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LADEIRA À BAIXO

No perde e ganha do BR-12, Portuguesa sofre duas derrotas consecutivas e se complica na tabela. O revés da vez foi diante do Sport-PE, na Ilha do Retiro. Os comandados de Geninho não aguentaram a pressão do Leão e foram derrotados pelo placar de 2 a 1. Moisés, destaque da equipe neste início de campeonato, marcou o único gol dos visitantes. Um golaço, diga-se de passagem!

Com mais um resultado negativo, a Lusa caiu três posições e agora ocupa o perigoso 15°lugar, com 8 pontos conquistados.

Com o fim das copas, o Brasileirão voltará aos jogos de meio de semana. Sendo assim, a Portuguesa encara o difícil Cruzeiro, quarta, no Canindé, às 19h30. Se perder, provavelmente acordará quinta-feira na zona de rebaixamento.

Analisando friamente a partida, ficou claro que será difícil conquistar pontos fora de casa neste “imprevisível Brasileirão”. As velhas e corriqueiras deficiências (técnicas e táticas) continuam prejudicando nossa Lusa, que carece ainda de um bom centroavante e um armador de qualidade. Baseando-se em números, nos últimos cinco jogos, a Portuguesa finalizou 83 vezes! Sim, 83. Porém, obteve um aproveitamento pífio, com apenas 3 gols marcados. Está claro que a equipe produz, mas falta, em alguns casos, o último passe, àquele com qualidade, com precisão, e, quase sempre, uma finalização perfeita.
O time é arrumado, mas limitadíssimo. Quem joga com o pensamento de não cair, sempre cai.

UNS CHEGAM, OUTROS ESTÃO “QUASE” DE SAÍDA…

Héverton e Ferdinando, dois velhos conhecidos do torcedor lusitano, estão de volta ao Canindé. Ambos estavam no futebol coreano e chegam à Lusa para encorpar o elenco na disputa do campeonato brasileiro.

Ferdinando atuou em alguns jogos da campanha vitoriosa da Série-B, ano passado. Héverton saiu como grande promessa, passou por vários clubes e não vingou em nenhum. Volta com a chance de ser o cérebro pensante da equipe de Geninho.

Enquanto uns chegam, outros estão “quase saindo”. Como no caso de Guilherme, velho “affair” do Corinthians, porém desejado por vários clubes do País. O diretor do Timão, Roberto de Andrade, garantiu que sua intenção é voltar a negociar com o atleta, que demonstra desejo de deixar o clube e atuar pelo time alvinegro. Eita novela, hein?

HORA DA FIEL

O timão tem uma seqüência de sete jogos para poder se consagrar o Campeão Brasileiro de 2011 e conta com o apoio de seu Fiel torcedor para conquistar os resultados positivos. A equipe conquistou um belo resultado diante do Internacional RS diante das circunstâncias da partida. A equipe não se apresentou tão bem como nas últimas rodadas e ainda teve o lateral Alessandro expulso após uma entrada desnecessária em Kleber no campo de ataque corintiano.

A equipe saiu atrás do marcador no 2º tempo com gol de cabeça de Nei e foi assim até o final da partida, quando Alex sofre falta na intermediária e D’Alessandro foi expulso com o segundo cartão amarelo. Alex que havia sofrido a falta, cobra com maestria no canto inferior esquerdo de Muriel e empata o jogo.

A equipe de Parque São Jorge só enfrentará equipes que brigam para não cair para a Segundona e nem por isso a vida será fácil. Muito pelo contrário, a maior parte dos pontos conquistados pela equipe corintiana foi através dos adversários diretos na briga pelo título e derrapou em alguns confrontos com equipes que estão na parte de baixo da tabela.

Os próximos adversários do Corinthians são: Avaí (Casa), América MG (Fora), Atlético PR (Casa), Ceará (Fora), Atlético MG (Casa), Figueirense (Fora) e Palmeiras (Casa).

Já o seu adversário direto pelo título, atual líder Vasco da Gama tem confrontos relativamente mais difíceis: São Paulo (Casa), Santos (Fora), Botafogo (Casa), Palmeiras (Fora), Avaí (Casa), Fluminense (Fora) e Flamengo (Casa).

Botafogo, Fluminense, Flamengo, Internacional e São Paulo correm por fora da briga pelo título, já que perderam a oportunidade de encostar nos líderes no final de semana.

Um dos grandes responsáveis pela grande campanha do Alvinegro Paulista é o Goleiro Julio César, que tem se mostrado frio e calculista nas últimas partidas com defesas importantes e atuações marcantes. As vezes criticado por algumas falhas, Julio Cesar não se abala e vai fazendo a diferença na reta final do BR11.

