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Chazinho de Coca – Palmeiras vence o clássico. Sob o "Efeito Felipão".

Texto: João Paulo Tozo
Imagens: Tom Dib

Mesmo no papel de Auxiliar Técnico de luxo, Felipão já colocou em prática o “Efeito Felipão” e “estreou” com vitória em seu retorno ao Palmeiras.

Se o Verdão havia perdido Cleiton Xavier horas antes do clássico contra o Santos, por outro lado tinha a estréia de Kleber Gladiador e – ao menos no mérito técnico – a estréia de Ewerthon, que fez seu melhor jogo desde que chegou ao Palestra Italia. Com Lincoln – outro destaque do time – mais centralizado e armando o jogo, estava formado o triangulo que fez uma fumaceira dos diabos pra cima da zaga santista.

O Peixe vinha com Ganso no banco, recuperando-se de artroscopia e sem Robinho, que estranhamente pediu para não jogar.

Murtosa e Felipão trancaram o Palmeiras escalando Edinho como um falso 3º zagueiro, por vezes aparecendo a frente, enquanto Assunção e Marcio Araujo se seguravam.

Entretanto o gol saiu em falha de Maranhão, que afastou mal o cruzamento verde. Inteligente, Kleber ajeitou de cabeça para Ewerthon que vinha de trás e que com extrema felicidade acertou um petardo indefensável, no ângulo direito de Rafael. Um golaço!

Daí o jogo ficou bom. O Santos partiu pra cima e passou a deixar espaço para as rápidas investidas de Kleber e Ewerthon. O Peixe esbarrou também na má jornada de Neymar, mais preocupado em reclamar da marcação do que em jogar futebol.

O Santos era quem dava o tom do jogo. Quando partia pra cima, o Palmeiras postava Kleber e Ewerthon abertos nas pontas. Quando diminuía o ritmo o jogo, Edinho voltava e formava o tripé da defesa. Tava ruim pro Santos.

O 2º tempo começou e o panorama permaneceu o mesmo. Mas o Santos voltou com Ganso no time.

Aos 14 minutos uma alteração estranha no Palmeiras. Murtosa e Felipão sacaram Lincoln, que vinha muito bem e era o cérebro do time, e promoveram a estréia de Tinga.

E dava pra ter cornetado essa mudança. Mas aí o “Efeito Felipão” funcionou outra vez.

Felipão não é só competente, tem estrela. Muita estrela. A alteração que seria xingada por qualquer um, mal teve tempo de sofrer os xingamentos. Em seu 1º lance Tinga recebeu aberto pela esquerda e enfiou o canudo, a bola ainda desviou em Edu Dracena e matou o goleiro Rafael.

O Palmeiras batia no Santos e ainda jogava bem. Felipão tirava um destaque do jogo e colocava uma jovem promessa e a coisa funcionava. Palmeiras e Felipão é de fato uma parceria diferente.

A dupla de comandantes continuou mexendo no time. Depois veio Patrick no lugar de Ewerthon e Tadeu no de Kleber. E ambos vinham bem no jogo.

Dorival Jr mandou Marcel no lugar de Neymar, que saiu soltando fogo pelas ventas. Só que a alteração surtiu efeito, tornando a reclamação de Neymar injustificável.

Ainda que na base do abafa e dos cruzamentos, jogo que não é característico do Peixe, aos 38 pintou outro golaço. Dele, de Marcel.

O Cruzamento veio da direita, o centroavante dominou no peito e encheu o pé, a bola ainda tocou no travessão e dormiu dentro da rede. Ainda teve tempo do Santos meter uma bola na trave. Mas não seria justo o empate.

O Palmeiras foi mais time ao longo do jogo e fez sua reestréia no BR10 com o pé direito. E também sob o “Efeito Felipão”.

Despeço-me da ferocidade cheia de ginga que nos acompanha com um clássico do AC/DC – You Shook Me All Night Long:

Cheers,

Chazinho de Coca – Pensando como Ricardo Teixeira.


Discussão levantada em nosso programa de rádio na última segunda-feira -O novo técnico da seleção da CBF.

Sem “bla, bla, bla”, está na cara que Felipão é o favorito e o preferido da nação. Em minha mais recente coluna falei sobre o triangulo amoroso entre Palmeiras, Felipão e a seleção.

Depois surgiu a informação de que Leonardo era a bola da vez para assumir o ex-cargo dunguistico.

