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JUPP HEYNCKES SE RETIRA DO FUTEBOL

Aos 68 anos, o técnico megacampeão da temporada europeia que se encerra, Jupp Heynckes, vem a público para enterrar todos os rumores a respeito de seu futuro e anuncia aposentadoria, ao menos por ora, e frustra os planos do Real Madrid de tê-lo na direção técnica merengue.

Jupp Heynckes
Jupp Heynckes

Heynckes deixou claro que a decisão já havia sido tomada há algum tempo ao lado de sua esposa.

Assim, Josep Heynckes, alemão de Mönchengladbach, deixa o Bayern e a carreira do modo mais louvável que qualquer profissional pode desejar, no topo, logo após ter vencido tudo que estava ao alcance. Parar por cima ao melhor estilo Rei Pelé.

Agradecimentos de um lado, frustração de outro, já que Heynckes havia se tornado o preferido da torcida madridista para substituir José Mourinho no comando técnico da equipe de Madri. O adeus do alemão recolocou Florentino Pérez na trilha em busca de Carlo Ancelotti, técnico do Paris Saint Germain.

A vinda de Ancelotti era dada como certa no Real Madrid. Continua bastante possível. O problema está na determinação de Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG em manter o italiano em Paris. Para isso, Al-Khelaifi conta com o apoio de importantes membros do elenco parisiense como o brasileiro Thiago Silva. Situação incerta para Florentino Perez.

Já no Milan, Silvio Berlusconi ouviu os argumentos de Adriano Galliani e bateu o martelo a favor da manutenção de Massimiliano Allegri no clube rubro-negro de Milão. Berlusconi queria a demissão de Allegri, Galliani não e convenceu o chefe a esquecer a ideia de trazer Clarence Seedorf para o comando da equipe. Justiça seja feita a Allegri que pegou equipe em frangalhos após a partida dos maiores astros do time no início da temporada e teve que começar novo trabalho do zero.

Não foi a decisão ideal para Silvio Berlusconi. Pior ainda ficou para a Roma que tinha Massimiliano Allegri como sonho de consumo e ficou a ver navios. Agora, surge o nome de Laurent Blanc pelos lados de Roma. Resta saber se o ex-selecionador francês aceitará a proposta gialorossa.

E, finalmente, na dança dos técnicos, Mano Menezes pode assumir o comando do Porto. Pelo menos, é o favorito a assumir o cargo. Se o Santos desejar seus serviços, terá que correr.

TRÍPLICE COROA SUPREMA

O esperado se concretiza no Estádio Olímpico de Berlim e o FC Bayern conquista o título da DFB-Pokal, a Copa da Alemanha, ao derrotar o VfB Stuttgart por 3×2 e completar a trinca de conquistas na temporada 2012-2013.

O Bayern exibe suas três taças em Munique
O Bayern exibe suas três taças em Munique

Após os triunfos na Bundesliga e na UEFA Champions League restava aos bávaros a copa nacional. Se é o título de menor importância entre os três, a possibilidade de fechar o ano com chave de ouro tornou-se fator preponderante para Jupp Heynckes e seus comandados no último sábado na capital alemã.

Cansados pela temporada intensa, além de desfalcados, ainda assim os campeões europeus trataram de buscar a definição imediata da disputa contra o Stuttgart do treinador Bruno Labbadia.

Mas, a motivação do Stuttgart era absoluta e o Bayern somente obteve seu gol inaugural aos 37 minutos com Thomas Muller de pênalti.

No início da 2ª etapa, Mario Gomez marcou duas vezes, praticamente definindo a disputa, embora o Stuttgart tenha ganhado motivação extra com dois gols tardios do austríaco Martin Harnik.

Despedida de gala de Jupp Heynckes em temporada de ouro do Bayern.

Mario Gomez marca duas vezes
Mario Gomez marca duas vezes

Agora a expectativa fica por conta do futuro do treinador alemão. A informação inicial dava conta de aposentadoria vindoura, contudo crescem os rumores pelos lados espanhóis a respeito da possível contratação de Heynckes pelo Real Madrid, apesar do favoritismo de Carlo Ancelotti para assumir o cargo em vacância desde já com o fim da temporada espanhola e a despedida de José Mourinho do clube merengue.

Os boatos dão conta que terça-feira será o dia D para a definição de Heynckes. Tudo isso com clamor dos fãs madridistas pelo retorno do alemão ao banco do clube.

O histórico ajuda, já que Heynckes sagrou-se campeão da UEFA Champions League da temporada 1997-1998 ao bater a Juventus italiana por 1×0 em Amsterdã. A propósito, relembre a final daquele ano quando o montenegrino Pedrag Mijatovic marcou o gol do título para o Madrid.

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OFICIALMENTE DE SAÍDA

O que já era largamente comentado foi concretizado nesta segunda-feira: José Mourinho está para deixar o comando técnico do Real Madrid, afirmou o Presidente do clube, Florentino Pérez.

José Mourinho
José Mourinho

O dirigente máximo merengue convocou a imprensa no Estádio Santiago Bernabéu de Madri para anunciar que o treinador português não finalizaria o contrato com o clube, previsto para expirar em 2016, ressaltando que não houve demissão. Segundo Pérez, houve um “mútuo acordo” entre as partes e Mourinho acredita ser melhor deixar o clube, opinião compartilhada pelo dirigente.

Florentino Pérez declarou ainda ser a decisão adequada para o início de novo projeto, embora a ressalva de ter sido Morinho o treinador que estava a mais tempo no comando técnico de algum time da 1ª divisão da Liga.

Florentino Perez
Florentino Perez

José Mourinho deixa o Real Madrid na metade da vigência de seu contrato. Foram três temporadas em Madri com o histórico de 175 jogos, 80 vitórias, 12 empates e 10 derrotas (aproveitamento de 83%), além de 3 títulos (La Liga 2011-2012, Copa del Rey 2010-2011 e Supercopa da Espanha 2012) e 4 expulsões.

De negativo, a ausência de títulos na temporada 2012-2013 que levou o português a reconhecer ter sido esta sua pior temporada na carreira de treinador.

Mourinho sucumbiu em verdadeiro turbilhão de clima organizacional no grupo madridista. Em meio a diversas acusações, Mourinho entrou em choque com alguns dos mais importantes medalhões do elenco, o principal deles com o goleiro da Seleção Espanhola, Iker Casillas, relegado ao banco de reservas. Outro deixado de lado pelo lusitano foi o brasileiro Ricardo Kaká, escalado somente em partidas secundárias da temporada e até mesmo excluído de outras, não ocupando sequer o banco de reservas.

José Mourinho no Chelsea nos anos 2000.
José Mourinho no Chelsea nos anos 2000.

Em relação a Kaká, é mister admitir a queda de rendimento do craque, muito por questões físicas, colocando-o longe dos áureos tempos de Milan.

Não bastassem os afastamentos, Mourinho polemizou na insistência em escalar jogadores questionados no Madrid como Fábio Coentrão ou Pepe.

A propósito, o luso-brasileiro Pepe tornou-se, no final, outro preterido pelo treinador em favor do francês Raphael Varane.

Profissional de personalidade forte, José Mourinho nunca fugiu da polêmica. Ao sacar Casillas do gol do time, insistia estar Diego López em melhores condições técnicas. Fato é que Diego López nunca comprometeu atrás, ainda assim as especulações a respeito da exclusão do goleiro da Roja nunca deixaram de pipocar na imprensa local e mundial. Ao que tudo indica, o vestiário nunca foi ambiente dos mais tranquilos no relacionamento entre ambos.

Defeitos à parte, deve-se reconhecer que Mourinho teve que lidar com o mágico período do apogeu do arquirrival madridista, o Barcelona de Josep Guardiola. Problema que causou muitas noites mal dormidas e reveses para si até o momento em que aprendeu a jogar contra o futebol avassalador de Lionel Messi e companhia.

Carlo Ancelotti
Carlo Ancelotti

Agora, com a saída oficialmente anunciada, as portas do Real Madrid se abrem de forma escancarada para o italiano Carlo Ancelotti, atual treinador do Paris Saint Germain. Tudo aponta para que Ancelotti troque Paris por Madri, a ponto do canal de tv catariano BeIN, de propriedade do Presidente do PSG Nasser Al-Khelaifi, ter afirmado que o italiano irá sim para o Madrid. Contudo, Leonardo reitera que fará de tudo para manter Ancelotti em Paris. Já, o maior interessado, o próprio treinador diz não ter decidido o que fará da vida e Florentino Pérez deixa claro que, após consulta ao clube francês, recebeu como resposta um pedido de desculpas seguido de um “ele não pode ir”.

Na outra ponta do rompimento, parece ser questão de tempo o anúncio do retorno de José Mourinho ao Chelsea, onde venceu quatro títulos, sendo duas Premier Leagues (2004-2005 e 2005-2006).

Agora, é aguardar o desfecho da dança de treinadores pelos principais clubes do Velho Continente.

BUNDESLIGA 11×3 LIGA ESPAÑOLA

O Real Madrid bem que tentou e até conseguiu trazer emoção à sua série eliminatória contra o Borussia Dortmund, já o Barcelona sucumbiu de forma flagrante ao forte Bayern e os alemães liquidaram os espanhóis nas semifinais da UEFA Champions League. Sucesso da eficiência do poderoso time da Baviera e, principalmente, do time low budget sensação gerencial esportiva do momento, o Borussia Dortmund.

 

Real Madrid 2×0 Borussia Dortmund
Madri, Espanha

A missão madridista era mais tangível. Placar agregado em déficit de três gols (1×4) e a oportunidade de jogar em casa, no tradicional Estádio Santiago Bernabéu de Madri.
José Mourinho, talvez nos últimos suspiros no cargo de técnico do time, recuaria Sérgio Ramos para a zaga, ao lado de um de seus preferidos do elenco, o português Fábio Coentrão, visando resolver os problemas causados pela eficiente marcação pressão de saída de bola que Jürgen Klopp impôs ao Madrid em todos os confrontos entre as equipes na atual edição da UCL.

A partida acabou por apresentar características peculiares, já que o Real Madrid colocou fortíssima pressão sobre os alemães nas duas extremidades de tempo do jogo. Foram 15 minutos iniciais avassaladores com a torcida merengue urrando incessantemente a favor dos anfitriões e 10 minutos finais quase cataclísmicos para os visitantes.
Curiosamente, no restante da partida o Dortmund arrefeceu os ânimos da equipe local, levando consigo o ímpeto da torcida.
No predomínio madridista inicial, várias foram as chances desperdiçadas. Gonzalo Higuaín arrematou com defesa de Roman Weidenfeller. Na maior oportunidade e mais bela jogada, Mesut Özil concluiu incrivelmente para fora. Lance que causou reclamação de Cristiano Ronaldo por ter sido opção de passe em vez de conclusão do alemão Özil.
Cristiano Ronaldo demonstraria estar em noite apagada. Já Mario Götze sentiria lesão e seria substituído por Kevin Großkreutz.
Na 2ª etapa, o Dortmund teria suas chances de definir a partida. Robert Lewandowski teve grande oportunidade pela esquerda e Ilkay Gündogan teve chute incrivelmente defendido por Diego López.

José Mourinho partiu para as últimas cartadas ao promover a entrada de Ricardo Kaká no lugar de Fábio Coentrão, além de Sami Khedira no lugar de Xabi Alonso.
Aos 82 minutos de jogo, Karim Benzema abriria o placar após lançamento de Kaká para Özil que cruzou rasteiro para o francês concluir.
Verdadeiro incêndio tomou conta do Bernabéu quando Sergio Ramos afundou a bola para o gol alemão após jogada de Benzema.

O clima emocional envolveu o jogo quando o árbitro inglês Howard Webb decidiu acrescentar 6 minutos ao jogo. O Madrid pressionou, mas não conseguiu o gol da classificação.
Vaga para o Borussia Dortmund que alçou a condição de espécie de modelo de gerenciamento esportivo dentro do universo do futebol profissional europeu rodeado de cifras astronômicas entre os grandes clubes do Velho Continente.
Não é para menos. A equipe liderada dentro de campo pelo treinador Jürgen Klopp galgou etapas do sucesso de forma gradativa.
Inicialmente, a difícil missão da quebra de hegemonia do Bayern em território doméstico ao vencer a Bundesliga. Mas, os tropeços não cessaram por conta disso. Basta recordar a eliminação na fase de grupos amargada pelos aurinegros na edição anterior da UCL.

Os erros servem como experiência e como forma de não incorrer nos mesmos tropeços no futuro. Na atual temporada, o Dortmund praticamente abdicou da disputa do título alemão contra o poderoso Bayern para se concentrar no objetivo seguinte, a Europa.
Lição bem executada que pode soar óbvia, mas não assimilada por outros que vieram de caminhos tortuosos semelhantes que repetiram os erros. Leia-se Manchester City.
Estima-se que o time atual tenha sido montado com cerca de €38 milhões. Jogadores como Roman Weidenfeller, Lukasz Piszczek, Marcel Schmelzer, Sven Bender e Mario Götze chegaram a Dortmund a custo zero. Götze acaba de ser negociado para o rival Bayern por cerca de €37 milhões.
Outros atletas importantes vieram por valores que não fogem da faixa de €3 a €5 milhões. Estão nesse grupo Mats Hummels, Neven Subotic, Ilkay Gundogan e Jakob Blaszczykowski. Faixa de preço que indica diretrizes políticas e financeiras bem definidas.
A única grande exceção fica por conta de Marco Reus que custou €17,5 milhões aos cofres do clube pagos ao co-irmão Borussia Monchengladbach. Entretanto, Reus já é pretendido por gigantes da Premier League inglesa. Algo que pode trazer retorno financeiro em cima de investimento vultoso. Lembrando que transações envolvendo o Dortmund e o futebol inglês não são inéditas. O japonês Red Devil Shinji Kagawa foi campeão alemão vestindo as cores aurinegras.
Merece boas vindas o êxito do clube que escapa dos conceitos de altos orçamentos para formação de grandes equipes predominante entre os gigantes europeus. Se pode virar padrão, regra ou verdade absoluta? Nem tanto.

FC Barcelona 0x3 FC Bayern
Barcelona, Espanha

A missão já era inglória para o badalado Barcelona com placar agregado nos 4×0 para o Bayern.
E tudo piorou quando todos receberam notícia da ausência de Lionel Messi na equipe titular dos anfitriões.
Ainda assim, o Barcelona iniciou a partida com vontade e pensamento positivo. No entanto, as coisas ficariam claras para todos os mais de 95 mil presentes no Camp Nou, o time blaugrana seria incapaz de superar a forte marcação bávara.
Estava nítido, mais uma vez, a ausência de movimentação e precisão de passes de outrora. Tudo piorado com a falta do incisivo e vertical super craque Lionel Messi.

O Bayern levou a partida a banho-maria no 1º tempo e poucas emoções foram a tônica apenas com tentativas de chutes de longa distância por parte do Barça.
Na 2ª etapa, o Bayern “finalizou” o adversário com gol inaugural logo aos 48 minutos de jogo com jogada característica de Arjen Robben pela direita com direito a corte e chute cruzado colocado perfeito.
A partir daí, o público silenciou e o Barcelona não produziu mais quase nada.
Aos 72 minutos, Gerard Piqué, na tentativa de cortar cruzamento de Franck Ribery, fez autogol e, no final Thomas Muller transformou a derrota agregada do Barcelona em humilhação ao concluir de cabeça.
O ponto de interrogação ficou por conta do não aproveitamento de Lionel Messi que jogara contra o Athletic Bilbao pela Liga com golaço anotado.
As informações foram desencontradas. Messi estaria curado da lesão que contraíra na partida contra o Paris Saint Germain em Paris. Por outro lado, o argentino não estaria se sentindo bem e Tito Vilanova teria optado por aproveitá-lo somente em caso de chances reais de recuperação na série eliminatória. Situação que não trouxe alento ou resignação a muitos fãs.

Em defesa do Barcelona, as ausências, não somente de Messi, mas também de Carles Puyol e Javier Mascherano que desestabilizaram o sistema defensivo dos catalães, sobretudo contra equipe de ataque habilidoso, forte e alto como o Bayern.
O Bayern vai a Londres em busca do quinto título de Champions League, troféu que não volta a Munique desde a temporada 2000-2001. Ademais, os bávaros chegaram perto do título nas temporadas 2009-2010 (derrotados pela Internazionale) e 2011-2012 (derrotados em casa pelo Chelsea). Vice-campeonatos que aumentam a ansiedade dos fãs em busca do título europeu.

Diferentemente do Borussia Dortmund, o Bayern tem adotado a política de adquirir talentos revelados pelos clubes alemães da Bundesliga. È o caso de Dante e Mario Gómez, por exemplo, além do recém recrutado Mario Götze.
Trata-se de clube com maior poder de fogo financeiro que seus pares compatriotas, portanto, com maior vocação compradora.
Pelo fato de ter ganho a atual edição da Bundesliga com um pé nas costas (20 pontos de vantagem para o segundo colocado, o próprio Borussia Dortmund), o time da Baviera entra como favorito em Wembley.
A propósito, um pequeno aperitivo da grande final acontecerá no próximo sábado em partida válida pela 32ª rodada da própria Bundesliga quando o Borussia Dortmund recebe o Bayern no Signal Iduna Park de Dortmund.
De nebuloso no time do Bayern, a saída do técnico Jupp Heynckes. A versão inicial dava conta da aposentadoria do treinador, algo que o próprio Heynckes tratou de deixar em dúvida nas entrevistas coletivas de Barcelona. Estaria Jupp Heynckes sendo educadamente expurgado do comando técnico do Bayern em favor da vinda de Josep Guardiola? Em caso afirmativo, está disponível no mercado europeu do primeiro escalão um grande nome para treinador.

BUNDESLIGA 8×1 LIGA ESPAÑOLA

Após duas contundentes vitórias alemãs sobre os espanhóis, eis o placar parcial da peleja semifinal da UEFA Champions League: 8×1. Vantagem sólida construída em território alemão por FC Bayern e Borussia Dortmund contra FC Barcelona e Real Madrid CF, respectivamente, com maestria, superioridade técnica flagrante e certa dose de polêmica acompanhada por choradeira típica por parte do lado perdedor.

 

fbc-bvbBorussia Dortmund 4×1 Real Madrid CF

Dortmund, Alemanha

Não há a menor dúvida em apontar o nome do polonês Robert Lewandowski como o grande protagonista do duelo semifinal de Dortmund, afinal poucos foram dignos de tamanho feito na história da UCL. Lewandowski junta-se a nomes do quilate de Marco Van Basten, Ruud Van Nistelrooy, Andriy Shevchenko, Mario Gomez, além de Lionel Messi. Atletas que marcaram quatro gols ou mais em partidas da UCL.

Robert Lewandowski
Robert Lewandowski

Contudo, verdade seja dita, o grande nome do pré-jogo entre Borussia Dortmund e Real Madrid não era o atacante polonês, mas Mario Götze. Menos por alguma jogada de classe dentro das quatro linhas executada pelo jovem craque alemão e mais pelo vazamento da transferência do atleta para o Bayern às vésperas do início da decisão semifinal.

Além de balançar as estruturas do mundo da bola germânico, muita coisa estava em jogo na informação.

 Não sem razão, a ideia geral seria de uma torcida levantando-se contra Götze, sugerindo aquela velha história de traição, etc. Tudo isso em momento crucial do time na temporada.

Borussia Dortmund x Real Madrid
Borussia Dortmund x Real Madrid

Nada disso se viu em campo e, para sorte de Jürgen Klopp, Robert Lewandowski assumiu o papel de protagonista da partida na parte ofensiva.

De resto, o que se viu no Signal Iduna Park de Dortmund foi o mesmo jogo moderno do time Klopp, com muita marcação de saída de bola do Madrid e anulação de peças-chave do time de José Mourinho.

Como exemplo, basta recordar de Mario Götze sempre próximo a Xabi Alonso. Nem mesmo a talentosa dupla Luka Modric e Mesut Özil conseguiu faze o jogo madridista fluir.

Impressionante como o jogo desse Real Madrid de José Mourinho não se encaixa na formação da equipe do Dortmund de Jürgen Klopp. Mourinho já foi capaz de reduzir e até mesmo neutralizar o abismo que separava sua equipe da superioridade do Barcelona, mas não achou a fórmula ideal de jogar com eficiência contra o time de amarelo e preto da Alemanha.

