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COM A MARCA DO ARTILHEIRO

15 partidas. 14 gols. Este é Bruno Mineiro – o artilheiro lusitano. O artilheiro do Brasil.

Com a saída de Edno no início do ano, o setor ofensivo rubro-verde ficou fraco, carente.
Embora com um sobrenome divino, Ricardo Jesus não fez milagres durante sua rápida passagem pelo clube. De fato, não agradou. Era necessário então a contratação de um autêntico camisa 9. Um oportunista. Um goleador. Um cara que resolvesse os problemas do time.

No mercado, as opções de qualidade estavam cada vez mais escassas. Fora o dinheiro em caixa, que era pouco.
E outra: quem seria o louco de aceitar jogar num clube rebaixado no Paulistão e aspirante a tal no Brasileiro? Sim, por incrível que pareça, havia um “louco”.

Artilheiro pelo Atlético-PR no Campeonato Estadual deste ano, a diretoria da Portuguesa, na base da sorte, achava um tal de “Bruno Mineiro”, que sem brilho por onde passou, sempre tratou de deixar seus golzinhos.

A partir daí, da zona de rebaixamento à parte intermediária da tabela, um novo panorama se instaurou no clube do Canindé.

Geninho, que chegou sob a desconfiança de todos, aos poucos ganhou o grupo e formou uma família. O time encorpou, ganhando padrão tático e o mais importante: confiança! Mas o grande diferencial da equipe seria a presença do artilheiro no comando de ataque. O time jogaria em sua função. Ele seria o craque!

E foi assim, em noite inspirada de Bruno Mineiro, que deixou sua marca três vezes, assumindo a artilharia da competição, com 14 gols, que a Portuguesa atropelou o Sport Recife no Canindé por 5 a 1 e se distanciou de vez da luta contra o rebaixamento.

DETALHE: os cinco gols marcados pela Lusa foram anotados por ex-jogadores do Leão da Ilha. E para piorar ainda mais a vida dos pernambucanos, foi de BM9, inclusive, o gol que garantiu o acesso da equipe para a Série A no ano passado. Que fase!!!

Bruno Mineiro comemora um dos três gols contra o Sport Recife (Foto: Ale Vianna / Ag. Estado)

ARTILHEIROS EM CLUBES DE MENOR EXPRESSÃO
Conversando com Yuri, colega de faculdade e seguidor do Ferozes FC, discutíamos sobre os tais artilheiros que se dão bem em times de menor expressão. Porém, quando recebem a grande chance da carreira em times maiores, não correspondem como esperado. Destes, temos inúmeros exemplos, mas citávamos um em especial: Roger, atualmente na Ponte Preta.

Refrescando um pouco a cuca, para quem não se lembra Roger passou – sem deixar o mínimo de saudades – por São Paulo e Palmeiras, respectivamente. Fora que rodou o Brasil e o mundo até voltar a Ponte Preta, clube que o revelou. De fato é que o atual camisa 9 da Macaca sempre deixou sua marca por onde passou. Entretanto, quando jogou em time grande nunca foi protagonista. Nunca foi artilheiro.

Roger, em tempos de São Paulo

– Com todo respeito do mundo as agremiações em que já passou, mas será que se lhe for concebida a chance de atuar em um clube de ponta do Eixo Rio-SP ou Sul/Minas, Bruno Mineiro se dará bem? Tenho lá minhas dúvidas. Pois certos jogadores parecem que nascem predestinados a jogar somente em equipes menores.

O mais provável é que se confirmada sua artilharia ao final do campeonato, propostas não irão faltar.

Só para constar, Aloísyo, único destaque do fraco Figueirense, já desperta forte interesse do São Paulo para a próxima temporada.

Até a próxima!

NO CANINDÉ, QUEM MANDA É A LUSA

Antes de tudo, superando a paixão, escrevo este texto logo após meu time ser derrotado pela Lusa por 3 a 0 e se enraizar na zona do inferno!

Pois bem. Entre segunda e terça-feira, muito se dizia que era questão de honra o Palmeiras vencer a Portuguesa para conseguir deixar a zona de rebaixamento. O Verdão entrara como favorito. Porém, o principal problema é que todos se esqueceram que a Portuguesa, apesar de ter perdido para a Ponte Preta no último sábado, vinha de uma série invicta de oito jogos no Brasileirão. Portanto, não seria tarefa das mais fáceis para o time de Felipão obter êxito no Canindé. E, de fato, não foi.

Com a bola rolando, como deve ser, vimos uma Lusa que demonstrou durante os 90 minutos uma aplicação tática formidável, além de um contra-ataque velocíssimo, não dando chances em nenhum momento ao Palmeiras e, assim, afundando-o de vez no lamaçal da zona da degola.

Com uma ótima atuação de Ananias, dois gols do artilheiro Bruno Mineiro (o primeiro, uma bela cabeçada) e um de Moisés, a equipe do técnico Geninho se firmou na parte intermediária da tabela e retomou a boa fase na competição.

O que faltou de raça ao Palmeiras, sobrou para a Rubro-Verde.

E MAIS: invicta nos clássicos neste BR-12, a Lusa quebrou mais um tabu em sua história: desde de 2005 não vencia o Palmeiras. Até então foram 9 jogos, com 4 vitórias do rival e 5 empates. Boa, Lusa!

Como salientei no último post onde mostrei cálculos e caminhos para fugir do descenso, o fator Canindé + torcida seriam fundamentais para a permanência do clube paulista na elite do esporte bretão nacional. Hoje vimos um exemplo disto. Embora em menor número em sua própria casa, a massa lusitana compareceu, fez barulho e apoiou a equipe do início ao fim, mostrando realmente que o Canindé é, de fato, vermelho e verde. E quem manda nele de verdade é a Portuguesa, ora pá!

