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A CHAMPIONS LEAGUE DE HEYNCKES E ROBBEN

Mais que a final alemã ou a consagração do FC Bayern em Wembley no último sábado, a partida final da UEFA Champions League 2012-2013 representou verdadeira redenção para dois personagens da decisão: o treinador Jupp Heynckes e o jogador holandês Arjen Robben.

Jupp Heynckes e Arjen Robben
Jupp Heynckes e Arjen Robben

Quando, em janeiro último, o Bayern anunciou a contratação de Josep Guardiola para o comando técnico do clube a partir da temporada 2013-2014, houve, quase de modo simultâneo, verdadeira prontidão em anunciar que Jupp Heynckes estava por aposentar-se. Assim, justificava-se a troca de comando de modo a acomodar egos mais sensíveis.

Contudo, a história não pareceu ser conforme contada de forma oficial em muitos momentos pós-anúncio.

Jupp Heynckes
Jupp Heynckes

Sempre houve certo descontentamento por parte de Heynckes com a situação. A sensação era de que o treinador estava sendo educadamente convidado a se retirar, verdadeiro eufemismo para a velha e dolorida demissão, o próprio desprezo em favor do badalado Guardiola.

Mas eis que o Bayern de Jupp Heynckes da atual temporada às vésperas de seu epílogo, mostrou-se mais forte e ousado que na temporada anterior, quando perdeu o título da Bundesliga para o próprio Borussia Dortmund, adversário derrotado na final europeia do último sábado, e, ainda mais tragicamente, deixou escapar pelas mãos a própria Champions League em casa para o Chelsea.

Desta vez, o que se tem visto é um Bayern campeão nacional com 20 pontos de vantagem sobre o maior concorrente, mais uma vez o Dortmund, campeão europeu de forma brilhante ao eliminar adversários de peso tais como Juventus e Barcelona com total autoridade na sua trajetória rumo a Londres e, de quebra, na iminência de faturar também a Copa da Alemanha contra o Stuttgart, fechando a sonhada Tríplice Coroa.

Talvez aí esteja a grande vingança de Heynckes, caso não se confirme a anunciada aposentadoria. Passar o bastão para o sucessor com o time no topo, tornando a missão de Josep Guardiola mais difícil que o esperado, afinal, já diz o velho ditado popular que mais difícil que chegar ao topo é manter-se por lá. Tudo que Guardiola fizer que terminar em resultados inferiores aos atuais será o suficiente para comparações negativas frente ao antecessor.

Arjen Robben na final da Copa do Mundo defendendo sua Holanda contra a Espanha
Arjen Robben na final da Copa do Mundo defendendo sua Holanda contra a Espanha

Outro remido na final da UCL de Londres é o holandês Arjen Robben. Não à toa que o craque comemorou com toda emoção o gol definitivo do Bayern ao apagar das luzes do tempo regulamentar em Wembley, verdadeiro gol do título.

Basta recordar os reveses recentes que Robben sofreu na carreira, estigmatizando-o de forma injusta no mundo da bola.

Na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, a Holanda de Robben foi derrotada na grande final do Mundial ao levar gol de Andres Iniesta aos 117 minutos de jogo, a 3 do final da prorrogação. Duro golpe para quem havia atravessado difícil percurso até a final.

Robben e seu Bayern contra a Internazionale em Madri
Robben e seu Bayern contra a Internazionale em Madri

No Bayern, a coleção de fracassos na reta final era maior.

No mesmo ano de 2010, a equipe bávara comandada por Louis Van Gaal partia para a final da UEFA Champions League em Madri contra a Internazionale do treinador José Mourinho que havia conseguido bater a equipe nova sensação do momento: o Barcelona de Josep Guardiola e do fantástico Lionel Messi. E lá estava Arjen Robben, mas lá estava também Diego Milito que marcaria duas vezes e selaria os 2×0 finais. Novo insucesso para Robben.

A falsa sensação de sucesso do bayern de Robben frente ao Chelsea
A falsa sensação de sucesso do Bayern de Robben frente ao Chelsea

Mas, os contratempos na vida nunca estão sozinhos e eis que no ano de 2012 o Bayern teria a raríssima chance de disputar uma final de UCL em casa, na Allianz Arena de Munique. O adversário era o limitado Chelsea de Roberto Di Matteo que quase havia sido eliminado pelo Napoli na competição antes da demissão de André Villas Boas.

Chance obtida, chance desperdiçada. Após gol aos 83 minutos de jogo anotado por Thomas Muller e empate de Didier Drogba aos 88, as equipes foram para as penalidades com êxito inglês. Novo drama para o já verberado Robben.

Arjen Robben: consagração total contra o Dortmund
Arjen Robben: consagração total contra o Dortmund

Para sorte do neeerlandês, o mundo dá voltas… pelo menos ele deu suas voltas para o contestado craque e o destino lhe reservou a glória dos deuses no palco londrino de Wembley, e com requintes de emoção, já que o gol do título surgiria aos 89 minutos de jogo.

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Bayern conquista o título europeu pela 5ª vez
Bayern conquista o título europeu pela 5ª vez

Reviravolta positiva para Arjen Robben. Não por acaso tamanha comoção na celebração do gol final.

Ferozes Futebol Clube na Copa – Nossas Seleções

Os Ferozes João Paulo Tozo, Rene Crema e Beto Almeida escolheram suas seleções em cima do que enxergaram nessa “que foi a maior Copa de todos os tempos, amigo”. Confira:

Rene Crema:

Casillas

Maicon, Lucio, Puyol e Lahm

Schweinsteiger , Muller, Sneijder e Iniesta

Forlán e Villa

Beto Almeida:

Casillas

Lahm , Pique, Puyol e Fusili

Xavi, Iniesta, Sneidjer e Fórlan

Muller e David Villa.

João Paulo Tozo:

Casillas

Sérgio Ramos, Piqué, Puyol e Coentrão

Iniesta e Schweinsteiger, Muller e Sneijder

Forlán e Villa.

Unanimidades: Casillas – Puyol – Iniesta – Sneijder – Villa – Forlán

Chazinho de Coca – Apostar na Espanha era apostar no futebol. Parabéns, Espanha. E obrigado.


Texto: João Paulo Tozo
Foto: Reuters/ ESPN

A segunda-feira, 12 de julho de 2010, chegou. A televisão continua aqui posicionada, estrategicamente apontada para a minha mesa. Mas hoje ela não irá ligar, afinal a Copa do Mundo de 2010 acabou.

Depressão profunda para quem anseia por quatro anos pela overdose de futebol e pela incansável busca da boleirada pelo posto máximo do planeta bola.

Mais depressão ainda para quem espera que a arte do futebol possa ser expressa pelos melhores pés do esporte, e que ao final desse 1 mês de uma dose cavalar de futebol nas veias dos apaixonados por esse esporte, os melhores pés dentre os melhores do planeta possam enaltecer o jogo bem jogado.

Para o bem da Copa e do futebol, deu Espanha campeã.

Vale reafirmar o que digo há meses – “Nunca é por acaso o êxito de um time como o da Espanha”

Não teria sido também por acaso o êxito holandês, afinal ninguém elimina o Brasil e chega a uma final de Copa sem que haja merecimento.

Mas o merecimento espanhol passa muito mais pelo jogo bem jogado, pela ofensividade que principalmente nós brasileiros sempre apreciamos, pelo gosto em tratar bem a bola, do que pelo antijogo praticado pela Holanda, sobretudo na final.

Essa Espanha joga no lixo a infeliz tendência que algumas escolas do jogo bem jogado tentam emplacar hoje, de que é necessário mais força do que técnica para se atingir objetivos maiores.

E que objetivo e maior no futebol do que ser campeão do mundo?

A Espanha de Del Bosque fez o caminho inverso dessa triste tendência. Largou no passado aquele papo furado de “Fúria”, que tentava se fazer valer mais da força, daquele papinho mole de que cara feia assusta, quando na verdade você pode assustar muito mais quando a bola está em seus pés e quando esses pés tratam bem da Jabulani da Copa, da Jobulani da final de ontem.

Mostra ao mundo que essa conversinha de que entre ganhar jogando feio é melhor do que perder jogando bonito é desculpa, pois na verdade o mais legal é ganhar jogando bonito, tratando bem dos olhos do mundo.

Serve para acabar com essa discussão tonta de brasileiros que defendem a seleção que jogou bonito e perdeu em 82, contra os que amam a seleção que jogou feio mas ganhou em 94. Quando é muito mais legal jogar bem e ganhar, como a de 2002. Como poderia ter sido mesmo agora 2010.

Não, não é qualquer seleção que pode se dar ao luxo de jogar como a Espanha. Mas o Brasil pode, o Brasil deve. Torço para que agora essa tendência em embrutecer o jogo faceiro dos brasileiros seja posta nos anais do esporte como algo a não se seguir.

A Holanda poderia também, mas preferiu lesar a mítica de seu outrora “futebol total”, trazendo a tona a feliz – na infelicidade- definição de Paulo Vinicius Coelho durante transmissão da final pela ESPN, onde cunhou o “antifutebol total” dessa Holanda vice-campeã.

Rinus Mitchels deve estar P*** da vida onde quer que esteja.

Não a toa também que falo há tempos do jogo “a italiana”, tanto de Brasil, quanto da Holanda.

No duelo entre eles, a sorte holandesa morou na grande fase de Sneijder, contra a péssima fase de nossos “destaques”. Na letalidade de seus craques, contra a letargia dos nossos.

Mas contra a Espanha, essa sim, dona do atual futebol total, e com muito mais destaques letais, a Holanda sucumbiu.

Até conseguiu no inicio diminuir os espaços no meio campo espanhol, coisa que a Alemanha não foi capaz de fazer. Mas encontrou pela frente uma Espanha que não se limitou ao jogo pelo meio, tendo Sérgio Ramos aberto e acionado a todo instante pela direita. A Holanda perdeu-se dentro de sua mediocridade tática e passou a apelar para uma violência quase gratuita. Fosse pouca coisa mais corajoso e o juizão teria expulsado o lutador – de vale tudo – De Jong, quando este estampou a marca de sua chuteira no peito de Piqué. E estávamos ainda ano início do jogo.

Stekelenburg, destaque holandês na final, salvava a pátria em milagres contra Sérgio Ramos. Enquanto seus parceiros continuavam não querendo jogar.

Sneijder foi mais uma vez o sopro de racionalidade do time, mas bem marcado e mal acionado, viu-se limitado pelos integrantes do UFC que jogavam ao seu lado. Robben teve a bola do jogo, mas em má jornada deu a Casillas a chance de confirmar a sua grande Copa do Mundo e a condição de melhor goleiro da competição.

Fabregas que ao longo da Copa foi opção de luxo espanhola, fez a diferença quando entrou no lugar de Xabi Alonso. Vejam que Del Bosque sacou um volante e colocou um meia ofensivo. Nada de 6 por meia dúzia.

Outro dos tantos papinhos furados dos que preferem apostar sempre no óbvio a ter que olhar o que tem se jogado pelo mundo, começava a cair por terra. A Espanha não mais iria “amarelar” na Copa.

Mesmo com as penalidades mostrando-se cada vez mais próximas, cada vez mais injustas com o domínio espanhol, já na prorrogação Del Bosque mandou Torres a campo.

Terá sido por acaso que o gol da Copa saiu de jogada envolvendo Torres e Fabregas?

Claro que não. Como não foi por acaso que Iniesta, esse sim furioso, craque que cresceu quando a Copa exigiu que se crescesse, recebeu a bola do jogo, fez o domínio do jogo e fez o fuzilamento do jogo. Marcou o gol da Copa. O gol da história de um país que deixa de vez a síndrome de vira-lata no passado.

É o 8º sócio do restrito clube dos campeões do mundo. É o 8º, mas é o atual. Confirma em 2010 a sua condição de melhor seleção do planeta, condição que vem desde a Euro de 2008, mas que só agora pode enfim silenciar os que naquele título na viam nada mais do que uma “Grécia” do acaso.

O acaso não faz parte do histórico desse time. Um grande campeão do mundo nunca surge por obra do acaso.

E claro, para encerrar essa minha 1ª coluna sobre uma final de Copa, a 1ª desde o surgimento do Ferozes FC, não posso deixar de extravasar a minha satisfação em ter cravado há meses que a Espanha era a favorita da Copa de 2010. Que acreditar no futebol bem jogado nunca foi por acaso.

Certo como é o título espanhol, é também a certeza de que minhas apostas em grandes times nunca serão por acaso.

Obrigado a todos que acompanharam as nossas impressões ao longo dessa Copa do Mundo. Obrigado Espanha. Obrigado futebol.

Cheers,

Chazinho de Coca – Nunca será a toa um time como a Espanha estar na final da Copa.

Texto: João Paulo Tozo
Foto: EFE



Nunca foram a toa as minhas apostas na Espanha. E não é o fato de acertar que me deixa com essa felicidade tremenda, mas sim o fato de que minhas apostas foram todas direcionadas ao time que mais me apresentava possibilidades de assistir a um futebol de técnica, de ofensividade, sem que isso impedisse a competitividade de seu jogo.

Entre jogar feio e ganhar ou jogar bonito e perder, eu sou muito mais jogar bonito e ganhar, como a Espanha.

Jamais é a toa a conquista de uma Eurocopa. Nunca é a toa ter 100% de aproveitamento nas eliminatórias da Copa. Nunca, jamais será a toa a minha torcida por um time que busca o gol a todo instante.

Do goleiro ao centroavante, não tem pernas de pau no time de Vicente Del Bosque. E nem mesmo a derrota na estréia da Copa, em um jogo onde o derrotado obteve 70% da posse de bola e massacrou o vencedor em seu campo de defesa, poderia ser objeto de questionamentos sobre o potencial da equipe.

Se na derrota foi absoluta, nas vitórias foi inquestionável. O time que lidera quase todas as estatísticas atropelou na semifinal da Copa a gigantesca Alemanha, sensação da competição até então.

Enquanto algumas seleções optaram por lesar seu histórico ofensivo recheando o meio campo com volantes e alguns pseudos craques, a Espanha de Del Bosque usa somente um volante de ofício, ainda assim, um Senhor volante – Busquets. Iniesta, Xavi e Xabi Alonso ficam mais soltos para trabalhar o jogo e obter sempre a enormidade numérica na posse de bola.

Em 3 toques a bola sai de Sérgio Ramos e já está com Capdevila do outro lado do campo. Na frente o artilheiro da Copa, Davi Villa, movimenta-se por toda parte, deixando Fernando Torres mais centralizado.

E tem mais essa. Torres não vive grande momento, já que vem de contusão. Imagina então sem “El Niño” estivesse na ponta dos cascos?

Hoje jogou Pedro em seu lugar, e apesar do gol absurdo perdido quando o placar já estava 1X0, a jovem revelação do Barcelona deu conta do recado.

Aliás, a diferença entre Alemanha e Espanha em suas campanhas até aqui era exatamente o centroavante. Ambas as seleções de ótimo toque, de manutenção da posse de bola, a Alemanha vinha tendo mais destaque exatamente por Klose estar concluindo as jogadas que do outro lado Torres não vinha conseguindo.

Então Del Bosque hoje veio com Pedro no lugar do camisa 9, tirou seus dois avantes de dentro da área e colocou uma correria incrível em cima de Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng.

Joachim Low, ainda que sem Muller, errou ao recuar tanto o jogo de seu time desde o princípio. O meio campo alemão virou um playground onde os espanhóis fizeram o que bem entenderam. Com o meio campo a quilômetros de distância do ataque, a Alemanha só não foi presa fácil porque a Espanha respeitou demais os tricampeões do mundo.

Os espanhóis estão pela 1ª vez em sua história na final da Copa. Cheios de merecimentos, cheios de incontestáveis elogios e aplausos. Cheios de grandes jogadores, de um grande sistema de jogo. E cheios de apostas de gente apaixonada pelo futebol do ataque, como eu. Que há meses aposto na Espanha como a futura campeã do Mundo.

Nada é a toa. Como não é a toa a Espanha estar na final da Copa.

Cheers,


Chazinho de Coca – Foi uma tragédia anunciada, não foi?

Dunga esteve ao longo de quatro anos a frente da seleção brasileira. Mas eu critico a sua seleção a somente dois desses quatro anos, tendo em vista que o Ferozes FC existe tem pouco mais de dois anos.

Nesse tempo não houve uma única vez que eu dediquei um texto meu para elogiá-lo. Algumas passagens sim, lógico. Ninguém consegue errar sempre. E veja, esse “errar” é baseado no meu conceito de erro no que se aplica a seleção brasileira. Até ontem Dunga tinha quase 70% de aprovação popular. Não sou a voz da verdade e nunca quis ser.

Não torci contra o Brasil. Não consigo, não posso, não faz parte do meu perfil. Mas sempre estive na contramão do técnico da nossa seleção.

Por isso, meus amigos, eu abro hoje o meu Word e me sinto tranqüilo para escrever sobre a derrota brasileira. Aliviado jamais. Mas convicto de que assisti hoje a uma tragédia anunciada.

Crucificar o coitado do Felipe Mello é justo?

Poderia fazê-lo. Mas acho muito mais cabível criticar Kaká e Luis Fabiano, que era onde morava a minha esperança de jogo, mas nunca, jamais o pobre Felipe Mello. Nunca olhei com bons olhos o Robinho, mas do trio ofensivo foi o que desempenhou melhor papel.

Antes de criticar o bipolar volante, acho mais correto criticar quem o colocou onde jamais deveria estar. O dono da seleção. O senhor todo poderoso do discurso perfeito, da coerência plena. O salvador da lavoura da moralidade no futebol. E de todo e qualquer “bla, bla, bla” que você quiser rememorar que o nosso ex-técnico proferiu nesses 4 anos.

Ninguém é genial um dia e uma anta no outro. Ninguém é grande jogador no 1º tempo e no 2º torna-se cabeça de bagre.

Mas com Felipe Mello isso aconteceu.Tanto nas transmissões da TV, nos tweets da vida, nos comentários alheios de quem estava ao meu lado.

Caramba, ele foi o Felipe Mello de sempre. O mesmo que vem de temporada pífia na Juventus da Itália. Não houve surpresas com ele. Houve confirmação. Somente.

Surpreendente foi a falha de Julio Cesar. Monstro Julio Cesar, goleiraço. Mas que humanamente falhou.

Surpreendente foi a ausência de Luis Fabiano em campo. Foi o apagadissimo Kaká, esse ao longo de toda a Copa, justo ele que era a grande esperança de bom jogo desse time.

“Ahhh, mas ele veio machucado”.

Certo, então ninguém pode cornetar o Rooney e o Torres por seus rendimentos na Copa. A situação é a mesma. Fora que isso flagra mais um erro dentro do tal “planejamento” do Dunga. Não ter substituto a altura pro cara é um erro fatal. Como acabou sendo.

Não é justo, nem mesmo com o Dunga, que os que até o meio-dia elogiavam o trabalho do treinador agora passem a crucificá-lo. A seleção brasileira perdeu onde todo mundo sabia que podia perder.

No “pacote Dunga” já vinha o destempero de Felipe Mello, a falta de opções de banco para mudar o jogo e mesmo a incapacidade de leitura da partida do cara.

Talvez não viesse o time medroso do 2º tempo. A apatia do 2º tempo.

O jogo teve dois tempos bem distintos.

O 1º tempo do Brasil. A Holanda partiu pra cima, mas ficou com a sua retaguarda exposta para os contra-ataques brazucas. Zagueiros e laterais anos luz de distância um do outro. O Brasil poderia ter definido o jogo ali, naqueles 45 minutos, mas não o fez.

O 2º tempo foi todo da Holanda. Ajudada muito pela apática atuação dos comandados de Dunga, ainda que vencendo por 1X0. A Holanda se ajustou na retaguarda, os laterais encostaram em Van Bommel e Sneijder, a zaga deixou de ficar exposta e o Brasil parou de jogar na medida em que Robben e Sneijder – nome do jogo – ganhavam o campo.

Diferentemente do Brasil, que poderia ter fechado a conta no 1º tempo e não o fez, a Holanda poderia ter feito 3 ou 4 gols, fez 2, a medida certa para conquistar a sua justa classificação.

Aos que preferem culpar o pobre coitado do juiz, ou o mais coitado ainda do Felipe Mello, alegrem-se. Mick Jagger esteve lá. Seu pé frio também pode ser usado como desculpa para essa tragédia anunciada.


Cheers,