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ALTERAÇÃO NA CBF: SAI 6 E ENTRA MEIA DÚZIA.

A boca minúscula e cheia de felicidade tem dado conta de que o presidente da CBF, Ricardinho Teixeira, irá pedir demissão do cargo.

“ALELUIA, MOTHEFUCKERS”, podem pensar os mais entusiasmados.

Repense essa questão, meus caros.

Primeiro que a idéia de trazer ao mundo essa boa nova justamente em épocas carnavalescas trata-se de uma grande movimentação do ainda estrategista Teixeira. Afinal, as zabumbas, cuícas e ziriguiduns irão certamente fazer mais barulho do que qualquer trama Ricardista. E em meio a essa sinfonia podem surgir das trevas os seus intrépidos “sucessores”. Pela ordem:

-José Maria Marin: O Zé das Medalhas. Responsável pela cena mais patética do ano futebolístico que está apenas começando, quando furtivamente “deixou cair” em seu bolso a medalha de campeão da Copa SP de Jrs de um dos jogadores do Corinthians.

– Fernando Sarney: Filho do José. Irmão da Roseana. Investigado na chamada “Operação Faktor”, acusado de desvios de verba pública ao longo de 10 anos. Fernando é adepto da censura aos meios de comunicação. Em 2009 solicitou ao TJD que impedisse o jornal O Estado de SP de publicar informações acerca da Operação Faktor.

O futebol brasileiro está lascado (para não dizer outra coisa), mas muitíssimo bem pago. Só não se sabe a quem.

Como visto, a saída de Ricardo Teixeira pode não ser um golaço assim tão grande do futebol brasileiro.

PIADA PRONTA

Parece piada pronta. Mas depois de fazer um calor senegalês ao longo de todos os dias do ano, a pausa veio exatamente quando a rapaziada teve também sua pausa para apreciar o bom tempo. Tempo frio e chuvoso ao longo de todo o carnaval. Calor senegalês de volta assim que a rotina da labuta retornou.

Parece piada também, mas não é. Tem gente querendo aplicar a teoria do “e se…” na incontestável vitória do Barcelona sobre o Arsenal pelas 8ª´s de final da Champions League. O “e se …” aplica-se a expulsão exagerada de Van Persie, quando o jogo estava 1X1. Poderia ter dado mais jogo se o atacante holandês continuasse? Provavelmente o massacre não teria sido tão grande. Mas ainda assim seria massacre, como já vinha sendo. O bom Arsenal caiu no erro de dar campo para o espetacular Barcelona de Iniesta, Xavi e do gênio Messi. Atuou recuado demais ao longo de todo o jogo e não somente quando se viu com um jogador a menos. Em 2010 só a Inter de Mourinho, com o seu perfeito sistema defensivo foi capaz de parar o Barça. Dessa vez Mourinho está no Real Madrid. Lá não existe a mesma perfeição defensiva da Inter da temporada passada. Há a camisa do maior rival do Barça. Talvez a única situação de equilíbrio entre os times . A Inter não tem mais Mourinho e não tem mais a mesma pegada de 2010. Talvez o Manchester United possa fazer frente ao Barça. Mas caso ocorra será na superação. Não há no mundo, hoje, time que faça frente ao Barcelona de Messi.

Adriano, “o Imperador” (não sei de quem) é piada pronta há anos. É um caso típico de jogador que teve seu jogo supervalorizado, mas que correspondeu a expectativa raríssimas vezes. É péssimo exemplo profissional. Rasga contratos com seus clubes como se rasgasse papel higiênico e ainda dá prejuízo financeiro. Só a Roma gastou mais de 10 mil reais para cada minuto em que Adriano esteve em campo (dados de Gian Oddi no Bate-Bola da ESPN de ontem). O centroavante, por sua vez, não marcou um único gol pelo clube. Até demorou, mas a Roma enfim rompeu seu contrato com o piadista. Agora se especula que possa voltar para o Flamengo. A boca pequena diz que Palmeiras e Corinthians correm por fora. Com Liedson o Corinthians não precisa de um centroavante. Sem centroavante, sem gols, sem ofensividade, o Palmeiras clama por um homem gol, não por um problema que custa caro. Adriano não justifica o investimento de 1 real furado há tempos. Tanto Palmeiras quanto Corinthians não precisam de problemas extras.

Voltando ao Carnaval, mas ainda no Corinthians. A piada estava pronta e Jucilei não deixou passar batida. Após a 5ª colocação da Gaviões da Fiel no Carnaval paulistano, o ex volante alvinegro soltou em seu twitter a seguinte mensagem: “”Engraçado? pq a gavioes nao foi campeao do carnaval de sao paulo ? era pra ser né eles quer qui agente ganha tudo muito engraçado” – Traduzindo: “Por que a Gaviões não foi a campeã do Carnaval de São Paulo? Tinha que ser, né? Afinal, eles querem que o time ganhe tudo. Engraçado”. Clara referência ao episódio em que a torcida organizada foi cobrar o time pela eliminação precoce na Libertadores 2011.

A Vai-Vai foi mais uma vez a campeã do Carnaval Paulistano. O enredo fez justa homenagem ao maestro e pianista João Carlos Martins. Considerado um dos mais sensacionais intérpretes e especialistas da obra de Johann Sebastian Bach, João é também um torcedor fanático da Portuguesa de Desportos. A piada pronta está aí. Quem disse que a Lusa nunca ganha nada?

João Carlos Martins no desfile da Vai-Vai. É a Lusa indo para as cabeças.

Futebol, samba, carnaval. Essas instituições misturam-se demais no Brasil, sobretudo nessa época do ano. Em São Paulo a maior das rivalidades dos campos agora e também travada no sambódromo. Mancha Verde e Gaviões da Fiel protagonizam essa rivalidade no samba. Em 2011, o duelo paralelo entre as escolas foi vencido pela Mancha, 4ª colocada, contra a 5ª posição da Gaviões. Segundo Vitor Campos (@mundoporco), membro da Mancha e meu único camarada que também é carnavalesco, desde a estréia da Mancha no grupo de acesso no ano de 2005, a Gaviões só ficou a frente em 2009. O que dá aí um placar de 6X1 até o momento. Em 2012 (já é ano que vem) ambas ganham a companhia da Dragões da Real, escola de samba de uma das torcidas do São Paulo FC. O trio de ferro paulistano estará também representado no sambódromo.

Piada pronta aqui? Eu comentando sobre carnaval. Manjo tanto quanto o Jucilei é poeta no twitter.

Como quase nada ou nada sei sobre carnaval, despeço-me da ferocidade com o novo petardo do Radiohead, banda de cabeceira desse pobre escriba. No clipe de “Lotus Flower”, Thom Yorke faz uma dancinha que poderia ser facilmente reproduzida no carnaval brazuca.

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Cheers,

MINHAS VERDADES. POUCAS E “BOAS”

Baseado na ótima coluna do Leandro sobre as verdades corintianas, resolvi elaborar uma lista de situações onde colocarei as minhas verdades. As minhas, não exatamente as de vocês, não exatamente uma verdade verdadeira, mas aquela verdade na qual eu acredito. Vejamos se batem com as de vocês.

Carnaval é uma delícia. Em São Paulo o frisson pelos desfiles das escolas de samba começa já na sexta. Mas a verdade é que eu pouco me interesso por desfiles. Meu barato são mesmo os dias de mamata, de pés para o alto, de completo desbunde. Cervejas, churrascos, pessoas amadas e queridas ao lado. Valeu, festa do povo.

