Arquivo da tag: Muricy Ramalho

Novo Inicio

Mais uma vez os críticos especializados apontam o São Paulo entre os times favoritos para levantar a taça do brasileirão, que terá o seu ponta pé inicial dado nesse final de semana.

Apenas chutes e tentativas de adivinhações, eu sei, ainda mais quando a eliminação da Copa do Brasil, em que o time perdeu de uma forma displicente, frente ao Avai, é tao recente e deixou marcas profundas no clube.

Marcas essas que devem ser cicatrizadas urgentemente com muito trabalho e empenho de todos. Principalmente da diretoria que se preocupou em planejar a permanência do seu atual presidente em mais um mandato e parece que se esqueceu de planejar um pouco melhor a equipe.

Parece que esqueceu de conversar de uma forma mais clara com os atletas que estão com os contratos quase vencendo. De contratar aqueles jogadores, quase sem custos, para as posições mais necessitadas, que por anos deu muito certo e era motivo de inveja para os rivais. De dar um upgrade no departamento de fisiologia e no REFIS, que sempre foram vistos como excelência, e teve muito dos seus profissionais mandados embora. Entre outras coisas.

Um raio por duas vezes caiu no mesmo lugar e foi pelos lados do Morumbi. Primeiro em 2007 e depois 2008. Desclassificado da Libertadores, por pouco o técnico Muricy Ramalho não foi demitido, assim como o Carpegiani esta semana, que também acabou bancado pelo presidente.

Mesmo com todos os questionamentos do mundo, em ambas as vezes, foi campeão.
Se o São Paulo ira repetir o feito esse ano ainda é cedo para cravar, o nacional é longo e ainda da tempo para arrumar a casa.
Resta ao clube pensar e trabalhar pelo titulo e não somente para se classificar para a Libertadores.
Pensar e trabalhar como um time grande como é e sempre foram as tradições do tricolor paulista.

Tindersticks  – Can we start again!  (yes, we can)

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=rtVSGo3ws4s[/youtube]

RUI REI DO SÉCULO XXI ?

Nada de rede balançando, a primeira partida da final do Paulistão 2011 serviu de aquecimento para a grande decisão e todos esperam que o estoque de gols seja descarregado na Vila Belmiro dia 15 de Maio. Apesar do 0×0 não faltou emoção, o duelo tático entre Muricy e Tite determinou o equilibrio do jogo e se não fosse a trave talvez o empate ainda fosse o resultado mais justo, porém com gols.

Os desfalques somado ao cansaço devido à maratona de decisões influenciaram no desempenho do alvinegro da baixada, principalmente no primeiro tempo quando o combalido Ganso ainda estava em campo, aliás seria ele o novo Rui Rei* ? O fato é: a nova contusão do meia alvinegro (ainda praiano) afastará o craque por 1 mês, ou seja, seu retorno está previsto para a segunda partida da final da Libertadores, caso o Santos consiga avançar. Portanto fica difícil crer que Paulo Henrique Ganso voltará a vestir o manto santista, já que as negociações estão rumando para uma provável saída no meio do ano.

Bom, como o assunto principal é a final e toda sua repercussão, voltemos a ele.

O equilíbrio nas ações e a eficiente atuação da parte defensiva das equipes foram o panorama da partida e se o primeiro tempo não fez jus a grandeza dessa decisão, o segundo tempo tratou de compensar os 35.000 espectadores presentes no estádio com grandes lances de ambos os lados e muita disposição, mais do Corinthians , no entanto o Santos na medida do possível se lançava ao ataque mesmo com o esgotamento de alguns jogadores em campo. Com muita velocidade e movimentação, os destaques santistas foram os garotos Neymar e Alan Patrick, que alias entrou cheio de gás.

Agora, o segundo e decisivo confronto que será realizado no próximo domingo (15), às 16 horas, na Vila Belmiro promete um jogo ainda mais pegado e emocionante. Um novo empate, independente do placar, leva a finalíssima para os pênaltis.

