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NOITE DE VALDÍVIA

Texto: João Paulo Tozo

Imagem: Celio Messias

 

O Palmeiras esteve perto de perder para uma equipe que tem apenas uma vitória no Paulistão, além de outros 7 empates e 3 derrotas. Sem Kleber, mas com Luan, Adriano, Tinga e Valdívia, a realidade é que o Verdão dependia única e exclusivamente da inspiração do chileno.

Acho que Felipão erra ao escalar Tinga como armador. Em minha opinião ele renderia muito mais atuando como 2º volante. Mas isso não serve de desculpas para a nulidade que tem sido o seu jogo. Com Adriano é uma no cravo, outra na ferradura e outra na arquibancada. Não pode se esperar dele a solução da inoperância ofensiva do time. E Luan é o Luan de sempre. Esforçado, apenas isso.

É bem verdade que a vitória só veio depois de mais uma vez o Palmeiras jogar com um jogador a mais. Mas é mais verdade ainda que quando se tem Valdivia em campo, não tem por que se jogar a toalha previamente.

O bichão é marrento, reclama de tudo e de todos, apanha o jogo todo e de um tempo pra cá vem dando suas pancadas também. Já mandou Ceni e mais recentemente Alex Silva se calarem. Isso irrita boa parte dos analistas de plantão, irrita mais ainda o torcedor rival, que sistematicamente tenta diminuir a condição técnica do chileno.

Fato é que ele é muito acima da média, sobretudo da média que temos hoje no futebol brasileiro. E como tal precisa ser cobrado. Como tal precisa chamar o jogo para si. Mais ainda em um Palmeiras que tem nele sua única fonte de imaginação. Como tal, ele precisa decidir jogos como fez ontem. Em duas jogadas sensacionais. Ainda que tabelando com Vinicius, que quase perde o gol feito doado pelo chileno. Ainda que dê gol para Adriano, que desperdiçou a chance de ouro. Ainda que….enfim.

Tecnicamente apagado no jogo, Valdívia vinha fazendo função tática que não é muito a sua praia – marcação na saída de bola adversária. Ainda assim armou o time quando deu e colocou os parceiros em condições de fazer o que deles se espera. Visto que nada disso surtia efeito, tirou da cartola a nova arma de seu arsenal. Em cobrança de falta magistral, daquelas que nem Assunção vem acertando, empatou o jogo para o Verdão. Aos 37 do 2º tempo.

Na jogada seguinte fez grande jogada individual e achou Vinicius entrando sozinho na direita, deu passe preciso para o atacante finalizar e virar o jogo.

O camisa 10, que literalmente decidiu a partida, merece sim mais boa vontade dos que analisam seu jogo. Como armador preciso que é, necessita de companhia mais qualificada para que suas jogadas não sejam desperdiçadas como vem acontecendo sistematicamente.

E o Palmeiras, como enorme que é, merece mais uns dois ou três “Valdívias” no seu time.

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Despeço-me do camarada que me acompanha com um petardo do Alice in Chains, que serve também de homenagem ao baixista Mike Starr, que esteve no AIC de 1987 a 1993 e participou das composições dos fantásticos discos “Facelift” e “Dirt” e que infelizmente faleceu na última terça-feira. Despeço-me como Angry Chair, do Alice in Chains:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=eW3p9kN30u0 [/youtube]

Mais sobre Mike Starr:

http://www.ferozesfc.com.br/rip-mike-starr/

Cheers,

MINHAS VERDADES. POUCAS E “BOAS”

Baseado na ótima coluna do Leandro sobre as verdades corintianas, resolvi elaborar uma lista de situações onde colocarei as minhas verdades. As minhas, não exatamente as de vocês, não exatamente uma verdade verdadeira, mas aquela verdade na qual eu acredito. Vejamos se batem com as de vocês.

Carnaval é uma delícia. Em São Paulo o frisson pelos desfiles das escolas de samba começa já na sexta. Mas a verdade é que eu pouco me interesso por desfiles. Meu barato são mesmo os dias de mamata, de pés para o alto, de completo desbunde. Cervejas, churrascos, pessoas amadas e queridas ao lado. Valeu, festa do povo.

-O Mano convocou a seleção da CBF para amistoso contra a Escócia. Robinho ficou de fora. Lúcio, Elano e Maicon estão de volta. Lucas foi convocado pela 1ª vez. Tudo certinho. A verdade é que desde que saiu do Santos pela 1ª vez Robinho nunca jogou o suficiente para ser jogador de seleção, mais ainda capitão, como vinha sendo com Mano. Lucio é ainda o melhor zagueiro que temos. Maicon o melhor lateral direito, apesar de que o momento de Daniel Alves seja melhor.  Elano a meu ver é um ótimo jogador para clubes. Não para a seleção. Foi um dos poucos destaques do Brasil na Copa passada, para se ter uma idéia do nível técnico da seleção dunguista. Mas a verdade é que hoje, com a contusão de Ganso e a queda vertiginosa de Kaka, não temos grandes opções para o meio. Lucas está lá e mais nada. Cabe sim o Elano dessa vez.

-Mas a minha grande verdade sobre a seleção é que eu pouco me importo com a seleção da CBF. Meu negócio é futebol de clubes. Ainda quando é em Copa do Mundo ou em algum amistoso contra algum país de ponta, vá lá. De resto, pouco me anima.

-Esse papo de Clube dos 13, Globo e CBF já está torrando a paciência. A verdade é que não há mocinhos, apenas vilões. Alguns são vilões do Chapolin, bonachões, “inocentões”. Outros são vilões da Cosa Nostra. Esses manipulam facilmente os vilõezinhos do chapolin com conchavos, com migalhas. A verdade é que no final todos sabemos de que lado todos irão ficar. E sabemos também que o futebol e o torcedor serão os maiores prejudicados, seja lá que acerto for feito. Os clubes também serão. Ou alguém acha que o pensamento dos dirigentes é o bem do próprio clube?

-A Sandy escolhida como a nova “devassa” da cerveja Devassa é o assunto da moda. Que pela saco! Ela é bonitinha até, mas é sem gracinha, sem salzinho, já afirmou que não bebe cerveja nem sem álcool. Mas a verdade é que a escolha dela foi um tiro certeiro de quem está cuidando da conta da cerveja. Fosse qualquer “devassa” de renome nacional e o impacto não teria sido nem perto do que tem acontecido. Ninguém em sã consciência imagina que os caras escolheram a pequena por ela evocar AQUELE espírito de devassidão, né? Não há inocência. É pura malandragem. A cerveja Devassa é hoje a mais comentada do país. Essa é a verdade. Ponto!

-“Noel Gallagher, seu irmão mais novo está mais veloz que você. Confirma que compreendeu o recado?”. Ah malandragem! Desde “Be Here Now” que neguinho sempre quis por fim ao Oasis. Banda que estoura demais virá “artificial”, cai na mesmice. Afirmam os doutores da musicalidade e dos lançadores de melhores bandas da próxima semana. Precisam sempre apontar a próxima tendência. Tudo mala sem alça! A verdade e que se não conseguiu mais lançar algo próximo de Definitely Maybe e Morning Glory, o Oasis ainda lançou discos melhores que a grande maioria das bandinhas da moda desde então. Vampire Weekend? Dá um tempo! Mas enfim o sonho desses virou realidade. O Oasis acabou. Mas a cornetagem continuou.  Se não havia mais banda, ainda existiam os personagens principais – Noel e Liam Gallagher. Liam é muito estrelinha, e de fato é. Mas isso é irritante demais para os nossos formadores de opinião de plantão. Então Noel foi eleito para continuar tendo uma carreira sagaz, quem sabe lançando um disco “rock n roll” de verdade. Nada disso. Quem deu a volta por cima 1º e lançou um discaço de rock foi o irmão mais novo, o estrelinha. Liam e o seu Beady Eye, que conta ainda com os remanescentes do Oasis (Gem Archer, Andy Bell e Chris Sharrock), lançou uma bolacha simples, de rock visceral, despretensioso, sem frescuras. Eu que gosto “pouco”, achei um tesão. Os plantonistas da corneta cravaram: “vergonha alheia o disco”. Nem escutaram direito. Vergonha é viver esperando o melhor lançamento de todos os tempos semana após semana.

É isso, felas. Algumas verdades que são só minhas, mas que podem ser suas, caso queiram. Um excelente carnaval a todos.

Ouça e veja Beady Eye:

CHOQUE-REI TERMINA EMPATADO NO “PISCINÃO” DO MORUMBI

Em um mundo ideal, São Paulo e Palmeiras não teriam entrado em campo ontem. Ainda que a drenagem do Morumbi tenha se mostrado eficiente, o que caiu de chuva antes da partida era suficiente para vazar um piscinão que estivesse abaixo do gramado.  Mas sabe-se que a pressão da mídia, seja por falta de data ou por falta de respeito mesmo, deve te sido imensa para que a bola “aquarolasse”.

Lucas prejudicado pelo estado do gramado pouco produziu e o começo de jogo foi verde, ainda que com Luan sendo Luan e Tinga não sendo até agora o que se esperava de uma aposta de craque. Kleber isolado mais uma vez pelo esquema, mas tendo Valdívia mais próximo, tentava se achar do que jeito que dava no meio das muralhas tricolores, mas efetivamente pouco acontecia no pseudo ataque palmeirense.

E foi exatamente no setor em que o Palmeiras mais carece que o São Paulo tratou de se virar. Fernandinho recebeu bola nas costas de Cicinho e fuzilou Deola, quando a chuva fuzilou a energia do estádio na sequencia. 15 minutos depois a luz voltou, mas o Palmeiras continuou em seu blackout técnico ofensivo. O São Paulo foi melhor e fez por merecer a vitória na 1ª etapa.

Se ofensivamente o Palmeiras peca, sua defesa com até então 4 gols sofridos é digna de elogios, certo? Mas com Thiago Heleno e Leandro Amaro sendo a dupla? Sinceramente não sei como o Verdão tem conseguido sustentar essa ótima baixa média de gols sofridos. Deve ser magia felipônica. Ainda quando se tem Danilo vá lá, mas amarelado, Felipão trocou o bom zagueiro pelo (sendo razoável) esforçado Leandro Amaro. Essa dupla de zaga é digna de “#darintasfeeling”

Mas quando tudo dava a entender que o SP daria o tom da partida até o final, o ótimo Alex Silva deu uma de Thiago Heleno e agrediu Adriano, que havia acabado de entrar. Agrediu sim. O próprio jogador assumiu culpa no lance após a partida. E foi justamente expulso por isso.

O jogador a mais deu novamente maior volume de jogo ao Palmeiras, que voltou a deflagrar sua inoperância ofensiva. Muito criava, mas pouco aproveitava, e somente em disparos de longa distância.

Até que Adriano resolveu dar luz as apostas em seu jogo de velocidade e sua boa média de gols na temporada passada. 1º recebeu em velocidade, ganhou do zagueiro e perdeu gol incrível em uma baita defesa de Ceni. Mas na sequencia não deu chance pro azar e após boa trama de Valdívia e Kleber, recebeu bola adocicada do Gladiador e dessa vez mandou no canto esquerdo de Ceni.

Pode ser Adriano um bom parceiro de ataque para Kleber? Não sei. Ontem entrou bem, mas ainda não passa a firmeza necessária. O Palmeiras precisa urgentemente qualificar a cia de Kleber no ataque, caso contrário terá de viver de superação, o que é temerário.

O placar final do bom Choque-Rei acabou sendo justo. Mas fez o Palmeiras cair para a 3ª colocação, enquanto o São Paulo ficou na 4ª.

Morumbi virou piscina (foto de Eduardo Viana)

Vou me despedindo do camarada feroz que me acompanha ao som de uma das minhas bandas oitentista predileta: Depeche Mode – Everything Counts

http://www.youtube.com/watch?v=oC5qaA7mSBw

Cheers,

25 DE FEVEREIRO – DIA NACIONAL DO FEROZ

A presidente Dilma tem que levar essa questão logo à discussão. Afinal, quando teremos feriado nacional em 25 de fevereiro?

Há exatos 3 anos subiamos a 1ª postagem do recém formado blog FEROZES FUTEBOL CLUBE.

3 anos! Minha 3ª sobrinha querida nem era nascida. O Palmeiras viria a conquistar seu último título desde então. O São Paulo conquistaria o tri do BR. O Corinthians estava na série B. O Santos ainda não vivia a era dourada de Neymar e Ganso. A Copa do Mundo viria 2 anos depois. Lula atingia aprovação recorde de seu governo. Eu ainda era da turma dos “vinte”.

No 25 de fevereiro de 2008 estreava o Ferozes FC. E para marcar a data, trago a reprodução daquela estréia. O nosso “olá mundo”

“Puxe uma cadeira, peça um copo – a cerveja é por nossa conta.”

Quais são as diversas formas de se enxergar o futebol? O que pode acontecer quando um bando de ferozes apaixonados por futebol, que tem talvez na música o seu elo de união, se juntam para contar suas impressões das rodadas que se sucedem? Palmeirenses, São-Paulinos, Santistas, Corintianos, Flamenguistas(??). A fauna é extensa e a ferocidade equivalente.

Aliás, o que quer dizer a tão propagada palavra “feroz”?

O Michaelis diz o seguinte: fe.roz
adj (lat feroce) 1 Que tem natureza de fera. 2 Cruel. 3 Que nada teme. 4 Arrogante, ameaçador. 5 Insolente. sup abs sint: ferocíssimo.

