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Chazinho de Coca – Alemanha, Inglaterra, Argentina, França, Uruguai…

O tempo passa, o tempo voa…e a Copa do Mundo já chega ao seu 5º dia. Depressa demais, não?

Nem parece que já estamos vivendo “essa que é a maior Copa de todos os tempos, amigo.”

Ok. Nada de jargões.

Estamos vivendo a Copa, mas parece que a coisa ainda não engrenou como deveria. Jogos modorrentos, mesmo onde se esperava mais bola. Casos de Uruguai X França e principalmente
Inglaterra X EUA.

Alemanha X Austrália

Por outro lado já temos a 1ª boa “surpresa”. Que de surpresa na verdade só o jogo fácil praticado. Falo da Alemanha. Eterna favorita. Uma daquelas que eu coloquei no meu grupo de favoritas por usucapião, mas que foi até agora a única seleção a mostrar, de fato, um futebol convincente.


Tudo bem que o adversário foi a Austrália. Mas o problema é dos australianos. Os alemães fizeram o que de uma seleção de ponta se espera e não deixaram margem para dúvidas de que chegam fortes os tricampeões do mundo. Mesmo sem Ballack, mas com Lahm, Klose e sobretudo Podolski em momentos de brilho.

Uruguai X França protagonizaram até aqui o pior jogo da Copa. Ainda que Argélia X Eslovênia já tenham “jogado”.

Se para a França o ataque resume-se a um Ribery extremamente espetado na esquerda, sem nenhuma companhia do mesmo gabarito no ataque titular e tendo ainda o fanfarrão técnico Domenech no banco, que além da desfaçatez de deixar Nasri e Benzema em casa, ainda mantém Henry no banco. Enquanto isso insiste no fraco Anelka no time titular. Para o Uruguai o bom ataque não é devidamente alimentado pelo seu pobre meio-campo. A defesa é das mais seguras, mas se for viver de 0X0 o time não terá grandes participações nessa Copa. Foi um 0X0 no placar e na nota do jogo.

Argentina X Nigéria

Os hermanitos comandados por Maradona pegaram um adversário complicado. A Nigéria é uma eterna pedra no sapato argentino. Messi e Cia começaram bem o jogo e o placar aberto sem grandes dificuldades deu a impressão de que seria um passeio ao som do tango. Que nada!

Talvez mais por um desajuste sul americano do que realmente uma boa partida africana. Milito tem lugar no time titular com as pernas amarradas, mas Maradona só o mandou pro jogo já na reta final. Os nigerianos tiveram chances para empatar, mas ao final a vitória hermana acabou sendo justa. Apertada, mas justa. É bom não duvidar dessa Argentina, que vai andar muito bem na Copa.

Inglaterra X EUA

De todas as estréias a mais complicada, porém, foi da Inglaterra. Favorita de destaque para 9 em cada 10 analistas e entusiastas, o English Team encarou o antigo bobo do futebol, que ainda que insistam em jogar “futebol” com as mãos, estão aprendendo bastante rápido que o verdadeiro futebol se joga com os pés.

Assumo o meu desapontamento com o empate em 1X1 da Inglaterra. Minhas apostas antes da Copa apontam uma final entre espanhóis e ingleses. Ainda que sejam ambas consideradas como eternas amarelonas, não é lá muito correto analisar o jogo de hoje pela bagagem histórica. Pode no máximo ser esse um ponto de relevância, não de preponderância.

Basta ser um pouquinho ligado no que se passa no atual cenário da bola pra saber que os EUA vem em ascensão. Alem das consecutivas participações em Copas, os estadunidenses chegam de uma excelente Copa das Confederações, onde eliminaram com propriedade a sensação e campeã da Eurocopa, a Espanha, além de fazer uma final de igual para igual contra o Brasil. Onde cedeu a virada na bacia das almas ao time de Dunga.

Rooney não está mesmo na melhor de sua forma. Vem de contusão e ainda não parece 100% recuperado. Mas o selecionado inglês tem ótimas peças em todos os setores. Começou arrasador, já abrindo o placar em grande jogada entre os craques Lampard e Gerrard. Mas depois murchou, cedendo espaço para o bom Donovan comandar o pessoal que joga soccer.

Os EUA estão sim em ascensão, mas para ganhar o devido respeito ainda precisam aprender que futebol se joga com os pés.

Apesar de tudo, mantenho ainda minhas apostas em Espanha X Inglaterra na final.

A Copa tem sequencia hoje, com dois jogos de enormes destaques – Holanda X Dinamarca e a atual campeã do mundo, Itália, que encara o bom Paraguai.

Continuo acompanhando e torcendo para que os jogos melhorem, e muito.

Cheers,

Café com Leite na Copa: África do Sul x México

Texto: Beto Almeida
Foto: EFE

A real é essa: acho Copa do Mundo um tremendo pé no meu saco, apertando bem forte, nessa época não se fala de outra coisa em tudo que é canal, jornal e revista, mesa de boteco e balcão de padaria, que joça, os israelenses fuzilando uma flotilha humanitária e um vazamento de petróleo que dura mais de mês, mas qual o quê, todo mundo quer é saber da Jabulani e duma discussão entre dois jogadores na seleção canarinho.
Pois é, a Copa pauta o mundo, e nós, esse imenso rebanho bovino global, temos de comer o capim que entregam pra gente, comigo não é diferente, embarco nesse navio, munido da minha vuvuzela, que não preciso explicar o que é, todo mundo já sabe, nessa altura dos acontecimentos.
O mais bacana é que essa nação de chuteiras pára para (sei que é feio, mas sempre quis escrever isso) ver os jogos do Brasil, alguns assistem os jogos com os colegas de trabalho, e até com o chefe, pasmem!, não pode nem gritar e falar palavrão, aquela espontaneidade toda, que maravilha.
E cá no blog me coube a tarefa de escrever sobre o primeiro dia dos jogos, não adianta convencer a chefia do contrário, me tira dessa, não tem jeito, é a maior Copa de todos os tempos e tal, beleza, tomo um anti-alérgico e encaro o desafio, que também sou feroz.
Então vamos lá, África do Sul e México fazem o jogo de abertura, o estádio “Soccer City” de Joanesburgo lotado, pô, tem de falar pros sul-africanos que “soccer” é coisa de quem não sabe nada de bola, já queimaram o filme monstro nessa, é “football” galera, ou “calccio”, como dizem os italianos, podem escolher.
Mas divago, a torcida faz a maior festa, eles são animados, tocando aquelas porcarias de vuvuzelas que fazem um barulho irritante do caramba, a minha cabeça parece que vai explodir, imagina quem tava lá, então vejo a seleção sul-africana entrando em campo, cantando e dançando, pronto, me ganharam, sou facinho mesmo.
Começa o jogo, o México vai pra cima, correndo como pra atravessar a fronteira, os africanos conseguem segurar os caras, acaba o primeiro tempo sem gols, ou outros fatos relevantes.
Meu coração tá dividido, a África do Sul de Miriam Makeba e seu “Pata Pata”, do Mandela, da luta contra o apartheid, os caras merecem uma alegria, e os nossos irmãos mexicanos, dos mariachis, de Zapata, de Chiapas, do Trio Los Panchos e do Chaves, sim, latino-americanos como nós, tô torcendo prum empate.
Começa o segundo tempo, os Bafana Bafana (nessa altura dos acontecimentos todo mundo sabe o que isso quer dizer) marcam o primeiro gol dessa Copa, com Tshabalala, o craque da camisa 8, eleito melhor jogador da partida.
Mas os mexicanos não se entregam, os caras são descedentes de guerreiros maias e astecas, também têm história, chegam ao empate com Rafa Marques, pouco depois. E é isso, o jogo acaba, deu empate, tô feliz.
Mas tristeza não tem fim, felicidade sim, então me toco que mais tarde vou ter de assistir mais um jogo da Copa, França e Uruguai. Mas essa é outra história, pra outra coluna.
Olha só a Miriam Makeba, saudade dela.
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E o Trio Los Panchos, puta coisa linda.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=QVQGxFDINng&feature=player_embedded[/youtube]

A 1ª vez a gente nunca esquece.

Começou a Copa do Mundo de 2010. Copa que como já diria o poeta “Já é a maior Copa de todos os tempos, amigo”.

Chacotas à parte, se para a África do Sul e para o próprio continente africano essa é a 1ª Copa realizada, para nós do Ferozes FC também é a 1ª que iremos cobrir.

Portanto, seja poeta ou não, essa é sim a maior Copa de todos os tempos, amigos. Pelo menos para nós.

Tentaremos cobrir o maior número de jogos, seja aqui pelo blog ou em nosso programa de rádio às segundas-feiras. Sempre abusando do direito de ser fanfarrão. Mantendo a tradição de espinafrar quem tiver de ser espinafrado. Seja o Messi ou o Rafik. Seja o Domenech ou o Dunga.

Bom, esses últimos nós espinaframos sempre mesmo.

Nem bem começou e essa Copa já é um dos grandes momentos da história do FFC. Espero que seja para todos vocês.

Uma grande Copa a todos!

Cheers,

Chazinho de Coca – Uma seleção de volantes. Culpa de Ricardo Teixeira.

Quando se pensa em seleção, seja ela do que for, imagina-se a escolha das melhores peças, animais, vegetais, pessoas, jogadores – de futebol, inclusive.

Mas para que essa escolha possa se aproximar do que se entende por justiça, o selecionador deve também ter sido escolhido baseado em seus êxitos, em seus trabalhos anteriores.

No caso mais específico da seleção brasileira de futebol, o sujeito responsável por selecionar os melhores atletas do país deve também ser o melhor ou estar entre os melhores do país.

Dunga sequer era técnico de futebol quando Ricardo Teixeira, o dono da CBF e conseqüentemente do futebol brasileiro, o chamou para assumir o principal posto do esporte que é a paixão nacional.

Então antes de qualquer cornetagem, vamos debitar da conta da CBF do Ricardão a culpa por qualquer insatisfação gerada pela seleção escolhida pelo capitão do tetra.

Feito isso, vamos tentar pensar com a cabeça do Dunga.

Como jogador Dunga foi um voluntarioso volante, aguerrido, comandante em campo. Seu principal mérito não era como jogador, mas como líder.

Marcou uma era de futebol pouco vistoso do Brasil, a chamada “era Dunga”. Depois conquistou o tetra, numa seleção que tinha Romário e Bebeto como estrelas.

Não por acaso o selecionado de Dunga tem a sua cara. Uma zaga praticamente irretocável, deixando margem para discussão apenas na sua lateral esquerda e na opção por Doni no gol, sendo que o cara sequer joga em seu time.

O meio campo de Dunga é de fazer chorar qualquer admirador de um futebol de passes, triangulações, vistoso, de arte, de fazer chorar qualquer admirador do futebol brasileiro. O único verdadeiro meia desse time é Kaká. Cracaço! Mas que vem de uma temporada irregular, além de seguidas contusões. Se Kaká vier a faltar ou se necessário for dar mais qualidade ao setor, Dunga terá de improvisar.

Não, não me venha dizer que Elano é meia. Não é. Julio Baptista muito menos. Exceto Kaká, todo o resto do setor é formado por VOLANTES. Sejam 1º´s ou 2º´s, mas volantes. Volantes, como foi Dunga. Dunga que não tem em seu meio sequer um “Dunga”, no quesito entrega.
Muito menos um Mauro Silva, menos ainda um Mazinho. Ambos, 2º´s volantes na Copa de 94. Ambos, melhores que todos os volantes que Dunga chamou.

Sequer igualar aquela seleção que já era bastante pragmática Dunga conseguiu.

O ataque de Dunga não é lá tão passível de críticas. Mas levar Grafitte e ao mesmo tempo vender o papo de coerência é demais pra minha cabeça. Nada contra a opção. Grafitte vem bem no futebol alemão.

Mas com Dunga Grafitte teve apenas UMA oportunidade e jogou somente vinte e poucos minutos.

Diego Tardelli foi chamado mais de uma dezena de vezes e também vem bem no futebol brasileiro.

Pesou o que aqui? O país onde cada um exerce o seu jogo? O futebol alemão é realmente a cara do Dunga. O brasileiro não.

Se a justificativa para não levar Ganso (e Neymar) é a tal da experimentação e Grafitte carimbou sua passagem para a África atuando somente vinte e poucos minutos, então para mim a palavra de ordem de Dunga é a “incoerência”.

Torcer para essa seleção do Dunga será realmente um exercício patriótico para mim. O meu lado passional, muitas vezes ufanista, irá me dizer – “Vai Josué, tabela com o Gilberto Silva e arma pro Julio Baptista marcar um gol de placa”. Já o racional, antes de duvidar que a cena descrita possa ser capaz de acontecer, irá juntar forças com o lúdico, onde pensarei que se essa seleção faturar o hexa, o verdadeiro futebol brasileiro terá saído derrotado, levantando a taça uma seleção de volantes que bem poderia ser a seleção alemã – com todo o respeito que os tricampeões mundiais merecem.

Obrigado Ricardo Teixeira.

Chazinho de Coca – A minha seleção Brasileira.

Levando em consideração que amanhã é o dia D para Dunga e os seus convocáveis, farei o doce e saboroso exercício de escalar a minha seleção brasileira. A que ao contrário da “dunguistica”, poderia representar o que entendo ser o futebol brasileiro.

Já adianto que se PH Ganso e Ronaldinho Gaucho forem, passo a acreditar na possibilidade do hexa. Caso contrário, só tendo muita sorte mesmo. Afinal é Brasil e muitas coisas conspiram a favor da nossa seleção em Copas. Mas a seleção do Dunga não tem qualidade técnica. Isso é evidente. E os que poderiam dar algum diferencial estão mal em seus clubes e/ou voltando de contusão.

Se ele levar o Adriano aí eu desisto. Até porque todo o pasteurizado discurso de comprometimento terá se mostrado furadissimo. Basta dizer amém a sua igrejinha que o cara é convocado.

Quando vejo o Drogba fazendo o que fez ontem. Robben, Sneijder, Lampard, Messi, Rooney, Torres e penso no que Elano, Julio Batista, Josué, Adriano e demais não estão fazendo, vejo o quanto a seleção vai depender de Maicon, Lucio e Julio Cesar.

Ganhar a qualquer custo, com gol de mão, impedimento e seja lá o que mais, serve para o meu time. Se puder jogar bem, beleza, caso contrário, ganhe como der. Já a seleção tem obrigação de jogar bem. O técnico inventado pode escolher os melhores.

Eu não posso fazê-lo. Mas posso imaginá-lo. Seguem os meus selecionados:

Goleiros: Julio Cesar, Victor, Marcos

Laterais: Maicon, Daniel Alves, Roberto Carlos e Michel Bastos

Zagueiros: Juan , Lucio, Alex Silva, Thiago Silva

Meio campo: Ramirez, Lucas, Elias, Kaká, Ganso, Gaucho e Anderson

Atacantes: Fred, Nilmar, Kleber, Luis Fabiano e Tardelli

Faça esse doce exercício também. Escale a sua seleção brasileira e confronte com a do Dunga.

Cheers,