Outro desfalque certo para o jogo fica por conta de Danilo, que recebeu o terceiro amarelo no jogo no Paulo Machado de Carvalho.

Nesta semana o Peixe volta suas atenções para a Libertadore onde enfrentará o Once Caldas no jogo de ida das quartas de final da competição. A partida será realizada quarta-feira (11), às 21h50 (horário de Brasília), no Estádio Palogrande, em Manizales. Já o Corinthians descansa e se prepara unicamente para a grande final de domingo (15).

*Em 1977, na grande final do Paulistão entre Corinthians x Ponte Preta, Ruy Rey (esperança ponte pretana) foi expulso pelo árbitro Dulcídio Wanderley Boschilla logo no começo da partida, de forma no mínimo suspeita, já que o jogador parecia ter forçado o cartão vermelho por reclamar incessantemente com o juiz até o ato da expulsão. Tal fato foi cercado de polêmicas, principalmente porque após alguns dias Ruy Rey desembarcou no Parque São Jorge como novo reforço do alvinegro para a temporada de 1978. __________________________________________________________________________
Notas do clássico:

RAFAEL – Pouco exigido durante a partida. Nota: 6,0

JONATHAN – Cansado, pouco apoiou o ataque, porém se mostrou eficiente na marcação. Nota: 6,0

PARÁ – Entrou tarde. Sem Nota

DURVAL – Discreto como sempre. Fez seu arroz com feijão. Nota: 5,5

EDU DRACENA – Demonstrou muita raça e eficiência nos desarmes, falhou uma única vez, mas foi salvo por Rafael que defendou o chute de B.César no prosseguimento da jogada. Nota: 6,0

ALEX SANDRO – Um dos mais descansados, não soube aproveitar o lado esquerdo desfalcado da equipe corintiana acabando por sobrecarregar o atacante Neymar. Nota: 5,0

ADRIANO – Jogador operário, sabe marcar sem ser violento. Nota: 6,0

DANILO – Não jogou bem como vinha jogando, ainda tomou o 2° amarelo que o deixou fora da decisão do próximo domingo. Nota: 5,0

ELANO – O mais esgotado de todo o time, saiu totalmente acabado no 2° tempo. Nota: 4,5

GANSO – Se tocou na bola 3 vezes foi muito. Arriscou um único bom chute e saiu contundido. Nota: 3,5

ALAN PATRICK – Depois de Neymar foi o grande destaque santista, deu muita mais movimentação e de seus pés saiu a melhor chance do Santos na partida. Nota: 7,0

ZÉ EDUARDO – Tá na hora de fazer as malinhas e ir logo pro Genoa. (Espero queimar minha língua no domingo) Nota: 3,0

NEYMAR – O ”cara” da partida, foi pra cima, colocou duas bolas na trave e infernizou a defesa corintiana. Nota: 7,5

KEIRRISON – Entrou tarde. Sem Nota

AS RAZÕES PARA ACREDITAR NO SUCESSO DE MURICY NO SANTOS

A mais nova das velhas notícias acaba de se confirmar: Muricy Ramalho é o novo técnico do Santos.

“Óóóhhhhh!!!”

Rapidinho a minha opinião acerca da contratação.

A diretoria santista tem o discurso de que o treinador que assumisse a função deveria ter o DNA do clube.

O que vem a ser esse DNA?

Do inglês ADN ou “Deoxyribonucleic Acid”, que no bom e velho português fica “Ácido Desoxirribonucleico” ou DNA, nada mais é do que um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos. (Wikipedia, te devo uma cerveja.)

Traduzindo para o popularesco de acordo com a direção peixeira, essa definição nada mais é do que alguém que tenha afinidades com a ofensividade do atual elenco do Santos.

Conhecido por desenvolver em seus times o competente “Muricyball”, que consiste na distribuição tática de suas peças de modo a fazer com que a bola do jogo chegue a área adversária através de jogadas de profundidade e via lançamentos longos, Muricy Ramalho não encaixa-se exatamente no que os santistas classificam como DNA Ofensivo.

