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Coisas do Rio

Parabéns! Agora vai para o Botafogo, que parece ter copiado o que acontece ali nas Laranjeiras e perderam seu importante comandante. O técnico Joel Santana foi um bem para um clube que está tentando com os pés no chão se estruturar, essa é a situação do Botafogo.  Vejamos alguns pontos que me fazem relatar sobre isso: Campeonato Brasileiro de 2010: um time que após ganhar o carioca, se reforçou um pouco mais, com contratações modestas, Joel conseguiu fazer a melhor campanha do clube desde sua conquista em 1995, o ‘papai’, que era visto como agregador e amigo de todos, tirou praticamente leite de pedra de um time que não era lá essas coisas.

O ano de 2011 parecia ser a mesma coisa ou pior, perdendo jogadores no início da temporada e no meio dela, se reforçando muito modestamente, com jogadores medianos, lá estava Joel com sua prancheta, chegando a ser finalista da Taça Guanabara, perdendo para o maior rival, também tendo o elenco ressabiado e um tanto dividido, principalmente com as diferenças com Loco Abreu, o técnico que mais ganhou estaduais pediu o boné, não pela torcida que injustamente pedia sua cabeça, não pela estrutura que por mais que seja modesta é a melhor do rio, mas pelo elenco que tem, porque o mesmo sabe que não vai fazer milagres, tendo um grupo insatisfeito pelo modo que arma o time, mas fazer o que? Se não tem jogadores que façam mexer o time. Triste fim.

 

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E o Fluminense? Continua num calvário sem fim, agora recebe um não do técnico da Ponte Preta! Vamos ser claros, o Fluminense espera Abel Braga, por enquanto precisa de um treinador para preencher esta lacuna de três meses de espera. Antes as tentativas eram por Felipão e uma milionária por Cuca, este segundo disse um ‘não’ com classe por uma proposta milionária, já que o mesmo deu lugar para Muricy quando a diretoria deu um pé na bunda. Com a saída de Joel já se especula algo com ele, mas não, o nome preferido se chama Abel Braga. Enquanto isso o clube bota uma terra no gramado, chama a turma da dedetização e agora me contrata um interino-interino para comandar o jogo mais importante do clube amanhã à noite… É, Fluminense…

 

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O Flamengo com Ronaldinho e Thiago Neves é uma coisa, sem eles é outra e com Adriano será problema.  Abre o olho Flamengo!  Pode ser o próximo a perder seu treinador por bobeira, está claro que a situação do Adriano é completamente desconfortável na Gávea, o comandante não quer, já a presidente até pensa na possibilidade da volta, o pior é a torcida que ainda incentiva essa loucura de ter o tal “Imperador” novamente no clube. O arquirrival que mora nas Laranjeiras está fazendo escola…

 

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Mas quem anda fazendo bonito é o Vasco, com a contratação de Ricardo Gomes, que parece estar ajeitando um time que estava prestes a fazer uma das maiores vergonhas em ser ameaçado de rebaixamento do carioca, com as contratações de Bernardo que é um ótimo meio de campo, fazendo com que Felipe comece a voltar ao seu futebol e também de Diego Souza, sei não, esse time pode dar uma volta por cima e fazer frente ao Flamengo, e assim beliscar uma final de estadual que não conhece desde 2003.

 

 

E é isso que acontece em terras cariocas, diretamente do Boteco do Seu Geraldo!

 

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=wO9UCV5APPA[/youtube]

Albert Ayler Quartet tocando no funeral de John Coltrane, tudo a ver com o momento, não?

 

OS MESMOS DE SEMPRE A TAPAR OS MESMOS BURACOS DE SEMPRE NO FUTEBOL CARIOCA

Muricy saiu do Fluminense e parece ter aberto no uma ferida que vinha sendo cicatrizada há algum tempo na rabeira dos lampejos de sucessos de Flamengo em 2009 e o do próprio Flu em 2010 – a completa falta de estrutura do futebol carioca.

Não precisava ter saído do jeito que saiu, falando o que falou. Mas ao cantar para os quatro cantos que no Fluminense ele tropeçava nos ratos dos vestiários, criou-se ali uma aura de bumba-meu-boi que parece estar sendo difícil de superar.

Desde a perda de seu comandante no tricampeonato brasileiro, o Fluminense tentou todos os treinadores possíveis, imagináveis e inclusive os empregados. Juca Kfouri disse ontem no Linha de Passe da ESPN que o Flu tentou Felipão com uma proposta milionária, oferecendo inclusive 1 milhão e meio de luvas ao técnico do Palmeiras.  Felipão disse não.

Nem Felipão, nem Renato Gaúcho que confidenciou a Jorge Kajuru que estaria perto de voltar às Laranjeiras, nem Adilson Batista que anda em baixa e poderia ressurgir no atual campeão nacional.  Ninguém quis.

E então o Fluminense tentou o glorioso Gilson Kleina, técnico que vem fazendo bom papel na Ponte Preta, mas que não tem nada muito além disso na carreira, além, claro, de ter sido assistente de Abel Braga em trabalhos passados do treinador. Abel que foi uma das tentativas do tricolor e talvez o único a não descartar o clube de cara. Então Kleina viria para esquentar o banco de Abel? Na cabeça dos dirigentes cariocas, talvez. Para os profissionais envolvidos, possivelmente não.

O Fluminense anunciou a contratação de Kleina ontem ao longo do dia. A noite e depois de reunião com a direção campineira, Kleina desmentiu a informação vinda do RJ. Ou seja, o Fluminense recebeu um sonoro “não” do glorioso Gilson Kleina, deflagrando talvez a mais enfadonha troca de treinadores vista no futebol profissional.

Até que no dia seguinte o seu co-irmão Botafogo anunciou a saída de Joel Santana. A torcida vinha pegando no pé de papai Joel.

Na noite anterior Joel já dava a entender que seu ciclo havia chegado ao fim e, sem ser muito convincente, tentava desviar o foco de um possível contato do Fluminense para levá-lo à vaga de Muricy.

No Botafogo fala-se em Adilson Batista, que disse não ao Fluminense recentemente.

Um abraço entre os iguais na mais completa falta de bom senso e planejamento. Adilson vem de dois trabalhos mequetrefes em Corinthians e Santos, sendo despedido em ambos. O Fluminense conseguiu levar não de um profissional que precisa resgatar seu moral e ainda corre o risco de vê-lo aceitar o convite do rival, que desde 1995 não faz bom papel no campeonato brasileiro.

O Botafogo o fez em 2010, quando terminou na 6ª colocação, tendo um elenco fraquíssimo, um time sem meias e que precisa viver da inspiração de Loco Abreu, como bem lembrou PVC em seu blog. Joel Santana tirou leite de pedra ao ainda conquistar o Cariocão.

Abel Braga sinalizou positivamente a um acerto com o Flu dentro de algum tempo. Mas pode vir do co-irmão Botafogo o novo comandante tricolor. Pode ser Joel, o melhor comandante que o Botafogo viu trabalhar em seus fraquíssimos elencos dos últimos anos e que mesmo assim o demitiu.

Joel, PC Gusmão, Cuca, Renato Gaucho. São sempre os mesmos a tapar os mesmos buracos de sempre no futebol carioca.

Ouça The Drums:

http://www.youtube.com/watch?v=XdyJUrEJD9U

Cheers

Os dois lados da moeda: Guerreiros rubro-negros fazem zigue-zigue-zá

Está marcado no meu celular: 20:14 o Sr. J.P. Tozo, um dos meus colegas nessa apaixonada iniciativa que é o FFC, me liga repleto de emoção palestrina: “Escreve ai sobre o jogo do Palmeiras. Eu não vou conseguir”. Eu, como bom companheiro, respondi que escreveria. Embebido de emoção rubro-negra, compreendi o pleito de uma análise menos envolvida feito pelo meu amigo.

Só não me liguei num detalhe: porra, eu não vi o jogo do Palmeiras!

