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MOU: “ACABAMOS COM A ELIMINATÓRIA”

Real Madrid nas semifinais e Chelsea quase lá. Eis o balanço da rodada de abertura das quartas de final da UEFA Champions League hoje em Nicósia e Lisboa.

Karim Benzema

Os 3×0 do Madrid em Nicósia contra o APOEL tardaram a ser construídos. Os espanhóis não saíam do ferrolho dos cipriotas. Tudo isso até os 29 minutos do 2º tempo, quando Karim Benzema abriu o placar.

Estava aberta a porteira e o Madrid tratou de aproveitar.

Kaká, que viera do banco, ampliou aos 37 minutos e Benzema teve tempo de fechar o placar no final.

Resultado amplo na 1ª perna das quartas de final fora de casa que fizeram com que José  Mourinho abandonasse o protocolo padrão da pregação de respeito ao adversário até o fim no sentido de que tudo pode acontecer. Sem hipocrisia, Mourinho declarou: “tivemos que jogar bem para ganhar. Estivemos bem atrás ao evitar contragolpes, utilizamos bem a posse de bola e quando marcamos logo acabamos com a eliminatória”.

Mourinho ainda ressaltou as qualidades do APOEL ao lembrar as dificuldades do Madrid em marcar e o que os cipriotas haviam feito sem o poderio econômico de outras equipes.

Fato é que o Real Madrid está nas semifinais da UCL, a menos que alguém acredite que o APOEL possa fazer um 3×0 no Santiago Bernabéu e derrotar os donos da casa nas penalidades.

Fernando Torres jogou bem desta vez

Em Lisboa, Benfica e Chelsea fizeram duelo equilibrado onde prevaleceu a experiência dos jogadores do Chelsea para derrotar os anfitriões por 1×0 com gol de Salomon Kalou aos 30 minutos do 2º tempo.

A chave da vitória dos londrinos foi a boa atuação de jogadores até então contestados na temporada como o zagueiro David Luiz e o atacante Fernando Torres.

O Chelsea suportou pressão lusitana até o momento do gol, que foi suficiente para arrefecer o ímpeto do Benfica. Traduzindo: partida sob controle do Chelsea no final.

Se não se pode dizer que o Chelsea está classificado para as semifinais, pelo menos tudo está bem encaminhado para o jogo da volta em Stamford Bridge para um time cujo elenco é formado por um núcleo de jogadores que dão as cartas no clube e jogam apenas quando querem.

ARSENAL VS. MILAN: 180 MINUTOS DE JOGO, 45 MINUTOS DE EQUILÍBRIO

Em impressionante recuperação, o Arsenal quase fez o impossível ao aplicar 3×0 no Milan no Emirates Stadium de Londres com atuação avassaladora dos Gunners no 1º tempo que pulverizou a enorme vantagem milanista de quatro gols conquistada na 1ª perna da série oitava de final da UEFA Champions League em San Siro.

 
Duelo de titãs: Robin Van Persie vs. Thiago Silva

O Arsenal entrou em campo com melhor astral em comparação ao jogo de Milão quando tinha seu treinador Arsene Wenger sofrendo o auge da contestação e da crítica.

As equipes foram a campo com muitos desfalques importantes em seus elencos.

No Arsenal, Wenger optou por começar com Alex Oxlade-Chamberlain jogando próximo a Robin Van Persie e Theo Walcott.

Já no Milan, o técnico Massimiliano Allegri adotaria incomum 4-3-3, formação tática que, mais tarde, receberia críticas do craque do time, Zlatan Ibrahimovic. O sueco afirmaria no pós-jogo ter se sentido sem posição no esquema.

Certo ou errado, fato é que o Arsenal dominou de forma flagrante a 1ª etapa, jogando com objetividade e marcando a saída de bola milanista.

Os defeitos de posicionamento dos italianos ficaram evidentes logo aos 6 minutos de jogo, quando, em cobrança de escanteio, Laurent Koscielny, concluiu de cabeça facilmente, enquanto a defesa milanista batia cabeça e discutia quem deveria ter marcado o francês gunner.

Os anfitriões continuariam a pressão, forçando os visitantes ao erro.

Até que o Milan parecia ter entrado no jogo, começando a controlá-lo, mantendo maior posse de bola e fazendo o tempo passar.

Ledo engano.

A neutralização da pressão iria por água abaixo quando o excelente zagueiro brasileiro Thiago Silva cometeria erro ao tirar bola da área com chute rasteiro e fraco nos pés de Tomas Rosicky que teve tempo de pensar para chutar no canto de Christian Abbiati.

Era o segundo gol gunner trazendo a equipe definitivamente de volta à luta pela vaga nas quartas de final.

Apesar da falha, destaque para o grande duelo entre Robin Van Persie e o próprio Thiago Silva com dois desarmes do brasileiro sobre o holandês.

No Milan, a fisionomia geral era de poucos amigos, tanto nos jogadores que não acertavam quanto no treinador Allegri que demonstrava claro temor por possível eliminação histórica. Mark Van Bommel usava de catimba para irritar os adversários que não se abalavam com as artimanhas do holandês.

Já no Arsenal, os fãs, mais do que nunca, começaram a acreditar no time, saindo inclusive da tradição de maior comedimento e começando a jogar junto com a equipe, vaiando a todo instante o adversário quando detinha a posse de bola.

O grau de emoção no Emirates Stadium chegou ao ápice quando Chamberlain, pela direita, aproveitou-se das limitações de Djamel Mesbah e invadiu a área para ser derrubado por dois milanistas.

Penalidade cobrada com perfeição por Robin Van Persie.

Final do 1º tempo em 3×0 para o Arsenal e 3×4 para o Milan no placar agregado.

Na 2ª etapa, o Milan se acertou e, pela primeira vez na série, houve um jogo equilibrado entre as equipes. Algo mais condizente com o nível técnico de ambos.

Van Persie perderia gol incrível na pequena área com Abbiati fazendo a defesa. A retribuição viria pouco depois com cruzamento rasteiro na área do Arsenal que Antonio Nocerino, também na pequena área, concluiria em cima de Wojciech Szczesny.

Aliás, retribuição de gentilezas foi a tônica na etapa final. Erros incríveis em sequência de lado a lado que evidenciavam grande nervosismo nos jogadores.

Ibrahimovic buscava jogo e, em uma das poucas jogadas do inexistente Robinho, recebeu cruzamento, matou no peito e fuzilou para fora.

Os momentos finais foram de desespero para ambos os lados, mas o Arsenal, apesar de ter mantido o bom nível, havia perdido o ímpeto da etapa inicial, em grande parte pelo fato do Milan ter acordado para a vida e ter começado a jogar.

No final, 3×0 para o Arsenal e 4×3 para o Milan no agregado, classificando-se para as quartas-de-final.

Arsene Wenger ainda reclamaria com a arbitragem de decisões ruins na partida que teriam prejudicado a equipe. Contudo, de todas as reclamações de Wenger, a que mais procede é aquela referente às péssimas condições do gramado do Estádio San Siro no jogo de ida.

Quanto ao Milan, quase se repete o fiasco de 2003 contra o Deportivo La Coruña. Refrescando a memória, naquela edição da UEFA Champions League, os rossoneri foram eliminados pelos galegos após vencer a partida de ida por 4×1 em Milão e incrivelmente perder em La Coruña por 4×0. Lição para ser aprendida pelo grupo de Massimiliano Allegri.

A lamentar, apenas os 45 minutos finais de verdadeiro duelo entre duas grandes equipes que se equivalem. Foram 90 minutos de total domínio milanista em Milão, 45 minutos de passeio do Arsenal em Londres e, somente no 2º tempo de Londres com ambos mostrando igual capacidade.

 

Benfica 2×0 Zenit

Em Lisboa, o Benfica necessitava de vitória simples contra o Zenit de São Petersburgo após vitória russa por 3×2 na partida de ida.

E a torcida portuguesa começou a sentir alívio somente no final do 1º tempo com o gol inaugural doas anfitriões com Maximiliano Pereira.

O clima de tensão não foi de todo dissipado na etapa final. O gol da classificação definitiva viria somente nos acréscimos com Nelson Oliveira.

Festa no Estádio da Luz que vê o tradicional Benfica voltando às cabeças no torneio europeu.

 

Barcelona 7×1 Bayer Leverkusen

Messi do outro mundo

Seria fantástico se não fosse corriqueiro em se tratando de Barcelona. Mas foi espetacular de qualquer maneira, graças a Lionel Messi, o melhor do mundo.

Tudo porque o argentino marcou cinco dos sete gols dos catalães, tornando-se o jogador a fazer mais gols em uma partida da UCL. Agora, Messi tem 12 gols na artilharia da atual edição do torneio.

De quebra, o Barça apresentou mais uma grata revelação das canteras do clube: Cristian Tello, atleta de 20 anos que fez os outros dois gols da equipe.

No final, o limitado Leverkusen fez seu gol de honra em boa tabela e conclusão de Karim Bellabari.

 

APOEL 1X0 Olympique Lyon (4×3 nos pênaltis)

Se o Barça faz história com seu super time e Lionel Messi fazendo chover, os cipriotas do APOEL seguem sua heroica jornada na UCL e também fazem sua história particular.

Após perder para o Lyon por 1×0 na França, o time de Nicósia recebeu os franceses precisando de resultado positivo.

Conseguiu o 1×0 logo aos 9 minutos de jogo com o brasileiro Gustavo Manduca que, mais tarde, seria expulso.

O placar ficou nisso até o 120º minuto e eis que vieram os pênaltis.

Michel Bastos perdeu sua cobrança e o goleiro dos ciprotas Dionisis Chiotis fez outra intervenção para garantir a surpreendente classificação do APOEL.

ESPETÁCULO EM MILÃO E BARCELONA GARANTE 1º LUGAR

 

Messi e Ibra se cumprimentam após o final

Não foi uma ópera no legendário Teatro La Scala da capital lombarda. Foi sim um confronto de gigantes no Estádio San Siro da mesma Milão.

Em partida em que os campeões italianos do AC Milan ousaram jogar de fato, o FC Barcelona venceu por 3×2 na 5ª rodada da UEFA Champions League e, de quebra, garantiu a liderança definitiva do grupo H na fase de grupos do torneio europeu.

No Milan, a grande dúvida de Massimiliano Allegri era Robinho ou Alexandre Pato no ataque ao lado de Zlatan Ibrahimovic. Robinho iniciou a partida.

No Barcelona, a surpresa na escalação de Josep Guardiola era a ausência do Sr. Shakira, Gerard Piqué, cedendo lugar a Eric Abidal na defesa. O grande Andrés Iniesta era desfalque.

E a partida começou com a “blitz” do adversário do Barça. Nada de novo nos jogos do campeão europeu. Tudo sempre acaba quando os catalães põem a bola no chão e começam seu espetacular trabalho.

Contudo, havia algo de diferente na noite desta quarta-feira em Milão.

Sim, é verdade que o Barça, ao obter a posse de bola, fazia o jogo fluir com maestria, mas o Milan manteria sua relativa pressão, principalmente no 1º tempo.

O gol inicial surgiu aos 14 minutos quando Lionel Messi, caindo pela direita, achou e lançou Seydou Keita na esquerda que, livre, cruzou rasteiro visando Xavi. Mark Van Bommel, na marcação, fez contra. Barcelona na frente.

Robinho teve tudo para empatar aos 19 minutos ao desperdiçar chute na cara do gol após jogada de Ibrahimovic. Robinho sempre perdendo gols na equipe milanista, apesar de ter adquirido status de importante jogador de equipe.

Aos 20 minutos, o empate dos anfitriões. Belíssimo passe de Clarence Seedorf para Ibrahimovic que colocou rasteiro na saída de Víctor Valdez.

O Milan fazia grande partida, mas enfrentar o melhor time do mundo requer atenção em tempo integral.

Aos 23 minutos, Messi perdeu chance incrível a exemplo de Robinho.

O segundo gol catalão surgiu em penalidade duvidosa de Alberto Aquilani sobre Xavi após lançamento de Messi.

 

Messi para fazer o segundo gol do Barça

O supercraque argentino bateu com paradinha. Lance invalidado pelo árbitro alemão Wolfgang Stark. Na sequência, batida perfeita no canto esquerdo de Christian Abbiati. Barça na frente mais uma vez.

Neste momento, o Barcelona ensaiou dominar a partida em definitivo ao exibir toda sua técnica de passes rápidos e precisos.

Mas, com certa surpresa, o Milan voltou à carga e pressionou nos minutos finais da etapa inicial. Primeiro tempo excelente no San Siro.

Na 2ª etapa, Allegri coloca Alexandre Pato no lugar de Robinho. Perder gols clamorosos custa caro à reputação de qualquer jogador. Com Pato, o técnico “rossonero” apelava ao grande histórico do brasileiro contra a dupla Barça-Madrid na Champions.

Mas não bem isso que ocorreu. Pato seria figura apagada.

Se o Milan mostrou determinação e força na etapa inicial, na retomada do jogo o afinco não foi o mesmo. E nem poderia. Afinal, manter a concentração por rigorosos 90 minutos, além do esforço físico decorrente da marcação forte que deve ser imposta, não é tarefa fácil.

Ainda assim, o Milan conseguiu se nivelar ao adversário novamente aos 9 minutos, quando Kevin Prince Boateng fez grande jogada pela direita sobre Eric Abidal e bateu cruzado no canto esquerdo de Valdez. Novo empate e delírio no San Siro.

Repetições textuais à parte, o adversário era o melhor time do mundo. Funciona assim: a equipe aspirante a fazer frente faz esforço hercúleo para conseguir equiparar-se e tudo vai para o espaço em jogada que não passa de trivial para quem carrega com justiça a reputação de melhor.

Foi o que ocorreu aos 20 minutos. Cesc Fábregas e Messi tramaram jogada perfeita, o argentino faz passe em profundidade com precisão para Xavi marcar. Outra pintura de gol na partida.

Em seguida, esperava-se nova reação milanista que não aconteceu. Somente um par de chances para cada lado com o Milan apelando para faltas mais ríspidas e o Barça, respeitando os italianos, também parando algumas tentativas de armação de jogadas com faltas.

Ao final, vitória do Barça por 3×2 em grande espetáculo que valeu a pena, seja pelo comportamento ousado do Milan (ousadia que fez com que a porcentagem de posse de bola do Barça caísse da estratosférica média de 70% para 60%), seja pela genialidade de Lionel Messi.

Com o resultado, a equipe de Guardiola assegurou o 1º lugar do grupo H com 13 pontos. Posição que trará, pelo menos em teoria, um caminho menos tortuoso a partir das oitavas-de-final da UCL para os defensores do título continental. Guardiola poderá também poupar o time na próxima rodada para o superclássico contra o Real Madrid pelo campeonato espanhol.

Para o Milan fica o gosto amargo da derrota, apesar do esforço. Contudo, a classificação na 2ª posição com 8 pontos está garantida e traz alento pela competitividade apresentada pela equipe.

Cumprindo tabela, o Viktoria Plzen derrotou o BATE Borisov em Minsk, Bielorrússia, por 1×0 e somou 4 pontos. O BATE permanece nos 2 pontos.

Virada do Bayer Leverkusen sobre o Chelsea

Em rodada de confrontos entre clubes alemães e ingleses, o Bayer Leverkusen recebeu o Chelsea pelo grupo E.

O Chelsea teve as melhores chances de gol por todo o 1º tempo sem sucesso de anotar. Didier Drogba era o melhor em campo.

Na 2ª etapa, sem nenhum lado demonstrando superioridade, o Chelsea continuou a criar as melhores chances de gol até os 3 minutos com o gol inaugural de Drogba.

O empate dos alemães viria somente aos 28 minutos com Eren Derdiyok.

Quando o resultado final caminhava mesmo para o empate, Manuel Friedrich desempatou nos acréscimos.

Castigo para a equipe de André Villas Boas que terá que vencer o Valencia em Londres na última rodada, uma vez que os espanhóis trataram de fazer gols em casa contra o fraco Genk da Bélgica. O placar de 7×0 deu a vantagem do empate para a equipe do artilheiro Roberto Soldado que marcou 3 gols. Valencia e Chelsea estão com 8 pontos.

O Leverkusen lidera com 9 pontos e, na outra ponta, está o Genk com 2.

 

Robin van Persie não passa em branco

Mais um grande resultado para o Arsenal. Vitória por 2×1 sobre o Borussia Dortmund no Emirates Stadium de Londres.

Vitória que selou a liderança do Arsenal no grupo F com 11 pontos. Vitória que selou a condição de grande ídolo do clube para Robin Van Persie que marcou ambos os gols dos “Gunners”.

O japonês Shinji Kagawa reduziu para os campeões alemães nos acréscimos.

Nada mal para quem começou desastrosamente a temporada. O leitor há de se lembrar dos 8×2 sofridos contra o Manchester United pela Premier League. Pois bem, agora é recuperação em campo doméstico e classificação em 1º lugar em seu grupo da Champions, enquanto os co-irmãos ingleses sofrem na competição.

Quem decepcionou foi o Olympique Marseille. Os franceses receberam os gregos do Olympiakos e perderam por 1×0, embolando o grupo.

Com a derrota, o Olympique fica nos mesmos 7 pontos, mas com a cola incômoda do Olympiakos que somou 6. O Borussia Dortmund é decepção. Está em último com 4 pontos.

Na rodada final, o Olympiakos recebe o classificado Arsenal e o Borussia Dortmund, quase eliminado, recebe o Olympique Marseille. Rodada que promete emoções na disputa pela vaga restante.

E eis que chegamos ao famoso grupo G, aquele que tem cara de Europa League. E eis que o atípico grupo da Champions está emboladíssimo entre três dos quatro participantes.

Hulk faz o seu Porto ter esperanças

Em São Petersburgo, o Zenit ficou no 0x0 com o APOEL do Chipre. Com o resultado, o APOEL soma 9 pontos e torna-se a primeira equipe do país a avançar para as oitavas-de-final da UCL.

Já em Donets’k, o Shakhtar fracassou e não conseguiu repetir a boa campanha da edição anterior da Champions. Derrota de 2×0 para o FC Porto e as esperanças de classificação para o time português permanecem.

O Zenit está em 2º lugar com 8 pontos e o Porto tem 7. Na próxima rodada, Porto e Zenit disputam a vaga restante do grupo em confronto direto em Portugal. O APOEL recebe o Shakhtar.

A rodada derradeira desta fase de grupos da UCL acontece nos dias 6 e 7 de dezembro.

O “ANTI-JOGO” DO BARÇA

Lionel Messi destroçando a defesa do Viktoria Plzen

Em mais um show de Lionel Messi, o Barcelona não precisou se esforçar para vencer o Viktoria Plzen por 2×0 no Estádio Camp Nou.

Jogando para 75 mil fãs, o Barça não demorou para iniciar sua exibição trivial. No caso dos catalães, trivial significa futebol de videogame. Mais precisamente: passes precisos de primeira que estonteiam defensores e altíssima porcentagem de posse de bola que impossibilita qualquer adversário de sequer participar do jogo.

Paradoxal, mas verdadeiro. Em certo sentido, o Barcelona pratica o anti-jogo. Não deixa o oponente jogar, pois mantém a bola sob seu domínio durante quase todo o tempo.

Ontem, mais do que nunca, viu-se como o raciocínio procede através das estatísticas do jogo, ainda que o placar não tenha sido elástico.

Foram 18 chutes a gol do Barcelona contra “nenhum” do Plzen. Isso mesmo: zero chutes a gol dos visitantes.

E não para por aí. Se o time do Josep Guardiola costuma a terminar seus jogos com aproximadamente 70% de posse de bola, desta vez todos os limites da equipe foram superados. Tivemos 77% do tempo de bola rolando nos pés de Messi e companhia.

Ok, adversário limitado, fraco, sem dúvida. Mas, o que esse time faz é para entrar para a história.

Ainda assim, houve erros na hora de definir as jogadas. Algum individualismo, precipitação ou o contrário, excesso de companheirismo e coletividade por vezes. Tudo perfeitamente perdoável. Os gols de Andrés Iniesta aos 10 minutos de jogo e de David Villa aos 37 do 2º tempo liquidaram a fatura.

Ibra fundamental no Milan

Já o Milan recebeu o BATE Borisov no Estádio San Siro e repetiu o placar do Barça: 2×0 e mais três pontos na classificação.

O técnico Massimiliano Allegri optou pela formação de frente com Zlatan Ibrahimovic e Antonio Cassano e promovendo a volta de Kevin Prince Boateng no meio, deixando Robinho no banco.

Os “rossoneri” quase vêem as coisas se complicarem quando Mark Van Bommel erra e força Christian Abbiati a fazer grande defesa após chute de Renan Bressan.

Daí em diante, o Milan acordou para a vida e Ibrahimovic abriu o placar aos 33 minutos.

Robinho entrou no 2º tempo e Boateng acertou petardo no gol de Aleksandr Gutor aos 25 minutos do 2º tempo para ampliar.

A vitória milanista mostra evolução no volume de jogo da equipe. O retorno dos lesionados (como Robinho e Boateng) contribui para a melhora.

De quebra, o Milan mantém perseguição firme ao favoritíssimo Barcelona na classificação, ambos com 7 pontos com o Barça  liderando pelos critérios de desempate.

A dúvida do fã rubro-negro é até onde poderá chegar o time na UCL, já que não é segredo para ninguém que Barcelona, Real Madrid, Manchester United e Bayern estão à frente em termos de qualidade.

Tudo pela ordem no grupo H. Viktoria Plzen e BATE Borisov, quase sem chances, ficam com 1 ponto cada.

Fernando Torres e Raul Meireles

Pelo grupo E, o Chelsea goleou impiedosamente o Genk belga por 5×0 em Londres com grandes atuações de Fernando Torres e Raul Meireles.

O placar foi construído no 1º tempo, restando somente o gol final para a 2ª etapa. Torres fez dois após Meireles abrir o placar. Branislav Ivanovic e Salomon Kalou também marcaram.

Contrariando as expectativas, o Chelsea é o melhor inglês na Champions até o momento.

Na outra partida do grupo, o Bayer Leverkusen suou para derrotar o Valencia de virada por 2×1 em casa.

O ex-gremista Jonas surpreendeu os alemães ao abrir o placar aos 24 minutos de partida.

O jovem técnico espanhol Unai Emery queria o erro forçado dos alemães, encurralando-os em seu campo. E funcionou durante todo o 1º tempo.

O Leverkusen necessitou do talento do jovem Andre Schurrle para empatar, além da categoria do veterano Michael Ballack. O gol da vitória chegaria quatro minutos após o empate, aos 11 minutos do 2º tempo, com Sidney Sam.

Na classificação, o Chelsea lidera com 7 pontos, seguido de perto pelo Laverkusen com 6. Complicada ficou a situação do Valência que tem apenas 2 pontos e terá sérias dificuldades para passar. O Genk fica com 1 ponto.

Se as equipes de Manchester dominam a Premier League, os londrinos têm melhor desempenho na Champions. E não é somente o Chelsea.

 

Robie Van Persie exulta com gol no final em Marselha

Jogando em Marseille, o Arsenal conquistou importante vitória contra o Olympique por 1×0 com gol de Aaron Ramsey no apagar das luzes dos acréscimos. Castigo para a equipe de Didier Deschamps.

Decepção é o Borussia Dortmund. A equipe do técnico Jürgen Klopp não consegue impor sua condição de campeã alemã na competição continental. O algoz foi o azarão do grupo, o Olympiakos grego, que fez 3×1 em Atenas.

Com o resultado, a equipe de Dortmund amarga a lanterna do grupo com 2 pontos. O Arsenal lidera com 7, o Olympique Marseille caiu para segundo com 6 e o Olympiakos sobe para terceiro com 3 pontos.

No embolado grupo G, aquele com cara de Liga Europa, os cipriotas do APOEL foram a Portugal e conseguiram bom empate de 1×1 contra o FC Porto.

Hulk abriu o placar no Estádio do Dragão, mas logo em seguida Ailton empatou.

O Shakhtar Donetsk recebeu o Zenit e apenas empatou por 2×2.

A classificação surpreende. O APOEL lidera com 5 pontos. Zenit e Porto têm 4 e o Shakhtar fica com 2. Tudo pode acontecer no grupo e o esperado domínio do FC Porto não acontece.

A próxima rodada da fase de grupos da UCL ocorre nos dias 1 e 2 de novembro.

 

 

 

 

 

O SORTEIO DOS GRUPOS DA UEFA CHAMPIONS LEAGUE

Palco da cerimônia da UEFA para definição dos grupos da UCL em Mônaco

Mônaco presenciou nesta quinta-feira a definição dos grupos da edição 2011-2012 da UEFA Champions League. Entre possíveis grupos da morte, grupos fáceis e outros até peculiares, a UCL mais uma vez promete.

 E lá estavam os potes e as bolinhas com os nomes dos clubes qualificados e os grupos aos quais os sorteados da vez estavam destinados. Na cerimônia ex-craques como Luís Figo, Bobby Charlton e Lothar Matthäeus.

 E aí vão os grupos.

 

GRUPO A

 FC Bayern Munique

Villareal CF

Manchester City FC

SSC Napoli

 A princípio, o Bayern é favorito por ter mais camisa. Mas o grupo é mais complexo do que se imagina. O Manchester City é o novo rico que pretende abrir caminho na marra se necessário. Villareal e Napoli se duelaram na última Europa League com o sucesso dos espanhóis. Se tudo correr nos eixos, passam Bayern e City. Só que o futebol espanhol está por cima e o Villareal pode surpreender. Seria salutar para o futebol italiano a classificação do Napoli. Bom teste internacional para o City que terá que provar que veio para ficar.

 

 GRUPO B

 FC Internazionale

PFC CSKA Moskva

LOSC Lille Métropole

Trabzonspor AS

 

Figo deu sorte para Inter e Real Madrid

Massimo Moratti agradece aos santos em sua mansão na província de Milão. Claro, nem tudo são flores e a Inter terá aquela viagem gostosa até Moscou correndo o risco de encarar já uns 10 graus negativos, mas tudo bem. Atenção deve ser dada ao Lille francês. Já os turcos do Trabzonspor caíram de pára-quedas com a eliminação do Fenerbahce por investigações sobre manipulação de resultados que envolvem o clube.

 

 

 

GRUPO C

 Manchester United FC

SL Benfica

FC Basel 1893

FC Otelul Galati

 Alex Ferguson também deve estar de joelhos no seu campo de golfe predileto agradecendo aos céus pelo grupo que o sorteio lhe proporcionou. Moleza para o United que só terá preocupações na UCL a partir de março quando começam as oitavas. De sobra, o Benfica tem tudo para superar o Basel e os campeões romenos do Otelul Galati.

 

 GRUPO D

 Real Madrid CF

Olympique Lyonnais

AFC Ajax

GNK Dinamo Zagreb

 Mais uma baba para um dos favoritos, o Real Madrid. Com isso, José Mourinho poderá dedicar seu tempo a elaborar planos mirabolantes para frear o Barcelona. O Lyon veio da pré-champions. Tem sido o rei do futebol francês nos últimos anos e tem Michel Bastos em boa fase. O Ajax teve seus momentos de glória no passado, mas há muito que o futebol holandês não produz times condizentes com o potencial do país para esporte bretão. E o Dinamo Zagreb também tentará a segunda vaga do grupo.

 

 GRUPO E

 Chelsea FC

Valencia CF

Bayer 04 Leverkusen

KRC Genk

 Será bom o duelo entre Chelsea, Valencia e Bayer Leverkusen por duas vagas, ainda que os ingleses sejam os favoritos do grupo. O Valencia se firmou como terceira força espanhola há tempos, mas o fosso que o separa de Barcelona e Real Madrid ainda é enorme. Os belgas do Genk serão azarões.

 

 GRUPO F

 Arsenal FC

Olympique de Marseille

Olympiacos FC

Borussia Dortmund

 Em condições normais de temperatura e pressão, o Arsenal poderia ser considerado favorito, mas os “Gunners” deixaram Cesc Fábregas e Samir Nazri baterem asas e voar para clubes rivais na Champs. De quebra não contrataram. Resultado: favoritismo em risco, alto risco. Quando o Borussia Dortmund caiu no grupo na última rodada do sorteio, a chave equilibrou-se ainda mais. O Olympique de Marseille pode tirar pontos de ingleses e alemães. Os gregos do Olympiacos buscarão a sabedoria dos filósofos clássicos para conseguirem algo.

 

 GRUPO G

 FC Porto

FC Shakthar Donetsk

FC Zenit St. Petersburg

APOEL FC

 Nem parece grupo de Champions League. Soa mais para Liga Europa. O Porto também não pode reclamar tanto assim. Se bem que terá companhia do destemido Shakthar Donetsk, time recheado de brasileiros que não tem medo de atacar. O ruim para os lusos será ter que viajar para as “calorosas” Ucrânia e Rússia, além do turismo pelo Chipre do APOEL.

 

 GRUPO H

 FC Barcelona

AC Milan

FC BATE Borisov

FC Viktoria Plzen

 Ao começar o sorteio, após a primeira rodada de definição, o comentário geral era: “grupo da morte”. Aí vieram BATE Borisov e Plzen. Ou seja, grupo praticamente definido, salve zebras homéricas. É Barcelona em primeiro e Milan em segundo. Valerá pelos dois confrontos entre Barça e Milan. Massimiliano Allegri, técnico a serviço de Sua Majestade Sílvio Berlusconi, poderá testar o “catenaccio” italiano contra o melhor time do mundo. Conseguirá ele o que nem Mourinho tem conseguido?