Ricardinho, “o Teixeira”, disse que quer um trabalho a longo prazo, até para que seja feita uma reformulação e coisa e tal. Ainda alfinetou a sua invenção, Dunga, ao dizer que de nada importa ganhar Copa América e das Confederações, se no que vale o time faz papelão.

Ele adora se eximir de culpa, né? O Dunga lá esteve porque ele escolheu. Assim como inventou o Lazaroni em 90. Lamentável!

Dunga teve 4 anos para trabalhar e o resultado está aí. Então esse papinho mole de que é necessário trabalho a longo prazo não me convence. Veja só como foi o trabalho de Felipão em 2002. Menos de 1 ano a frente da seleção e sucesso absoluto.

É óbvio também que a menina dos olhos dourados do Ricardinho da CBF é a Copa de 2014 e toda a politicagem que irá envolvê-la. Olimpíadas de 2012 deve estar na 4ª ou 5ª colocação na escala de prioridades. Mas a de 2016 não. A bendita será aqui no Brasil, dois anos após a Copa do Mundo que também será aqui. Ou seja, é a chance dourada do figura, além daquela rapaziadinha cheia de ginga do COI, tornarem-se heróis da pátria amada salve e salve.

Minha interpretação desses fatos?

Leonardo, um sujeito boa pinta, educado, o avesso do Dunga, mas ainda inventado e sem casca grossa, assume a seleção agora, conduz o escrete canarinho até as Olimpíadas de 2012 e se ganhar a medalha de ouro, trará uma dorzinha de cabeça extra ao Ricardinho, mas se não ganhar, como é tradicional da seleção brasileira em jogos olímpicos, a desculpa para derrubá-lo estará pronta. Mesmo que vença, derrubar Leonardo é bem menos traumático do que um Mano Menezes ou um Muricy Ramalho, que são os nomes cogitados caso Felipão não assuma agora.

Rodo dado em Leonardo, teriam então os nossos cartolas um novo ciclo de 4 anos. Um novo ciclo de 4 anos em que Felipão poderia conduzir a sua maneira, sem Palmeiras para dividir suas atenções.

“Tá bem louco, Jão? De 2012 para 2014 são apenas 2 anos”

Verdade. Mas para 2016 são 4 anos. Quatro anos que englobam a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016, ambas aqui no Brasil.

Não é um cenário perfeito?

Até que pensar com a cabeça Ricardistica não é de todo mal. Eu mesmo faria isso se fosse ele.

Mais detalhes dessa epopéia sugerida podem ser encontrados em nosso programa da última segunda-feira. Acesse o podcast na lateral direita do blog.

Cheers,

Chazinho de Coca – Verdão, Felipão e a Seleção.

Verdão, Felipão e a Seleção – Eles se amam.

Palmeiras, Luis Felipe Scolari e Seleção Brasileira. Eis o triangulo amoroso da nova novela do futebol brasileiro.

O fiasco Dunguistico na África do Sul foi tão grande que a CBF até trabalhou no domingo. Acredite se quiser.

O enfadonho website da empresa – sim, empresa – que administra a maior seleção de futebol do planeta – na história, não momentaneamente – atualizou sua home para enfatizar que o trabalho do capitão do tetra não teria continuação.

Bastou esse fato para que as especulações em torno do novo nome para comandar o escrete verde e amarelo na Copa do Mundo mais importante da história para a CBF tivessem início.

A CBF por sua vez nada adiantou. Mas os nomes pululam nas rodas de boteco: Muricy Ramalho, Mano Menezes, Adilson Baptista e até nomes como Sílas e Leonardo surgem como opções.

Entretanto o nome que é quase consenso é o de Luis Felipe Scolari, o último campeão mundial pela seleção. O eterno salvador da pátria, seja da pátria propriamente dita ou da pátria alviverde.

A CBF disse que anuncia o novo nome ainda esse mês. Até por que a sua seleção já tem amistoso marcado para agosto. É rapaz, a empresa não pode parar.

Não apenas esse, mas a seleção brasileira tem mais 5 amistosos marcados até o fim do ano. CINCO. Para que servem? Fica para o leitor escolher uma opção, dentre as quais não está nenhuma questão técnica ou de planejamento.

Deixemos as razões pouco claras para a escolha tão cheia de urgência do novo técnico.

Certamente a CBF irá plantar um novo factóide para justificar sua próxima escolha.

Na escolha de Dunga o mote era “este será o fim das badernas, a moralização chegou”. Tendo em vista, claro, a baderna que foi a preparação para a Copa de 2006. Dessa forma a CBF eximiu-se de sua enorme culpa e escolheu o novo herói da nação. Estava blindada, enfim, para montar sua campanha em prol do “Brasil 2014”. O Dunga que se virasse com a seleção.

A Copa de 2010 se foi para nós. Qual é a grande reclamação agora?

A falta de qualidade do time levado por Dunga. O jogo “a italiana” produzido e derrotado.

Qual será o mote da campanha para a escolha do novo escudo protetor da CBF?

“Vamos resgatar a essência do futebol brasileiro”

Nas internas será: “Toma a seleção, fiel escudeiro. Ela é sua, se vira. Eu (CBF) vou cuidar da politicagem em torno da Copa no Brasil”.

Esse cara precisa ser alguém em quem o país confia. Inventar técnico como Dunga foi inventado pode significar 3ª Guerra Mundial. E não há outro nome mais apropriado do que o do novo técnico do Palmeiras.

É amigo, Felipão é o novo técnico do Palmeiras. E assim deverá ser até dezembro de 2012.

Palmeiras, Felipão e a Seleção precisam um do outro.

O Palmeiras vem de fracassos recentes que fazem do clube a maior panela de pressão do futebol brasileiro. O único com quem a torcida terá paciência é com ele, Felipão.

Felipão precisa do Palmeiras. Afinal vem de resultados pouco convincentes desde que saiu da seleção de Portugal. No Verdão Felipão é Rei e terá carta branca da diretoria e bandeira branca da torcida.

E a CBF precisa do Felipão, já que é o nome que o país quer na seleção e ela vai precisar, mais do que nunca, de um escudo de casca grossa.

O que faz com que ela precise também do Palmeiras, detentor do atual contrato de trabalho do treinador.

E quer saber mais?

O Palmeiras precisa da CBF. Politicamente, claro. Afinal Belluzzo fez parte da oposição a CBF na escolha do novo presidente do Clube dos 13. Ser “gentil”, no caso Felipão, poderá significar o resgate da “confiança” de Ricardinho, o Teixeira.

Felipão pode exercer as duas funções. Até por que o ciclo olímpico será somente em 2012 e até lá não há absolutamente nada de importante envolvendo a seleção brasileira.

Outro ponto a se analisar é a grana. Felipão é um homem rico, mas não tem a tendência a rasgar dinheiro.

No Palmeiras ele vai ganhar, no mínimo, o dobro do que na seleção. Serão, por baixo, 700 mil reais/mês, sem contar os contratos de patrocínio. Dunga na seleção vinha embolsando pouco mais de 150 mil reais.

E qual é o técnico que em sã consciência negaria ser o comandante da seleção brasileira em uma Copa do Mundo no próprio país?

Pois é , estamos diante de um tremendo de um triangulo amoroso, onde todo mundo se ama e todo mundo se quer.

Juntarão os envolvidos a fome a vontade de comer?

Cheers,

Chazinho de Coca – Belluzo volta a dizer: "Queremos ser campeões".

Texto: João Paulo Tozo
Foto: Tom Dib (Para o Lancenet!)

Em 2009, Luiz Gonzaga Belluzzo promoveu o dia do “FICO”, quando bancou as permanências de Diego Souza, Cleiton Xavier e Pierre, ainda que esses tivessem propostas para sair.

Contratou Muricy Ramalho, o grande técnico em atividade no país.

E para fechar repatriou um ex-ídolo do time, Vagner Love.

Com essas medidas o presidente do Palmeiras deixou o recado: “Nós queremos ser campeões”.

Alguém naquele momento teria feito o contrário? Em sã consciência não.

O final da história é triste para o palmeirense. Afinal o time despencou na reta final do BR09.

Errou então Belluzzo em suas contratações? Longe disso. Belluzzo errou ao não saber lidar com as crises internas, como na briga entre Obina e Mauricio. Como na crise entre torcida e Love. Dentre outras.

2010 começou sombrio para o Verdão. Fora da Libertadores, logo com caixa enfraquecido. Além da crise técnica de seus principais nomes.

Mais uma vez Belluzzo e a diretora verde mostraram falta de tato na condução das crises.