Sei que ainda é cedo para cravar que a Lusa não caí, porém aos que no início disseram que sim, neste momento devem estar queimando a língua e vendo que futebol se decide mesmo dentro de campo.

Como deve ser e sempre será!

Bruno Mineiro decide mais uma vez para a Portuguesa (Foto: Ale Vianna / Agência Estado)

 

Surpreendente (de novo)!

 

Em queda: Liedson não conseguiu resolver sozinho a escassez de boas jogadas. Foto: Ale Vianna.

Sim, amigo leitor. Você leu certinho. Repeti o título da coluna anterior. Só que desta vez o Corinthians surpreendeu negativamente. Mas tem uma coisa: mesmo o maior crítico do Adenor (crítico este que não sou eu) jamais acreditaria que o treinador repetiria contra o Figueirense a formação que começou jogando e tomando sufoco contra o Atlético-MG. Mas ele o fez, inclusive com Weldinho na lateral esquerda. Com o time tomando um sufoco inexplicável do time catarinense, Tite tentou salvar a lavoura aplicando a mesma tática do jogo anterior: colocando Jorge Henrique na lateral e promovendo a entrada do Sheik. Desta vez não funcionou. Talvez tenha sido o clima frio que tomava conta da cidade de São Paulo no dia do jogo. Fato é que até o capitão Chicão teve uma atuação pra lá de irregular, praticamente irreconhecível em campo.

 

Correm boatos de que Adenor estaria balançando no cargo. Foto: Ale Vianna.

Já há quem fale em uma iminente queda de Tite, com possibilidade de ser substituído por Ney Franco. Não acredito, sinceramente, e até acho precoce. Afinal, seja como for, ainda somos líderes. O que não pode acontecer é que se continue perdendo estes pontos bobos. Pode fazer falta lá na frente, especialmente se o Timão depender de um adversário no fim do campeonato. É bom pensar nisso.

De joelhos: Sheik não foi decisivo como no jogo anterior. Foto: Ale Vianna.

Meu palpite é que o maior candidato a sair do time é Danilo, que não vem repetindo as boas atuações do início do campeonato, para a entrada de um atacante (Willian ou Sheik) para jogar ao lado do Liedson, para que o Levezinho não seja obrigado a ficar saindo da área pra buscar a bola. Também espero que tenhamos uma opção melhor para a lateral esquerda no próximo jogo. E vai, Corinthians!

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Esta coluna não pode deixar de mencionar a internação do grande ídolo Sócrates e desejar melhoras ao Doutor. Não acompanhei plenamente a carreira dele, porque era muito pequeno na época da Democracia Corintiana, mas sei do inestimável valor que ele tem para a torcida do Timão. Força, Doutor! Estamos todos mandando vibrações positivas.

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Mais uma vez, agradeço ao Ale Vianna pelas fotos que ilustram este post.

Hoje indico o som do ex-vocalista da banda curitibana Poléxia, com seu novo projeto, o Lemoskine, com “Cabeça de disco”:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=hsZbQ2AHyBA[/youtube]

Sonífero

 

Danilo e Elano disputando a bola em um jogo morno. Foto: Ale Vianna.

Amigos, na quarta-feira cheguei cedo em casa.  Ouvi as notícias pré-jogo no rádio, li um pouco, preparei o jantar para mim e para a patroa. Jantei, separei alguns petiscos e uma caixa de suco (estou em jejum etílico forçado). Me preparei, tv ligada, controle remoto na mão, netbook no colo. Acompanhei o primeiro tempo do jogo, tweetei alguns comentários. Observei que o Timão atacava mais do que o Santos, mas não acertava as finalizações. Peguei no pé do Fábio Santos, que insistia em cair pelo meio, deixando uma avenida na lateral esquerda. Minutos depois, ele saía de campo, machucado, sendo substituído pelo improvisado Welder, que não comprometeu, ficando mais restrito à marcação. De positivo mesmo, a boa atuação de Danilo Fernandes, o que deve jogar para longe a chance de Renan no time principal. E havia quem dissesse que o garoto, ex-Avaí, seria uma ameaça para Julio César… sem chance!

Estaria faltando o e-qui-lí-brio à equipe de Adenor? Foto: Ale Vianna.

Eis que subitamente resolvo desligar o netbook e me dedicar ao jogo. Foi aí que aconteceu: deitado no sofá, peguei no sono, e quando acordei, a Globo já transmitia as cenas finais de “O Astro” (devo ter perdido as cenas picantes do episódio também). Lendo o jornal na manhã seguinte, a impressão que tive é de que não fui o único. As duas equipes também parecem ter pegado no sono, e o segundo tempo não foi muito diferente do primeiro. Com o resultado, o Corinthians voltou à liderança do Brasileirão. Mas não convenceu nem um pouco, e ainda denotou aquilo que venho repetindo seguidamente por aqui: Emerson e Willian não sabem fazer o papel de centroavantes, e isso tira a referência no ataque. A falta de alguém fixo na área prejudica demais o esquema do Tite. Aí fica difícil.

Se levarmos em conta que o Santos tinha este homem de referência (Borges), o empate acabou saindo barato para o Corinthians.

Borges também não conseguiu deixar sua marca. Foto: Ale Vianna.

Agora a parte bacana: o Ale Vianna (não é parente), novo colaborador fotográfico dos Ferozes FC, tirou fotos bem bacanas do clássico, e são elas que ilustram este post.

Pra fechar, uma das minhas bandas prediletas Manic Street Preachers (não é a primeira nem será a última vez que postarei algo deles, haha) fazendo cover de Chuck Berry, “Rock and Roll Music”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=pAC-ikFMxww[/youtube]

Abraços.