Ferozes Futebol Clube com nova casa, nova cara. Vestindo sua nova camisa.
Ainda na comemoração pelo lançamento de nosso novo site, da nova roupagem do Ferozes FC, criamos uma coluna conjunta, onde cada um escolheu a camisa de seu time de coração que mais marcou sua vida.
Além de marcar o início de nossas atividades na nova casa, trata-se de uma justa homenagem às instituições que tanto amamos e que são as principais razões da existência do FFC.
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João Paulo Tozo
Camisa – Palmeiras de 1993
O dia 12 de junho de 1993 não foi somente mais um dia dos namorados. Foi o mais doce de todos os dias dos namorados. E nem namorada eu tinha ainda.
Mas eu tinha meus heróis em verde e branco. Menos verdes que de costume – a co-gestora de uma era dourada havia acabado de chegar e com ela as listas no tom de seu principal produto ganhavam espaço no manto alviverde que marcou para todo o sempre a vida desse pobre escriba – Mas heróis alviverdes em essência. Palmeiras no emblema, no coração e na alma.
Acabava ali, naquele 12 de junho, numa tarde gelada de sábado, no alto de meus 14 anos, um jejum impiedoso, desgostoso e angustiante. Acabava ali, da maneira mais espetacular possível, tão espetacular que nem mesmo o melhor dos roteiristas, ainda que palmeirense, conseguiria imaginar e roteirizar.
Os heróis: Sérgio, Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; Daniel Frasson, Cesar Sampaio, Zinho e Edilson; Edmundo e Evair (o protagonista).
O “vilão”: Eles
O título da película: “Palmeiras 4X0 Corinthians – Palmeiras Campeão Paulista de 1993 – O Mais Doce Dos Doces Dias dos Namorados”
A camisa:
Gregório Possa
Camisa – Santos de 2002
A história dessa camisa é simplesmente inesquecível para mim, com 10 anos de idade ainda não havia tido a oportunidade de ver o meu time campeão de um título expressivo.
A equipe formada para a temporada de 2002 era formado por garotos totalmente desconhecidos e inexperientes.
Lembro-me claramente do momento em que meu pai e eu, viajando, no trânsito da estrada, comemoramos a classificação para a fase final, graças a uma vitória do Gama sobre o Coritiba. O oitavo lugar nos colocava em desvantagem contra qualquer adversário dali por diante e ainda teríamos que encarar o time mais forte da competição até então, o poderoso São Paulo, dono da melhor campanha da primeira fase.
A terceira geração de meninos da vila engrandeceu no momento decisivo do campeonato e chegou até a final com duas vitórias sobre o São Paulo (3×1 e 1×2) e eliminando o Grêmio (3×0 na Vila e derrota por 1×0 no Olímpico).
A grande final seria contra o Corinthians, campeão do Rio – SP e da Copa do Brasil naquele mesmo ano.
O segundo jogo daquela final marcou minha vida como santista. O lance das 8 pedaladas do garoto Robinho, que estava usando exatamente essa camisa listrada com o n° 7 gravado em suas costas, é reproduzido até hoje em minha mente, cada vez que lembro daquela histórica partida. Mesmo sofrendo a virada, após o gol de Robinho, eu sabia que nada poderia tirar esse sentimento de mim, nada poderia conter a minha alegria. O endiabrado Robinho e a muralha Fábio Costa foram os personagens do dia mais feliz da minha vida – (15/02/2002 – Santos 3 x 2 Corinthians).
A camisa:
Karen Bachega
Camisa – Corinthians de 1976
1976 – A invasão Corintiana ao Maracanã foi um evento em que 147 mil torcedores foram ao Maracanã para assistir partida única da fase semifinal do Campeonato Brasileiro disputado contra o Fluminense. Calcula-se que cerca de 70 mil eram torcedores corintianos que se deslocaram de São Paulo em direção a capital fluminense de ônibus, trem ou avião, para assistir este espetáculo. Feito nunca visto antes em lugar algum. Momento emocionante que vale a pena ver de novo. http://www.youtube.com/watch?v=Jm7b6P1f6ck&feature=player_embedded#!.
(na foto, Basilio)
A camisa:
Edivando Reis
Camisa – São Paulo de 1992
O motivo de inveja de alguns clubes de nosso estado é esta camisa. Essa que trouxe uma alegria imensa para torcedores aficionados. Essa é de 1992 e com ela veio o título de maior orgulho dentro do clube.
Quem não se lembra do nosso maior técnico e professor, Tele Santana, que assumiu o São Paulo em 1990 e em 1992 conseguiu o tão almejado titulo das Américas.
Sim, nosso primeiro título da Libertadores da América e consequentemente nosso primeiro título mundial.
Essa camisa dá orgulho e faz os são-paulinos estufarem o peito para falar: Campeão Mundial.
Um dos times de melhor entrosamento e objetividade de todos os tempos.
Lembra da escalação? Não?!
Então aqui vai:
Zetti.
Vitor, Adilson, Ronaldão e Ronaldo Luis
Pintado, Cerezo e Raí
Cafu, Palhinha e Muller.
A camisa:
Rene Crema
Camisa – Palmeiras 1999
Foi nessa temporada que o time decolou para o mundo. Lembrar do verde, sim, mas a camisa que mais pesou aquele ano foi a de São Marcos. Uma camisa que sempre foi tão abençoada, encontrou ali sua maior glória.
A camisa:
Leandro A. C. Rosa
Camisa – Corinthians 2008
O Corintiano é um sofredor por natureza. Faz parte da mística do clube e do folclore da torcida. “Corintiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus”, canta a Fiel com o orgulho de quem em sua maioria, vem de origem humilde. E não obtêm suas vitórias sem muito suor e luta. Conhece o sabor especial de um conquista árdua, gratificante.
A maior derrota do Timão foi sua melancólica queda para a segunda divisão. No começo de 2006, eu me mudei para os EUA e fiquei afastado do futebol por longo período. Ouvi pela internet meu time ser rebaixado e sofri, talvez ainda mais do que aqueles que estavam no estádio. Pra mim foi como ter um membro da família enfermo, e não estar perto para poder apoiar.
Voltei em 2008 e pude ver um novo Corinthians, prestes a iniciar sua jornada pelo segundo pelotão do futebol brasileiro. É notório da torcida se aproximar ainda mais do time em momentos de dificuldade. Quem foi ao Pacaembu sabe, quando o Timão toma um gol, a Fiel canta mais alto. A série B foi uma mais uma afirmação de que a torcida é que tem um time . As provocações dos rivais só inflamavam o orgulho de ser Corinthians. Chegar a final da Copa do Brasil e perder como perdemos foi mais um golpe duro. Mais um motivo pra cantar mais alto.
A volta a primeirona foi um alívio, mais do que uma festa. O melhor estava por vir.
O final feliz dessa epopéia se daria em 2009. O sentimento corintiano já estava latente, quando um boato absurdo até então, é confirmado em rede nacional. O maior camisa 9 da História vestiria o manto sagrado do Timão. Ronaldo era do Corinthians. E causou um verdadeiro Fenômeno com sua chegada.
Com um time altamente qualificado, conquistou um Campeonato Paulista de forma invicta e também a Copa-BR, que havia escapado ano anterior.
Existem várias camisas históricas do Timão: A primeira, em bege, centenária. A dos campeões do quarto – centenário, belíssima como sua época. A 8 de Basílio, infinita. As democráticas camisas de Sócrates, Vladimir e Cia. A 10 de Neto, mais bonita do Brasil.
A 7 de Marcelinho, mais bonita do mundo. A 10 de Tevez, que apesar da sujeira nela jogada, permanece alva e um quiçá celeste.
Mas o modelo 2008/2009, além de ser esteticamente linda, é a preferida, por representar pra mim o que é ser corintiano.
Salve!
A camisa: