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La Mano de Dios – Para os amigos mineiros

Para os amigos mineiros

É isso aí, com tantos leitores mineiros prestigiando nosso blog, este colunista não poderia deixar o clássico Cruzeiro X Atlético Mineiro passar despercebido!

Jogo aberto, pra frente. Dois times com falhas claras no setor defensivo, mas a Raposa tem Ramires (até quando?). Mesmo com as grandes defesas de Edson, o time da Toca virou no segundo tempo em bela jogada do volante-versátil Ramires.

Clássico é clássico, mas nem sempre é um espetáculo em campo. Foi isso que vimos ontem: dois times que ainda tem muito a melhorar (o Galo mais que o Cruzeiro) e um jogo que foi vencido por um pequeno detalhe: um jogador fora-de-série.

Grande abraço aos amigos de Minas!

Chazinho de Coca – No jogo dos Palestras, uma goleada Verde.

No jogo dos Palestras, uma goleada Verde.

Pressionado pelo péssimo futebol apresentado contra os reservas do Sport, pressionado pela torcida e pelas declarações do goleiro Marcos ao final do jogo em Recife. Esse era o Palmeiras antes da partida de ontem, contra o até então invicto e ainda um dos favoritos ao título, Cruzeiro.
Diego Souza, pressionado pela omissão nas ultimas partidas e cobrado pela torcida, começou no banco. Luxa armou um time mais cauteloso, com 3 volantes e apenas Valdívia na armação. O jogo começou com o Cruzeiro em cima, jogando como se estivesse no Mineirão. Marcinho, ex palmeiras era o nome do jogo. O Palmeiras batia cabeça e não fosse pelos milagres de São Marcos, teria sofrido o 1º gol logo no início do jogo. Contudo, a boa performance do goleirão palmeirense não foi suficiente para segurar o zero no placar. Num lance de bola na mão e não de mão na bola, do zagueiro Henrique, o juizão assinalou pênalti – gol do Cruzeiro.
A partir dali o Palmeiras acordou e Valdívia, sumido até então passou a chamar a responsabilidade. E foi numa jogada do meia chileno, que pintou o gol de empate. Valdívia foi lançado e, na cara do goleiro Fábio, preferiu não fazer o gol certo e praticamente pediu para o zagueirão acertá-lo por trás. Como era o ultimo homem, ele foi expulso e Alex Mineiro, com direito a uma paradinha que partiu em duas a coluna do goleiro Fábio, empatou a partida. Daí em diante o técnico Adilson iniciou sua série de ferocidades. Tirou o melhor do time, Marcinho, para recompor a zaga. A mexida trouxe o Palmeiras pra cima. Imediatamente Luxemburgo respondeu colocando Diego Souza no lugar e Léo Lima. O alviverde alugou meio campo e suas individualidades funcionaram como há tempos não acontecia. Destaques da partida, Diego Souza e Valdívia infernizaram a zaga cruzeirense. E foi numa jogada entre os dois, no inicio do segundo tempo, que saiu o segundo e mais belo gol da partida. Em jogada praticamente igual ao segundo gol da Holanda contra a Itália, Leandro cruzou no segundo pau, Diego Souza subiu e ajeitou de cabeça para a entrada da área, onde Valdívia, de primeira, acertou um petardo, no canto esquerdo de Fábio. Um golaço no Palestra.
Diego Souza continuava jogando tudo aquilo que não vinha conseguindo jogar. Driblou, armou o time, cobrou falta no ângulo para milagre de Fábio, mas conseguiu achar o seu. Em jogada pelo meio, ele recebeu na entrada da área, saiu da marcação do zagueiro e bateu forte, no canto direito. Mais um belo gol no jogo. Diego extravasou, foi pra torcida, tirou a camisa e por essa atitude, levou amarelo.
Na seqüência, numa das raras jogadas de ataque do Cruzeiro, em chute forte, mas no meio do gol, São Marcos falhou feio, um frangaço como o próprio assumiu ao final da partida. O gol poderia atrapalhar o Palmeiras, não fosse a rápida resposta. Cruzamento da esquerda, Henrique subiu no 10º andar e de cabeça marcou o quarto gol. A goleada estava bem encaminhada, mas ainda deu tempo de Pierre, outro destaque da partida, desarmar no meio campo, partir pela direita como um lateral, olhou na área e num cruzamento que foi mais um passe, encontrou Alex Mineiro, num típico gol de centroavante, dando números finais ao jogaço do Palestra.

O Palmeiras derrota o segundo dos favoritos ao título. Já havia derrotado o Internacional e agora goleou o até então invicto e líder do campeonato Cruzeiro. Com o futebol apresentado ontem, com suas individualidades rendendo aquilo que se espera delas, não resta dúvida de que o Palmeiras é seríssimo candidato ao título.

Destaques da partida: Diego Souza, Valdívia, Pierre, Alex Mineiro, Henrique e Wanderlei Luxemburgo

O Verdão subiu para a quinta colocação do campeonato e está a três pontos do líder Flamengo, que recebe o São Paulo no próximo sábado. O Palmeiras volta a jogar somente no dia 22, contra o Vasco em São Januário.

Notinhas:

– O Galo Mineiro goleou o Ipatinga por 4X2. O Atlético MG ainda é uma incógnita nesse campeonato, já o Ipatinga segue firme e forte para seu retorno a segundona.

– O Fluminense, com o time titular, só empatou com o Santos no Maracanã. O Flu continua sendo o lanterna, com apenas 2 pontos e 3 gols marcados. Pelo visto, esse time do Fluminense não vai conseguir passear no Brasileirão, como “profetizou” Renato Gaúcho. Que se cuide, ou pode ser campeão da Libertadores e rebaixado para segundona do Brasileirão no mesmo ano. Já o Santos começa a ganhar a cara do técnico Cuca, mas ainda está longe de ser um time com condições de brigar por algo nesse campeonato.

Notas musicais:
-A banda Muse confirmou as datas de suas apresentações em terras brazucas (mil vivas):
30.07.08 – Vivo Rio – Rio de Janeiro 31.07.08 – HSBC Brasil – São Paulo 02.08.08 – Porão do Rock – Brasília

Ao som de Muse – Map of The Problematique.

Grande abraço,

Chazinho Coca – Vem aí o Campeonato Brasileiro!

Vem aí o Campeonato Brasileiro!

O mais competitivo campeonato do planeta começa nesse final de semana. A crônica especializada aponta essa como a edição mais repleta de favoritos diretos ao título, mesmo o grande público parece concordar com esse cenário. Mas será?

Na minha humilde opinião, cinco clubes largam na frente. Não apenas pela qualidade de seus elencos, mas também por suas necessidades. São eles: Palmeiras, Internacional, São Paulo, Flamengo e Cruzeiro.

Desses todos, quatro já largam com status de campeões – Palmeiras, Flamengo, Internacional e Cruzeiro. O São Paulo é o atual campeão brasileiro, mas ainda briga pelo seu objetivo maior, a Libertadores. Nesse panorama, creio que o tricolor do Morumbi larga com desvantagem perante os outros citados, afinal possui um elenco reduzido e não mostra mais a mesma força de outrora, o que deve fazer Muricy Ramalho a abdicar de uma atenção maior ao Brasileirão, sobretudo nesse início.

Já o Flamengo vem de uma eliminação traumática na Libertadores. Perdeu Joel Santana e agora conta com a chegada de Caio Jr, promessa de grande técnico que até o presente momento não se concretizou. Caio possui nas mãos um dos melhores elencos do país, mas que parece estar em frangalhos. Será ele capaz de conduzir esse time ao topo, apesar da desconfiança de todos?

O Cruzeiro também se encontra em situação semelhante a do Flamengo, apesar de que sua eliminação na libertadores ter se dado diante de um dos favoritos ao título, com um placar dentro do que se julga normal num duelo entre grandes equipes.

Internacional e Palmeiras são os que estão em situações mais tranqüilas para arrancarem nesse início de competição. O Inter vem de um título estadual, com direito a goleada histórica, com o técnico que o conduziu ao título mundial e um elenco fortíssimo. Deve e eu disse “DEVE”, encontrar como grande rival ao título um gigante que vinha adormecido há anos, o Palmeiras. Com grande elenco, a comissão técnica mais qualificada do Brasil e o título do campeonato estadual mais forte do país na bagagem. Tem o técnico Luxemburgo, que é um dos bichos papões do Brasileirão, tendo no currículo seis títulos e chega forte para conquistar o sétimo.

Em contrapartida, se formos considerar apenas a fase de campeonatos por pontos corridos, o São Paulo salta alguns degraus em relação a seus concorrentes. Muricy possui dois dos cinco torneios disputados nesses moldes, sendo que poderia ter conquistado outro com o Internacional, mas o título foi para o Corinthians de Antônio Lopes, daquele jeito que todos nós sabemos. Luxa é o outro que levou dois canecos com pontos corridos. São os treinadores que melhor se adaptaram a esse tipo de campeonato.

Palmeiras, Internacional, São Paulo, Cruzeiro e Flamengo, eis os meus favoritos. E os de vocês?

Brasileirão Série “B” e a saga corintiana.

Se os grandes do país começam sua busca pelo título máximo do Brasil, outro gigante começa um capítulo em sua história que tem tudo para ser épico.

O tetra campeão brasileiro, o maior vencedor do Paulistão, campeão mundial em 2000, dá início a sua jornada mais ingrata. Mas alguém duvida que o Corinthians irá transformar essa sua caminhada na série B, num dos capítulos mais bonitos da história do futebol brasileiro? A torcida já mostrou sua força e vai empurrar seu time rumo ao lugar que é seu, a elite.

O Corinthians sobe com um pé nas costas e vai ser lindo acompanhar essa demonstração de amor entre torcida e clube.

