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NÃO COMPLIQUEM O INCOMPLICÁVEL. NÃO COMPLIQUEM O FUTEBOL

Independentemente da camisa em campo, erros grotescos cometidos pela arbitragem tem comprometido o espetáculo e revoltado os torcedores neste BR12. Digo num âmbito geral. É uma vergonha! Que vem sucessivamente ocorrendo há anos e nenhuma providência séria tem sido tomada.

Permitir que alguns campeonatos sejam decididos por erros de árbitros é inaceitável, concordo.
Mas criar neles uma teoria da conspiração buscando  justificar o péssimo futebol apresentado em campo é papo de arquibancada.

Infelizmente tal sina tem acontecido com o Fluminense, atual líder do Brasileirão, que está há duas vitórias de se tornar Tetracampeão Nacional.

No jogo do último domingo, contra a Ponte Preta, em São Januário, a equipe de Abel Braga penou para sair com os três pontos na conta.

Logo no inicio, o garoto Luan – não aquele – acertou um chutaço no ângulo do ótimo goleiro Diego Cavalieri, abrindo o placar para a Macaca. 1-0.

Rival direto pelo caneco, porém ainda longe do líder, o Atlético-MG, que também venceu na rodada com polêmica envolvendo a arbitragem, agradecia ao céus a derrota do primeiro colocado. No caso do Galo,  se confirmado fosse o revés do tricolor das laranjeiras, a distância seria diminuída para 6 pontos, tendo confronto direto daqui dois jogos. O Grêmio, por sua vez, jogava no mesmo horário. Vencia seu jogo em casa por 1 a 0, contra o Botafogo. A festa azul já era tida como certa, afinal quarta-feira teremos simplesmente Grêmio x Fluminense.

Rodada perfeita para os amantes do futebol e adversários do Fluminense! Alguns já diziam que enfim o campeonato pegaria fogo. Mas não foi dessa vez.

Dois lances capitais, no Rio de Janeiro, mudariam tudo.

O primeiro, um lance passivo de interpretação. Bola na mão ou mão na bola? Eis a questão. Coube então ao árbitro tomar a decisão baseada em seus critérios: pênalti. Fred bateu e conferiu, empatando a partida.

Toque na bola com o braço de Luan: lance interpretativo. Créditos: Blog do Mauro Cezar Pereira

10 minutos depois, erro grave do juiz. Desta vez não houve falta. O jogador da Ponte Preta é nitidamente agarrado pela camisa por seu oponente, Marcos Júnior. Falta. Porém, na visão do árbitro – que devido o montante de criticas que recebera, logo após o jogo fora afastado – a falta foi marcada, só que erroneamente para o Fluminense. Wagner bateu e encontrou a cabeça de Gum, que com um leve desvio virou a partida. 2-1 Flu. Liderança assegurada. Polêmica no ar!

Marcos Júnior agarra Renê Junior, falta não marcada em favor do time de Campinas. Créditos: Blog do Mauro Cezar Pereira

Tirando os dois equívocos, vale ressaltar que o Fluminense jogou muito bem e mereceu a vitória. Aliás, vem merecendo, no campo, ser Campeão. Mas infelizmente os corriqueiros erros de arbitragem insistem em manchar a brilhante campanha tricolor. Uma pena.

Pois bem, assim que Nielson Nogueira Dias colocou ponto final no jogo de São Januário, não faltaram provocações em redes sociais acusando o clube carioca de receber favorecimento da CBF nas últimas quatro partidas.

Na minha opinião, a verdade é uma só: todos os clubes estão sendo prejudicados pela incapacidade técnica dos chamados “árbitros”. Porém, nos últimos jogos é fato que a favor do líder da Série A erros gritantes e passiveis de contestações tem acontecido. Mas não vejo como culpa do Fluminense, mas sim de quem apita. De quem comandada os tais apitadores. É estranho.

A filosofia deste site é não puxar sardinha para A, B, C ou D. Não ficar em cima do muro também faz parte de nossa cultura. Prezamos pelo jogo limpo. Afinal, o futebol é um esporte dos jogadores, não dos árbitros. Árbitro nenhum deve ser protagonista de uma partida de futebol. Quando sua presença não é notada, é sinal que foi bem. Fez seu papel.

Ou é tomada uma posição severa quanto aos inúmeros erros desta máfia do apito, ou seremos obrigados a debater futuramente a veracidade e o merecimento de alguns títulos. Como é obrigado a debater, por exemplo, o corintiano, sobre o título de 2005. O botafoguense, sobre o de 1995 e por aí vai…

Queremos apenas a aplicação da regra. Queremos, sobretudo, transparência. Exigimos justiça no futebol. Principalmente fora dele.
É falta? Marquem. Não é? Deixem seguir. É simples.

