Arquivo da tag: Libertadores 2012

ALTA VOLTAGEM

Depois do irritante empate sem gols da semana passada, o Corinthians finalmente convenceu de novo em um jogo, vencendo o Emelec por 3 a 0 no Pacaembu na noite de quarta-feira, dia 09 de maio. Os ingredientes da vitória passaram por uma belíssima atuação de Emerson Sheik e uma notável recuperação do bom futebol de Alex, que substituiu Jorge Henrique, suspenso por conta da expulsão no jogo de ida. De Alex e Sheik saiu a construção do primeiro gol, que Fabio Santos finalizou.

O problema foi que, na frente no marcador, o time do Adenor lançou mão daquele velho recurso da bola alçada na área, e sem um centroavante de ofício (Liedson começou a partida no banco de reservas), vimos um festival de bolas para fora ou na trave. No segundo tempo, o Timão ainda permaneceu um pouco recuado, mas aos poucos foi adquirindo a segurança e a posse de bola, e conseguiu consolidar o domínio da partida. Aos dezenove minutos, cruzamento de Chicão para área, cabeceio de Paulinho. Dois a zero.

O time de Adenor dominou a partida, mas abusou dos lançamentos sem objetividade.

Daí por diante, admito: cochilei diante dos cruzamentos sem objetividade dos equatorianos e perdi o gol de Alex, que fechou o marcador e garantiu a classificação para as quartas. O adversário será o Vasco, que despachou os argentinos do Lanús.

Pois bem, meus amigos: pra analisar a campanha do Timão e pagar minha dívida com esta coluna, já que estive afastado por um tempo (fiz uma cirurgia), vamos aos fatos:

  • Agora que Alex voltou a exibir bom futebol, Jorge Henrique perde a vaga no time titular?
  • Sem um centroavante com qualidade para substituí-lo, e sendo Willian um jogador que não reúne características suficientes para jogar improvisado na função, seria hora de Liedson voltar ao time titular?
  • O Vasco é um time que tem alguns “problemas”; em termos de elenco não é tão forte quanto o Corinthians; tem um treinador “interino” (é claro que essa informação não é a verdadeira, Cristóvão Borges é nitidamente o técnico, foi quem comandou o time na maior parte do Brasileirão 2011, mas por respeito a Ricardo Gomes, afastado pelos problemas de saúde, esse rótulo de “interino” nunca foi desfeito). Mas quem dúvida da força do time da Colina, que não chegou até aqui à toa ou por sorte?
  • Os assuntos internos do clube, como o afastamento de Julio César e sua possível transferência para a Portuguesa, na troca por Guilherme poderiam influenciar no ambiente?

Bem, sobre o goleiro Julio César, já que não me manifestei a respeito na ocasião, tenho que dizer que achei justa sua saída do time, pensando no critério semelhante ao adotado quando foi para afastar Chicão, e também como utilizado agora para afastar Liedson. Até acho que o goleiro poderia mesmo ser emprestado para um outro clube, para deixar esta má fase passar. Só acho que não era o momento de pensar nisso, às vésperas de uma decisão. A diretoria corintiana desmentiu, disse que nunca cogitou negociar o goleiro, mas vai saber quem está sendo verdadeiro…

O goleiro Cássio foi seguro nos momentos em que foi exigido.

Vale comemorar a sorte em ver as boas atuações de Cássio, que com boa altura, fez a diferenças nos dois jogos contra o Emelec. Vamos seguindo.

Última: especulações a respeito da contratação de um jogador para o ataque dão conta de investidas em nomes como Alexandre Pato, Nilmar ou Robinho. Dirigente de futebol nunca muda, é impressionante.

Para finalizar, mando a música que está em loop no meu mp3 há uma semana: “Off the wall”, do disco-solo de Lee Ranaldo. Abraços.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=eJ3jzjh4oEM&ob=av2n[/youtube]

As engrenagens em pleno funcionamento

Liedson não sabe bater pênalti. O próprio jogador admite isso e evita o ato. Mas o momento era dele, os colegas e a torcida pediram. Ele atendeu ao apelo e cobrou o pênalti. E errou. Mas quis o acaso que o goleiro do Deportivo Táchira rebatesse  a bola, e o Levezinho pode completar e deixar sua marca na goleada.

Pois é, hoje comecei o texto pelo meio, para exemplificar o sentimento de que as engrenagens da máquina do professor Tite parecem estar funcionando perfeitamente. O Corinthians teve condições de se dar ao luxo de presentear um atacante com uma oportunidade de fazer seu gol. E quase não fez. E talvez não fizesse falta se o gol fosse perdido, mas serviu para dar mais confiança. Antes disso, Liedson já teve seu lance memorável, na tabela que resultou no segundo gol do Timão, marcado por Paulinho.

Nessas horas a gente percebe a importância de se manter um trabalho que pode não ter começado bem, como foi o caso do nobre Adenor no início dessa segunda passagem pelo Timão. O resultado a longo prazo acaba compensando.

Óbvio e ululante que o Deportivo Táchira, lanterna do grupo, não era parâmetro, mas serviu como um bom treino para o Corinthians, especialmente para aprimorar as jogadas de meio-de-campo. Para as oitavas de final, o time chega embalado. Resta saber quem será o adversário. Como preocupação, ficam as situações de Danilo e Chicão (especialmente este último, já que o Corinthians anda sofrendo com a escassez de opções na zaga). Dos três jogadores a serem inscritos na próxima fase da Libertadores, um deles é o jovem zagueiro Marquinhos, que vem fazendo boas apresentações pelo Campeonato Paulista. Embora o time não tenha sentido a saída de Chicão, com Ralf improvisado na zaga, para os próximos jogos não dá pra contar com essa possibilidade. O melhor é que haja alguém da posição jogando por ali. Lembrando que Wallace e Paulo André continuam fora de combate. Lamento especialmente por este último, que seria uma boa opção neste momento.

Antes de pensar na Liberta, o time se concentra para enfrentar mais uma vez a Ponte Preta, dessa vez pelas quartas de final do Paulistão. Com um bom resultado obtido pelos reservas no último domingo, o Corinthians tem confiança pra fazer um bom jogo e avançar rumo às semifinais.

Foto: globo.com

E faz um ano que visto a camisa do Ferozes Futebol Clube! Em comemoração, posto aqui a primeira canção que coloquei como trilha de um post, “You stole the sun from my heart”, a minha predileta do Manic Street Preachers.

 [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=OWZzwOAIY1k[/youtube]

Cheers!

A FORMAÇÃO IDEAL?

Amigos, em primeiro lugar peço desculpas pelo sumiço. Foi necessário, mas vamos seguindo agora.

Émerson foi fundamental no jogo.

Pois bem, na última quarta-feira o Corinthians enfrentou o Nacional do Paraguai, pela Libertadores. E especialmente neste jogo, a equipe de Tite jogou com a formação que hoje considero a ideal para o time. Edenilson, por exemplo, parece muito bem adaptado à lateral direita, e vai ser difícil para o Alessandro recuperar a posição de titular.

Outro que não pode sair do time de jeito nenhum é o bravo Jorge Henrique. O baixinho foi quem abriu o placar, depois de belo passe do Danilo, outrora muito contestado, mas que hoje é um dos principais jogadores da equipe, e certamente o jogador com maior regularidade na equipe, desbancando os badalados Alex e Douglas (esse último inexplicavelmente incapaz de entrar em forma rapidamente).

Além de Danilo, quem se destacou foi Émerson Sheik, que além de fazer o segundo gol, ainda criou a bela oportunidade para Élton fechar o placar, pouco tempo depois de o Nacional marcar o seu.

Fato é que, embora o time do Corinthians não ande frequentemente dando show (exceção para este confronto contra o Nacional), Tite tem esta equipe em suas mãos, e parece saber exatamente o que fazer para mantê-la nos eixos. Calou a boca deste colunista, outrora  ferrenho crítico de seu trabalho nesta segunda passagem pelo Timão. Faz parte, e hoje tenho que aplaudir o treinador. Se ainda não dá pra garantir que o time vencerá a competição, ao menos parece uma equipe muito segura e com maturidade suficiente para ir longe. É o que a torcida espera.

 

Agora, classificado para a próxima fase da Libertadores, a hora é de pensar no Campeonato Paulista, no qual o Timão disputa com o São Paulo a liderança da competição. A meu ver, o páreo é muito mais duro para o Corinthians, que enfrenta a Ponte Preta, lendária pedra no sapato do time do Parque São Jorge, sempre dando trabalho. O São Paulo enfrenta o Linense, praticamente uma carta fora do baralho, time sem grandes pretensões. Vejamos o que acontece.

Abraços!

 

A CORRETA ESCOLHA DE TITE E A INVENCIBILIDADE DO PALMEIRAS

No primeiro semestre de 1999 o Palmeiras disputava paralelamente três competições: Libertadores, Copa do Brasil e Paulistão. Chegou as finais da Libertadores e Paulistão e semifinais da Copa do Brasil.

Enquanto foi possível Felipão escalou o time titular em todas as competições. Quando precisou priorizar, não teve dúvidas em escolher a Libertadores.

As finais da maior competição interclubes do mundo (ao lado da Champions) ocorreram exatamente entre as também finais do Paulistão.

A derrota por 1X0 no jogo de ida contra o Deportivo Cali ligou o sinal de alerta e para a 1ª partida da final do Paulistão Felipão mandou um time 100% reserva contra o fortíssimo Corinthians. Resultado: 3X0 Timão e a vaca palmeirense no Paulista foi para o brejo.

Na quarta-feira seguinte aconteceu a finalissima da Libertadores  e o Verdão venceu, com muito sufoco, o Deportivo Cali por 2X1, o que levou a partida para os pênaltis e então o alviverde conseguiu sua tão sonhada Libertadores. Depois, na partida de volta da final do Paulistão, time misto contra o Corinthians e um placar em 2X2 deixou claro que Felipão havia feito o certo. E não apenas por ter vencido a Libertadores, mas por ter priorizado o que de fato interessava ao clube e ao torcedor.

O que teria acrescentado ao clube vencer mais um entre tantos Paulistas e ficar com a sensação de que a Libertadores lhe escapou por entre os dedos?

O porquê dessa história toda?

Ontem no clássico contra o Santos Tite armou um Corinthians misto e acabou derrotado pelos donos da casa pelo placar mínimo, perdendo também uma longa invencibilidade. Um início de caça as bruxas teve início, isso porque Muricy escalou o Santos completo e venceu.

Venceu por 1X0, atuando mal, com um Neymar apagado e displicente, dando chances para o mistão corintiano conseguir algo melhor. Mistão e com dois jogadores a menos. Já que a inoperância de Adriano e Alex é de irritar até quem não torce pelo time.

“Ah, mas é clássico e a rivalidade pede que se escale o que tem de mais forte.”

Até a página 2 é assim mesmo que funciona. Mas com todo o respeito ao tri da Libertadores. O Corinthians é o maior rival do Santos, mas o inverso não ocorre. Fosse contra Palmeiras ou São Paulo e fatalmente o próprio torcedor alvinegro pediria a força máxima, o que não ocorreu contra o alvinegro praiano.

Tite tem o time nas mãos. Sabe com quem pode contar e até onde pode. Em termos de grupo hoje o Corinthians é o mais forte time do país. O Santos tem melhores individualidades, mas não tem um grupo coeso, começando só agora construir um sistema defensivo mais concreto.

O torcedor há de concordar comigo que o Peixe jogou 2011 inteiro vivendo da genialidade de Neymar e de lampejos de Ganso e cia, mas sofrendo com o excesso de gols sofridos. Quando encarou o Barcelona não viu a cor da bola. Se tivesse um sistema defensivo mais eficiente e a derrota poderia ter sido menos acachapante.

O Corinthians encara na quarta-feira o Nacional, o mais fraco time de sua chave na Libertadores. Precisa vencer e mostrar serviço, até por que quase levou chumbo na estréia. O Santos recebe nada mais do que o Inter, um adversário evidentemente mais forte do que o corintiano. E o Peixe vem de derrota na estréia.

A meu ver errou Muricy e não Tite nas escolhas do clássico de ontem. A vitória mínima e jogando mal convenceu alguém?  Se não vencer o Inter terá sido válida do que a vitória contra o Corinthians? Até em termos de álibi para os jogos da Libertadores Tite foi mais feliz do que Muricy e o próprio Muricy corrobora com essa opinião quando diz ter escalado o time titular apenas para agradar a torcida.

———————

A derrota corintiana serviu para tornar o Palmeiras o único invicto dos times paulistas. Ainda que o empate em 0X0 contra o São Caetano derrubou o time para a 3ª colocação.

Alguns dizem se tratar de uma invencibilidade inútil, no que não concordo.

Um time que quase caiu para a série B há menos de 5 meses acumula agora mais 15 jogos de invencibilidade. O ataque melhorou consideravelmente com as entradas de Daniel Carvalho e principalmente Barcos, além da nova função de Maikon Leite, caindo pelos dois flancos do campo. A bola parada de Marcos Assunção passou a ser “apenas” mais uma arma em meio ao repertório do time e as coisas podem ainda melhorar com a volta e Valdívia e contratação de Wesley.

Em termos de conjunto o Verdão ainda não é forte como o Corinthians. Ainda que hoje tenha mais opções, Felipão não conseguiria mandar um mistão num clássico contra o Santos, por exemplo.

Acumula já 5 empates no Paulistão, o que justifica sua classificação apesar de invicto. Por outro lado quando vence geralmente marca muitos gols. Tem tido poder de recuperação e já não se abala tanto quando sai atrás no placar.

É evidente a evolução nos últimos meses e é por isso que a invencibilidade, apesar da 3ª colocação, tem que ser comemorada pelo torcedor sim. O caminho percorrido está sendo o correto.

Com a corda toda!

Pacaembu com pouco público, chuva torrencial. Tinha tudo pra ser um jogo frio, ou ao menos morno para o Corinthians. Mas havia um grupo com vontade de vencer o rival e manter uma escrita. O técnico do São Paulo chama-se Leão, mas quem rugiu forte no confronto foi o guerreiro Jorge Henrique, que incendiou a partida do início ao fim. Saiu dos pés dele a cobrança de escanteio para a definição de cabeça de Danilo. 1 a 0 pro Timão. E ficou só nisso o placar, até porque Jadson desperdiçou uma cobrança de pênalti, marcado num momento estabanado de Alessandro, que fora este lance, não comprometeu tanto. Depois disso, houve tempo para ver o Corinthians perder gols incríveis, como a oportunidade de Ralf, que se atrapalhou na hora de finalizar, após avançar livre em direção ao gol.

Douglas entrou no final do jogo, substituindo Danilo, autor do único gol da partida. Foto: globoesporte.com

O Corinthians também perdeu a chance de ampliar o placar ao ver o perdido João Filipe ser expulso após uma falta pouco inteligente em Jorge Henrique. Aliás, o São Paulo deve sofrer bastante ainda com a falta de um lateral-direito para substituir o razoável Ivan Piris. João Filipe, zagueiro de ofício, mostrou hoje que não tem o cacoete necessário pra assumir a lateral. E ainda foi expulso logo após Leão ter promovido três substituições ao mesmo tempo, o que o obrigou a deslocar Wellington para a lateral, desmontando um pouco seu meio de campo.

Mesmo assim, chegou um momento em que o jogo ficou morno, e só esquentou novamente com a reestreia de Douglas, no lugar de Danilo, que saiu de campo merecidamente aplaudido, já que demonstrou muita vontade enquanto esteve em campo.

Agora, o Corinthians está empatado com o Palmeiras em número de pontos no Paulistão, mas o alviverde leva vantagem por conta do saldo de gols.

E é nesse quesito que o Corinthians tem o maior problema. Fosse um pouco mais esforçado, Adriano seria o cara para resolver isto, o que o ajudaria a recuperar sua forma e ganhar moral. Élton é apenas um reserva razoável, e na ausência de Liedson, seria bom que tivéssemos um jogador mais decisivo.

Adriano está na lista de inscritos da Libertadores.

Mesmo assim, Adriano está na lista dos jogadores inscritos na primeira fase da Libertadores. Ao que parece, a comissão técnica acredita ter recuperado o ex-Imperador com o período de monitoramento ao qual este foi submetido. Tanto é assim que já o liberaram para voltar às suas atividades normais. Só gostaria de lembrar a todos que estamos a uma semana do Carnaval. Teremos surpresas?

Pra finalizar, vamos de clássico: Jimi Hendrix, com “Foxy Lady”. Abraços.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=YC4WXown03c [/youtube]