Ao som de Grant Lee Buffalo – The Hook

Abraço aos amigos,

La Mano de Dios – Dois se foram…

Dois se foram…

Pois é, meus amigos, final das oitavas na Libertadores e as coisas não foram as mil maravilhas para os times brasileiros.

Depois de um vexame histórico, o Flamengo se despediu do campeonato em pleno Maracanã. Como disse Muricy Ramalho, o time do Flamengo entrou comemorando o título carioca. Se despedindo de Joel Santana, esqueceu de jogar bola e tomou um nabo dos mexicanos. Agora é bola pra frente, concentração total no Brasileirão que começa com um técnico novo. Resta saber se Caio Jr. vai agüentar a bucha…

E o Cruzeiro, pobre Cruzeiro! Vinha em ótima campanha, com um time bom, de encher os olhos, bem arrumado, com jogadores de excepcional nível técnico como Ramires… mas pegou o Boca Juniors. E o Boca, meu amigo, é como pizza: mesmo quando é ruim, é bom.

Fazer um gol no Mineirão parecia tarefa fácil, ainda mais depois dos cinco de uma semana atrás. Mas não se brinca com um time do tamanho do Boca, com Riquelme, Palacio e Palermo em noites inspiradas. Com muita frieza, o time argentino definiu o placar logo no primeiro tempo e o Cruzeiro também deu adeus à Libertadores.

Fica aqui uma nota de apoio ao time mineiro, que teve o maior azar do mundo. Mesmo assim, deve ter muito orgulho não só do que fez em campo, mas também de sua torcida. Os sessenta mil que viram o jogo no Mineirão não pararam de gritar um só minuto.

O São Paulo passou fácil pelo Nacional no Morumbi, numa noite fria. Fria como o jogo do Tricolor, calmo, sem correria. Não foi uma beleza e está longe de sê-lo, mas soube aproveitar as oportunidades, jogando da forma como tinha que jogar contra um time que veio para ganhar.

Trabalho de formiga, de água em pedra, que tanto bateu até furar. E foi justamente numa furada da zaga que Adriano marcou o primeiro. O segundo, depois da expulsão do jogador uruguaio, parecia ser só questão de tempo, mas por um momento o Nacional foi mais time e perigou sair classificado. Mas vencer o Tricolor em casa, embalado por sua linda torcida que cantou o jogo todo, não é pra qualquer um.

Aos 44 do segundo tempo Dagoberto sacramentou a vitória, acabando com o jejum de seis meses e mostrando que as coisas podem melhorar para o time do Morumbi. E tudo isso sem o motorzinho Jorge Wagner em campo. Agora, meu amigo, é rumo ao título!

O Fluminense caminha a cada semana superando marcas históricas. Nunca tinha chegado às quartas da Libertadores e o 1×0 bastou para resolver. Por um momento parecia que as coisas não iam dar certo, mas a Fortuna sorriu para o time que, como o Fla, achou que tinha entrado classificado.

Thiago Neves funciona muito mais quando joga como atacante, e Renato Gaúcho não desprezou. Flu 1×0, segue firme e forte na competição. As quartas de final prometem, com duelo brasileiro e tricolor. Resta saber quem será mais time, e se a camisa e a tradição irão pesar.

O Santos, quem diria, vem comendo pelas beiradas. Leão parece que definiu a zaga depois da chegada de Fabão. Betão na lateral direita é até agora um improviso que deu certo, e o que o time perde em ofensividade ganha em proteção, aliviando a barra para Kleber mandar bala pelo lado esquerdo. Molina e Kleber Pereira continuam em ótima fase, e o Peixão sacramentou a passagem para as quartas após uma tranqüila vitória contra o freguês Cúcuta.

Pois é, camaradinhas, de cinco, três continuam firmes e fortes. Resta saber quem chegará vivo até o final, ainda mais agora que o Brasileirão está começando. As quartas pegarão fogo, com duelos nacionais imperdíveis, um Boca que agora ninguém segura, além de San Lorenzo, LDU, América e Atlas.

Há tempos a Libertadores não era tanta emoção!

Me despeço aqui ao som deles, Rolling Stones, com os singles de começo de carreira, belezinha que não sai da vitrola. Alguém sabia que a ABCKO lançou há um tempo atrás três caixas com os singles e EPs dos Stones, de 1963 a 1971? Vale a pena procurar…

Rapidinhas: não foi só Maracanazo que impressionou nessas oitavas. No Monumental de Nuñez, num dos duelos mais sensacionais da Libertadores, o San Lorenzo eliminou o River Plate na frente de mais de sessenta mil torcedores. Jogão! D’Alessandro e Placente orquestraram o levante rubro-negro pra cima dos millionarios de Falcão Garcia e “Loco” Abreu, que não conseguiram segurar a barra no segundo tempo. O San Lorenzo, em primeiro no Clausura e classificado para as quartas-de-final, ao contrário de um certo Galo mineiro, mostra o que um time deve fazer em ano de centenário. Monumentazo!