Mandou embora Muricy Ramalho, que se não conseguia emplacar seu trabalho, em contrapartida contava com um elenco limitado em mãos e não tinha seus pedidos de contratações aceitos. Muricy tinha também a simpatia da torcida.

Depois dispensou Robert, único centroavante do time naquele momento (até o presente momento também. Artilheiro do time no ano). Que se não era muita coisa, ainda era a única.

Afastou Diego Souza, que não vinha em bom momento desde sua convocação para a seleção em 2009, mas ainda assim era o único no time com capacidade para desequilibrar uma partida.

Isso sem falar na estranha dispensa de Antônio Carlos.

Este um ponto culminante para que Belluzzo voltasse a pensar grande.

Convenhamos, com o time na situação em que estava, falar em ser campeão era piada.

Com a queda de Antônio Carlos, um nome passou a ser cantado nos corredores do Palestra Italia – Luis Felipe Scolari.

Felipão seja talvez o único nome capaz de reunir em torno de si as peças que andam tão afastadas no Palmeiras: elenco, direção e torcida.

Com Felipão a torcida terá paciência. A diretoria terá mais tranqüilidade para conduzir seu trabalho e o elenco estará mais blindado. Nesse cenário Felipão poderá trabalhar a sua maneira e emplacar a sua forma de jogo. Como em 1997, quando chegou para fazer a sua vitoriosa trajetória no Palestra Italia. Naquele ano o Palmeiras não foi campeão, mas Felipão formou a base do time que ganharia a América em 1999, tendo antes vencido a Copa do Brasil e a Mercosul, ambos em 1998.

Quer dizer que o Palmeiras não irá briga pelos títulos do 2º semestre de 2010?

Não. Mas é necessário contratar mais. Mais e melhor.

Ontem o Verdão apresentou Kleber Gladiador. Tipo da contratação que não apenas enriquece tecnicamente o elenco, mas que fecha uma das tantas feridas abertas no coração palestrino.

Kleber tem a cara do Palmeiras. Do último momento vencedor do time. A paixão que ele diz ter é de fato demonstrada em campo. Isso a torcida valoriza, muitas vezes até mais do que grandes exibições. E em Kleber ela sabe que as duas possibilidades se encontram.

Trazer Kleber é o começo de uma retomada. Uma retomada que não pode passar apenas pela sua chegada, mas que tem nele seu início. A retomada passa também por Valdívia e Felipão.

A possibilidade da chegada de ambos é muito grande. Como grande ficará a possibilidade do time alviverde brigar por coisas maiores ainda em 2010. Não somente deles, mas principalmente desses três.

Com essas novas investidas, além de brigar por um patrocínio mais rico para o clube, batendo de frente com a poderosa Samsung, Belluzzo volta a dizer “Nós queremos ser campeões”.

Queremos, todos. Mas sabemos que não só de contratações de peso se forma um time campeão.

Não vou cornetar um ou outro. Mas Belluzzo terá de reavaliar sua forma de conduzir as crises para não repetir os erros do ano passado, que infelizmente acabaram por diminuir seus feitos na formação do time.

Chazinho de Coca – Mãe Dinah Strikes Again (ptII)

O São Paulo estancou o AVC ontem, ao vencer o Palmeiras por 1X0, no Morumbi. Mantendo por mais um ano o tabu palmeirense no estádio tricolor, já que o próximo e último encontro entre ambos, em 2010, deverá ser no Pacaembu. O Palmeiras não vence o SP no Morumbi desde 2002, nos 4X2 com gol antológico de Alex.

Um Choque-Rei sem realeza, sem brilho, sem nada. Quase sem torcida. Tomando emprestadas as palavras de Mauro Beting – Um 0X0 com gol.

Os gênios da CBF adoraram. Só mesmo sendo muito gênio para marcar um clássico desse tamanho em uma quarta-feira, há dias de uma Copa do Mundo. 15 mil pagantes foi até demais.

1º tempo de domínio tricolor. 2ª etapa ligeiramente alviverde. Placar justo. Com futebol injusto, indigno em ostentar as camisas das duas instituições.

O Dido irá trazer em sua coluna mais detalhes da partida.

Aqui vou me reservar a espinafrar a genialidade dos organizadores do campeonato. A falta de ação da diretoria palmeirense que apesar da pífia jornada, tem coragem de dizer que o elenco é bom. Do juizão que deixou de dar pênalti que foi e deu um que não foi. Dos jogadores do Palmeiras que perderam 6 dos últimos 7 pênaltis dados ao time.