Não compliquem o incomplicavél. Não compliquem o futebol!

Edilson Pereira de Carvalho foi punido pelas falcatruas em 2005 Crédito: Gazeta Press

COM A MARCA DO ARTILHEIRO

15 partidas. 14 gols. Este é Bruno Mineiro – o artilheiro lusitano. O artilheiro do Brasil.

Com a saída de Edno no início do ano, o setor ofensivo rubro-verde ficou fraco, carente.
Embora com um sobrenome divino, Ricardo Jesus não fez milagres durante sua rápida passagem pelo clube. De fato, não agradou. Era necessário então a contratação de um autêntico camisa 9. Um oportunista. Um goleador. Um cara que resolvesse os problemas do time.

No mercado, as opções de qualidade estavam cada vez mais escassas. Fora o dinheiro em caixa, que era pouco.
E outra: quem seria o louco de aceitar jogar num clube rebaixado no Paulistão e aspirante a tal no Brasileiro? Sim, por incrível que pareça, havia um “louco”.

Artilheiro pelo Atlético-PR no Campeonato Estadual deste ano, a diretoria da Portuguesa, na base da sorte, achava um tal de “Bruno Mineiro”, que sem brilho por onde passou, sempre tratou de deixar seus golzinhos.

A partir daí, da zona de rebaixamento à parte intermediária da tabela, um novo panorama se instaurou no clube do Canindé.

Geninho, que chegou sob a desconfiança de todos, aos poucos ganhou o grupo e formou uma família. O time encorpou, ganhando padrão tático e o mais importante: confiança! Mas o grande diferencial da equipe seria a presença do artilheiro no comando de ataque. O time jogaria em sua função. Ele seria o craque!

E foi assim, em noite inspirada de Bruno Mineiro, que deixou sua marca três vezes, assumindo a artilharia da competição, com 14 gols, que a Portuguesa atropelou o Sport Recife no Canindé por 5 a 1 e se distanciou de vez da luta contra o rebaixamento.

DETALHE: os cinco gols marcados pela Lusa foram anotados por ex-jogadores do Leão da Ilha. E para piorar ainda mais a vida dos pernambucanos, foi de BM9, inclusive, o gol que garantiu o acesso da equipe para a Série A no ano passado. Que fase!!!

Bruno Mineiro comemora um dos três gols contra o Sport Recife (Foto: Ale Vianna / Ag. Estado)

ARTILHEIROS EM CLUBES DE MENOR EXPRESSÃO
Conversando com Yuri, colega de faculdade e seguidor do Ferozes FC, discutíamos sobre os tais artilheiros que se dão bem em times de menor expressão. Porém, quando recebem a grande chance da carreira em times maiores, não correspondem como esperado. Destes, temos inúmeros exemplos, mas citávamos um em especial: Roger, atualmente na Ponte Preta.

Refrescando um pouco a cuca, para quem não se lembra Roger passou – sem deixar o mínimo de saudades – por São Paulo e Palmeiras, respectivamente. Fora que rodou o Brasil e o mundo até voltar a Ponte Preta, clube que o revelou. De fato é que o atual camisa 9 da Macaca sempre deixou sua marca por onde passou. Entretanto, quando jogou em time grande nunca foi protagonista. Nunca foi artilheiro.

Roger, em tempos de São Paulo

– Com todo respeito do mundo as agremiações em que já passou, mas será que se lhe for concebida a chance de atuar em um clube de ponta do Eixo Rio-SP ou Sul/Minas, Bruno Mineiro se dará bem? Tenho lá minhas dúvidas. Pois certos jogadores parecem que nascem predestinados a jogar somente em equipes menores.

O mais provável é que se confirmada sua artilharia ao final do campeonato, propostas não irão faltar.

Só para constar, Aloísyo, único destaque do fraco Figueirense, já desperta forte interesse do São Paulo para a próxima temporada.

Até a próxima!

“CRESCENDO NO MOMENTO CERTO”

Com estas palavras o técnico Geninho destacou o atual momento da Lusa no BR12. E ainda completou dizendo que se repetidas as mesmas atuações diante dos líderes, o time cumprirá seu principal objetivo no ano: permanecer na Série A.

Contra o Galo, no último sábado, no Canindé, a Rubro-Verde endureceu para os comandados do técnico Cuca.
Saindo à frente no placar, a Lusa acabou por sofrer o empate, após confusão na área e conclusão perfeita do menino Bernad, porém engana-se quem achou que o Atlético mandou na partida. Pelo contrário! Ao final do jogo, a Portuguesa criou inúmeras chances de sair vitoriosa diante de sua torcida. O goleiro Victor, convocado por Mano Menezes para à Seleção Brasileira,  acabou – embora tenha cometido falha no gol de Léo Silva – como o melhor em campo.

Assim como no duelo diante do Fluminense, na qual saiu derrotada, a Portuguesa apresentou um ótimo futebol. Entretanto, no último sábado, a falta de pontaria (e sorte!) acabou influenciando novamente no resultado; o único bom finalizador lusitano é, de fato, Bruno Mineiro que, contra o Galo, deixou sua marca, mas o tento acabou anulado pelo árbitro, que alegou toque de mão do camisa 9.

Ao final da vigésima sétima rodada, o empate diante do segundo colocado do certame deixou nossa Portuguesa na décima quinta colocação, com 33 pontos. Teoricamente o clube ainda vive com a sombra do rebaixamento, porém com o bom e regular futebol apresentado nos últimos jogos, tudo leva a crer que o simpático clube paulista permanecerá na elite do futebol nacional. Analisando os próximos confrontos, esta marca é mais do que possível.

Geninho satisfeito com atuações da Lusa (site oficial da Portuguesa)

Na próxima quinta-feira, mais uma batalha contra o descenso: às 21h, no Canindé, a Lusa enfrenta o Sport Recife, em jogo de seis pontos. Só a vitória interessa. E muito, diga-se. É ganhar ou vencer, literalmente!

A guerra ainda não acabou. A meta é conquistar mais 12 pontos para se livrar de vez do rebaixamento.

*A única critica vai para a diretoria. Que assim como acontece com outro clube grande paulista, possui uma administração amadora, que não luta pelo time em hipótese alguma.

A torcida lusitana está furiosa com os contantes erros cometidos pela arbitragem. E, principalmente, com a passividade dos dirigentes para com a situação. Fora os altos preços dos ingressos, que segundo informações, estão sendo cobrados a 40 moedas de um real. Uma vergonha!
Está aí a razão da parte destinada a torcida da Lusa estar sempre vazia no Canindé.
Lamentável.
Força, Lusa! 

 

O SUCESSO LUSITANO E OS MÉRITOS DE GENINHO

A cada jogo, uma batalha. A cada batalha, uma lição. E a maior lição, no caso da Lusa este ano, é que disciplina, união e muito trabalho podem render bons frutos, por mais que o caminho esteja obscuro. A causa de evitar um segundo rebaixamento no ano foi abraçada pelo elenco, que hoje responde muito bem dentro de campo.

Com um time de verdadeiros “operários da bola”, que buscam na limitação própria a superação dos problemas, o técnico Geninho, que acaba de recusar convite da Ponte Preta para substituir Gilson Kleina, tem seus méritos no sucesso lusitano neste BR12.

Quando chegou à equipe, no início do mês de maio, Geninho pegou o time aos frangalhos, recém rebaixado no Paulistão. Nem mesmo o mais fanático dos torcedores da Lusa imaginava que o Campeão da Série B 2011 teria jeito. No entanto, para Geninho ainda era possível.

Lembro-me que fiz um post demonstrando certa desconfiança em relação a sua contratação. E não era para menos.
Geninho trazia consigo um currículo bem enxuto, pobre, colecionando trabalhos medíocres ao longo da última década. Seu melhor resultado fora no título nacional conquistado em 2001, com o Atlético PR. Só. Tudo dava a crer que o Pequeno Gênio não suportaria a pressão da torcida. Afinal, dirigir um clube como a Lusa não é tarefa das mais fáceis. Ainda mais com uma diretoria presidida por Manuel da Lupa – o presidente cego.

A grande verdade é que o treinador tem demonstrado praticar a tal da “reavaliação pessoal”, algo que cobro constantemente por aqui e que tem faltado para alguns treineiros por aí. Com a cabeça mais aberta, adaptada ao estilo moderno exigido pelo futebol, o técnico de 64 anos conseguiu dar padrão a Rubro-Verde; hoje possui o elenco na mão e o melhor: recuperou a confiança da torcida. O “patinho feio”, antes candidato certo ao descenso, vive agora dias de calmaria, embora parte de sua torcida ainda tenha uma pequena pulga atrás da orelha. Principalmente quando ouve a palavra REBAIXAMENTO.

Geninho tem participação direta na boa campanha lusitana no BR12

Atualmente a Lusa é temida pela maioria de seus adversários. Muito porquê conta com um dos artilheiros do campeonato: Bruno Mineiro. Uma contratação que chegou contestada por alguns e, hoje, é considerada um dos melhores feitos do ano. Há tempos a Portuguesa não contava com um autêntico camisa 9.

Em noite inspirada e aproveitando a ausência de Neymar, a equipe do Canindé aplicou uma verdadeira ‘chacoalhada’ ( 3 a 1) nos comandados de Muricy, ontem, no Pacaembu.
BM9, que alcançou a marca de incríveis 11 gols – um a menos que Fred, do líder Fluminense – anotou dois, assumindo assim a vice-artilharia do Brasileirão. Léo Silva, incansável na marcação durante os 90 minutos, deu uma de atacante e também deixou o seu.

A exemplo do que dizia anteriormente, a vitória de ontem sobre o Peixe exemplifica “O Estilo Geninho” de jogar. Sem cansar um minuto, o time rubro-verde sufocou o adversário, forçando-o a todo instante cometer erros. É bem verdade que sem Neymar as coisas ficaram bem mais fáceis, mas isso não importa. Os três pontos foram garantidos de forma convincente! Com MERECIMENTO, como bem diz por aí outro grande treinador do futebol brasileiro.

Sem vencer há três rodadas, com a vitória no clássico, a Lusa chegou aos 32 pontos na tabela, alcançando a 12° colocação.

Mais distante da zona de rebaixamento, o torcedor da Portuguesa deve seguir daqui para a frente uma linha de pensamento:
– A batalha ainda continua; a guerra está se aproximando do fim e o esquadrão está cada vez mais forte. Totalmente fechado com um comandante de pulso firme e contando com golpes mortais de um nato artilheiro.
Esta é a Portuguesa – guerreira, gigante e, sobretudo, arisca. Sempre surpreendendo. Sempre Portuguesa!

Bruno Mineiro comandou a vitória da Lusa sobre o Santos no Pacaembu

Até a próxima.

 

 

 

ZONA DE REBAIXAMENTO AINDA PREOCUPA

Rebaixamento. Esta é uma palavra que, após alguns tropeços, já começa a assombrar o torcedor da Lusa no BR12.

Pois com duas derrotas consecutivas – contra Fluminense e São Paulo – a preocupação voltou à tona pelos lados do Canindé. O elenco já apresenta sinais de que não vai aguentar a exigência do duríssimo Brasileirão. Depender somente de Bruno Mineiro será complicado. E o pior: arriscado.

A calmaria e a boa fase, que antes pairavam sobre o time lusitano, parecem mesmo terem ido embora, já que a diferença para o Z-4 é agora de apenas seis pontos. O sinal de alerta já está ligado! O medo voltou!

Geninho, desconfortável com a queda de rendimento de sua equipe, deu declarações de que é preciso contratar. E urgente! Sem um elenco competitivo será muito difícil sobreviver. A chegada de um meia de ofício, que possa aumentar a criatividade do meio campo e munir o forte setor ofensivo, é uma das exigências do treinador.
A diretoria da Lusa tem até o fim desta semana para apresentar um autêntico, ou pelo menos parecido, camisa dez à sua torcida.

Para piorar, o jogo de sábado marcou também a quebra da sequência invicta que o clube ostentava no campeonato sobre os rivais regionais: eram 5 jogos de invencibilidade.

Como fez uma partida desastrosa, o único destaque positivo rubro-verde fica por conta do reencontro de dois ídolos nacionais: Dida e Rogério Ceni, campeões mundiais com a Seleção Brasileira em 2002, que travaram um duelo à parte dentro das quatro linhas. Inclusive, o capitão tricolor se mostrou feliz em reencontrar o antigo amigo.

Parceiros de Seleção, Dida e Ceni se reencontraram no Morumbi (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)

Na próxima rodada, a Lusa tentará se recuperar na competição em mais um clássico: desta vez contra o Santos, sem Neymar. O jogão acontece no famoso horário “balada de sábado à noite”, às 21h, no Pacaembu. Na semana seguinte, no Canindé, a equipe receberá o Atlético-MG, clube que briga ponto a ponto pelo título nacional.
Em caso de derrota nos dois confrontos, algo perfeitamente possível, a entrada na zona da degola é quase certa, já que muitos clubes lá de baixo estão subindo.

É, torcedor Lusitano, é melhor já ir se preparando porque serão fortes as emoções daqui para a frente!