A derrota do Napoli para a Roma na tarde da última segunda-feira fez com que “La Vecchia Signora” comemorasse com três rodadas de antecedência o seu 34º título da série A (32 contabilizados pela FIGC, que anulou dois títulos da Juventus em 2006 depois do escândalo do “calciopoli”, mas tanto time quanto torcida consideram 34, pois alegam que foram ganhados em campo, mas isso é tema para outro debate). A festa pelo 5º título é mais que merecida, pois quem vê esse segundo turno avassalador, quase que perfeito, tem que olhar para trás e lembrar que o começo da temporada não foi essas mil maravilhas, com o time chegando a ficar em 13º lugar na classificação geral e praticamente todos na “velha bota” davam como certo o título do Napoli. Não só foi um campeonato de recuperação, mas como de remontagem do elenco, que sofreu muitas mudanças em relação ao time que foi vice-campeão da Europa. Com as saídas de Pirlo, Vidal e Tevez como seus principais jogadores, e do técnico-bandeira-ídolo Antônio Conte, que foi dirigir a seleção italiana, o time do Piemonte teve que se reformular bastante, e para isso trouxe reforços como Mandzukic, Quadrado e possivelmente o mais importante de todos, Dybala, que junto com os remanescentes Claudio Marchisio e Paul Pogba fizeram com que o meio campo bianconero não perdesse a qualidade do setor que era um dos pontos fortes da equipe nos últimos anos. Esse título também é um presente para o técnico Massimiliano Allegri, que nunca foi unanimidade entre os torcedores, e que foi muito contestado após a eliminação da Champions para o Bayern, responsabilizado por fazer alterações equivocadas no jogo, e com isso fez o time perder a força e acabar levando a virada do time da Baviera. Superada a eliminação no torneio continental a Juventus seguiu derrubando seus adversários que vinham pela frente e de quebra com um time praticamente reserva foi passando de fases na Copa da Itália e em uma semifinal que poderia ser roteiro de filme, eliminou a tradicional rival Inter dento do San Siro – Giuzeppe Meaza em Milão, se classificando para a final contra o Milan que será disputada no estádio Olímpico em Roma no próximo dia 21 de maio. De uma temporada que parecia perdida a uma temporada com o goleiro que ficou mais tempos sem levar gols pela Série A, foram 973 minutos sem que conseguissem vazar o experiente Gigi Buffon, chegando as quartas de final da UCL, classificando-se para a final da copa nacional com o time reserva e podendo levantar a taça pela 11ª vez e sendo fechado com chave de ouro com a conquista do Scudetto. Para a próxima temporada fica o desafio de voltar a ser grande no cenário europeu porque no cenário nacional está cada vez mais gigante.
#FinoAllaFine #ForzaJuve
*Raphael Prado, fotógrafo, paulista, 33 anos. Apaixonado por música, esportes e pela vida urbana. Seu interesse por fotografar começou nos anos 1990, quando ganhou sua primeira câmera e só aumentou, depois de trabalhar em uma loja de revelações. Registrar seu cotidiano e suas paixões tornou-se algo maior e em 2014 concluiu sua graduação no curso de Fotografia no Senac São Paulo. Desde então, tem se dedicado a este ofício, produzindo ensaios autorais e colaborando para alguns veículos. Confira o trabalho em http://www.raphaelprado.com
“Quem atirou no Bonucci?” Em tom irônico, o centroavante Niklas Bendtner definiu bem o lance bizarro que ocorreu com seu companheiro de clube, Leonardo Bonucci, na partida frente o Palermo, no último domingo, pelo campeonato italiano.
Dono certamente da pior tentativa de cavar um pênalti da história, o zagueirão da Juventus mostrou que não leva jeito algum para a arte de interpretar.
Após se lançar ao ataque nos minutos finais, nosso dublê invadiu a área, e ao tentar driblar o goleiro, pateticamente se “lançou” ao chão.
Sem titubear, o juiz sacou o cartão amarelo do bolso, punindo-o pela tentativa infame de simulação.
