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De tradições e glórias mil!

101 anos.

 Hoje é dia de comemorar mais um bom resultado no Campeonato Brasileiro e… ah, pensando bem, dane-se o resultado!

 

Doutor Sócrates sempre representou a raça corintiana

Hoje é dia mesmo de me lembrar do barraquinho que tinha no fundo do quintal da casa dos meus pais, onde em meio a pôsteres de Rolling Stones, Led Zeppelin e outros, figuravam também imagens do Doutor Sócrates e de Casagrande. O ano era 1984, eu tinha oito anos e vi meu irmão de quatorze fundar o nobre “Corinthinhans” (hahaha), ou seja, um Corinthians mirim. O time chegou a ter a equipe “principal”, com garotos na faixa dos 13 a 15 anos e a “dente-de-leite”, na qual jogavam os meninos da minha idade. Cheguei a entrar no campo de terra, e me lembro de ter ficado uns 5 minutos em campo, até pedir pra sair, hahaha! Sempre fui mais espectador do que jogador. O mundo não foi capaz de entender meu estilo “meia-direita com dois pés esquerdos”. Uma pena. Das reuniões do time, me lembro de muito pouco, só lembro que eram muito divertidas. Camisetas baratas foram compradas, tingidas e nelas foi colocado o símbolo do time, que pouco lembrava o escudo do Timão, mas tava valendo.

Dessa época, e de um pouco antes, lembro-me dos movimentos da Democracia Corintiana, mas estaria mentindo se dissesse que me lembro nitidamente das atuações do Dr. Sócrates. Ainda assim, essa época foi determinante para consolidar minha paixão pelo Timão.

Aí chegou a década de 90. Neto, Ronaldo, Tupãzinho, Ezequiel, Viola, Marcelinho, Gamarra, Edilson, Ricardinho (apesar dos pesares), Vampeta, Luizão, Dida. Alguns craques, alguns sem muita técnica, todos com muita raça. Algumas conquistas, outras derrotas.  Alguns “acidentes de percurso”, como a permissão a Paulo Nunes de vestir nosso manto. Errar é humano, ao menos sua passagem foi rápida. Edmundo também foi um estranho no ninho, mas não dá pra dizer que sua passagem foi ridícula. Não era um bom momento para ele, mas foi ok.  Atravessamos para os anos 2000. O Mundial de Clubes da Fifa, eternamente contestado pelos rivais, Copa do Brasil, Brasileirão e Paulistão. Foi um bom retrospecto de lá para cá.

E claro, não posso deixar de mencionar o Fenômeno, que embora tenha prolongado sua carreira mais do que deveria, fez parte da história do Timão, coroando sua passagem com os títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista.  Junto com ele, bons jogadores como Chicão, Cristian, Elias, Jorge Henrique, Dentinho, Ralf. Alguns dignos de lembrança, outros nem tanto. Mas quase todos cientes do que significa vestir esta camisa.

E a torcida grita, incentiva e comemora!

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E nesse dia do Corinthians, nada poderia ser mais sincronizado: acabo de ser avisado que chegou ao meu apartamento uma encomenda. Ei-la: 

Vou usar esta camisa para ir a um concerto. =)

Chazinho de Coca – O "Senhor Centenário", o marketing e o futebol.

O Centenário do Corinthians começou com vitória – 3X0 no Huracan da Argentina, em amistoso realizado no Pacaembu – até o Souza fez gol, Aleluia Motherfuckers!

Mais do que o início vitorioso na temporada mais aguardada pela coletividade alvinegra, a partida marcou, de forma oficial, o fim da carreira do, apontado por muitos, maior ídolo corintiano de todos os tempos – Marcelinho Carioca.

Em suas passagens pelo clube, Marcelinho contabilizou algo em torno de 10 títulos. Nenhum outro conseguiu se aproximar disso no Timão.

Mas a história de Marcelinho com o Corinthians continuará sendo escrita ao longo do ano.

Marcelinho Carioca é o “Senhor Centenário”. Uma espécie de embaixador das ações promocionais do clube no que diz respeito a data. Ele estará presente em lançamentos das lojas do clube, terá uma camisa comemorativa com seu nome lançado, dentre outras inúmeras ações.

Só não entendi porque o “Senhor Centenário” não esteve presente na apresentação de Roberto Carlos e depois na dos outros contratados. Erro estratégico, mas enfim…

Quando se fala em ações promocionais, fala-se em Departamento de Marketing e não de Futebol. O marketing alimenta o clube e o futebol. O futebol é independente de qualquer outro depto.

Nossos grandes clubes demoraram a perceber essa tendência, mas já estão inseridos nessa prática.

Mano Menezes é técnico do time, logo pertence ao depto de futebol. Provavelmente ele nada entende de mkt e nem precisa, já que é ótimo no que faz.

Ao longo dos últimos dias, a imprensa questionou Marcelinho sobre a possibilidade de prolongar sua carreira por mais uma temporada para, quem sabe, fazer parte do elenco de Mano Menezes.

Lembram-se? Marcelinho = MKT / Mano = Futebol

Marcelinho deu a entender que estaria apto a fazer parte do elenco ou que pelo menos aceitaria passar para os jogadores a importância de se jogar no Corinthians, de se usar a “2ª pele”, como ele gosta de dizer.

Como se jogador profissional precisasse de orientação extra para entender o quanto é importante ostentar a camisa que veste. Descabidas as boas intenções “Marcelisticas”.

Mano Menezes, que nada entende de MKT, que nada tem a ver com as ações de MKT e que não tem papas na língua, agradeceu, mas tratou de descartar qualquer possibilidade de aproveitamento do Marcelinho, do MKT, em SEU Depto de Futebol.

A imprensa que tantas vezes e sempre com razão, pegou no pé dos clubes para que houvesse essa visão macro em questões extra campo, quando a encontra, parece não entendê-la ou faz questão de não entendê-la, e com incessantes insinuações, alimentadas pela esperança descabida de Marcelinho, ajudou a instaurar o clima de discórdia entre MKT e Futebol no Timão.

O Marketing do Timão vem fazendo trabalhos invejáveis. O Futebol idem e começou bem o ano. São deptos distintos, mas vivem sob o mesmo teto. Se o teto ruir, cai na cabeça de todo mundo.

Despeço-me da feroz nobreza ao som de Wumpscut – Embryodead.

Cheers,

Chazinho de Coca – Ahhh, esses ídolos.

Marcelinho Carioca é, para muitos, o maior ídolo corintiano de todos os tempos. É o mais vitorioso, sem dúvida alguma.

Ontem o Pé de Anjo defendeu as cores Andreenses contra a sua eterna segunda pele. Quem esperou uma partida morna do ainda craque de 37 anos, teve uma agradável surpresa.

Marcelinho esbanjou classe, categoria, a precisão de sempre nos passes e lançamentos, marcou um golaço em cobrança de falta e só não deu a vitória ao Santo André, por que do outro lado existe um dos atuais ídolos do seu Corinthians – Felipe.

A partida que Felipe fez ontem foi digna de seleção brasileira. Não fosse pela espetacular atuação de seu camisa 1 e o Timão teria levado outra sabugada. Só na 1ª etapa o goleiraço fez pelo menos 4 intervenções cruciais.

Cristian e André Santos fazem mais falta do que se poderia imaginar. O 4-3-3 de Mano Menezes tão aplaudido por todos, ruiu. Não acontece mais os avanços dos alas, principalmente pela esquerda, onde André Santos pintava sempre como um 4º atacante. Para piorar o time está sem Ronaldo e essa ausência evidencia que Dentinho e Jorge Henrique, por mais esforçados que sejam, não conseguem segurar a qualidade ofensiva que o time vinha mostrando até pouco tempo. Soma-se a tudo isso as ausências de Elias (suspenso) e Alessandro (baleado).

Ao menos existe aí a esperança no resgate do futebol do centroavante Souza, que ontem entrou na 2ª etapa quando o Timão já perdia por 1X0 e estava perto de levar o 2º. Souza fez a jogada que originou o pênalti e mostrou que, mesmo não estando em um bom momento, pode incomodar a zaga adversária mais do que um Moradei, por exemplo.
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No time do outro Parque famoso da cidade, o momento é diferente. Dia de estréia do chefe Muricy Ramalho. O ótimo e molhado público foi esperando uma partida mais tranqüila para o anfitrião Palmeiras. Na noite em que Diego Souza jogou com a camisa 100, em comemoração a centésima partida do meia, completada no clássico de domingo, o que se viu foi um Fluminense visivelmente mais acertado em campo e em muitos momentos pressionando os candidatos a líder do campeonato.

Fechadinho e só com Kieza avançado, o tricolor neutralizou Cleiton Xavier e Diego Souza, nitidamente presos pelo gramado encharcado pela chuva que caiu o dia todo. A bola pouco chegou a Obina e o Verdão pouco criou na 1ª etapa

No 2º tempo Muricy mandou Ortigoza no lugar de Souza e o jogo esquentou. Diego Souza começou a encontrar espaços. Tanto que em rápido contra-ataque e numa metida de bola sensacional de Cleiton Xavier, Diego, camisa 100, emendou de bico, na saída de Fernando Henrique. Foi a 20º assistência de Cleiton Xavier na temporada.

Renato Gaúcho mandou Maicon no lugar do volante Fabinho e o atacante começou a fazer uma fumaça na zaga verde. Por outro lado, Diego Souza passou a usar de jogadas de habilidade e com isso criou outras chances para ampliar, mas o resto do time não esteve tão inspirado.

Apesar da visível melhora do Fluminense desde o jogo contra o Cruzeiro, o time segue na zona da lamentação. Já o Palmeiras assumiu a ponta do BR09 e hoje torce para que o Galo Mineiro não vença, o que o deixará como líder isolado da competição.

Veja o que rolou de maroto nas duas partidas:

Santo André 1X1 Corinthians:

Palmeiras 1X0 Flminense:

E me despeço da nobreza ao som de Teenage Fanclub, Sparky´s Dream:

Cheers,