Nunca é demais lembrar a fase de grupos da atual edição da UCL. Jogando no Grupo D, ambos os semifinalistas se enfrentaram duas vezes com vitória do Dortmund por 2×1 em Dortmund e empate em Madri por 2×2. Ademais, o gol único marcado por Cristiano Ronaldo nesta quarta-feira em Dortmund foi obra de falha individual de Mats Hummels.

Que os espíritos estejam preparados pelos lados de Dortmund. Muito dão por certa outra transferência para o Bayern, além de Mario Götze: o próprio Robert Lewandowski. Mais uma encomenda de Josep Guardiola?

José Mourinho terá a difícil missão de achar a saída mágica para fazer o jogo do Madrid fluir com o agravante de buscar um placar de 3×0.

Se for de motivação que o Real Madrid necessita, um grande e semelhante momento histórico deve ser resgatado na Copa da Europa 1975-1976 quando os Merengues enfrentaram o Derby County inglês e classificaram-se após derrota inicial por 4×1 na Inglaterra e vitória por 5×1 na Espanha. Dificuldades à parte, por que não sonhar?

 

FC Bayern 4×0 FC Barcelona

Munique, Alemanha

Quando se trata de partida do Barcelona, a curiosidade aguça-se e o primeiro pensamento é verificar as estatísticas, mais precisamente o item “posse de bola”.

Bayern celebra gols de Thomas Müller
Bayern celebra gols de Thomas Müller

Se não foi o primor dos 70% já alcançados em outros momentos, o Barça manteve nada desprezíveis 63% de posse de bola contra os 37% restantes para o Bayern.

Resultado das contas, posse de bola 37%x63% a favor do Barça e placar final 4×0 a favor do Bayern. Pergunta que não quer calar: como pode se um dos segredos do sucesso desta era hegemônica do Barça é exatamente a maior posse de bola em forma de goleada? Resposta clara a esta altura do campeonato: não se trata apenas disso.

O que se viu na Allianz Arena foi o tique-taca de sempre, mas sem efetividade desta vez.

Em defesa do Barcelona, as ausências de Carles Puyol, Javier Mascherano (o substituto imediato), além das condições físicas precárias de Lionel Messi. Toda a responsabilidade defensiva ficou a cargo do jovem Marc Bartra que acabou por ser parcialmente culpado pelo desempenho da equipe. São muitos os problemas para Tito Vilanova na reta final da atual temporada.

Lance do 1º gol do Bayern: preferência pelo lado direito
Lance do 1º gol do Bayern: preferência pelo lado direito

De resto, a imprensa espanhola reclama de três gols supostamente irregulares, apesar de reconhecer a supremacia bávara sobre os catalães. Se houve três lances capitais por um lado, deve-se incluir outras duas possíveis penalidades a favor dos anfitriões por outro.

No primeiro gol, Dante teria feito falta em Daniel Alves. Lance tipicamente marcado no Brasil, nem tanto na Europa. Já no segundo gol, marcado por Mario Gomez, haveria sutil posição fora de jogo do alemão. Para terminar a polêmica, no quarto gol, Thomas Müller teria obstruído Jordi Alba na tentativa de combater Arjen Robben, lance típico do basquete. De resto, Gerard Piqué envolveu-se em toque de braço interpretativo dentro da área, o mesmo acontecendo com Alexis Sánchez.

Lionel Messi: noite para esquecer
Lionel Messi: noite para esquecer

Polêmicas à parte, nada apaga os méritos da vitória do Bayern. Trata-se de equipe com absoluta noção do que faz dentro de campo, curiosamente com tendência de quase sempre inverter o jogo para o lado direito, fortíssimo com a presença do lateral Phillipp Lahm.

A pergunta que fica é a respeito do futuro treinador do Bayern, Josep Guardiola. O que terá a fazer o catalão nessa equipe do Bayern? O trabalho final de Jupp Heynckes é monumental e, continuando as coisas como estão, Guardiola iniciará seu trabalho em alto nível de cobrança.

Quanto ao Barça, terá que repetir atuação de gala que teve contra o Milan nas oitavas de final. Quem sabe sob pressão os catalães ganhem motivação para reeditar os melhores momentos de sua era hegemônica. É aquela velha dificuldade humana: mais difícil que atingir o topo é manter-se por lá.