OS MESMOS DE SEMPRE A TAPAR OS MESMOS BURACOS DE SEMPRE NO FUTEBOL CARIOCA

Muricy saiu do Fluminense e parece ter aberto no uma ferida que vinha sendo cicatrizada há algum tempo na rabeira dos lampejos de sucessos de Flamengo em 2009 e o do próprio Flu em 2010 – a completa falta de estrutura do futebol carioca.

Não precisava ter saído do jeito que saiu, falando o que falou. Mas ao cantar para os quatro cantos que no Fluminense ele tropeçava nos ratos dos vestiários, criou-se ali uma aura de bumba-meu-boi que parece estar sendo difícil de superar.

Desde a perda de seu comandante no tricampeonato brasileiro, o Fluminense tentou todos os treinadores possíveis, imagináveis e inclusive os empregados. Juca Kfouri disse ontem no Linha de Passe da ESPN que o Flu tentou Felipão com uma proposta milionária, oferecendo inclusive 1 milhão e meio de luvas ao técnico do Palmeiras.  Felipão disse não.

Nem Felipão, nem Renato Gaúcho que confidenciou a Jorge Kajuru que estaria perto de voltar às Laranjeiras, nem Adilson Batista que anda em baixa e poderia ressurgir no atual campeão nacional.  Ninguém quis.

E então o Fluminense tentou o glorioso Gilson Kleina, técnico que vem fazendo bom papel na Ponte Preta, mas que não tem nada muito além disso na carreira, além, claro, de ter sido assistente de Abel Braga em trabalhos passados do treinador. Abel que foi uma das tentativas do tricolor e talvez o único a não descartar o clube de cara. Então Kleina viria para esquentar o banco de Abel? Na cabeça dos dirigentes cariocas, talvez. Para os profissionais envolvidos, possivelmente não.

O Fluminense anunciou a contratação de Kleina ontem ao longo do dia. A noite e depois de reunião com a direção campineira, Kleina desmentiu a informação vinda do RJ. Ou seja, o Fluminense recebeu um sonoro “não” do glorioso Gilson Kleina, deflagrando talvez a mais enfadonha troca de treinadores vista no futebol profissional.

Até que no dia seguinte o seu co-irmão Botafogo anunciou a saída de Joel Santana. A torcida vinha pegando no pé de papai Joel.

Na noite anterior Joel já dava a entender que seu ciclo havia chegado ao fim e, sem ser muito convincente, tentava desviar o foco de um possível contato do Fluminense para levá-lo à vaga de Muricy.

No Botafogo fala-se em Adilson Batista, que disse não ao Fluminense recentemente.

Um abraço entre os iguais na mais completa falta de bom senso e planejamento. Adilson vem de dois trabalhos mequetrefes em Corinthians e Santos, sendo despedido em ambos. O Fluminense conseguiu levar não de um profissional que precisa resgatar seu moral e ainda corre o risco de vê-lo aceitar o convite do rival, que desde 1995 não faz bom papel no campeonato brasileiro.

O Botafogo o fez em 2010, quando terminou na 6ª colocação, tendo um elenco fraquíssimo, um time sem meias e que precisa viver da inspiração de Loco Abreu, como bem lembrou PVC em seu blog. Joel Santana tirou leite de pedra ao ainda conquistar o Cariocão.

Abel Braga sinalizou positivamente a um acerto com o Flu dentro de algum tempo. Mas pode vir do co-irmão Botafogo o novo comandante tricolor. Pode ser Joel, o melhor comandante que o Botafogo viu trabalhar em seus fraquíssimos elencos dos últimos anos e que mesmo assim o demitiu.

Joel, PC Gusmão, Cuca, Renato Gaucho. São sempre os mesmos a tapar os mesmos buracos de sempre no futebol carioca.

Ouça The Drums:

http://www.youtube.com/watch?v=XdyJUrEJD9U

Cheers

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