Um Paris Saint Germain classificado, porém empacado e um Chelsea eliminado, apesar de ter goleado. Nada tem estado muito bom nos novos ricos de França e Inglaterra, respectivamente. Algo que ficou evidente na rodada final da fase de grupos da UEFA Champions League que conheceu seus classificados e espera o sorteio do próximo dia 20 para conhecer o chaveamento das oitavas de final do torneio.
GRUPO A
Paris Saint Germain 2×1 FC Porto
Paris, França
A semana havia começado quente pelos lados de Paris quando rumores começaram a rolar dando conta da insatisfação do Qatar Investment Authority (QIA), proprietária do PSG, em relação ao trabalho desenvolvido pelo diretor esportivo Leonardo e pelo treinador Carlo Ancelotti.
Os catarianos gostariam de contar com Josep Guardiola nos seus quadros técnicos. Até aí, nenhuma grande novidade, afinal o ex-treinador do Barcelona já foi colocado no comando das Seleções Brasileira, Catariana (visando o mundial de 2022), além de Chelsea e Milan, entre outros.
Os motivos óbvios do descontentamento da QIA seriam a queda de produção do milionário time na Ligue 1 francesa. Situação que culminou com a derrota por 2×1 do PSG frente ao Nice no final de semana e a queda para o medíocre 4º lugar com 26 pontos,5 amenos que o líder Olympique Lyon. Muito pouco para quem foi adquirido e recebeu vultoso aporte financeiro.
Na partida desta terça-feira, o PSG entrou com nova e melhor atitude no seu Parc des Princes em Paris. Contudo, não convenceu totalmente.
Com atuação brilhante de Thiago Silva que fez ótimo trabalho defensivo e marcou o primeiro gol da equipe de cabeça aos 28 minutos de jogo e contando com falha do goleiro Hélton no segundo gol marcado por Ezequiel Lavezzi, os anfitriões conquistaram vitória que asseguraram o 1º lugar da equipe no Grupo A. O bom colombiano Jackson Martínez fez o gol dos portugueses.
Por ora, o resultado alivia a situação da dupla Leonardo-Ancelotti, mas não definitivamente, haja vista as declarações de Nasser Al-Khelaifi, presidente do clube: “Hoje, Carlo é (técnico).”
Ancelotti tenta manter discurso otimista ao dizer que a situação vai melhorar rapidamente.
Pois é, dinheiro ajuda, e muito, mas, às vezes, não resolve tudo como um passe de mágica.
Dinamo Zagreb 1×1 Dymano Kiev
Zagreb, Croácia
Tempestade de neve, cumprimento de tabela e nada mais: ingredientes certos para um público de menos de 4 mil pessoas em Zagreb.
O Arsenal, previamente classificado, jogou com alguns reservas, permitiu a virada dos anfitriões gregos e acabou por perder a liderança do Grupo B na rodada final.
Montpellier HSC 1×1 Schalke 04
Montpellier, França
Em jogo onde ambos já tinham situação definida na UCL, houve surpreendente disputa na partida e os alemães conseguiram terminar com campeões do grupo.
Com dois gols do português Duda, o Málaga, já garantido como 1º colocado do Grupo C, empata com o Anderlecht em casa. Posição histórica para o time da Andaluzia.
AC Milan 0x1 Zenit
Milão, Itália
Em partida que o Milan entrou classificado em 2º lugar, o visitante Zenit fez as honras e derrotou os anfitriões por 1×0 com gol do luso-venezuelano Danny Miguel, garantindo os russos na Liga Europa.
De relevante na partida, a completa insatisfação do brasileiro Hulk ao ser substituído pelo treinador italiano Luciano Spalletti. Se Hulk já enfrentava completa antipatia por parte do elenco do Zenit pelo fato de ter custado caro e possuir rendimentos acima do restante do elenco, agora pode perder os últimos e poucos aliados que possui no clube. Vida complexa do brasileiro em São Petersburgo.
No Milan, ainda que pese a escalação do time misto em jogo cujo resultado não alteraria a situação na tabela, a derrota é nova decepção para os fãs e novo revés para Massimiliano Allegri.
Vitória do Dortmund em casa finaliza campanha decepcionante dos campeões ingleses do Manchester City que sequer alcançaram vaga na Liga Europa.
Real Madrid CF 4×1 Ajax FC
Madri, Espanha
Em outra partida tranqüila com grupo definido, o Real Madrid misto vence o Ajax sem dificuldade no Estádio Santiago Bernabéu. O destaque ficou por conta dos dois gols marcados por José María Callejón.
O Ajax, apesar da derrota, vai para a Liga Europa.
Apesar de 2º tempo massacrante contra o novato Nordsjaelland e goleada por 6×1, o Chelsea sucumbe na UCL e torna-se o primeiro campeão atual a não avançar às oitavas-de-final. Resta aos campeões europeus a Liga Europa na temporada.
Fernando Torres teve boa atuação e marcou duas vezes, além dos gols de David Luiz de pênalti, Gary Cahill, Juan Mata e Oscar.
De positivo, o fato de Rafael Benítez ter conseguido fazer o Chelsea funcionar ofensivamente, conforme desejava o treinador espanhol.
Contudo, nada é certo no futuro do time de Roman Abramovich. Não se sabe qual será o futuro de Benítez. Tudo dependerá do desempenho na Premier League a curto prazo.
Shakhtar Donetsk 0x1 Juventus
Donetsk, Ucrânia
Jogando para 50 mil pessoas no Donbass Arena de Donetsk, o Shakhtar foi derrotado pelos campeões italianos da Juventus com auto gol de Olexandr Kurcher.
A Juventus termina em 1º lugar no grupo, deixando o Shakhtar com a 2ª posição.
No Grupo F, a briga era pela liderança. O Valencia tentou tomá-la, ganhou do Lille na França, mas manteve a 2ª posição no final. Gol do brasileiro Jonas.
FC Bayern 4×1 BATE Borisov
Munique, Alemanha
Apesar de já garantido nas oitavas de final da UCL, cerca de 68 mil fãs foram a Allianz Arena para prestigiar e ver o Bayern fazer 4×1 no BATE Borisov da Bielorrússia. Resultado que deu ao Bayern a liderança final do Grupo F. O BATE Borisov alcança a Liga Europa.
Já classificado em 1º lugar, Tito Vilanova promoveu modificações na equipe do Barcelona, tais como colocar Lionel Messi no banco de reservas e lançando-o durante a partida.
Lionel Messi não alcançou desta vez o recorde de gols em um ano de Gerd Müller (85 gols contra 84). De quebra o supercraque argentino saiu lesionado de campo.
Já o Benfica criou diversas oportunidades de gol e não as aproveitou. Pagou o preço e o 0x0 final custou aos portugueses a classificação.
Celtic FC 2×1 Spartak Moscou
Glasgow, Escócia
“The Bhoys” garantem passagem na UCL com gol de pênalti convertido por Kris Commons aos 81 minutos de jogo.
Diante de quase 60 mil pessoas no Celtic Park de Glasgow, o Celtic jogou partida tensa contra o Spartak Moscou.
Na 1ª etapa, um gol para cada lado. Gary Hooper marcou para os anfitriões e o brasileiro Ari empatou para os visitantes.
O gol decisivo de Kris Commons veio em falta cometida sobre Georgios Samaras dentro da área. Entretanto, ficou alguma dúvida sobre o lance.
Também com o time misto, o Manchester United foi derrotado pelo transilvânico Cluj da Romênia por 1×0 após ótimo 2º tempo da equipe romena.
O gol do Cluj veio com o brasileiro Luis Alberto, mas, apesar dos três pontos, os visitantes conquistaram vaga na Liga Europa apenas.
Braga 1×2 Galatasaray
Braga, Portugal
Para alegria da fanática torcida turca do Galatasaray, o time foi a Portugal e fez 2×1 de virada nos anfitriões do Braga com gols de Burak Yilmaz e Aydin Yilmaz, além do gol inicial de Márcio Mossoró para os portugueses.
Dia 20 acontece o sorteio para definição das chaves das oitavas de final. Vale lembrar que não poderá haver emparelhamento entre que esteve no mesmo grupo nem entre clubes da mesma federação (do mesmo país).
Muito tem se falado a respeito da má qualidade das arbitragens no futebol brasileiro nos últimos tempos. Não à toa. Graças a episódios emblemáticos, a temática ganhou força no meio jornalístico especializado. A gota d’água na temporada ficou por conta dos episódios da partida Internacional x Palmeiras em Porto Alegre. Gol de mão de Hernán Barcos confirmado para, em seguida, ser anulado e muita confusão no final.
Mas, se serve de consolo (ou de maior preocupação e decepção) para o mundo da bola tupiniquim, erros não são exclusividade do nosso futebol “extra comunitário”. A Europa tem se revelado pródiga em produzir erros de arbitragem.
O erro arbitral da vez no mundo da bola veio da Itália, mais precisamente do grande clássico entre Milan e Juventus realizado no último domingo no Estádio San Siro de Milão. Pior. Erro que influenciou diretamente a vitória milanista sobre a Vecchia Signora por 1×0, ainda que pese a boa atuação dos anfitriões frente aos atuais campeões nacionais.
Ainda procurando seu rumo na temporada, o Milan do técnico Massimiliano Allegri, entrou com disposição acentuada para tentar mostrar serviço frente a um grande adversário na temporada. Com enorme aplicação tática, os rubro-negros marcaram com força a Juve e foram melhores, especialmente na 1ª etapa.
Mas, apesar dos méritos da vitória parcial, o 1º tempo marcou o polêmico lance que causou a penalidade que gerou o gol milanista anotado por Robinho aos 30 minutos.
Em cabeceio de Antonio Nocerino, a bola tocou no corpo de Mauricio Isla, induzindo o árbitro Nicola Rizzoli a anotar toque de braço do chileno da Juve. Entretanto, para azar da arbitragem, os lances demonstraram que não houve toque irregular.
Em defesa de Rizzoli e de toda arbitragem, o lance, como de praxe, foi rápido. E, para dificultar o trabalho, Isla estava com o braço erguido, longe do corpo.
Não há dúvida, não se trata de lance inédito. Apenas representa os erros comuns cometidos pelos apitadores mundo afora. Mas, aí fica a questão. Mais por incompetência dos profissionais do julgamento dentro das quatro linhas ou mais pelo gigantesco nível de dificuldade que certos lances impõem?
Para apimentar a discussão, o árbitro Rizzoli levantou pontos a ponderar para a imprensa italiana nesta semana. Segundo ele, há uma espécie de verdades paralelas no futebol. Há uma que acontece em campo com todas as suas nuances de velocidade e sons. Contudo, prossegue Rizzoli, aí vem a televisão para decompor imagens, torná-las lentas e alterá-las. E conclui ao afirmar que ela não dá certezas a respeito do que ocorreu no lance de Mauricio Isla.
Declaração filosoficamente empirista do árbitro italiano ao melhor estilo de David Hume. Dizia o filósofo escocês do século XVIII, ao analisar a questão estética do belo e do feio, que a beleza de algo ou alguém deve ser relativizada ao gosto de cada um. Ou seja, algo que é belo para um, pode não ser para outro.
Filosofias acadêmicas ou de boteco à parte, estaria Nicola Rizzoli demonstrando as dificuldades da arbitragem sem os recursos tecnológicos disponíveis? Seria um apelo embutido em suas declarações por ajuda extra campo nos momentos difíceis pelos quais passam os árbitros e auxiliares dentro de campo?
A questão continua polêmica, mas, de importante no episódio, está a questão das dificuldades da arbitragem em todos os cantos do planeta.
Enquanto isso, o Milan derrotava a Juventus por 1×0 em Milão. Sim, o Milan jogou bem, melhor no 1º tempo e capaz de suportar pressão de time tecnicamente superior na etapa final. Mas, fica algo que não há como tirar da partida. O gol da vitória veio em lance polêmico.