Eu que sempre fui exímio batedor de faltas e pênaltis, sinto-me ultrajado ao ver o nível técnico dessa boleirada de hoje que sequer fazer um golzinho de penalidade consegue.

Ok, relevem essa última passagem.

O São Paulo ficou na dele, não foi espetacular, longe disso. Mas ganhou e com justiça. Espetacular foi Ceni, que evitou um gol de pênalti ilegítimo – “Ahhh, Everthon!”

Se o Palmeiras não trouxer jogadores que cheguem para vestir a camisa e sair jogando, irá brigar na metade de baixo da tabela. Com muita, mas MUITA força de vontade pode pensar em Sulamericana. Pouco para um clube desse tamanho.

E é por falar em reforços verdes que eu encarno novamente a Mãe Dinah.

Ano passado eu cravei apenas interpretando fatos, notícias, dito pelo não dito, conversinhas tortas e conclusões inconclusivas, que Muricy Ramalho seria técnico do Palmeiras. Isso quando o próprio e a diretoria verde diziam o contrário. E depois cravei a chegada de Vagner Love, quando a conversa mole da cúpula verde também indicava o oposto.

No caso Muricy, a queda de Luxemburgo logo após a saída de Muriçoca do SP, já deu metros de pano para manga. A desculpa de que Luxa lesou a hierarquia pelo simples fato de tomar as dores do clube no caso Keirrison soou bastante estranho, convenhamos. Logo depois Muriça passou a ser nome de consenso no Verdão. Mas a tal da vontade da família do técnico e o próprio dizendo que queria férias, jogavam água no chope verde. Depois vieram conversinhas moles de Belluzzo e Muricy por telefone, via Rádio Bandeirantes, marcando uma cerveja e uma mortadela, como forma de tirar um lazer por que era todo mundo “muito do bem”. Já era mais do que sinal de que a contratação iria sair. Eu cravei num dia, dois dias depois ela saiu mesmo.

No caso Love a mesma coisa. Belluzzo disse no famoso dia do “Fico” que iria trazer um grande atacante da Eurásia. Claro que todo mundo pensou em Love. No dia seguinte chegou Robert, do futebol mexicano. O que segundo TODOS, era a certeza de que Love não viria. Só que se esqueceram que o México não fica na Eurásia. Então apostei na chegada do “artilheiro da folia” e acabou acontecendo mesmo.

Situações bastante parecidas, para não dizer idênticas, as que acontecem hoje nos casos Felipão e Kleber Gladiador.

Surgiu ontem a informação de que o Palmeiras já havia fechado com Kleber. Mais tarde a direção desmentiu. Todo mundo disse que era conversa e que Kleber, se vier, só no ano que vem.

Pelo Cruzeiro Kleber está há 2 ou 3 jogos de completar os 6, que o impediriam de acertar com outro clube brasileiro esse ano. Vamos esperar. Mas se ele “sentir uma fisgada” nos próximos jogos e ficar de fora, lembrem-se do que estou dizendo.

O caso Felipão é ainda mais emblemático.

Felipão rescindiu contrato lá no Bunyodikrsnzckzavosvsks e na sequência Antônio Carlos caiu no Palmeiras. Demitiram o cara por ele ter chamado a atenção dos jogadores em um caso de indisciplina. O que deveria ser aplaudido e não motivo de demissão. Depois Felipão passou a ser nome cantado pelas alamedas esverdejantes do Palestra Italia (já saudoso).

Conversa vem e vai. Em um dia está próximo, no mesmo dia está longe e no seguinte ele vem para ser zagueiro. Uma enxurrada de informações desencontradas.

Bem, ontem a direção verde descartou Scolari, alegando que o Messias preferiu seguir as vontades de sua família em permanecer na Europa. Então já começaram a pensar em efetivar Parraga e tudo mais. Exatamente como aconteceu com Jorginho no caso Muricy. O mesmo roteiro, o mesmo cenário, só que com personagens diferentes.

Vou cravar então, ainda que baseado muito na vontade de torcedor, mas também na interpretação isenta que meu papel de blogueiro exige: Kleber e Felipão (e também Valdívia) chegam ao Palmeiras após a Copa.

Anotem e depois me cobrem. Ou não.

Mãe Dinah desencarnando.

Cheers,