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PIADA PRONTA

Parece piada pronta. Mas depois de fazer um calor senegalês ao longo de todos os dias do ano, a pausa veio exatamente quando a rapaziada teve também sua pausa para apreciar o bom tempo. Tempo frio e chuvoso ao longo de todo o carnaval. Calor senegalês de volta assim que a rotina da labuta retornou.

Parece piada também, mas não é. Tem gente querendo aplicar a teoria do “e se…” na incontestável vitória do Barcelona sobre o Arsenal pelas 8ª´s de final da Champions League. O “e se …” aplica-se a expulsão exagerada de Van Persie, quando o jogo estava 1X1. Poderia ter dado mais jogo se o atacante holandês continuasse? Provavelmente o massacre não teria sido tão grande. Mas ainda assim seria massacre, como já vinha sendo. O bom Arsenal caiu no erro de dar campo para o espetacular Barcelona de Iniesta, Xavi e do gênio Messi. Atuou recuado demais ao longo de todo o jogo e não somente quando se viu com um jogador a menos. Em 2010 só a Inter de Mourinho, com o seu perfeito sistema defensivo foi capaz de parar o Barça. Dessa vez Mourinho está no Real Madrid. Lá não existe a mesma perfeição defensiva da Inter da temporada passada. Há a camisa do maior rival do Barça. Talvez a única situação de equilíbrio entre os times . A Inter não tem mais Mourinho e não tem mais a mesma pegada de 2010. Talvez o Manchester United possa fazer frente ao Barça. Mas caso ocorra será na superação. Não há no mundo, hoje, time que faça frente ao Barcelona de Messi.

Adriano, “o Imperador” (não sei de quem) é piada pronta há anos. É um caso típico de jogador que teve seu jogo supervalorizado, mas que correspondeu a expectativa raríssimas vezes. É péssimo exemplo profissional. Rasga contratos com seus clubes como se rasgasse papel higiênico e ainda dá prejuízo financeiro. Só a Roma gastou mais de 10 mil reais para cada minuto em que Adriano esteve em campo (dados de Gian Oddi no Bate-Bola da ESPN de ontem). O centroavante, por sua vez, não marcou um único gol pelo clube. Até demorou, mas a Roma enfim rompeu seu contrato com o piadista. Agora se especula que possa voltar para o Flamengo. A boca pequena diz que Palmeiras e Corinthians correm por fora. Com Liedson o Corinthians não precisa de um centroavante. Sem centroavante, sem gols, sem ofensividade, o Palmeiras clama por um homem gol, não por um problema que custa caro. Adriano não justifica o investimento de 1 real furado há tempos. Tanto Palmeiras quanto Corinthians não precisam de problemas extras.

Voltando ao Carnaval, mas ainda no Corinthians. A piada estava pronta e Jucilei não deixou passar batida. Após a 5ª colocação da Gaviões da Fiel no Carnaval paulistano, o ex volante alvinegro soltou em seu twitter a seguinte mensagem: “”Engraçado? pq a gavioes nao foi campeao do carnaval de sao paulo ? era pra ser né eles quer qui agente ganha tudo muito engraçado” – Traduzindo: “Por que a Gaviões não foi a campeã do Carnaval de São Paulo? Tinha que ser, né? Afinal, eles querem que o time ganhe tudo. Engraçado”. Clara referência ao episódio em que a torcida organizada foi cobrar o time pela eliminação precoce na Libertadores 2011.

A Vai-Vai foi mais uma vez a campeã do Carnaval Paulistano. O enredo fez justa homenagem ao maestro e pianista João Carlos Martins. Considerado um dos mais sensacionais intérpretes e especialistas da obra de Johann Sebastian Bach, João é também um torcedor fanático da Portuguesa de Desportos. A piada pronta está aí. Quem disse que a Lusa nunca ganha nada?

João Carlos Martins no desfile da Vai-Vai. É a Lusa indo para as cabeças.

Futebol, samba, carnaval. Essas instituições misturam-se demais no Brasil, sobretudo nessa época do ano. Em São Paulo a maior das rivalidades dos campos agora e também travada no sambódromo. Mancha Verde e Gaviões da Fiel protagonizam essa rivalidade no samba. Em 2011, o duelo paralelo entre as escolas foi vencido pela Mancha, 4ª colocada, contra a 5ª posição da Gaviões. Segundo Vitor Campos (@mundoporco), membro da Mancha e meu único camarada que também é carnavalesco, desde a estréia da Mancha no grupo de acesso no ano de 2005, a Gaviões só ficou a frente em 2009. O que dá aí um placar de 6X1 até o momento. Em 2012 (já é ano que vem) ambas ganham a companhia da Dragões da Real, escola de samba de uma das torcidas do São Paulo FC. O trio de ferro paulistano estará também representado no sambódromo.

Piada pronta aqui? Eu comentando sobre carnaval. Manjo tanto quanto o Jucilei é poeta no twitter.

Como quase nada ou nada sei sobre carnaval, despeço-me da ferocidade com o novo petardo do Radiohead, banda de cabeceira desse pobre escriba. No clipe de “Lotus Flower”, Thom Yorke faz uma dancinha que poderia ser facilmente reproduzida no carnaval brazuca.

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Cheers,

POST IT – ADRIANO NO CORINTHIANS?

Ronaldo Nazário, o “Fenômeno”, disse que Adriano, o “Imperador”, é sem dúvidas o seu sucessor ideal no Corinthians.

Sucessor? Nazário não disse que irá empurrar sua carreira por mais uma temporada?

Seja para sucessor ou companheiro de ataque, fato é que Ronaldo já iniciou junto ao Corinthians o lobby pela contratação do ex-atacante de Inter de Milão, São Paulo, Flamengo e atual Roma – onde vem sendo pouco aproveitado.

Sem debruçar por qualquer que seja o aspecto dessa possível contratação corintiana para o ano de seu 101º aniversário, levantei em minha página na rede de relacionamentos “Facebook” algumas opiniões de amigos alvinegros (ou não) acerca da possibilidade. Como título de curiosidade segue a interação entre eu e meus camaradas:

João Paulo Tozo Ronaldo disse que o Adriano é o seu sucessor natural no Corinthians. O que acham disso os nobres camaradas alvinegros?

Marcio Costa Custodio acho bom! o corinthians eh a cara dele! acho q ele pode aumentar de rendimento no corinthians. fora a campanha de marketing, podemos gerar muito $$$ em cima dele. e ele tem ainda 28 anos. pode jogar mais uns tres anos no coringao.

João Paulo Tozo o que é ter “a cara do corinthians”?os problemas recentes dele e a falta de futebol, não interferem em todo esse cenário maravilhoso desenhado?

Marcio Costa Custodio ter raça… calor da torcida… ser o xodó da fiel… acho q ele pode melhorar tanto psicologicamente quanto fisicamente no corinthians… ele ja deu exemplos antes de “redencao”…

João Paulo Tozo
deu? no flamengo? por 6 meses apenas? vale? garra, calor de torcida, xodó. são caracteristicas de quase todas as grandes massas, não é privilégio de uma delas. e o adriano não tem esse perfil.a análise sobre ele é técnica. como ele não vem …sendo utilizado na roma. essa análise acaba não tendo sustentação. é apostar em um nome que já foi forte no mundo da bola. uma aposta, apenas.

Marcio Costa Custodio vale sim! eh uma aposta sim, como qualquer outra contratacao! sou a favor dessa aposta! tem que correr riscos!! se ele ganhar um titulo de expressao ao corinthians, ja vale!

Karen Bachega Neste momento não acho interessante a contratação dele, sem falar no quanto ele é displicente

Tiago Pimentel adriano, quando no auge, foi um dos melhores centroavantes brucutus (no bom sentido) q eu já vi jogar. mas na atual conjuntura, deixa para lá

Márcio Maganha sucessor no papel de come e dorme? Acho ótimo.

Silvio Luiz Stanzani já sabe né. vai ter sacanagem.

João Paulo Tozo neste caso a análise a se fazer é se o risco vale o altissimo valor empregado.mas bacana. em principio achei que os corintianos fossem ser contra.

Karen Bachega eu sou contra, na atual fase

E você corintiano amigo, já tem uma opinião formada a respeito?

Chazinho de Coca – Confusões de Adriano podem transformar convicções de Dunga em nota de 3 reais.

O Flamengo admitiu o que todo mundo já sabia – Adriano tem problemas com o álcool.

Quando se contrata Adriano, contrata-se todo um “kit”, que nada mais são dos que as suas exigidas regalias, passadas de mão em sua cabeça, além claro, dos altos valores empregados em sua contratação e vencimentos mensais.

Em troca espera-se nada além do que gols. Adriano precisa ser a diferença. E ele foi em 2009. Sem o Imperador o Flamengo dificilmente teria sido campeão brasileiro.

Assim sendo, os problemas extra campo do jogador ficaram em 2º plano.

Mas e se ele deixa de resolver? Pior. E se ele deixa de jogar?

Daí qualquer fagulha vira incêndio. Só que nesse caso não foi só uma fagulha, mas uma tocha jogada num palheiro. A briga do Imperador com sua namorada/noiva/ex/sei lá o que e que causou um quebra-quebra, inclusive de carros dele e de outros jogadores do Flamengo e sua posterior “afogada de mágoas” no álcool, resultou na ausência do jogador não apenas em partida válida pelo “empolgante” Cariocão, como será desfalque em partida importantíssima pela Libertadores.

Segundo informações do jornal Lance, Adriano já faltou em 50% dos treinos desde seu retorno a Gávea.

Opa, então o custo benefício parece não estar sendo válido. Afinal, Adriano não é o Ronaldo, que mesmo sem jogar absolutamente nada pelo Corinthians em 2010, ainda gera receitas valiosíssimas ao clube de Parque São Jorge.

Só que nesse rolo todo, um personagem alheio ao Flamengo passa a ser o foco dos holofotes – O técnico da seleção da CBF, Dunga.

Dunga vende para o mundo que a sua seleção é a união de pessoas compromissadas, de jogadores que não se entregam aos encantos da noite. Usa esse artifício para justificar a não convocação do brasileiro que apresenta hoje o melhor futebol dentre todos os “selecionáveis” – Ronaldinho Gaucho.

Assim como o utiliza para dar luz as suas escolhas de gosto duvidoso – Felipe Melo, Julio Batista, Elano e afins.

Se Ronaldinho é baladeiro, Adriano deve ser o host oficial do circuito do funk carioca e do churrasquinho na laje.

Nada contra. Adoro churrasco, na laje ou não. Detesto funk carioca, mas aí é questão de gosto pessoal.

Só que o Dunga vai ter que decidir se continua convocando o Adriano e não o Gaucho ou mesmo os dois, e por fim demonstrar para todos nós, seus corneteiros de plantão, que suas convicções são mais falsas do que nota de 3 reais.

Ou então ele pode agir de acordo com o que prega e não levar nenhum dos dois. Ou até mesmo, cortar Adriano e levar Ronaldinho, usando como justificativa a análise técnica. Que é o que realmente importa.

Uma coisa é certa. A situação Dunguistica é facilmente resumida com a palavra: “TENSO”

Chazinho de Coca – Adriano e V.Love – as Joanas da casa do Pet.

No último domingo nós tivemos o privilégio de acompanhar a um enorme Fla-Flu, com direito a 8 gols e a uma virada sensacional do Flamengo. Dificilmente este deixará de ser o jogo do ano, e nós ainda estamos em fevereiro.

Ao final da partida veio a tona o disparate causado pelo craque Petkovic, que não aceitou ser substituído, depois brigou com Marcos Braz e abandonou o estádio antes mesmo do final da partida.

Pet errou feio, primeiro por não ser solidário ao grupo num momento em que o time ainda perdia para o rival histórico. Segundo que ele não respeitou a hierarquia. E em terceiro porque ele colocou o clube em vias de receber punição, pois poderia ele Pet ser escalado para o exame antidoping, ao qual ele não poderia participar pois já havia abandonado o estádio.

Errou Pet? Errou e feio. Marcos Braz agiu bem ao buscar puni-lo? Agiu. No papel de torcedor, ele deve idolatria Pet. No papel de dirigente, não. Quem deve algo a quem aí é o jogador ao dirigente. Marcos Braz não quis abrir precedente para uma possível instauração de “Mãe Joanice” no clube. Depois Patrícia Amorim colocou panos quentes e, para o bem do clube, principalmente do clube – por questões técnicas e principalmente financeiras – Pet foi reintegrado ao elenco e tudo segue em “paz” no reino do campeão brasileiro. Mas será que segue mesmo?

A boca pequena diz que a bronca de Pet é, na verdade, relacionada aos desfrutes concedidos a Adriano e, oras bolas, a Vagner Love – somente aos dois.

Ontem Marcos Braz veio a público e, na maior das caras lavadas, assumiu que ambos possuem mesmo mordomias, chamadas por Braz de “tratamento especial”.

Pergunto ao intrépido feroz que lê essa patacoada. O que Adriano e, principalmente Vagner Love, representam para o Flamengo em comparação a Petkovic?

“Ahhh, o Adriano foi formado no clube”.

Certo, no caso de Adriano, com muito esforço e boa vontade, pode se achar “válidas” as mordomias. Mas e Love?

“Mimimi…o Love sempre disse ser flamenguista desde criancinha”

Mas já beijou o escudo do Palmeiras e nunca teve uma virgula de sua carreira dedicada ao Mengão. Fora que tecnicamente não faz por merecer tratamento especial faz tempo.

E Pet? É exagero colocá-lo como um dos maiores ídolos da história, ou pelo menos da história moderna, do clube?

Sua história junto ao rubro-negro guarda as de Adriano e Love no bolso, sem esforços.

“Então o certo é dar privilégios a ele também”

O certo é cada jogador receber aquilo que lhe é justo e a partir daí, junto de todo o grupo, cumprir as obrigações que todo trabalhador precisa cumprir. Churrasquinho na laje não esta entre elas.

Mas se é para ser a casa da mãe Joana, que então a Dona Joana seja aquela que verdadeiramente sempre se dedicou a casa, sempre empenhou-se a ela, que já é a dona do pedaço há muito mais tempo.

No papel de Joana, Pet está há anos luz a frente de Adriano. De Love então…

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E para alegrar mais uma manhã caótica na megalópole, despeço-me da rica (em saúde, em alegria e paciência) ferocidade que nos acompanha com o agradável clássico do Bolshoi – Sunday Morning

Cheers,

Adriano


Abri minha caixa de e-mails na segunda-feira e um dos meus confrades na empreitada de FFC já tinha mandado um e-mail: e ai, Gus, ce escreve sobre a estréia do Adriano no Flamengo?

Sinceramente, não tenho a mínima vontade de escrever uma linha sobre tal “evento”. Nada contra o “Imperador” em si. Para quem tinha Obina, Jesus e Sheik como opções de ataque a chegada de Adriano é cercada de expectativa. É uma limitação desse escriba: o clima de “revista Caras” que tomou a imprensa esportiva me empolga menos que um jogo de baseball. Adriano virou “ídolo” do Flamengo em retrospecto – saiu da Gávea sem exatamente ter dito ao que veio e tornou-se celebridade, dentre outras coisas, exibindo seu futebol em campos estrangeiros.

Como já virou moda, voltou para o Brasil declarando seu amor ao rubro-negro, assinou um contrato, disse estar feliz e vamos que vamos.

Enfim, criar esse hype em torno de personalidades hoje é parte do marketing em qual o futebol chafurda e, sinceramente, é a parte do esporte que menos me interessa escrever. Então por hora vai um “boa sorte Adriano!” Se, ao final do campeonato, sua contratação tiver valido toda festa, prometo um texto mais animado!