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MEU GRANDE AMIGO

A amizade que começa desde cedo e dura para a vida toda (Foto: Flickr – Fabiana Velôso)

Confesso que após voltar do feriado não senti falta do futebol, meu grande amigo. Me senti mal por isso. Talvez minha viagem tenha sido muito boa, capaz de me desconectar por dias de uma paixão que fez eu escolher uma profissão. Talvez ingressar nessa profissão, de modo tão intenso, por outros meandros, tenha despertado em mim outros horizontes que não tenham conexão direta com a pelota, que anda tão desinteressante por conta dos desinteressados.

Talvez.

Mas bastou chegar quarta-feira para me deslumbrar novamente com o futebol e seus melhores analistas: os torcedores. Afinal, são por eles e para eles que o meu amigo ainda sobrevive àqueles que tentam o tornar chato.

Não vão conseguir.

A vida vai passando e, como um túnel, vai afunilando. A todo instante nossas decisões e funções nesta terra devem estar plenamente definidas em nossas mentes e ações. Vivemos sob a mira do julgamento. Vivemos na busca constante por autoafirmação.

No futebol não é diferente. E ser torcedor, também.

Quem não quer garantir a zoeira do dia seguinte no trabalho, escola ou faculdade? Mas tudo depende do seu amigo, o seu clube, fazer a parte dele. Imagine só como deve estar sendo difícil ser amigo do Vasco. E amigo do Corinthians? O dono da festa? Em contrapartida, há quem diga que amor de amigo é mais forte do que qualquer outro amor.

Sigamos.

Assim como neste esquema de vida maluco, o BR15 prova a cada rodada o quanto queremos logo acabar com ele. Faltam 14 rodadas, porém a cada gol ou mudança na tabela, analisamos como se fosse a última rodada. Ou o fim do mundo. Torcedores se desesperam aos montes com as oscilações, na mesma medida em que outros se empolgam, mesmo que discretamente, com a ascensão de suas cores na classificação.

Parafraseando a vida, que nos prega novas peças todos os dias, muitos clubes pensam em desistir e adotam o discurso de priorizar outra competição, como o mata mata. Algo mais rápido, fácil e rentável a curto prazo.

Como se você fosse um engenheiro que não conseguiu emprego e, por isso, frustrado, sem grana, apertado, decidiu dar um tempo no seu sonho e buscar o mais emergencial, óbvio e arriscado.

Nas vidas em jogo do mercado de trabalho do Brasileirão, Santos e Flamengo bateram a meta do mês e subiram de cargo. Corinthians e Atlético-MG seguem como chefes, observados de perto pelo Grêmio, forte candidato a roubar suas vagas.

São Paulo, Atlético-PR, Palmeiras, Fluminense, Sport e Inter, inscritos no concurso público por uma única vaga no G4, seguem sem estudar direito a matéria e deixam a disputa acirrada pelo tão sonhado emprego de chegar à Libertadores.

Lá embaixo, Goiás, Avaí, Joinville e Vasco continuam sem saber o que fazer de suas duras vidas e, no momento, aceitam qualquer coisa, menos ficar desempregado e desamparado no limbo da Série B.

Ah! Já ia me esquecendo. Não desisti do futebol. Ele ainda é meu grande sonho. Minha grande meta. Meu grande amigo.

Afinal, como dizem: amigo de verdade é aquele que você pode ficar longe por décadas, mas quando se reencontram, parece que nunca estiveram distantes.

Estive longe por 3 dias.

O “MENOS PIOR” DOS PAULISTAS

O futebol paulista sempre tão forte e detentor de grande parte dos títulos nacionais e internacionais dos últimos tempos, hoje, parece enfrentar uma espécie de crise.

Pela primeira vez em 15 anos poderemos não ter um representante do estado na Taça Libertadores da América. Além disso, analisando o atual cenário do Brasileirão, pelo menos 2 clubes paulistas possuem grande chances de cair para a Série B, o que deixaria o certame do ano da Copa com apenas quatro clubes na elite (contando com a subida do Palmeiras).

A instabilidade e má fase dos clubes é tamanha, que o mais bem colocado na competição dentre eles, é justamente de quem menos se esperava nesse Brasileirão.

Com a saída de Neymar e a turbulenta troca de técnicos no início da competição, muitos passaram a apontar o Santos como um candidato ao rebaixamento, o que não era nenhum absurdo até então.

Somado a isso, o fato da equipe ser composta majoritariamente por garotos da base e ainda no início da competição ter sofrido um “baque” tão forte como os “8×0” diante do Barcelona corroboraram essa hipótese.

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Entretanto, mesmo oscilando bons e maus momentos, o Santos tem feito uma campanha de razoável para boa e os “3×0” no clássico, ao menos momentaneamente, recolocaram a equipe na briga pelo G4.

E talvez, mais do que o resultado diante de um rival, a disposição e a postura tática, após a expulsão do volante Alison, foram o que mais chamaram a atenção. De fato, o Santos jogou como nunca havia atuado nesse Brasileirão e mesmo em inferioridade numérica durante 50 minutos, não sofreu nenhum risco e ainda soube como “matar” o jogo no segundo tempo.

Em suma, ainda é cedo para cravar que o Santos está de vez na disputa por uma vaga na Libertadores, até porque o Brasileirão vive nos “pregando peças” e na atual situação da competição, uma vitória pode alterar repentinamente a condição de um clube.

Por fim, O G4 e o Z4 são logo ali e o “menos pior” dos paulistas mostra sua força, para que o “G” que hoje faz parte de sua realidade, não se torne o “Z” de seu rival.

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Voltando à rotina dos textos que discorrem sobre os clássicos do Santos, vamos às notas:

Aranha – Nas poucas ocasiões em que foi exigido respondeu bem. Vive grande fase. — Nota: 7

Cicinho – Talvez a sua melhor atuação com a camisa do Santos. O problema da lateral direita parece finalmente resolvido. — Nota: 8
Edu Dracena – Discreto lá atrás, eficiente lá na frente. Tem sido um dos mais regulares da equipe. — Nota: 7,5
Gustavo Henrique – Grata revelação da base. Tem contrariado a sina do Santos de não revelar bons defensores. — Nota: 7
Mena – Apareceu pouco. — Nota: 5

Alison – Foi expulso por excesso de vontade. Tem um grande futuro se for bem orientado. — Nota: 5
Arouca – Ainda não é o “velho” Arouca de outrora, mas tem evoluído.  — Nota: 5,5
Cícero – Melhor jogador da equipe na temporada. Dono do meio-campo santista. — Nota: 7
Leandrinho –
Correu muito e até se “virou” bem improvisado na armação. — Nota: 6,5
Léo –
Deixou sua marca no clássico, mas já está na hora de parar. — Nota: 6
Renê Jr. –
Pouco tempo em campo. — Sem nota

Willian José – Discreto até demais. Ontem, não comprometeu. — Nota: 5,5
Thiago Ribeiro – O melhor atacante do elenco (disparado) e um dos melhores em campo no clássico. — Nota: 7
Éverton Costa – O centroavante que não faz gols, talvez nem mereça um comentário. — Nota: 5

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL!

O São Paulo venceu o Náutico na noite desta terça-feira e se aproximou do grande objetivo do clube neste Brasileirão, sair da Zona de Rebaixamento e conseguir espantar a crise que ronda o Morumbi. A pior fase que o tricolor passa nos últimos tempos parece estar chegando ao fim. O clube que ficou mais de 12 jogos sem vencer, já está a 5 sem perder e a nuvem preta que estava em cima do Morumbi parece dar uma trégua.

 

O time não jogou uma partida primorosa, mas nessa fase, o que vale mesmo são os 3 pontos. Eles vieram e darão tranquilidade para que a equipe enfrente uma maratona pela frente. Jogará quinta-feira e domingo novamente. Se conquistar os três pontos na quinta o time estará fora do Z4 e acalmará os ânimos da torcida e da diretoria que propaga uma cobrança intensa por resultados.

A torcida está esperançosa e promete mais uma vez comparecer em bom número no Morumbi para apoiar os jogadores na busca de mais uma vitória.

Sair do Z4 será somente um alento já que a campanha pífia demonstra o desentrosamento e toda a mudança política estrutural que deve ser feita no Morumbi. A diretoria que demonstra uma imaturidade e irresponsabilidade enorme, essa semana voltou atrás e readmitiu o ex-diretor Adalberto Baptista, desta vez como Diretor-Secretário Geral.

Em 2014 as eleições estarão em pauta no Morumbi e o que se espera é que mudanças sejam feitas para que o Clube volte a trilhar o caminho dos títulos e de uma gestão exemplar. Enquanto não chega a hora do voto, vamos esperar os capítulos do Brasileirão e torcer para que as vitórias continuem chegando e que o fantasma da Zona do Rebaixamento seja chutado pra longe o mais rápido possível.

 

Uma luz no fim do túnel!
Uma luz no fim do túnel!

POR DIAS MELHORES

O fatídico dia 02 de Agosto, um dos piores dias da história do Santos, escancarou a instabilidade que o clube enfrenta em todos os âmbitos.

O vexame colocou em xeque todo o início de bom trabalho que vinha sendo feito por Claudinei, expôs uma leva de garotos da base e manchou a história de um time, outrora conhecido por grandes feitos no exterior. Mais do que isso, a goleada sofrida foi o estopim para uma série de problemas políticos internos.

Membros do Comite de Gestão foram demitidos e até o impeachment do Presidente foi cogitado, este inclusive, afastado do cargo por um ano, devido aos problemas de saúde que o afligem desde o início de seu mandato.

Diante desse cenário de instabilidade, o time tem acumulado empates, que o deixam muito mais próximo do Z4 do que do G4, tornando o rebaixamento uma realidade.

Contudo, nem só de problemas vive o Santos. Apesar da desconfortável posição na tabela, hoje, o mesmo que há tão pouco tempo levou 8 gols do Barcelona, é a 2° melhor defesa do campeonato. Além disso, Montillo parece enfim ter estreado com a camisa santista. A maior contratação está em seu melhor momento desde que chegou e começa a justificar o investimento feito.

Em momentos como esse, talvez criticar não seja o melhor caminho. É evidente que o Santos possui falhas gravíssimas em seu modelo de gestão, que a diretoria se equivocou em muitas contratações, não repondo à altura a saída de grandes nomes do time. Por outro lado, vemos uma “molecada” promissora com sede de bola e que pode render frutos futuramente.

Somado a isso, um Brasileirão nivelado por baixo e extremamente equilibrado, que permiti mudanças mais dinâmicas na tabela de classificação, podem fazer o santista espantar um pouco esse fantasma de rebaixamento que começa a assustar.

Em suma, é hora de colocar os pés no chão, trabalhar muito e correr atrás do prejuízo. Quarta-feira já tem Copa do Brasil e uma possível volta à Libertadores pode ser o grande motivador que falta a esse time.

E de fato, motivação deve ser a palavra de ordem na busca do Santos por dias melhores em 2013.

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DE OLHO EM 2013

O embate entre o alvinegro paulista e o alvinegro praiano tinha todos os ingredientes para ser sem graça. Duas equipes sem maiores pretensões no certame, uma de olho no Mundial e a outra em 2013. De fato, as expectativas se confirmaram e o empate por 1×1 coroa mais um dos melancólicos jogos finais do ”chato” campeonato de pontos corridos.

Com a recente demissão do técnico Mano Menezes do escrete canarinho as maiores atenções da partida ficaram concentradas justamente no banco de reservas. Tite e Muricy, candidatos fortes ao posto de técnico da seleção mais gloriosa do planeta bola quebravam a cabeça para armar suas equipes com tantos desfalques, seja por lesões, suspensões ou até mesmo o simples ato de ”poupar” jogadores.

No mais, apesar da partida não possuir valor algum para o prosseguimento do Brasileirão, do lado do Santos muitos jogadores queriam mostrar serviço para permanecer no elenco em 2013, já os do Corinthians estavam loucos para cavar a sua vaguinha nos 23 que vão ao Japão e por esses e outros motivos o jogo ainda teve os seus bons momentos, mas bem poucos.

Deixando o clássico um pouco de lado, o Santos viveu uma semana de especulações, alguns nomes pintaram como possíveis reforços e como já é de praxe nessa época do ano foram todos apenas ilusões para o torcedor. Falaram em Diego Souza, que já foi pro Cruzeiro, falam de Montillo, Robinho, Diego e até o pirata Barcos, porém todos financeiramente inviáveis, ao que parece, para os cofres santistas. Confirmado mesmo até agora só zagueiro Neto, ex-Guarani e pelo andar da carruagem para as saídas de Ganso, Borges e Elano o torcedor santista terá que se contentar com Gerson´s Magrão, Bill´s e alguns Patitos.

Sem contratações impactantes o campeonato segue e a derradeira apresentação do ano será diante do já rebaixado Palmeiras, última oportunidade para garantir o lugar no time alvinegro versão 2013.