 

 

A parede alvinegra (Foto: Foto: Wagner Eufrosino - globoesporte.com)

 

A novidade desta segunda-feira foi a folga dada a Adriano. O imperador que treinaria em um único período neste primeiro dia da semana recebeu folga e descansou o resto da tarde. O Imperador pode ser peça fundamental neste final de campeonato, já que Sheik continua se recuperando de lesão.

 

 

Adriano foi liberado do treino de hoje (Foto: Miguel Schincariol - Portal Lancenet)

 

 

Agora o Timão deve mostrar a força da fiel nestes últimos sete jogos para levantar o caneco e ser campeão do BR11.

 

Finalizamos esta matéria com a música do Dream Theater:

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=oasnbzEMV08[/youtube]

Filósofo, doutor, craque, brasileiro

Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Alguns o chamam de Magrão. Outros o chamam de Doutor. Jogador raro. Formado em Medicina. Culto, fazendo jus ao nome. Nos anos em que defendeu o Corinthians, foi um dos líderes da Democracia Corintiana, movimento que fez história por exigir maior participação dos jogadores nas decisões administrativas do clube. Bem diferente da relação “paga que eu jogo” (ou “finge que paga que eu finjo que jogo”) dos tempos atuais. Teve papel importante na campanha das Diretas já. Como se não bastasse tudo isso, o Doutor foi craque. Quem vai se esquecer dos toques de calcanhar, característica marcante em seu estilo?
Os belos gols do Magrão contra a União Soviética não foram suficientes para que a Seleção Brasileira comandada por Telê Santana fosse campeã em 1982, mas certamente ajudaram a formar a opinião de muitos que julgam esta como uma das maiores seleções de todos os tempos. Infelizmente, o destino fez com que Paolo Rossi impedisse a sagração do belo futebol daquela Copa do Mundo. Aliás, foi a primeira Copa que eu assisti
Há os torcedores são-paulinos que chamam Sócrates de “o irmão do Raí”, apontando inclusive o irmão mais novo como mais talentoso. Pode ser, amigos, pode ser. Mas não haveria Raí se não tivesse havido Sócrates, convenhamos.
Pois bem: quis também o destino que o mestre, autor da frase “eu fumo, eu bebo e eu penso”, fosse acometido de uma cirrose, que o colocou internado em estado grave. Uma vez recuperado, retornou agora, e respira por aparelhos. Um transplante de fígado não está descartado.
Todo nosso pensamento positivo para o ídolo. Doutor Sócrates tem que sair dessa. Afinal, numa época em que há dúvida sobre TODO o investimento que se faz no que diz respeito à Copa de 2014, precisamos do contestador, sensato e certeiro colunista da Carta Capital e comentarista do Cartão Verde. De todos os adjetivos que o próprio Sócrates atribuiu a si, é justamente o “eu penso” o que é indispensável para nós. Força, Magrão!
Contra o Flamengo, parece que o time do Corinthians entrará com uma homenagem ao Doutor na camisa. Isso não significa que as coisas andam bem entre Sócrates e o presidente Andres Sanchez, desafetos de longa data. Isso não nos surpreende, mas que bom que há o reconhecimento a um ídolo.

E finalmente Tite percebeu que Alex vive uma melhor fase do que Danilo. Vejamos no que vai dar.

Hoje quebro o protocolo e não indico música. Abraços.

De tradições e glórias mil!

101 anos.

 Hoje é dia de comemorar mais um bom resultado no Campeonato Brasileiro e… ah, pensando bem, dane-se o resultado!

 

Doutor Sócrates sempre representou a raça corintiana

Hoje é dia mesmo de me lembrar do barraquinho que tinha no fundo do quintal da casa dos meus pais, onde em meio a pôsteres de Rolling Stones, Led Zeppelin e outros, figuravam também imagens do Doutor Sócrates e de Casagrande. O ano era 1984, eu tinha oito anos e vi meu irmão de quatorze fundar o nobre “Corinthinhans” (hahaha), ou seja, um Corinthians mirim. O time chegou a ter a equipe “principal”, com garotos na faixa dos 13 a 15 anos e a “dente-de-leite”, na qual jogavam os meninos da minha idade. Cheguei a entrar no campo de terra, e me lembro de ter ficado uns 5 minutos em campo, até pedir pra sair, hahaha! Sempre fui mais espectador do que jogador. O mundo não foi capaz de entender meu estilo “meia-direita com dois pés esquerdos”. Uma pena. Das reuniões do time, me lembro de muito pouco, só lembro que eram muito divertidas. Camisetas baratas foram compradas, tingidas e nelas foi colocado o símbolo do time, que pouco lembrava o escudo do Timão, mas tava valendo.

Dessa época, e de um pouco antes, lembro-me dos movimentos da Democracia Corintiana, mas estaria mentindo se dissesse que me lembro nitidamente das atuações do Dr. Sócrates. Ainda assim, essa época foi determinante para consolidar minha paixão pelo Timão.

Aí chegou a década de 90. Neto, Ronaldo, Tupãzinho, Ezequiel, Viola, Marcelinho, Gamarra, Edilson, Ricardinho (apesar dos pesares), Vampeta, Luizão, Dida. Alguns craques, alguns sem muita técnica, todos com muita raça. Algumas conquistas, outras derrotas.  Alguns “acidentes de percurso”, como a permissão a Paulo Nunes de vestir nosso manto. Errar é humano, ao menos sua passagem foi rápida. Edmundo também foi um estranho no ninho, mas não dá pra dizer que sua passagem foi ridícula. Não era um bom momento para ele, mas foi ok.  Atravessamos para os anos 2000. O Mundial de Clubes da Fifa, eternamente contestado pelos rivais, Copa do Brasil, Brasileirão e Paulistão. Foi um bom retrospecto de lá para cá.

E claro, não posso deixar de mencionar o Fenômeno, que embora tenha prolongado sua carreira mais do que deveria, fez parte da história do Timão, coroando sua passagem com os títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista.  Junto com ele, bons jogadores como Chicão, Cristian, Elias, Jorge Henrique, Dentinho, Ralf. Alguns dignos de lembrança, outros nem tanto. Mas quase todos cientes do que significa vestir esta camisa.

E a torcida grita, incentiva e comemora!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ZbBrZLBY5tI[/youtube]

E nesse dia do Corinthians, nada poderia ser mais sincronizado: acabo de ser avisado que chegou ao meu apartamento uma encomenda. Ei-la: 

Vou usar esta camisa para ir a um concerto. =)

Raça, Timão!

Saudações alvinegras.

 

Em meio a discussões a respeito de estádio, influência ou não do governo e da CBF, dinheiro daqui e de acolá, Itaquera ou Higienópolis, ou até mesmo discussões acerca de contratações, Tevez ou não Tevez no Corinthians, de onde vem a grana, a Globo banca? Não vem por quê? Enfim, o Corinthians vem sendo o principal assunto das últimas semanas e eu pensei muito em escrever a respeito de algum desses temas, mas depois do jogo contra o Botafogo, sinto a necessidade de ressaltar algo que há muito tempo não via no todo-poderoso: raça!

Foi isso o que eu pedi ano passado depois da derrota (2×1 pra nós) para o Flamengo no Pacaembu. Enquanto metade da torcida apoiava aquele time apático, eu só gritava “Raça, Timão, você é tradição!”. Foi raça o que eu pedi ao time durante todo o brasileiro. Sentia falta da raça de Cristian e, por que não?, do próprio Carlitos.

Cristian em disputa de bola com Arouca.

 

Esse time de hoje já mostrava raça individualmente em alguns momentos, com Jorge Henrique, Ralf, Chicão… Mas o coletivo ainda não havia me convencido de que era algo além de um time mediano em boa fase.  Talvez não tenhamos os melhores jogadores, astros da seleção da CBF (vergonhosa), mas temos um time que está brigando a cada jogo, a cada lance. Nossa invencibilidade reflete o momento do time, que consegue vencer jogando bem e consegue se virar jogando mal. Não estou escrevendo nada baseado em resultados (por favor, entendam), mas os resultados são um prêmio aos esforços do time.

Quando vi o dedo do Julio Cesar completamente torto, já comecei a imaginar qual jogador da linha iria cobrir a nossa meta nos últimos instantes do jogo. A lesão era óbvia. Mas, ao ver nosso guarda-redes vestir sua luva e permanecer em campo, o time se inflamou, nossa torcida se inflamou, e o resultado apareceu.

Julio Cesar ao ver a lesão em seu dedo.

Sinto-me na obrigação de parabenizar o time por sua atitude em campo, personalizada na dor e no sacrifício de Julio Cesar e espero que eles realmente entendam que é isso o que a gente espera de cada atleta que veste o manto sagrado.

Para finalizar, uso as palavras do nosso arqueiro ao ser indagado sobre o porquê de permanecer em campo após a contusão: “Aqui é Corinthians!”

Escrevendo este texto fiquei com muita vontade de ouvir Pennywise. Fica Bro Hymn pra vocês.

Vai, Corinthians!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=sjHYAVeFwGw[/youtube]