocação para a Seleção Brasileira. Selou a boa fase pessoal com um gol e uma assistência, antes de desfalcar o Corinthians na próxima rodada, contra o Internacional (que – justiça seja feita – também virá desfalcado). Além dele, ficam de fora Guerrero e Ramirez (convocados para a seleção peruana) e Romarinho (suspenso).

Romarinho, aliás, que quebrou o jejum que o atormentava, e teve estrela para marcar de letra, aos 44 do segundo tempo, após jogada iniciada por Martínez (que entrou no lugar de Fábio Santos, lesionado, com Jorge Henrique passando para a ala esquerda – e o Timão ficou cheio de atacantes em campo). Ao que parece, o jovem Romarinho vai se tornando um novo “artilheiro dos gols bonitos”. Quando tenta fazer o simples não tem tanto sucesso.

Após uma série de jogos chatos, sem objetividade, o Corinthians encontrou novamente o caminho do gol. Resta saber se agora o time entra nos trilhos para garantir uma campanha razoável. Com o Atlético Mineiro seguindo em frente em sua boa campanha e os tropeços do Timão desde o início do Brasileirão, as chances de título são muito pequenas. O que é preciso é manter o time no ritmo para a disputa do Mundial no final do ano.