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PALPITE COMIGO NOS JOGOS DA 28ª RODADA DO BR11

Vem aí a 28ª rodada do BR11. Naquela coisa de palpitar e chorar livremente, vamos brincar de Nostradamus. Seguem meus palpites para a rodada do final de semana.

 

– 8 de Outubro de 2011 – Sábado

América-MG

x
Atlético-MG

Botafogo

x
Bahia

Coritiba

x
Grêmio

 

9 de Outubro de 2011 – Domingo

Flamengo

x
Fluminense

Internacional

x
Vasco

Santos

x
Palmeiras

Avaí

x
Atlético-PR

Ceará

x
Figueirense

Corinthians

x
Atlético-GO

O grande esforço

Jogando um pouco mais livre para criar e finalizar, Danilo foi o nome do jogo contra o Vasco

Prezados ferozes, tenho tudo pra dizer que o Corinthians não ganhou um ponto no jogo de ontem, mas sim perdeu dois pontos. Por mais que o time do Vasco seja a equipe mais regular do campeonato, e que esteja merecidamente na liderança da competição, ontem o Timão foi o protagonista da partida, e mesmo tomando um gol logo no início, dominou o jogo o tempo todo, com um futebol cadenciado e altamente esforçado. Faltou o que já vem faltando há tempos: a pontaria. Vontade não faltou. Willian tentou chegar ao gol o tempo todo, com grandes arrancadas, Jorge Henrique voltou a ser aquele jogador voluntarioso, que corre pela equipe, dando canseira no fraco Márcio Careca. Aliás, o lado esquerdo do Vasco parecia não existir. Foi presa fácil para a correria dos corintianos, especialmente para Danilo, que (minha mão à palmatória, novamente) foi o nome do jogo. Aliás, será que havia mesmo algum problema com a preparação física? Não sei, mas o fato é que o time parece ter ganhado muito mais fôlego, é impressionante.

Depois de alguns tropeços, Tite finalmente montou uma equipe coesa e disciplinada taticamente

Um ponto negativo é que – sem o batedor oficial, Chicão – o time tem pecado um pouco nas cobranças de falta, que neste jogo ficaram a cargo de Alex. Falando em Chicão, apesar do time ter ido bem sem ele, ainda defendo um retorno dele ao time, especialmente pela questão das faltas. Acho que em uma dupla com Paulo André (que ontem falhou na hora de cobrir o erro de Alessandro, mas no geral foi bem), o capitão voltaria a se destacar. Mas ao menos por ontem, não posso criticar Leandro Castán, que também não comprometeu.

Ademais, na medida do possível, Tite parece ter feito a escalação correta do time. Só não entendi no final, a substituição do meia-esquerda Alex pelo lateral-direito Welder. Mas como o jogo estava no finalzinho, nem deu pra perceber quem assumiu a posição de meio campista.

O próximo confronto será contra o Atlético-GO, no Pacaembu, e poderá ter a estréia de Adriano. Daqui por diante, volta o dilema: qual deve ser a dupla titular do ataque? Adriano e Liedson? Adriano e Sheik? Liedson e Sheik? Um trio, com Adriano, Liedson e Sheik? E Willian? E Jorge Henrique? O que vocês acham? Cartas para a redação, ou melhor: comentários aqui na coluna.

***

E hoje dou boas-vindas aos novos leitores do Ferozes FC! Fiquem à vontade para opinar, questionar, discordar, elogiar e recomendar. Um grande abraço.

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Como trilha, escolho o som que dá nome à coluna de hoje, “O grande esforço”, da banda goiana Violins, que disponibiliza o álbum “Direito de ser nada” para download gratuito em seu site, www.violins.com.br. Não tem clipe, mas vale conhecer o som. Até mais!