E é exatamente por isso que acredito ser acertada a escolha do treinador para conduzir o Santos.

O “Muricyball” forma-se a partir de um consistente sistema defensivo, o qual da sustentação necessária para que as peças laterais tenham a liberdade de apoiar o ataque e alçar as bolas na área adversária. Zé Eduardo, Keirrison e demais centroavantes santistas, olhai para os céus.

Não acredito que o competente Muricy vá travar a ofensividade de jogadores como Neymar e Ganso (esse se ficar no time). Mas é certo que ele dará jeito na fraquíssima retaguarda praiana.

Quem leu minha coluna de ontem sobre o clássico de domingo na Vila, viu que em meu modo de enxergar o jogo, o Palmeiras matou o Santos ao forçar o erro na saída de bola do Santos e anulando Neymar e Ganso.

Muriça terá de encontrar meios de não deixar a fraca zaga tão exposta e ainda dispor de suas peças para que qualifique minimamente a saída de jogo. Por que foi na base do bumba-meu-boi que a zagueirada alvinegra se segurou quando Kleber e Cia os atacavam.

Arouca será fundamental nesse esquema. Mas Dracena não é o mesmo há tempos e Durval é Durval há tempos. Terá dores de cabeça o Muricy para acertar essa retaguarda. Mas aí é com ele, que é muito bom nisso e acho que dará um jeito por ali.

Se não mexer com os reizinhos da Vila, bingo. De repente ele faz desse Santos novamente um time e não um arremedo que vive da inspiração de Neymar, Ganso e por vezes de Elano.

 

Cheers,

OS MESMOS DE SEMPRE A TAPAR OS MESMOS BURACOS DE SEMPRE NO FUTEBOL CARIOCA

Muricy saiu do Fluminense e parece ter aberto no uma ferida que vinha sendo cicatrizada há algum tempo na rabeira dos lampejos de sucessos de Flamengo em 2009 e o do próprio Flu em 2010 – a completa falta de estrutura do futebol carioca.

Não precisava ter saído do jeito que saiu, falando o que falou. Mas ao cantar para os quatro cantos que no Fluminense ele tropeçava nos ratos dos vestiários, criou-se ali uma aura de bumba-meu-boi que parece estar sendo difícil de superar.

Desde a perda de seu comandante no tricampeonato brasileiro, o Fluminense tentou todos os treinadores possíveis, imagináveis e inclusive os empregados. Juca Kfouri disse ontem no Linha de Passe da ESPN que o Flu tentou Felipão com uma proposta milionária, oferecendo inclusive 1 milhão e meio de luvas ao técnico do Palmeiras.  Felipão disse não.

Nem Felipão, nem Renato Gaúcho que confidenciou a Jorge Kajuru que estaria perto de voltar às Laranjeiras, nem Adilson Batista que anda em baixa e poderia ressurgir no atual campeão nacional.  Ninguém quis.

E então o Fluminense tentou o glorioso Gilson Kleina, técnico que vem fazendo bom papel na Ponte Preta, mas que não tem nada muito além disso na carreira, além, claro, de ter sido assistente de Abel Braga em trabalhos passados do treinador. Abel que foi uma das tentativas do tricolor e talvez o único a não descartar o clube de cara. Então Kleina viria para esquentar o banco de Abel? Na cabeça dos dirigentes cariocas, talvez. Para os profissionais envolvidos, possivelmente não.

O Fluminense anunciou a contratação de Kleina ontem ao longo do dia. A noite e depois de reunião com a direção campineira, Kleina desmentiu a informação vinda do RJ. Ou seja, o Fluminense recebeu um sonoro “não” do glorioso Gilson Kleina, deflagrando talvez a mais enfadonha troca de treinadores vista no futebol profissional.

Até que no dia seguinte o seu co-irmão Botafogo anunciou a saída de Joel Santana. A torcida vinha pegando no pé de papai Joel.

Na noite anterior Joel já dava a entender que seu ciclo havia chegado ao fim e, sem ser muito convincente, tentava desviar o foco de um possível contato do Fluminense para levá-lo à vaga de Muricy.

