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E AGORA WENGER?

Algo que parecia inacreditável para o futebol inglês – sempre preciso, profissional e planejado – aconteceu neste domingo no Emirates Stadium de Londres, mais especificamente durante o 2º tempo da partida que marcou a vitória do Manchester United por 2×1 sobre os anfitriões do Arsenal, quando o técnico “gunner” Arsene Wenger decidiu substituir o atacante Alex-Oxlade-Chamberlain por Andrey Arshavin e os fãs responderam com vaias à decisão do confuso treinador.

Arsene Wenger

Foi a terceira derrota consecutiva do Arsenal na Premier League. A situação de Wenger ao final da partida era tão embaraçosa em Londres que o francês contou com a solidariedade de Alex Ferguson, seguramente ciente do momento ruim do colega.

O jogo teve seu equilíbrio até os 30 minutos quando o Manchester United começou a ter domínio das ações.

O goleiro Wojciech Szczesny fez grande defesa em tentativa de Nani, mas foi Antonio Valencia que abriu o placar antes do intervalo.

Valencia abre o placar em Londres para o United

A 2ª etapa teve amplo predomínio do Arsenal durante os 15 minutos iniciais, Robin Van Persie perderia gol incrível após escorregão de Chris Smalling no meio de campo que provocaria contra-ataque mortal dos anfitriões, mas uma sequência equivocada de passes que causaram perigosas jogadas ofensivas do United reequilibrou as ações. Per Mertesacker tiraria bola quase em cima da linha em conclusão de Danny Welbeck.

Curiosamente, quando os visitantes voltaram a dominar a partida, Robin Van Persie recebe bola e acerta chute cruzado de difícil conclusão empatando o placar após contra-ataque veloz.

Aí veio a decisão polêmica de Wenger. A substituição de Chamberlain por Arshavin parecia mais uma loucura do francês. Outros viram inabilidade ou simplesmente falta de criatividade ou de ideias. Fato é que as vaias da torcida tiveram freqüência ampliada após alguns erros defensivos do russo.

Tudo piorou com o gol de Danny Welbeck após tabela entre Valencia e Ji-Sung Park aos 36 minutos.

Gol que selou o resultado do jogo.

Arsene Wenger, mais do que nunca, é contestado no comando do Arsenal. E a pergunta fatal é a seguinte: teria chegado a hora de substituí-lo ao final da temporada?

Ruim para o Arsenal que está sempre mais distante da zona de classificação da Champions e, principalmente, dos líderes na 5ª colocação com 36 pontos.

Excelente para o United que não permitiu o maior afastamento do rival e líder Manchester City que havia vencido, pouco antes, o Tottenham por 3×2 com gol em cima da hora de Mario Balotelli de pênalti, aos 95 minutos de jogo mais precisamente, em partida com excelente 2º tempo quando os cinco gols foram anotados.

Agora o City está com 54 pontos na liderança e o United sobe para 51 no 2º lugar.

Reverências também ao Tottenham. Os Hotspurs dificultaram a vida dos líderes em Manchester com excelente atuação de Gareth Bale, o melhor em campo, e permanecem em 3º lugar com os mesmos 46 pontos.

O Chelsea perdeu oportunidade de se aproximar da 3ª colocação ao abrir a 22ª rodada com mero empate contra o Norwich City por 0x0. Agora são 41 pontos para os 4º colocados.

Ainda a destacar, a expressiva vitória do modesto Fulham por 5×2 sobre a ex-surpresa da temporada, o Newcastle. Foram três gols do estadunidense Clint Dempsey. O Newcastle permanece na cola do Arsenal com 36 pontos. O Fulham conseguiu subir para o 12º lugar com 26. Já o Liverpool voltou a decepcionar ao sair para enfrentar o Bolton e perder por 3×1. Temporada para os fãs do Liverpool esquecerem por ora.

Na semana, a Inglaterra realiza rodada eliminatória da Carling Cup, a Copa da Liga Inglesa.

PREMIER LEAGUE: ARSENAL HUMILHADO EM OLD TRAFFORD

 

Arsene Wenger sem ação.

Não poderia ter sido pior. Nem mesmo o mais pessimista e desolado torcedor “Gunner” imaginaria tal fiasco após o desmanche promovido pelo Arsenal, tendo como símbolo o êxodo de Cesc Fábregas e Samir Nasri. Mas foi o que ocorreu no último domingo em Manchester.

 Jogando no estádio Old Trafford, os anfitriões do Manchester United humilharam a equipe londrina do Arsenal por inéditos 8 a 2.

 O que era para ser o clássico da rodada tornou-se verdadeiro jogo treino para os “Red Devils”.

 Na mesma rodada, o rival local, Manchester City, atropelara o Tottenham Hotspur em Londres por sonoros 5 a 1. O êxito estrondoso do vizinho incômodo forçou Alex Ferguson a vir a público e frisar a absoluta normalidade do ambiente no United. Nada de pressão sobre os ombros.

 Verdade ou não, a resposta chegaria de maneira retumbante.

 

Wayne Rooney com novo visual. Melhor em campo.

Os gols de Danny Walbeck, Ashley Young e Wayne Rooney, além do anteprojeto de reação gunner através de Theo Walcott eram apenas o prenúncio do bombardeio. Bombardeio! Ironicamente, a equipe apelidada de “Gunner” sofreria um daqueles impiedosos.

 Ainda mais flagrante que o 1º tempo foram os 45 minutos finais.

 O que se viu foi um time em frangalhos. Um Arsenal absolutamente entregue e impotente. Arsene Wenger assisitia a tudo atônito, passava a mão na cabeça, não podia acreditar. O sistema defensivo inexistia. A equipe não conseguia trocar três ou quatro passes seguidos em progressão.

 Rooney fez o segundo dele de falta em cobrança mais manjada que andar para frente. Aquela velha jogada de rolar a bola para o companheiro pará-la e o próprio cobrador, com ângulo diferenciado da posição inicial da cobrança, chutar colocado. Era moda nos anos 90. Raí e Cafu fizeram contra o Barcelona em Tóquio e tanto lá como cá o goleirão assistiu imóvel a bola entrar.

 Nani também fez o seu show em um dos gols. Até o sul-coreano Ji-Sun Park fez o seu.

 O United não encontraria tanta facilidade sequer contra os nanicos da Premier League.

 Quanto ao Arsenal, uma enxurrada de justificativas com o intuito de explicar a tragédia foram levantadas.

 

Per Mertesacker: solução para a defesa?

Inevitável questionar: por que não contratou se há dinheiro disponível dentro do orçamento do clube para Arsene Wenger? Eis algo de intrigante. O que queria Wenger? Trabalhar com revelação de jogadores pura e simplesmente? Parece que era isso mesmo. O treinador viu-se na corda bamba in extremis e os rumos estão sendo alterados. A imprensa local dá como quase certa as contratações do zagueiro alemão Per Mertesacker do Werder Bremen por £10 milhões e do lateral esquerdo brasileiro André Santos por mais £6 milhões (Santos tem a vinda facilitada, já que o Fenerbahce turco agoniza na UTI após escândalos locais de manipulação de resultados com posterior exclusão do clube da Champions League) para reconstruir a defesa.

 Wenger vai rodar? Especulou-se, mas por ora o francês fica no comando técnico. Óbvio, futebol é resultado em qualquer canto do planeta e, se eles não vierem, Wenger pode empacotar as tralhas de volta para a França.

 Entre outras consequências da hecatombe gunner está a decisão da diretoria do clube de dar ingressos para os torcedores que pagaram para ver o vexame histórico. Uma espécie de ressarcimento pelo serviço pessimamente prestado.

 Fato é que foi a maior goleada da história do confronto. O melhor que o Arsenal já conseguiu contra o Man U foram vitórias por quatro gols de diferença. Entre elas, o placar mais próximo do resultado do domingo foi um 6 a 2 no longínquo 1º de fevereiro de 1947 no estádio Highbury Park de Londres. Resumindo, levará tempo para os Gunners devolverem o placar vergonhoso.

 Enquanto Londres meio que agoniza, Manchester ri à toa mais uma vez. Os rivais locais United e City disputam com afinco a liderança da Premier League, bem como as maiores goleadas.

 E como falamos de jogos com muitos gols, nada melhor que contrabalançar a coisa. Que tal essa: Copa Movistar no Peru. Jogavam Alianza Atlético e Cienciano. Final de partida se aproximando, placar definido para o Alianza (3 a 1) e eis que surge Israel Khan para tornar a vida mais cômica. Não para ele, é óbvio. O cidadão recebe lançamento, passa pelo goleiro e tem o gol escancarado para fazer o quarto da sua equipe. É isso mesmo, ele perdeu. Confira a pândega peruana.

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