 [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=FdFkfRsty9c[/youtube]

 

PALPITE COMIGO NOS JOGOS DO FINAL DE SEMANA DO BR11

A brincadeira é livre e o choro também, como já diria o poeta. Palpite e erre comigo nos jogos da 27ª rodada do BR11:

1 de Outubro de 2011 – Sábado

Bahia

x
Avaí

Fluminense

x
Santos

Palmeiras

x
América-MG

2 de Outubro de 2011 – Domingo

Atlético-MG

x
Ceará

Atlético-PR

x
Internacional

Figueirense

x
Coritiba

São Paulo

x
Flamengo

Vasco

x
Corinthians

Atlético-GO

x
Botafogo

Grêmio

x
Cruzeiro

 

A MEDÍOCRE ESTRELA DE UM TIME MEDÍOCRE

Em mais um dos muitos e recentes vexames históricos palmeirenses, muitas são as análises, mas de todas a que menos faz sentido hoje é a de jogo.

O Atlético GO é um dos times mais complicados de se bater em seu território. Muita gente vai perder ou já perdeu pontos por lá. Conquistar então um ponto em Goiânia deve ser comemorado como um dos bons feitos a se atingir nesse BR11. Mas nunca, jamais, de maneira alguma deixar de conquistar os 3 pontos quando se atua com 11 jogadores contra apenas 9 do adversário.

Pois o Palmeiras conseguiu o feito que depois foi denominado por Felipão como “a maior vergonha da carreira”.

Não sei se chega a tanto, quando sob o comando do mesmo treinador e atuando com os mesmos jogadores o time levou 6 gols e nenhum marcou contra um mediano Coritiba. Mas que foi patético ver um time que vencia o jogo, atuando com dois jogadores a mais , não saber o que fazer com a bola que teimava cair nos pés de seus jogadores, mais pela superioridade numérica do que técnica, disso não tenho dúvidas. Até por que, nesse quesito, os comandados de Felipão deram uma aula de como assumir a própria mediocridade.

Mediocridade que no Palmeiras é evidenciada pela medíocre performance de seus pseudos craques.

Mas está na hora também de parar para olhar outros aspectos que envolvem o clube e que podem também estar contaminados pela mediocridade.

Mediocridade de um presidente que se rasteja para conseguir dos organizadores da Copa do Mundo de 2014 o mínimo de atenção para o seu futuro majestoso estádio, mas que como já se sabe e é dito sem rodeios pelos próprios organizadores, trata-se de uma Copa feita exatamente para o seu maior rival. Ainda que o estádio seja moderníssimo, dentro de todos os padrões da Fifa, da Confederação Intergaláctica e seja lá do que mais, ainda que esteja sendo levantado sem um centavo de dinheiro público investido, ainda que…bem, creio que é exatamente esse último o motivo primordial para a futura arena mais moderna da América Latina sequer ser cogitada para a Copa da CBF e de seus parceiros.

Mas já sabendo disso e vendo que em campo seu time definha caminhando perigosamente para um definhamento histórico, por que raios Tirone não dá uma banana pra Copa e resolve trabalhar pelo bem do time em campo?

Por que um clube precisa ser medíocre ao ponto de permitir a ação de inúteis agitadores de livre transito interno?

Por que o torcedor precisa agir dentro da medíocre ótica de alguns interesseiros que elegeram Felipão o grande culpado pelo péssimo momento pelo qual o clube passa há quase 10 anos?

Por que as vaias são sempre para os verdadeiramente limitados Luan e Assunção, quando um protótipo de craque, um pseudo diferenciado como o Kleber, que passa um turno inteiro sem marcar e que ainda por cima traiu a confiança de toda a coletividade alviverde forçando sua saída para clube rival, sem tentar sequer esconder suas vontades, não é cobrado de acordo com a expectativa que lhe envolve?

Eu que já vi por situação semelhante, o mesmo torcedor pedir a cabeça do Edmundo, um ídolo histórico do clube e esse sim com comprovados bons serviços prestados. Lembro-me bem dos cânticos nesse sentido: “Fora Edmundo, você é o maior traidor do mundo”.

Vi também mais recentemente colocarem Diego Souza para fora do clube, que realmente teve uma reta final de BR09 abaixo do esperado, mas que esteve longe de não colaborar em nada com o time, como hoje não colabora Kleber. O mesmo Diego Souza que Felipão pediu para a diretoria manter no elenco pois queria trabalhar com ele, mas que não foi atendido. O mesmo Diego Souza que hoje decide jogos para o líder Vasco.

Nunca esperei do Luan e do Assunção mais do que eles apresentam. Nem eles prometeram mais do que isso. Mas Kleber tem status de craque, tem vencimentos de craque, age como se fosse um craque, mas que não reverte ao time metade do que os assumidamente limitados Luan e Assunção revertem.

Não acho que se deva reverência a Luan e Assunção, nem mesmo a Felipão. Cobro sim é coerência.

Kleber não é, nunca foi e nunca será um craque, mas pode sim e deve jogar muito mais do que vem jogando. A cobrança tem que ser de acordo com o que se espera de cada um. Mereceu todas as palmas do torcedor (minhas inclusive) em 2008, quando foi importante (mas nunca preponderante) na conquista daquele Paulistão. Merece hoje todas as vaias que são repassadas aos outros pelo que não tem feito desde que retornou em 2010. De Kleber, pelo que o próprio sempre falou e tentou vender, a cobrança pelo péssimo momento do time deveria ser muito maior.

Despeço-me da camaradagem feroz com um clássico do Oasis – Champagne Supernova:

Cheers,

Os dilemas de um ex-líder

A má fase de Chicão refletiu nos resultados da equipe.

O título acima tem duplo sentido. Fala tanto sobre a queda vertiginosa do Corinthians no Campeonato Brasileiro, quanto da péssima fase de seu capitão (?) Chicão.

Chicão está no Corinthians desde a campanha do time na Série B. Sempre foi ídolo da torcida, símbolo de raça e de vontade de vencer. Trouxe segurança à zaga, sendo lembrado por muitos como um dos grandes zagueiros que passaram pelo Timão. Quando me perguntam qual é a minha seleção do Corinthians dos jogadores que vi atuar, é normal que eu coloque Chicão ao lado de Gamarra como os zagueiros do meu time.

Mas é inegável que o beque estava em má fase, errando lances fáceis. Seria falta de entrosamento com seu companheiro de zaga, Leandro Castán, também em fase irregular? Bom, o fato é que Tite (embora negue) cedeu à pressão da torcida e mandou Chicão para o banco de reservas, formando a zaga com Paulo André e Wallace (Castán jogou improvisado na lateral-esquerda, atá sair lesionado) contra o São Paulo. Deu resultado? Impossível detectar. O time comandado por Adenor jogou muito recuado, com todo mundo defendendo. Não dá pra avaliar a atuação apenas da zaga.

Mas o grande ponto da situação aconteceu antes do jogo: chateado por sair do time, Chicão resolveu deixar a concentração, tomando o cuidado de avisar aos colegas antes. A alegação dele foi de “não estar em condições psicológicas”, e de que preferia treinar para recuperar sua melhor condição. Segundo o goleiro Julio César, um dos argumentos do capitão foi de que – caso entrasse no jogo – poderia bater um pênalti e errar, e a situação ficaria pior. Até que a argumentação é plausível, porém com sua saída o time ficou sem nenhum zagueiro na reserva, o que forçou Tite a levar Fábio Santos, voltando de contusão (que no fim, não comprometeu o resultado do jogo). Fica a pergunta: seria mesmo Chicão o nome mais indicado para ser o capitão do time? Seu perfil fechado, avesso a entrevistas, é mesmo o que o time precisa neste momento?

Minha opinião: acho que Chicão deve voltar a ser titular, sim. Ao lado de Paulo André, com Castán no banco. Porém, acho que a braçadeira de capitão precisa encontrar novo dono. Não consigo imaginar quem possa ser o mais indicado a assumir este papel, mas talvez um pouco de tranqüilidade faça bem ao zagueiro. Fases ruins acontecem, mas ele pode se recuperar.

Pra encerrar, deixo-os com a banda que anunciou seu fim esta semana, e que é uma das minhas preferidas. Aqui, a canção que mais gostei do último álbum do grupo, “Collapse Into Now”, a bela “Überlin”:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ZITh-XIikgI[/youtube]