Esse pequeno intróito quer demonstrar o que é o futebol para esses que vos escrevem. Procuramos levar aos nossos leitores a emoção do esporte, da nossa amizade de anos, entremeada pela musica e por tudo o que passamos juntos. Prometi ao meu amigo o impossível – talvez esse seja o fundamento de uma boa amizade.

Então essa carta aberta vai para meu amigo J.P.: bicho, o espaço é seu! Chore aqui sua lágrima alvi-verde também!

Para não descumprir a promessa, e enfatizando o titulo das minhas colunas, só posso registrar: no meio de semana disse que o Palmeiras não era melhor que as equipes mais destacadas do Brasil. Hoje reitero: também não é pior. Os dois lados da moeda.

Viva o Palestra!

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Torcer para um time do Rio em São Paulo tem dessas coisas: enquanto seus amigos estão assistindo a final do estadual paulista, eu, rubro-negro, estou ouvindo pelos streams da Internet a final do carioca. Acabo de rever o VT de Botafogo x Flamengo. Os rapazes do Flamengo vêm fazendo história – uma semana digna dos melhores dias do Mengão, coroada pelo sensacional segundo tempo da final do Campeonato Carioca, contra esse grande rival (embora as vezes chorão, rss…) que é o Botafogo.

O primeiro tempo foi alvi-negro. Não fosse a contusão de Wellington Paulista, diria que o Fogão teria ido para o intervalo com as melhores expecativas possíveis para a segunda etapa. O gol do Botafogo – numa infelicidade, diria eu, de Bruno – levaria a partida para os pênaltis.

Joel Santana, no entanto, surpreendeu novamente: voltou para o segundo tempo com quatro atacantes: sacou Christian e Ibson (que perdeu uma chance de gol claríssima na etapa inicial) em favor de Obina e Diego Tardelli, que uniram-se uniram-se a Souza e Marcinho. Meio-campo de ofício só o volante Toró.

E o destino presenteou a ousadia: dos pés dessas duas opções saíram os três gols que levaram, com sobra, o título para a Gávea.

O segundo tempo do Flamengo foi memorável. Afora alguns chutes de longa distância, o Botafogo pouco ameaçou a meta de Bruno. O rubro-negro, em compensação, mostrou muita garra. Obina corria aos 40 minutos como uma criança. Marcinho (que foi substituído por Kléberson) fez ótima participação. Souza não teve tanto destaque, mas foi importantíssimo no restante do campeonato. E o que dizer do Tardelli? Chegou causando na Gávea e tem sido bastante eficiente em suas participações.

A defesa esteve bem com o raçudo Angelim e o capitão (com “C” maísculo) Fábio Luciano. As laterais, que já foram o grande destaque do time, dividem os holofotes, mas não devem ser esquecidas. Hoje foi dia de uma grande partida de Juan. Leo Moura não jogou tanto quanto na última quarta contra o América do México.

Como dissemos no meio de semana, o grande trunfo do Flamengo, hoje, é o elenco. E Joel Santana sabe utilizar-se de inúmeras opções e formações para por o seu time em campo. Não só: percebe-se da parte dos jogadores do Flamengo uma enorme vontade de jogar pela equipe, mesmo que, para isso, tenham que “acumular funções”. Um bom exemplo é Obina, que invariavlemnte recua do ataque do Fla para marcar na área do próprio time. Papai Joel sabe como mexer com esses rapazes.

Um título com a cara do rubro-negro: em uma semana que se esperava enormes dificuldades em três jogos, uma viagem e um jogo no México, o Fla lava a alma com paixão que a torcida tanto exalta. Placar final: Flamengo 8 x 3 Adversários, o 30o. titulo carioca garantido e quase assegurados na próxima fase para a libertadores.

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Um destaque na equipe botafoguense: o jovem goleiro Renan. Seguro e frio, fez duas grandes partidas nas finais. Quanto ao time, parece sofrer de sindrome da Seleção da Inglaterra: todo mundo acha que é bom e confia, menos os próprios jogadores.