No Botafogo fala-se em Adilson Batista, que disse não ao Fluminense recentemente.

Um abraço entre os iguais na mais completa falta de bom senso e planejamento. Adilson vem de dois trabalhos mequetrefes em Corinthians e Santos, sendo despedido em ambos. O Fluminense conseguiu levar não de um profissional que precisa resgatar seu moral e ainda corre o risco de vê-lo aceitar o convite do rival, que desde 1995 não faz bom papel no campeonato brasileiro.

O Botafogo o fez em 2010, quando terminou na 6ª colocação, tendo um elenco fraquíssimo, um time sem meias e que precisa viver da inspiração de Loco Abreu, como bem lembrou PVC em seu blog. Joel Santana tirou leite de pedra ao ainda conquistar o Cariocão.

Abel Braga sinalizou positivamente a um acerto com o Flu dentro de algum tempo. Mas pode vir do co-irmão Botafogo o novo comandante tricolor. Pode ser Joel, o melhor comandante que o Botafogo viu trabalhar em seus fraquíssimos elencos dos últimos anos e que mesmo assim o demitiu.

Joel, PC Gusmão, Cuca, Renato Gaucho. São sempre os mesmos a tapar os mesmos buracos de sempre no futebol carioca.

Ouça The Drums:

http://www.youtube.com/watch?v=XdyJUrEJD9U

Cheers

O fim de uma era.

 

Acabou. O final de uma relação que teria tudo para ser um eterno casamento, repleto de alegrias entre Muricy Ramalho e Fluminense, acabou. O técnico, quatro vezes campeão brasileiro, merecia mais, a começar pela sua exigência que o fez entrar no salão nobre das Laranjeiras e botar o boné em sua primeira coletiva como treinador do clube: estrutura. Infelizmente não foi só isso, foram muitas águas que rolaram para chegar a esta decisão.

A falta de estrutura do clube não é de agora, Muricy pegou um campo de várzea, a verdade tem de ser dita, não há condição alguma para ter um treinamento decente, logo os jogadores se machucam constantemente, temos casos como Deco e Fred que fizeram do departamento médico a segunda casa, um clube centenário e cheio de glórias históricas como o próprio presidente do clube enumerou em sua coletiva após perder o melhor técnico que o clube tivera nos últimos anos, não pode também ter um vestiário de quinta, muito menos não ter uma piscina decente para a recuperação dos jogadores, tendo que buscar academias para tal atividade. O clube precisa se estruturar urgentemente e era esse o ponto que Muricy estava batendo e que, segundo o próprio, não mudou absolutamente nada.

O outro ponto que desgastou o treinador foram as mudanças feitas dentro do Fluminense, o novo presidente, Peter Simesen que está há apenas dois meses no cargo mexeu em alguns aspectos que não agradaram o ex-treinador como a mudança na assessoria de imprensa, a demissão de Alcides Antunes que era o vice de futebol e tinha uma relação de confiança, não só com Muricy, mas com os próprios jogadores, isso também foi totalmente desgastante e crucial para a decisão tomada pelo técnico quatro vezes campeão brasileiro.

Resta nesse momento lamentar o rumo que as coisas tomaram. Perder o grande responsável pela conquista tão sonhada há 26 anos por descaso em não dar uma melhor estrutura, também por questões políticas que atrapalharam o andamento de todo um planejamento, porque cá entre nós, não é a toa que o time está tão mal nesse início de temporada, podendo piorar com uma eliminação precoce na Libertadores.  Toda essa confusão pelo visto não mexeu somente com o treinador, mas com um grupo que estava na mão do Muricy, que agora está com o pé atrás com estas mudanças e sem o comandante que era tão querido, tentaram  inclusive dentro do vestiário após o Fla x Flu  convence-lo de ficar.

Que o Cristo Redentor que olha sempre para o Fluminense tire essa nuvem negra instalada nas Laranjeiras.

 

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=oh86LC5ZaGs[/youtube]