Contudo o nosso feroz tem um uso um tanto quanto diferenciado do normal.

Explicar? Complicado! Exemplos?

Hmmm, vejamos: Rapazote está jogando palitinho com um camarada numa mesa de boteco e repentinamente surge uma garota cheia de ginga na mesa ao seu lado. Ao fundo rola um som suingado e as cervejas já fazem um certo efeito na cabeça do nosso “herói”. A gata é estonteante e ele não resiste, então dirigi-se à ela e solta a pérola:”Oi, como você quer ser acordada amanhã? Quer que eu te ligue ou que eu te cutuque?” Este cara é feroz pra caramba!

Mas melhor do que qualquer exemplo, vamos colocar aqui a definição daquele que foi responsável pelo termo: como diria o Mestre Bode: “feroz é aquele que vai pra cima”.

Sacou? Não?

Então basta ficar de olho nessa patifaria que logo você aprende e quem sabe acaba se descobrindo como um verdadeiro feroz.

Sejam todos bem vindos ao Ferozes Futebol Clube.

Nosso 1º header: O goleiro Ricardo, ex seleção de Portugal, tentando defender o logo do FFC e evidentemente não conseguindo. Golaço, no canto, indefensável!

Por: João Paulo Tozo.

AS CAMISAS DE NOSSAS VIDAS

Ferozes Futebol Clube com nova casa, nova cara. Vestindo sua nova camisa.

Ainda na comemoração pelo lançamento de nosso novo site, da nova roupagem do Ferozes FC, criamos uma coluna conjunta, onde cada um escolheu a camisa de seu time de coração que mais marcou sua vida.

Além de marcar o início de nossas atividades na nova casa, trata-se de uma justa homenagem às instituições que tanto amamos e que são as principais razões da existência do FFC.

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João Paulo Tozo

Camisa – Palmeiras de 1993

O dia 12 de junho de 1993 não foi somente mais um dia dos namorados. Foi o mais doce de todos os dias dos namorados. E nem namorada eu tinha ainda.

Mas eu tinha meus heróis em verde e branco. Menos verdes que de costume – a co-gestora de uma era dourada havia acabado de chegar e com ela as listas no tom de seu principal produto ganhavam espaço no manto alviverde que marcou para todo o sempre a vida desse pobre escriba – Mas heróis alviverdes em essência. Palmeiras no emblema, no coração e na alma.

Acabava ali, naquele 12 de junho, numa tarde gelada de sábado, no alto de meus 14 anos, um jejum impiedoso, desgostoso e angustiante. Acabava ali, da maneira mais espetacular possível, tão espetacular que nem mesmo o melhor dos roteiristas, ainda que palmeirense, conseguiria imaginar e roteirizar.

Os heróis: Sérgio, Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; Daniel Frasson, Cesar Sampaio, Zinho e Edilson; Edmundo e Evair (o protagonista).

O “vilão”: Eles

O título da película: “Palmeiras 4X0 Corinthians – Palmeiras Campeão Paulista de 1993 – O Mais Doce Dos Doces Dias dos Namorados”

A camisa:

Gregório Possa

Camisa – Santos de 2002

A história dessa camisa é simplesmente inesquecível para mim, com 10 anos de idade ainda não havia tido a oportunidade de ver o meu time campeão de um título expressivo.

A equipe formada para a temporada de 2002 era formado por garotos totalmente desconhecidos e inexperientes.

Lembro-me claramente do momento em que meu pai e eu, viajando, no trânsito da estrada, comemoramos a classificação para a fase final, graças a uma vitória do Gama sobre o Coritiba. O oitavo lugar nos colocava em desvantagem contra qualquer adversário dali por diante e ainda teríamos que encarar o time mais forte da competição até então, o poderoso São Paulo, dono da melhor campanha da primeira fase.

A terceira geração de meninos da vila engrandeceu no momento decisivo do campeonato e chegou até a final com duas vitórias sobre o São Paulo (3×1 e 1×2) e eliminando o Grêmio (3×0 na Vila e derrota por 1×0 no Olímpico).

A grande final seria contra o Corinthians, campeão do Rio – SP e da Copa do Brasil naquele mesmo ano.

O segundo jogo daquela final marcou minha vida como santista. O lance das 8 pedaladas do garoto Robinho, que estava usando exatamente essa camisa listrada com o n° 7 gravado em suas costas, é reproduzido até hoje em minha mente, cada vez que lembro daquela histórica partida. Mesmo sofrendo a virada, após o gol de Robinho, eu sabia que nada poderia tirar esse sentimento de mim, nada poderia conter a minha alegria. O endiabrado Robinho e a muralha Fábio Costa foram os personagens do dia mais feliz da minha vida – (15/02/2002 – Santos 3 x 2 Corinthians).