Para o campeonato, o resultado serviu para frear o ímpeto da Juve rumo ao bicampeonato, enquanto que o Milan conseguiu subir para a menos desonrosa 9ª posição na classificação com 18 pontos. Nenhum gran che, como dizem os italianos, mas, ao menos, algo que permite ao clube de Silvio Berlusconi sonhar com luta por vaga na Champions League da próxima temporada.
Confira os resultados e a classificação após a 14ª rodada que encerrou-se ontem com vitória da Lazio sobre a Udinese em Roma.
Na abertura da 5ª rodada da fase de grupos da UEFA Champions League, a Juventus, na principal partida da terça-feira, faz contundentes 3×0 nos atuais campeões do Chelsea e Roman Abramovich demite Roberto Di Matteo da direção técnica do clube londrino.
GRUPO E
Juventus 3×0 Chelsea
Turim, Itália
Não era dia do Chelsea. Era dia da Juventus. Jogando no Juventus Stadium de Turim para 40 mil pessoas, a Juve logo começaria a dar as cartas em busca de sua primeira vitória na competição europeia.
Mirko Vucinic, logo aos 4 minutos de jogo, efetuou cruzamento e Stephan Lichsteiner concluiu para grande defesa de Petr Cech. Aos 15 minutos, Cech voltaria a trabalhar forte ao efetuar defesa de chute de Claudio Marchisio.
O melhor que o Chelsea produziria na partida seria pelos pés de Oscar que, após dois belos dribles em seus marcadores, serviria Eden Hazard que teve arremate incrivelmente defendido pelas pernas de Gianluigi Buffon. Aos 35 minutos, Ramires livra-se de dois marcadores, lança Oscar que é desarmado no último momento por Leonardo Bonucci.
Aos 37 minutos, o gol da Juve após chute de Andrea Pirlo e desvio de Fábio Quagliarella no meio do caminho. Foi a única maneira de Petr Cech ser batido. Retrato de que não era dia do Chelsea.
Algo reforçado no 2º tempo quando Vucinic toca para Kwadwo Asamoah que coloca na área para Arturo Vidal. O chileno conclui a gol, a trajetória da bola é desviada em Ramires e mata as tentativas de defesa de Cech.
Nos acréscimos, o gol final da Juventus com Sebastian Giovinco em frustrada saída de gol do goleiro do Chelsea.
Os 3×0 finais reforçam a ideia geral no início da temporada de ser a Juventus a única esperança italiana nas competições europeias. Os piemonteses vão à última rodada carregando a vice-liderança do grupo E com 9 pontos.
Já no Chelsea, a derrota causou todos os prejuízos possíveis e imagináveis.
O clube londrino já vinha de derrota para o modesto West Bromwich por 2×1 pela Premier League inglesa e viu os rivais de Manchester à frente na tabela do campeonato nacional. Agora, a séria ameaça de eliminação na UCL colocou ponto final na carreira do ítalo-suíço Roberto Di Matteo no comando técnico dos campeões europeus.
O proprietário dos Azuis de Londres, Roman Abramovich, mais uma vez adotou a drástica decisão de demitir seu treinador. Atitude que, apesar de muitas vezes inevitável, também por vezes revela-se contraproducente, um verdadeiro anti-marketing para a imagem de modernidade e organização que grandes clubes desejam exibir ao mundo.
A lista de vítimas dos reveses do Chelsea sob comando de Abramovich não é pequena. Roberto Di Matteo junta-se a nomes como Claudio Ranieri, Avram Grant, Luiz Felipe Scolari, Guus Hiddink, Carlo Ancelotti e André Villas Boas. A grande exceção positiva na era Abramovich fica por conta de José Mourinho, ainda assim houve desentendimentos na época de sua saída.
O instável Chelsea agora vê a possibilidade de ver o espanhol Rafa Benítez assumir o comando técnico do clube. Situação estranha, pois o proprietário russo da instituição teria preferência por Josep Guardiola que vive seu ano sabático.
FC Nordsjaelland 2×5 Shakhtar Donetsk
Copenhague, Dinamarca
Mais polêmica no Grupo E, quando os dinamarqueses do Nordsjaelland foram derrotados por 5×2 pela ótima equipe do Shakhtar Donetsk.
O imbróglio ocorreu no 1º tempo quando a partida era vencida pelos anfitriões por 1×0.
Em atitude de fair play, os ucranianos efetuaram recuo de bola para o goleiro Jesper Hansen do Nordsjaelland. Mas, no meio do caminho tinha uma pedra chamada Luiz Adriano que interceptou o recuo e efetuou o gol diante do atônito goleiro dinamarquês.
Se o intuito fosse seguir o espírito do tal fair play, o Shakhtar cederia gol aos locais na sequência. Algo que aparentemente não ocorreu. O Nordsjaelland marcaria seu segundo gol alguns minutos mais tarde em lance onde a marcação do Shakhtar “mordia” os atacantes adversários.
O 1º tempo terminaria empatado e a polêmica não se estendeu para patamares maiores devido ao elástico placar conseguido pelos ucranianos em Copenhague.
O resultado leva o Shakhtar Donetsk à surpreendente liderança do grupo E com 10 pontos e, na rodada final, o time mais brasileiro da Champions enfrenta a Juventus. Um empate é conveniente para ambos passarem.
O eliminado Lille francês foi a Minsk e acabou com as chances de classificação do BATE Borisov ao fazer 2×0 com gols de Djibril Sidibé e Gianni Bruno.
Agora, os bielorrussos ficam com vaga para prosseguirem na Liga Europa.
Valencia CF 1×1 FC Bayern
Valência, Espanha
Dois gols na parte final da partida (Sofiane Feghouli pelo Valencia e Thomas Müller pelo Bayern) garantem ambos nas oitavas de final da UEFA Champions League.
A emoção na última rodada ficará por conta da disputa pela liderança do grupo. Algo que pode evitar confronto precoce e desagradável contra Barcelona ou Manchester United.
O Bayern enfrenta o BATE Borisov em Munique. Terá todas as chances de vencer. Por isso, o Valencia deverá ir à França com força para pegar o Lille.
O Barcelona classificou-se para as oitavas de final da UCL ao fazer 3×0 sobre o Spartak Moscou.
Mais que a vitória e a classificação, o grande destaque da partida ficou por conta dos dois gols de Lionel Messi que o levaram a atingir a marca de 80 gols no ano, deixando-o a apenas 5 gols do recordista Gerd Müller. Ademais, Messi chega a 56 gols em Champions League igualando-se ao holandês Ruud Van Nistelrooy. O recordista de gols na história da competição europeia de clubes é o espanhol Raul González com 71 gols.
Benfica 2×1 Celtic
Lisboa, Portugal
Após histórica vitória frente ao Barcelona, os Bhoys foram a Lisboa e foram derrotados pelo Benfica por 2×1 com gols de Ola John e Ezequiel Garay para os portugueses e Georgios Samaras para os escoceses.
A vitória do Benfica embolou a disputa pela segunda vaga do grupo entre os próprios Celtic e Benfica com a situação aparentando ser melhor para os escoceses, já que o time de Lisboa terá que enfrentar o Barcelona na Catalunha.
O Manchester United perde o aproveitamento perfeito na competição ao perder para o Galatasaray na Turquia com gol de Burak Yilmaz. Algo que pouco importa para os Red Devils, já que a classificação em primeiro lugar no Grupo H já estava garantida por antecipação.
CFR Cluj 3×1 Braga
Cluj-Napoca, Romênia
O time romeno da Transilvânia contou com hat trick do português Rui Pedro para bater os também portugueses do Braga. Resultado que mantém vivas as chances de classificação do Cluj para as oitavas de final. Terá, contudo, que vencer o Manchester United na Inglaterra e torcer contra o Galatasaray em Portugal.