CHOQUE-REI TERMINA EMPATADO NO “PISCINÃO” DO MORUMBI

Em um mundo ideal, São Paulo e Palmeiras não teriam entrado em campo ontem. Ainda que a drenagem do Morumbi tenha se mostrado eficiente, o que caiu de chuva antes da partida era suficiente para vazar um piscinão que estivesse abaixo do gramado.  Mas sabe-se que a pressão da mídia, seja por falta de data ou por falta de respeito mesmo, deve te sido imensa para que a bola “aquarolasse”.

Lucas prejudicado pelo estado do gramado pouco produziu e o começo de jogo foi verde, ainda que com Luan sendo Luan e Tinga não sendo até agora o que se esperava de uma aposta de craque. Kleber isolado mais uma vez pelo esquema, mas tendo Valdívia mais próximo, tentava se achar do que jeito que dava no meio das muralhas tricolores, mas efetivamente pouco acontecia no pseudo ataque palmeirense.

E foi exatamente no setor em que o Palmeiras mais carece que o São Paulo tratou de se virar. Fernandinho recebeu bola nas costas de Cicinho e fuzilou Deola, quando a chuva fuzilou a energia do estádio na sequencia. 15 minutos depois a luz voltou, mas o Palmeiras continuou em seu blackout técnico ofensivo. O São Paulo foi melhor e fez por merecer a vitória na 1ª etapa.

Se ofensivamente o Palmeiras peca, sua defesa com até então 4 gols sofridos é digna de elogios, certo? Mas com Thiago Heleno e Leandro Amaro sendo a dupla? Sinceramente não sei como o Verdão tem conseguido sustentar essa ótima baixa média de gols sofridos. Deve ser magia felipônica. Ainda quando se tem Danilo vá lá, mas amarelado, Felipão trocou o bom zagueiro pelo (sendo razoável) esforçado Leandro Amaro. Essa dupla de zaga é digna de “#darintasfeeling”

Mas quando tudo dava a entender que o SP daria o tom da partida até o final, o ótimo Alex Silva deu uma de Thiago Heleno e agrediu Adriano, que havia acabado de entrar. Agrediu sim. O próprio jogador assumiu culpa no lance após a partida. E foi justamente expulso por isso.

O jogador a mais deu novamente maior volume de jogo ao Palmeiras, que voltou a deflagrar sua inoperância ofensiva. Muito criava, mas pouco aproveitava, e somente em disparos de longa distância.

Até que Adriano resolveu dar luz as apostas em seu jogo de velocidade e sua boa média de gols na temporada passada. 1º recebeu em velocidade, ganhou do zagueiro e perdeu gol incrível em uma baita defesa de Ceni. Mas na sequencia não deu chance pro azar e após boa trama de Valdívia e Kleber, recebeu bola adocicada do Gladiador e dessa vez mandou no canto esquerdo de Ceni.

Pode ser Adriano um bom parceiro de ataque para Kleber? Não sei. Ontem entrou bem, mas ainda não passa a firmeza necessária. O Palmeiras precisa urgentemente qualificar a cia de Kleber no ataque, caso contrário terá de viver de superação, o que é temerário.

O placar final do bom Choque-Rei acabou sendo justo. Mas fez o Palmeiras cair para a 3ª colocação, enquanto o São Paulo ficou na 4ª.

Morumbi virou piscina (foto de Eduardo Viana)

Vou me despedindo do camarada feroz que me acompanha ao som de uma das minhas bandas oitentista predileta: Depeche Mode – Everything Counts

http://www.youtube.com/watch?v=oC5qaA7mSBw

Cheers,

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