ALTA VOLTAGEM

Depois do irritante empate sem gols da semana passada, o Corinthians finalmente convenceu de novo em um jogo, vencendo o Emelec por 3 a 0 no Pacaembu na noite de quarta-feira, dia 09 de maio. Os ingredientes da vitória passaram por uma belíssima atuação de Emerson Sheik e uma notável recuperação do bom futebol de Alex, que substituiu Jorge Henrique, suspenso por conta da expulsão no jogo de ida. De Alex e Sheik saiu a construção do primeiro gol, que Fabio Santos finalizou.

O problema foi que, na frente no marcador, o time do Adenor lançou mão daquele velho recurso da bola alçada na área, e sem um centroavante de ofício (Liedson começou a partida no banco de reservas), vimos um festival de bolas para fora ou na trave. No segundo tempo, o Timão ainda permaneceu um pouco recuado, mas aos poucos foi adquirindo a segurança e a posse de bola, e conseguiu consolidar o domínio da partida. Aos dezenove minutos, cruzamento de Chicão para área, cabeceio de Paulinho. Dois a zero.

O time de Adenor dominou a partida, mas abusou dos lançamentos sem objetividade.

Daí por diante, admito: cochilei diante dos cruzamentos sem objetividade dos equatorianos e perdi o gol de Alex, que fechou o marcador e garantiu a classificação para as quartas. O adversário será o Vasco, que despachou os argentinos do Lanús.

Pois bem, meus amigos: pra analisar a campanha do Timão e pagar minha dívida com esta coluna, já que estive afastado por um tempo (fiz uma cirurgia), vamos aos fatos:

  • Agora que Alex voltou a exibir bom futebol, Jorge Henrique perde a vaga no time titular?
  • Sem um centroavante com qualidade para substituí-lo, e sendo Willian um jogador que não reúne características suficientes para jogar improvisado na função, seria hora de Liedson voltar ao time titular?
  • O Vasco é um time que tem alguns “problemas”; em termos de elenco não é tão forte quanto o Corinthians; tem um treinador “interino” (é claro que essa informação não é a verdadeira, Cristóvão Borges é nitidamente o técnico, foi quem comandou o time na maior parte do Brasileirão 2011, mas por respeito a Ricardo Gomes, afastado pelos problemas de saúde, esse rótulo de “interino” nunca foi desfeito). Mas quem dúvida da força do time da Colina, que não chegou até aqui à toa ou por sorte?
  • Os assuntos internos do clube, como o afastamento de Julio César e sua possível transferência para a Portuguesa, na troca por Guilherme poderiam influenciar no ambiente?

Bem, sobre o goleiro Julio César, já que não me manifestei a respeito na ocasião, tenho que dizer que achei justa sua saída do time, pensando no critério semelhante ao adotado quando foi para afastar Chicão, e também como utilizado agora para afastar Liedson. Até acho que o goleiro poderia mesmo ser emprestado para um outro clube, para deixar esta má fase passar. Só acho que não era o momento de pensar nisso, às vésperas de uma decisão. A diretoria corintiana desmentiu, disse que nunca cogitou negociar o goleiro, mas vai saber quem está sendo verdadeiro…

O goleiro Cássio foi seguro nos momentos em que foi exigido.

Vale comemorar a sorte em ver as boas atuações de Cássio, que com boa altura, fez a diferenças nos dois jogos contra o Emelec. Vamos seguindo.

Última: especulações a respeito da contratação de um jogador para o ataque dão conta de investidas em nomes como Alexandre Pato, Nilmar ou Robinho. Dirigente de futebol nunca muda, é impressionante.

Para finalizar, mando a música que está em loop no meu mp3 há uma semana: “Off the wall”, do disco-solo de Lee Ranaldo. Abraços.

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