-O Mano convocou a seleção da CBF para amistoso contra a Escócia. Robinho ficou de fora. Lúcio, Elano e Maicon estão de volta. Lucas foi convocado pela 1ª vez. Tudo certinho. A verdade é que desde que saiu do Santos pela 1ª vez Robinho nunca jogou o suficiente para ser jogador de seleção, mais ainda capitão, como vinha sendo com Mano. Lucio é ainda o melhor zagueiro que temos. Maicon o melhor lateral direito, apesar de que o momento de Daniel Alves seja melhor.  Elano a meu ver é um ótimo jogador para clubes. Não para a seleção. Foi um dos poucos destaques do Brasil na Copa passada, para se ter uma idéia do nível técnico da seleção dunguista. Mas a verdade é que hoje, com a contusão de Ganso e a queda vertiginosa de Kaka, não temos grandes opções para o meio. Lucas está lá e mais nada. Cabe sim o Elano dessa vez.

-Mas a minha grande verdade sobre a seleção é que eu pouco me importo com a seleção da CBF. Meu negócio é futebol de clubes. Ainda quando é em Copa do Mundo ou em algum amistoso contra algum país de ponta, vá lá. De resto, pouco me anima.

-Esse papo de Clube dos 13, Globo e CBF já está torrando a paciência. A verdade é que não há mocinhos, apenas vilões. Alguns são vilões do Chapolin, bonachões, “inocentões”. Outros são vilões da Cosa Nostra. Esses manipulam facilmente os vilõezinhos do chapolin com conchavos, com migalhas. A verdade é que no final todos sabemos de que lado todos irão ficar. E sabemos também que o futebol e o torcedor serão os maiores prejudicados, seja lá que acerto for feito. Os clubes também serão. Ou alguém acha que o pensamento dos dirigentes é o bem do próprio clube?

-A Sandy escolhida como a nova “devassa” da cerveja Devassa é o assunto da moda. Que pela saco! Ela é bonitinha até, mas é sem gracinha, sem salzinho, já afirmou que não bebe cerveja nem sem álcool. Mas a verdade é que a escolha dela foi um tiro certeiro de quem está cuidando da conta da cerveja. Fosse qualquer “devassa” de renome nacional e o impacto não teria sido nem perto do que tem acontecido. Ninguém em sã consciência imagina que os caras escolheram a pequena por ela evocar AQUELE espírito de devassidão, né? Não há inocência. É pura malandragem. A cerveja Devassa é hoje a mais comentada do país. Essa é a verdade. Ponto!

-“Noel Gallagher, seu irmão mais novo está mais veloz que você. Confirma que compreendeu o recado?”. Ah malandragem! Desde “Be Here Now” que neguinho sempre quis por fim ao Oasis. Banda que estoura demais virá “artificial”, cai na mesmice. Afirmam os doutores da musicalidade e dos lançadores de melhores bandas da próxima semana. Precisam sempre apontar a próxima tendência. Tudo mala sem alça! A verdade e que se não conseguiu mais lançar algo próximo de Definitely Maybe e Morning Glory, o Oasis ainda lançou discos melhores que a grande maioria das bandinhas da moda desde então. Vampire Weekend? Dá um tempo! Mas enfim o sonho desses virou realidade. O Oasis acabou. Mas a cornetagem continuou.  Se não havia mais banda, ainda existiam os personagens principais – Noel e Liam Gallagher. Liam é muito estrelinha, e de fato é. Mas isso é irritante demais para os nossos formadores de opinião de plantão. Então Noel foi eleito para continuar tendo uma carreira sagaz, quem sabe lançando um disco “rock n roll” de verdade. Nada disso. Quem deu a volta por cima 1º e lançou um discaço de rock foi o irmão mais novo, o estrelinha. Liam e o seu Beady Eye, que conta ainda com os remanescentes do Oasis (Gem Archer, Andy Bell e Chris Sharrock), lançou uma bolacha simples, de rock visceral, despretensioso, sem frescuras. Eu que gosto “pouco”, achei um tesão. Os plantonistas da corneta cravaram: “vergonha alheia o disco”. Nem escutaram direito. Vergonha é viver esperando o melhor lançamento de todos os tempos semana após semana.

É isso, felas. Algumas verdades que são só minhas, mas que podem ser suas, caso queiram. Um excelente carnaval a todos.

Ouça e veja Beady Eye: