Transformando em post uma consideração que fiz no Grupo de discussões do Ferozes FC no Facebook ( https://www.facebook.com/groups/410938200003/ )
Sobre a permanência de Hernán Barcos no Palmeiras, minha opinião é bem simples e não entra em méritos contratuais.
Ao contrário de alguns amigos que acreditam que o tom de seu discurso seja de despedida, eu não entendi da mesma forma a reclamação do Pirata referente as declarações de Arnaldo Tirone. Eu acho sim, é que ele está amaciando a situação para ambos os lados, dessa forma quando tiver que decidir o que fazer não sairá queimado.
Barcos foi, disparado, o grande nome do Palmeiras no ano. Salvo Marcos Assunção e Henrique, cabem todos os méritos do que de bom aconteceu ao alviverde em 2012 ao centroavante. A chance dele se tornar um verdadeiro idolo na história do clube é enorme. Coisa que ele ainda não é. Mas poderá vir a ser, disputando e sendo o líder da renovada equipe na disputa da Libertadores, onde o Palmeiras tem sim que entrar para ser campeão. Além do Paulistão, da defesa do título da Copa do Brasil e então, nos 6 meses finais de 2013, conquistar de vez uma cadeira no panteão dos campeões heróis do clube, ao lado de Marcos, Ademir da Guia e outros.
Por outro lado, o argentino gente boa tem que ponderar a possibilidade de que com esse discurso “morde e assopra” ele corre o risco de seguir sua história na contramão de tudo isso que citei acima.
Palavras de alguns amigos palmeirenses com os quais toquei no assunto: “Já está enchendo o saco essa papagaiada toda”.
Termo que usei na ponderação de ontem no grupo do FFC.
Acender uma vela pra Deus e outra pro Diabo é temerário ao atleta. A direção do clube é uma lástima mesmo, o Tirone é o Tirone e todo mundo sabe disso. Ele aprendeu a gostar do clube, como gosta de dizer, sabendo de tudo isso. Então que se decida logo, porque se existe um grupo de pessoas no qual a paciência esteja esgotada, sem dúvida é o do torcedor palmeirense. E baseado nisso, a chance dele se queimar é grande
O Palmeiras sempre foi o Palmeiras e o Barcos só é o Barcos da seleção porque joga no Palmeiras. O mundo sempre conheceu o Palmeiras e hoje o mundo conhece o Barcos por causa do Palmeiras. Devido ao seu talento e ao seu faro de gol apurado, óbvio. Mas o mesmo talento já passou por uma porção de clubes e por um outro campeão de LIbertadores e mesmo assim Barcos passou esse tempo todo sendo jogador lado B no cenário da pelota. Virou estrela agora. Virou referência do dia pra noite, mas também foi rebaixado junto.
Ninguém é capaz de dizer o que é certo ou errado na vida de outra pessoa. Mas está na hora de Barcos dar um basta ao discurso e ser mais objetivo. E se esse objetivo estiver alinhado com o de encarar a Libertadores com a camisa 9 do Palmeiras para ganhar e depois pensar na série B, tenho cá com meus botões que os 6 meses de duelos contra adversários “inferiores” não irão custar sua vaga no banco argentino.
Cuca fresca, hermano.