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O MOMENTO DO ADEUS

O escocês Alex Ferguson deixa o comando técnico do Manchester United FC após 27 anos e 38 títulos pelo clube inglês e torna-se exemplo eterno de longevidade ao ocupar cargo onde a instabilidade é mais que inerente à função.

E não houve como aguardar o final da temporada para o anúncio. A família estadunidense Glazer, acionista majoritária do clube, colocou o United no New York Stock Exchange, o mercado acionário dos Estados Unidos e, com tal entrada, o clube, a exemplo de qualquer empresa que participa na NYSE, adere a regras estritas do mercado, entre elas a que força as companhias a tornarem públicas qualquer informação interna de relevância como a troca de qualquer alto executivo. Ferguson encaixa-se no contexto.

Recrutado no Aberdeen escocês no ano de 1986, Ferguson transformou o Manchester United com estilo rígido, muitas vezes beirando o autoritarismo. De vencedor intermediário no país, o United tornou-se o maior campeão inglês superando o Liverpool FC. Não à toa, já que o escocês faturou 12 títulos da English Premier League.

Provavelmente, o ano de ouro de Alex Ferguson no comando Red Devil ocorreu na temporada 1998-1999 quando a equipe ganhou a chamada The Treble, tríplice coroa de títulos nacionais e europeus, que correspondem a FA Cup, English Premier League, além da UEFA Champions League de forma dramática com virada histórica sobre o FC Bayern nos acréscimos e placar final de 2×1 em Barcelona. Não satisfeitos com o sucesso, os Red Devils foram ao Japão e derrotaram os brasileiros do SE Palmeiras por 1×0 na Copa Intercontinental de clubes que transformar-se-ia no atual Mundial de Clubes da FIFA.

A cobiçada UCL seria reconquistada pelo Manchester United de Alex Ferguson na temporada 2007-2008 contra o conterrâneo Chelsea FC.

Sucesso gerencial absoluto de Ferguson, mas nunca sem certa dose de polêmica, como mencionado.

Vários jogadores astros sofreram nas mãos de Sir Ferguson. Desde David Beckham até Ruud Van Nistelrooy, passando por Jaap Stam e Dwight Yorke, foram vários os entreveros na relação “jogador-treinador/manager”.

O que foi problema sério para alguns é apontado como razão maior do sucesso do treinador no clube ao longo de 27 anos: o método disciplinar.

Alex Ferguson deixa o banco de reserva ao final da temporada para entrar no mundo dos escritórios e das viagens representativas ao assumir as funções de diretor e embaixador do clube de Manchester no alto de seus 71 anos.

Exaltar a longevidade no cargo faz-se mister. Fato raro no mundo da bola, mais escasso ainda na cultura imediatista de resultados no Brasil. Exemplos de longa presença de treinadores no cargo? Há dois casos emblemáticos. Luís Alonso Pérez, o Lula, comandou o mítico Santos FC de 1954 a 1966. Mais recentemente, Telê Santana permaneceu no São Paulo FC de 1990 até 1995, retirando-se por problemas de saúde. Ainda assim, nada que se aproxime dos 27 anos de Ferguson.

Nada melhor que encerrar lembrando o momento que alçou o Manchester United de Alex Ferguson à condição de melhor equipe do mundo em 1999 quando os Red Devils derrotaram o Bayern de forma dramática por 2×1 no Camp Nou de Barcelona.

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SIR ALEX FERGUSON

Falar de Alex Ferguson é chover no molhado. É lavar um chão que desde o anuncio de sua aposentadoria como treinador vem sendo cravedado de diamantes por todos os cantos do mundo. E assim sendo, vamos por aqui também contribuir com as nossas gotículas. Afinal, trata-se de Sir Alex Ferguson.

Sem firulas, como os times armados pelo treinador, vamos fazer uma rápida passagem pelos feitos e transformações aplicadas por ele junto ao hoje maior clube inglês.

Basta retroceder ao início de sua trajetória nos Red Devils. Lá no longinquo 1986. Até aquela temporada o United era tão somente o 5º maior vencedor do Campeonato Inglês, com as hoje parcas 7 conquistas. Ficava na rabeira de clubes como o Arsenal, Everton e o então supercampeão Liverpool, como suas assombrosas 16 taças. Era ainda igualado pelo Aston Vila.

O United era muito mais um clube que vivia da manifestação de seu passado do que pela ostentação de disputas recentes. Vinte e sete anos depois e Ferguson entrega o cargo fazendo do United a maior máquina financeira entre os clubes do mundo. Mas mais importante do que isso, estabelecido como o bicho papão britânico dos novos tempos. Só de Premier League foram 13 conquistas – TREZE. No mesmo período o maior rival Liverpool emplacou somente duas taças e a diferença que era monstruosa, simplesmente virou para os Reds Devils.

Ferguson foi ainda o comandante nas conquistas de duas Ligas dos Campeões, duas Recopas, cinco Copas da Inglaterra e dois Mundiais de Clubes.

Em um mercado tão volátil e promiscuo como o do futebol, sobretudo para treinadores, que mal completam seus 1º´s anos de contrato, seja por falta de tato dos clubes ou por puladas de cercas dos profissionais, Ferguson é uma ilha que concentra em sí todo o simbolismo do futebol bem planejado e organizado, mas sem que com isso se perca a identificação institucional, sem perder o trato refinado e próximo com o torcedor.

Ferguson transformou um clube “apenas” grande em uma das maiores potencias do esporte em todos os tempos.

 

 

ROBIN VAN PERSIE ARRASADOR GARANTE TÍTULO INGLÊS PARA O MANCHESTER UNITED

Com hat trick anotado em 33 minutos de jogo, o atacante Robin Van Persie conduziu o Manchester United FC ao 20º título nacional inglês ao bater o Aston Villa FC por 3×0 em Old Trafford.

Robin Van Persie e seu hat trick que valeu um título nacional
Robin Van Persie e seu hat trick que valeu um título nacional

Tudo depunha a favor dos Red Devils, afinal o principal perseguidor, o arquirrival Manchester City, havia sido derrotado na abertura da 34ª rodada da English Premier League por 3×1 pelo Tottenham Hotspur em Londres e a diferença de pontos entre ambos poderia alcançar abissais 16 pontos restando apenas quatro rodadas para o término do campeonato.

Entre os gols do pacote preparado pelo artilheiro holandês do United, destaque para o segundo, resultado de lançamento perfeito de Wayne Rooney com conclusão de voleio de Van Persie.

Voleio e golaço de RVP
Voleio e golaço de RVP

Título do Manchester United que coroa temporada repleta de contrastes para a equipe de Alex Ferguson.

Por um lado, o grande destaque ficou por conta do êxito finalmente atingido por Robin Van Persie: ser campeão. Saído do Arsenal FC por estar cansado de trabalhar em clube que não primava pela fome de ser campeão, Van Persie arriscou seu prestígio em termos de identificação com camisas de peso na Inglaterra.

Manchester United: finalmente o título da temporada
Manchester United: finalmente o título da temporada

Além de Van Persie, Alex Ferguson mandou buscar o japonês Shinji Kagawa no Borussia Dortmund. Se, por um lado, a temporada pareceu frustrante para o atleta e para os torcedores Red Devils, Ferguson pede calma ao afirmar que Kagawa será grande nome nas futuras campanhas da equipe.

No outro lado da balança, não há dúvida que a grande decepção ficou por conta da eliminação na UEFA Champions League contra o Real Madrid na polêmica partida de Old Trafford marcada pela expulsão de Nani.

Outro ponto negativo na campanha Red Devil foi a perda de espaço de Javier “Chicharito” Hernández, levando o mexicano a verdadeiro ostracismo no United e fazendo-o cogitar possível saída estratégica pela esquerda à Leão da Montanha por parte do atacante.

Entre altos e baixos, fato é que o United veio para a atual temporada disposto a tirar a hegemonia do rival em âmbito doméstico, além de ter querido lutar pelo título europeu e ter visto a trajetória interrompida por fatores “além-mar” dentro de campo.

Título mais que merecido para o time do longevo Alex Ferguson.

Outro destaque da rodada ficou por conta do encontro entre Liverpool e Chelsea em Anfield.

Suárez e Ivanovic
Suárez e Ivanovic

Vários foram os motivos para os holofotes terem sido apontados para Liverpool além da boa partida com resultado final em 2×2.

Rafa Benítez: odiado em Stamford Bridge, amado em Anfield
Rafa Benítez: odiado em Stamford Bridge, amado em Anfield

O retorno de Rafael Benítez a Anfield levou a torcida local a prestar tributo ao treinador ídolo do clube que não pisava em solo que o consagrara desde 2010.

Rafa Benítez de volta a Anfield
Rafa Benítez de volta a Anfield

Em seguida, no desenrolar do jogo, lance inusitado causou nova polêmica envolvendo o uruguaio Luis Suárez que teria mordido o Blue Branislav Ivanovic reacendendo as emoções que giram ao redor do jogador do Liverpool.

Já o Arsenal parece ter encontrado o caminho da próxima edição da UCL ao vencer o Fulham fora de casa por 0x1. Os Gunners alcançam a 3ª posição na classificação da EPL.

Resultados e classificação.                            

Fulham 0x1 Arsenal

Norwich City 2×1 Reading

Queens Park Rangers 0x2 Stoke City

Sunderland 1×0 Everton

Swansea City 0x0 Southampton

West Bromwich 1×1 Newcastle

West Ham United 2×0 Wigan Athletic

Tottenham 3×1 Manchester City

Liverpool 2×2 Chelsea

Manchester United 3×0 Aston Villa

Times

P

J

V

E

D

GP

GC

SG

%

1   Manchester United   84 34 27 3 4 78 35 43 82
2   Manchester City   68 33 20 8 5 59 30 29 68
3   Arsenal   63 34 18 9 7 65 35 30 61
4   Chelsea   62 33 18 8 7 66 35 31 62
5   Tottenham Hotspur   61 33 18 7 8 58 41 17 61
6   Everton   56 34 14 14 6 51 38 13 54
7   Liverpool   51 34 13 12 9 61 42 19 50
8   West Brom   45 33 13 6 14 43 44 -1 45
9   Swansea   42 33 10 12 11 43 42 1 42
10   West Ham United   42 34 11 9 14 40 47 -7 41
11   Fulham   40 34 10 10 14 44 52 -8 39
12   Southampton   39 34 9 12 13 47 54 -7 38
13   Norwich City   38 34 8 14 12 33 53 -20 37
14   Sunderland   37 34 9 10 15 38 45 -7 36
15   Stoke City   37 34 8 13 13 30 41 -11 36
16   Newcastle United   37 34 10 7 17 43 60 -17 36
17   Aston Villa   34 34 8 10 16 36 63 -27 33
18   Wigan Athletic FC   31 33 8 7 18 37 60 -23 31
19   Queens Park R   24 34 4 12 18 29 56 -27 23
20   Reading   24 34 5 9 20 37 65 -28 23

AULAS DE FUTEBOL DA CHAMPIONS LEAGUE

Começou nesta semana a fase de grupos da badalada UEFA Champions League com os tradicionais 32 times espalhados por 8 grupos.

Oscar consagra-se perante sua torcida

Competição que reúne o que há de melhor no futebol mundial, a UCL, logo de saída, dá verdadeiro tapa na cara do futebol praticado atualmente por terras brasileiras (salvo raras exceções) ao apresentar jogo dinâmico, veloz, plena ocupação de espaços e marcações fortes, tudo isso com poucas faltas durante os 90 minutos de peleja.

Triste, porém verdade. A qualidade do  jogo tupiniquim regrediu e ficou para trás na roda implacável do tempo. Os motivos? Êxodo maciço de jogadores brazucas para o Velho Continente? Medo de perder instaurado no País na esteira do trauma pós-derrota na Copa do Mundo de 1982? A qualidade no ensino dos fundamentos na base piorou? O surgimento da figura do emparesário/procurador no futebol? Calendário ruim atendendo a interesses políticos? Tudo isso tem sido incansavelmente discutido ao longo do tempo, portanto sem novidades maiores. Talvez um pouco de cada item levantado provocou a decadência técnica e tática do futebol praticado por aqui.

José Mourinho vai à loucura com gol no final

De qualquer maneira, o ponto é que o Brasil precisa reencontrar seu rumo e aprimorar a qualidade do jogo praticado por estas bandas no planeta.

Sim, é verdade, nem tudo são flores na grife vendida pelos ricos (só que nem tanto atualmente) e educados europeus.

Afinal, o que se esperar de partidas envolvendo equipes como Dinamo Zagreb, Nordsjaelland ou Braga?

Sim, é possivel que alguns disputassem com certa competitividade a Série A brasileira, mas não representam a fina flor do que o Velho Continente deseja vender ao mundo. Tal filão do pacote, pelo menos na rodada inicial da UCL, ficou por conta de Real Madrid e Manchester City, Chelsea e Juventus, além do novo rico Paris Saint Germain.

Filosofias de boteco à parte, aí vão os resultados dos jogos iniciais da fase de grupos.

 

GRUPO A

Paris Saint Germain 4×1 Dynamo Kiev

Paris, França

Após início de temporada claudicante e preocupante pelos investimentos injetados, o PSG obteve maiúscula vitória em casa contra o Dinamo Kiev.

Thiago Silva estreia no PSG e faz

De quebra, as “caríssimas” estrelas do time mostraram serviço. Zlatan Ibrahimovic de pênalti, o estreante Thiago Silva, além de Alex e Javier Pastore fizeram os gols parisienses, enquanto que o português Miguel Veloso fez para os ucranianos.

Foi um 1º tempo avassalador por parte dos anfitriões. A linha de quatro defensores levada a campo por Carlo Ancelotti, formada por Silva, Alex, Maxwell e Christophe Jallet mostrou, além de consistência defensiva, enorme capacidade de apoio ofensivo. Adiante, não somente o medalhão Ibrahimovic, em excelente atuação ora como definidor, ora como pivô, ora como suporte à defesa, se destacou. Merece atenção o trabalho do italiano Marco Verratti, trazido do modesto Pescara.

O PSG deixa seu recado para a Europa, os franceses podem entrar no circuito vencedor em se tratando de Champions League.

 

Dinamo Zagreb 0x2 FC Porto

Zagreb, Croácia

Eis o lado obscuro da força. Jogando na Croácia para pouco público, o Porto derrotou o limitado Dinamo Zagreb por 2×0 com gols marcados no final de cada tempo. Lucho González e Steven Defour marcaram para o time português.

 

GRUPO B

Montpellier 1×2 Arsenal

Montpellier, França

Apesar de ser o atual campeão francês, o Montpellier entrou enfraquecido para a UCL. Não, o novo endinheirado Paris Saint Germain é exceção à regra francesa.

De qualquer modo, os anfitriões saíram na frente com gol de Younes Belhanda em cobrança de pênalti.

Nada que tenha abalado os Gunners que, em dez minutos pós gol sofrido, tratou de virar o placar com Lukas Podolski e Gervinho.

Mesmo sem Robin Van Persie, o Arsenal é apontado como dono de uma das vagas em disputas para as oitavas de final no grupo B.

 

Olympiakos 1×2 Schalke 04

Piraeus, Grécia

Cerca de 30 mil fãs foram ao Estádio Georgios Karaiskáki para empurrar a equipe local do Olympiakos contra o Schalke 04 alemão, retornando à competição europeia de clubes.

Após 1º tempo de cautela de ambas as partes, somente pouco antes do seu final que o Schalke anotou com Benedikt Howedes.

Na etapa final, os locais empatariam com Djamel Abdoun, mas, para desespero da torcida,  no minuto seguinte, Klaas Jan Huntelaar faria o gol vitorioso do Schalke 04, favorito para avançar ao lado do Arsenal.

 

GRUPO C

Málaga 3×0 Zenit

Málaga, Espanha

O Málaga atravessa crise financeira, mas mantém ótimo desempenho na temporada ao vencer com autoridade a equipe russa do Zenit que já contou com o atacante brasileiro Hulk. Foram dois gols de Isco e um de Javier Saviola.

 

Milan 0x0 Anderlecht

Milão, Itália

Um Milan pobre, enfraquecido. Foi o que se viu no Estádio San Siro.

Além das perdas irreparáveis de Zlatan Ibrahimovic e Thiago Silva, o time de Silvio Berlusconi não contou com Robinho e Alexandre Pato.

Não poderia ter terminado de outra forma: empate sem gols. Momentos de emoção? Ironicamente, os aplausos dos milanistas para os gols de Ibrahimovic e Thiago Silva anotados em Paris e anunciados pelo placar do San Siro.

Temporada sem grandes perspectivas para os rossoneri e, para variar, pode sobrar para o treinador. Sim, Massimiliano Allegri já está ameaçado no cargo.

 

GRUPO D

Borussia Dortmund 1×0 Ajax

Dortmund

No grupo dos campeões nacionais, o Borussia Dortmund tenta apagar a má impressão deixada na última edição da UCL quando foi eliminado na fase de grupos.

O ínicio, por pouco, não foi ruim. Graças ao gol de Robert Lawandowski aos 87 minutos de jogo, os anfitriões derrotaram os visitantes holandeses em casa.

 

Real Madrid 3×2 Manchester City

Madri, Espanha

Roberto Mancini e José Mourinho nas amenidades

Eis uma verdadeira aula de futebol apresentada ao mundo em Madri.

José Mourinho havia sacado jogadores como Mesut Ozil do time titular em sinal de revolta a uma possível falta de dedicação de alguns atletas ao trabalho. A equipe teve um 1º tempo avassalador contra os  campeões ingleses do Manchester City que se limitaram à timidez defensiva, ainda assim o placar ficaria no 0x0.

No 2º tempo, os Citizens se soltariam um pouco. Em contra ataque puxado por Yayá Touré, Edin Dzeko abriria o placar aos 68 minutos de jogo.

Liam Gallagher causando no meio da torcida madridista

Contudo, o bombardeio madridista continuaria e a recompensa viria poucos minutos depois com o gol de Marcelo que já tentara em outras duas ocasiões contra o gol de Joe Hart.

Aleksandar Kolarov desempataria de falta para os visitantes, mas a resposta viria rapidamente com belo gol de Karim Benzema.

Antes do apito final, Cristiano Ronaldo contaria com erro de Vincent Kompany que dificultaria a vida de Joe Hart. Seria o gol da vitória do Madrid ao apagar das luzes.

Foram impressionantes 30 chutes a gol do Real Madrid ao gol do Manchester City. Vitória comemorada por Mourinho e sentida por Roberto Mancini.

 

 

GRUPO E

Chelsea 2×2 Juventus

Londres, Inglaterra

Muita expectativa para o jogo do atual campeão  europeu contra o campeão italiano ausente da UCL nos últimos três anos.

Teria sido a noite de total consagração para Oscar, escalado como titular desta vez por Roberto Di Matteo, após ter marcado duas vezes no 1º tempo utilizando-se de sorte (bola desviada em Leonardo Bonucci no primeiro gol) e talento (ao livrar-se com categoria de Andrea Pirlo e concluir com perfeição).

Fabio Quagliarella empata para a Juventus em Londres

Mas, antes do final da 1ª etapa, a Juventus mostrou porque foi campeã italiana invicta quando Arturo Vidal dez o primeiro gol do time.

O Chelsea teve a chance de matar o jogo na primeira metade do 2º tempo. Não fez o terceiro gol e a Juve cresceu em campo na metade final, até que Claudio Marchisio serviria Fabio Quagliarella para empatar.

Mesmo sem a vitória, Oscar apresentou seu cartão de visitas ao mesmo tempo que sobre a Juventus estão depositadas todas as esperanças italianas na UCL.

Shakhtar Donets’k 2×0 Nordsjaelland

Donets’k, Ucrânia

O Shakhtar tornou-se velho frequentador de Champions League e, com time repleto de brasileiros, venceu tranquilamente o pequeno Nordsjaelland da Dinamarca com dois gols do armênio Henrik  Mkhitaryan.

 

GRUPO F

Lille 1×3 BATE Borisov

Talvez tenha sido o resultado mais surpreendente da rodada. Mas vale lembrar, é a segunda participação em sequência dos bielorrussos do BATE Borisov na competição.

E parece que a equipe visitante tem aprendido muito sobre Champions League. Sem acanhamento, o BATE terminou o 1º tempo com sonoros 3×0 sobre os anfitriões atordoados.

O gol de honra do time da casa viria aos 15 minutos do 2º tempo, mas a reação pararia por aí.

 

FC Bayern 2×1 Valencia

Munique, Alemanha

Vitória da eficiência alemã em Munique.

Ainda decepcionado pela derrota em casa na última final da competição frente ao Chelsea, o Bayern dominou a partida.

Bastian Schweinsteiger abriu o placar aos 38minutos de jogo, Tony Kroos ampliaria na 2ª etapa e o paraguaio Haedo Valdéz diminuiria no final. O goleiro Diego Alves ainda defenderia penalidade de Mario Mandzukic.

 

GRUPO G

Barcelona 3×2 Spartak Moscou

Barcelona, Espanha

As boas atuações de Cristian Tello de Lionel Messi salvaram o Barcelona de surpreendente derrota em casa na estreia do time catalão na UCL.

Tello abriria o plcar com belo chute, mas o Barça levaria um autogol de Daniel Alves. Rômulo colocaria os Spartak em vantagem, deixando os anfitriões em dificuldades.

Aí surgiu o melhor do mundo para marcar duas vezes com bom trabalho de Tello. Quem tem Messi tem tudo.

 

Celtic 0x0 Benfica

Glasgow, Escócia

Em jogo truncado na Escócia, Celtic e Benfica ficaram sem gols, deixando a liderança isolada do grupo para o Barcelona.

 

GRUPO H

Manchester United 1×0 Galatasaray

Manchester, Inglaterra

Após a eliminação precoce na temporada passada, Alex Ferguson preferiu apostar na força máxima do United na fase de grupos da Champions. Ainda assim, a vitória foi curta com gol único logo aos 7 minutos de jogo de Michael Carrick. Desta vez, nada de grandes atuações de Robin Van Persie ou Shinji Kagawa.

 

Braga 0x2 Cluj

Braga, Portugal

O Braga está na fase de grupos graças à incompetência italiana da Udinese na pré-Champions. O modesto Cluj romeno agradece e marca duas vezes com Rafael Bastos, ironicamente ex-Braga, e leva a liderança do grupo como bônus.

 

Classificação:

Grupo  A

Clubes P W D L F A +/- Pts
1 Paris Saint-Germain FC Paris Saint-Germain FC 1 1 0 0 4 1 3 3
2 FC Porto FC Porto 1 1 0 0 2 0 2 3
3 GNK Dinamo Zagreb GNK Dinamo Zagreb 1 0 0 1 0 2 -2 0
4 FC Dynamo Kyiv FC Dynamo Kyiv 1 0 0 1 1 4 -3 0

Grupo  B

Clubes P W D L F A +/- Pts
1 FC Schalke 04 FC Schalke 04 1 1 0 0 2 1 1 3
1 Arsenal FC Arsenal FC 1 1 0 0 2 1 1 3
3 Montpellier Hérault SC Montpellier Hérault SC 1 0 0 1 1 2 -1 0
3 Olympiacos FC Olympiacos FC 1 0 0 1 1 2 -1 0

Grupo  C

Clubes P W D L F A +/- Pts
1 Málaga CF Málaga CF 1 1 0 0 3 0 3 3
2 RSC Anderlecht RSC Anderlecht 1 0 1 0 0 0 0 1
2 AC Milan AC Milan 1 0 1 0 0 0 0 1
4 FC Zenit St Petersburg FC Zenit St Petersburg 1 0 0 1 0 3 -3 0

Grupo  D

Clubes P W D L F A +/- Pts
1 Real Madrid CF Real Madrid CF 1 1 0 0 3 2 1 3
2 Borussia Dortmund Borussia Dortmund 1 1 0 0 1 0 1 3
3 Manchester City FC Manchester City FC 1 0 0 1 2 3 -1 0
4 AFC Ajax AFC Ajax 1 0 0 1 0 1 -1 0

Grupo  E

Clubes P W D L F A +/- Pts
1 FC Shakhtar Donetsk FC Shakhtar Donetsk 1 1 0 0 2 0 2 3
2 Juventus Juventus 1 0 1 0 2 2 0 1
2 Chelsea FC Chelsea FC 1 0 1 0 2 2 0 1
4 FC Nordsjælland FC Nordsjælland 1 0 0 1 0 2 -2 0

Group  F

Clubes P W D L F A +/- Pts
1 FC BATE Borisov FC BATE Borisov 1 1 0 0 3 1 2 3
2 FC Bayern München FC Bayern München 1 1 0 0 2 1 1 3
3 Valencia CF Valencia CF 1 0 0 1 1 2 -1 0
4 LOSC Lille LOSC Lille 1 0 0 1 1 3 -2 0

Grupo  G

Clubes P W D L F A +/- Pts
1 FC Barcelona FC Barcelona 1 1 0 0 3 2 1 3
2 SL Benfica SL Benfica 1 0 1 0 0 0 0 1
2 Celtic FC Celtic FC 1 0 1 0 0 0 0 1
4 FC Spartak Moskva FC Spartak Moskva 1 0 0 1 2 3 -1 0

Grupo  H

Clubes P W D L F A +/- Pts
1 CFR 1907 Cluj CFR 1907 Cluj 1 1 0 0 2 0 2 3
2 Manchester United FC Manchester United FC 1 1 0 0 1 0 1 3
3 Galatasaray AŞ Galatasaray AŞ 1 0 0 1 0 1 -1 0
4 SC Braga SC Braga 1 0 0 1 0 2 -2 0

 

 

HEY CITY!

Foi com este trocadilho do sucesso beatlemaníaco de Hey Jude que os fãs, de modo emocional, comemoraram a grande e nova vitória do Manchester City sobre o arquirrival Manchester United por 1×0 em partida válida pela 36ª rodada da English Premier League.

Liam Gallagher e Diego Maradona após vitória do City

Vitória que teve significado prático que vai muito além da rivalidade, pois devolveu a liderança aos Citizens, deixando para trás o próprio United na classificação, quando a conquista do título já era dada como perdida para muitos.

Cabeceio e gol de Vincent Kompany

Vitória emocional, pois ratificou a condição de melhor liga nacional do mundo para a Inglaterra. De fato, em nenhum outro lugar do mundo da bola atual há um campeonato nacional com jogos tão intensos, sejam as partidas boas ou nem tanto do ponto de vista técnico.

Vitória dos Citizens que teve ingredientes que deram gosto ainda mais especial à partida. A começar pelo público de mais de 47 mil pessoas que lotou de azul os lugares do Etihad Stadium e que teve os reforços de peso do astro do rock Liam Gallagher – ex-frontman do Oasis, banda hegemônica do rock britânico desde os anos 90 até seu recente final, e atual vocalista do Beady Eye – e do supercraque argentino Diego Maradona, ao lado da filha e namorada de Sergio Kun Aguero. Dupla idolatrada e polêmica para torcer pelos anfitriões.

Vitória que teve discussão rude entre os treinadores Alex Ferguson e Roberto Mancini. Tudo devido a falta que Nigel de Jong cometeu em Danny Walbeck e enfureceu Ferguson, fazendo com que Mancini tomasse as dores do City.

Alex Ferguson e Roberto Mancini batem boca na lateral

Vitória que teve gol único em belo cabeceio do zagueiro capitão belga Vincent Kompany que aproveitou escanteio cobrado por David Silva no final do 1º tempo.

E, finalmente, vitória celebrada com festa digna da intensidade que o jogo teve. Em coro, os mais de 47 mil fãs entoaram Hey City, utilizando-se do sucesso dos Beatles. Impressionantes os rostos de joia e satisfação de Liam Gallagher e Diego Maradona. Gallagher, como bom filho do rock, ainda protagonizaria outra cena divertida ao invadir a sala de imprensa do clube e sentar-se no lugar reservado a Roberto Mancini e os jogadores.

Toda essa emoção em meio ao anúncio do novo técnico da Seleção Inglesa para a Eurocopa: Roy Hodgson, do West Bromwich. Algo que está longe de ser unanimidade no país.

Intensidade, essa foi a palavra de ordem na semana inglesa de futebol. E ainda não acabou, afinal City e United estão ambos com 83 pontos na classificação a duas rodadas do final da temporada.