A camisa:

Karen Bachega

Camisa – Corinthians de 1976

1976 – A invasão Corintiana ao Maracanã foi um evento em que 147 mil torcedores foram ao Maracanã para assistir partida única da fase semifinal do Campeonato Brasileiro disputado contra o Fluminense. Calcula-se que cerca de 70 mil eram torcedores corintianos que se deslocaram de São Paulo em direção a capital fluminense de ônibus, trem ou avião, para assistir este espetáculo. Feito nunca visto antes em lugar algum. Momento emocionante que vale a pena ver de novo. http://www.youtube.com/watch?v=Jm7b6P1f6ck&feature=player_embedded#!.
(na foto, Basilio)

A camisa:

Edivando Reis

Camisa – São Paulo de 1992

O motivo de inveja de alguns clubes de nosso estado é esta camisa. Essa que trouxe uma alegria imensa para torcedores aficionados. Essa é de 1992 e com ela veio o título de maior orgulho dentro do clube.

Quem não se lembra do nosso maior técnico e professor, Tele Santana, que assumiu o São Paulo em 1990 e em 1992 conseguiu o tão almejado titulo das Américas.

Sim, nosso primeiro título da Libertadores da América e consequentemente nosso primeiro título mundial.

Essa camisa dá orgulho e faz os são-paulinos estufarem o peito para falar: Campeão Mundial.

Um dos times de melhor entrosamento e objetividade de todos os tempos.

Lembra da escalação? Não?!

Então aqui vai:

Zetti.

Vitor, Adilson, Ronaldão e Ronaldo Luis

Pintado, Cerezo e Raí

Cafu, Palhinha e Muller.

A camisa:

Rene Crema

Camisa – Palmeiras 1999

Foi nessa temporada que o time decolou para o mundo. Lembrar do verde, sim, mas a camisa que mais pesou aquele ano foi a de São Marcos. Uma camisa que sempre foi tão abençoada, encontrou ali sua maior glória.

A camisa:

Leandro A. C. Rosa

Camisa – Corinthians 2008

O Corintiano é um sofredor por natureza. Faz parte da mística do clube e do folclore da torcida. “Corintiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus”, canta a Fiel com o orgulho de quem em sua maioria, vem de origem humilde. E não obtêm suas vitórias sem muito suor e luta. Conhece o sabor especial de um conquista árdua, gratificante.

A maior derrota do Timão foi sua melancólica queda para a segunda divisão. No começo de 2006, eu me mudei para os EUA e fiquei afastado do futebol por longo período. Ouvi pela internet meu time ser rebaixado e sofri, talvez ainda mais do que aqueles que estavam no estádio. Pra mim foi como ter um membro da família enfermo, e não estar perto para poder apoiar.

Voltei em 2008 e pude ver um novo Corinthians, prestes a iniciar sua jornada pelo segundo pelotão do futebol brasileiro. É notório da torcida se aproximar ainda mais do time em momentos de dificuldade. Quem foi ao Pacaembu sabe, quando o Timão toma um gol, a Fiel canta mais alto. A série B foi uma mais uma afirmação de que a torcida é que tem um time . As provocações dos rivais só inflamavam o orgulho de ser Corinthians. Chegar a final da Copa do Brasil e perder como perdemos foi mais um golpe duro. Mais um motivo pra cantar mais alto.

A volta a primeirona foi um alívio, mais do que uma festa. O melhor estava por vir.

O final feliz dessa epopéia se daria em 2009. O sentimento corintiano já estava latente, quando um boato absurdo até então, é confirmado em rede nacional. O maior camisa 9 da História vestiria o manto sagrado do Timão. Ronaldo era do Corinthians. E causou um verdadeiro Fenômeno com sua chegada.

Com um time altamente qualificado, conquistou um Campeonato Paulista de forma invicta e também a Copa-BR, que havia escapado ano anterior.
Existem várias camisas históricas do Timão: A primeira, em bege, centenária. A dos campeões do quarto – centenário, belíssima como sua época. A 8 de Basílio, infinita. As democráticas camisas de Sócrates, Vladimir e Cia. A 10 de Neto, mais bonita do Brasil.

A 7 de Marcelinho, mais bonita do mundo. A 10 de Tevez, que apesar da sujeira nela jogada, permanece alva e um quiçá celeste.

Mas o modelo 2008/2009, além de ser esteticamente linda, é a preferida, por representar pra mim o que é ser corintiano.

Salve!

A camisa: