
Em mais um show de Lionel Messi, o Barcelona não precisou se esforçar para vencer o Viktoria Plzen por 2×0 no Estádio Camp Nou.
Jogando para 75 mil fãs, o Barça não demorou para iniciar sua exibição trivial. No caso dos catalães, trivial significa futebol de videogame. Mais precisamente: passes precisos de primeira que estonteiam defensores e altíssima porcentagem de posse de bola que impossibilita qualquer adversário de sequer participar do jogo.
Paradoxal, mas verdadeiro. Em certo sentido, o Barcelona pratica o anti-jogo. Não deixa o oponente jogar, pois mantém a bola sob seu domínio durante quase todo o tempo.
Ontem, mais do que nunca, viu-se como o raciocínio procede através das estatísticas do jogo, ainda que o placar não tenha sido elástico.
Foram 18 chutes a gol do Barcelona contra “nenhum” do Plzen. Isso mesmo: zero chutes a gol dos visitantes.
E não para por aí. Se o time do Josep Guardiola costuma a terminar seus jogos com aproximadamente 70% de posse de bola, desta vez todos os limites da equipe foram superados. Tivemos 77% do tempo de bola rolando nos pés de Messi e companhia.
Ok, adversário limitado, fraco, sem dúvida. Mas, o que esse time faz é para entrar para a história.
Ainda assim, houve erros na hora de definir as jogadas. Algum individualismo, precipitação ou o contrário, excesso de companheirismo e coletividade por vezes. Tudo perfeitamente perdoável. Os gols de Andrés Iniesta aos 10 minutos de jogo e de David Villa aos 37 do 2º tempo liquidaram a fatura.

Já o Milan recebeu o BATE Borisov no Estádio San Siro e repetiu o placar do Barça: 2×0 e mais três pontos na classificação.
O técnico Massimiliano Allegri optou pela formação de frente com Zlatan Ibrahimovic e Antonio Cassano e promovendo a volta de Kevin Prince Boateng no meio, deixando Robinho no banco.
Os “rossoneri” quase vêem as coisas se complicarem quando Mark Van Bommel erra e força Christian Abbiati a fazer grande defesa após chute de Renan Bressan.
Daí em diante, o Milan acordou para a vida e Ibrahimovic abriu o placar aos 33 minutos.
Robinho entrou no 2º tempo e Boateng acertou petardo no gol de Aleksandr Gutor aos 25 minutos do 2º tempo para ampliar.
A vitória milanista mostra evolução no volume de jogo da equipe. O retorno dos lesionados (como Robinho e Boateng) contribui para a melhora.
De quebra, o Milan mantém perseguição firme ao favoritíssimo Barcelona na classificação, ambos com 7 pontos com o Barça liderando pelos critérios de desempate.
A dúvida do fã rubro-negro é até onde poderá chegar o time na UCL, já que não é segredo para ninguém que Barcelona, Real Madrid, Manchester United e Bayern estão à frente em termos de qualidade.
Tudo pela ordem no grupo H. Viktoria Plzen e BATE Borisov, quase sem chances, ficam com 1 ponto cada.

Pelo grupo E, o Chelsea goleou impiedosamente o Genk belga por 5×0 em Londres com grandes atuações de Fernando Torres e Raul Meireles.
O placar foi construído no 1º tempo, restando somente o gol final para a 2ª etapa. Torres fez dois após Meireles abrir o placar. Branislav Ivanovic e Salomon Kalou também marcaram.
Contrariando as expectativas, o Chelsea é o melhor inglês na Champions até o momento.
Na outra partida do grupo, o Bayer Leverkusen suou para derrotar o Valencia de virada por 2×1 em casa.
O ex-gremista Jonas surpreendeu os alemães ao abrir o placar aos 24 minutos de partida.
O jovem técnico espanhol Unai Emery queria o erro forçado dos alemães, encurralando-os em seu campo. E funcionou durante todo o 1º tempo.
O Leverkusen necessitou do talento do jovem Andre Schurrle para empatar, além da categoria do veterano Michael Ballack. O gol da vitória chegaria quatro minutos após o empate, aos 11 minutos do 2º tempo, com Sidney Sam.
Na classificação, o Chelsea lidera com 7 pontos, seguido de perto pelo Laverkusen com 6. Complicada ficou a situação do Valência que tem apenas 2 pontos e terá sérias dificuldades para passar. O Genk fica com 1 ponto.
Se as equipes de Manchester dominam a Premier League, os londrinos têm melhor desempenho na Champions. E não é somente o Chelsea.

Jogando em Marseille, o Arsenal conquistou importante vitória contra o Olympique por 1×0 com gol de Aaron Ramsey no apagar das luzes dos acréscimos. Castigo para a equipe de Didier Deschamps.
Decepção é o Borussia Dortmund. A equipe do técnico Jürgen Klopp não consegue impor sua condição de campeã alemã na competição continental. O algoz foi o azarão do grupo, o Olympiakos grego, que fez 3×1 em Atenas.
Com o resultado, a equipe de Dortmund amarga a lanterna do grupo com 2 pontos. O Arsenal lidera com 7, o Olympique Marseille caiu para segundo com 6 e o Olympiakos sobe para terceiro com 3 pontos.
No embolado grupo G, aquele com cara de Liga Europa, os cipriotas do APOEL foram a Portugal e conseguiram bom empate de 1×1 contra o FC Porto.
Hulk abriu o placar no Estádio do Dragão, mas logo em seguida Ailton empatou.
O Shakhtar Donetsk recebeu o Zenit e apenas empatou por 2×2.
A classificação surpreende. O APOEL lidera com 5 pontos. Zenit e Porto têm 4 e o Shakhtar fica com 2. Tudo pode acontecer no grupo e o esperado domínio do FC Porto não acontece.
A próxima rodada da fase de grupos da UCL ocorre nos dias 1 e 2 de novembro.