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FUTEBOL E ROCK N ROLL: DOIS MUNDOS EM UM SÓ

Futebol é rock n roll quando jogadores se transformam em rock stars midiáticos, atraindo atenção de público e crítica para seus passos dados dentro e fora dos gramados. Quando a vida desregrada torna-se objeto de avaliação, crítica ou admiração de torcedores.

Edmundo, Adriano, Garrincha, Casagrande, Ronaldinho, Cantona, Best, Zidane, Puskas e muitos e muitos outros. Não necessariamente roqueiros fora dos campos, mas rockers em essência. Sobretudo se você acreditar na máxima de que rock é muito mais do que um estilo musical, mas um estilo de vida.

Os roqueiros dos palcos que dominam suas massas em arenas ou no palco acanhado do boteco da esquina. Esses também convergem seus mundos em teatros de sonhos na vibração de seus fãs como torcedores das pistas que empunham guitarras imaginárias como se fossem flâmulas da agremiação do coração.

Futebol e rock n roll caminham e se complementam em situações que fogem em muito o mundo de metáforas e paralelos. Tornam-se únicos quando o torcedor do palco empunha seu instrumento e extrai dele o grito e o som que muitas vezes cai na voz do torcedor da arquibancada que em uníssono o transforma no combustível dos rockers dos gramados para conduzir o seu instrumento de trabalho as redes adversárias.

Como quando Roger Daltrey do The Who, torcedor fanático do Arsenal da Inglaterra, entoa o hino “Highbury Highs” para os milhares na despedida emocionante e histórica do mítico estádio Highbury, que seria demolido dali alguns dias.

 

 

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=7iX5sUKzkh0[/youtube]

Como quando o ex Oasis, Liam Gallagher, torcedor símbolo do Manchester City, regrava com sua atual banda, o Beady Eye, a convite do fornecedor de material esportivo do clube, o clássico eternizado na voz de Elvis Presley, “Blue Moon, em peça publicitária de lançamento da nova camisa do clube. A regravação já tomou conta das arquibancadas nos jogos do City, como pode ser notado ontem na final da Supercopa da Inglaterra. A peça já foi reproduzida aqui no FFC, mas nunca é demais revê-la:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=L7zDWpNBc3s[/youtube]

Acontece também em situações que seriam inusitadas em qualquer universo, menos no dueto futebol/ rock n roll. Como por exemplo na mais do que mera simpatia que os membros do Faith No More desenvolveram pelo Palmeiras, muito em virtude da influência dos irmãos Cavalera, é bem verdade, mas nem por isso menos intensa. Como você pode notar na declaração de Mike Patton no show que o FNM realizou em 2009 em São Paulo:

No mesmo Faith No More, mas no já longínquo ano de 1995, no infelizmente extinto Monsters Of Rock, o baixista Billy Gould fez o show trajado com a clássica camisa “adidas/coca-cola” do Palmeiras. Veja:

Outro ocorrido insólito nesse dueto futebol/ rock n roll acontece quando alguns músicos de Manchester resolvem batizar sua banda com o nome de “Wagner Love”. Sim, em homenagem ao ex centroavante de Palmeiras e Flamengo, atual CSKA e que jamais vestiu camisa alguma de clube algum clube inglês.  Já li que os caras dizem que o som da banda é uma mistura de Teenage Fanclub com Oasis, o que mostra que o bom gosto dos figuras vai além do gosto pelo futebol, embora a “mistura” de Teenage com Oasis deles deu em algo mais parecido com Jamiroquai, como você pode ver no vídeo da música “Doin It”:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=HSLkzBrF3Ls[/youtube]

A colisão dos dois mundos faz o caminho inverso quando o maior jogador de nossos tempos, o argentino Lionel Messi, decide que irá conseguir reunir os irmãos Liam e Noel Gallagher em uma hoje pouco provável volta do Oasis. Messi que foi apresentado ao Oasis pelo também hermanito, Carlitos Tevez,  até já criou sua banda cover de Oasis. SÉRIO! Mas infelizmente não achei vídeo da banda do genial baixinho argentino. Achei sim uma matéria da TV argentina que fala sobre essa ambição de Messi. Veja que as prediletas do cara são Supersonic e Live Forever. Sensacional!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=c5dgKu_FEEM[/youtube]

Como costumo dizer, a criação do Ferozes FC nunca foi por acaso. Os dois mundos a que nos propusemos abordar sustentam nossa existência.

E se você se lembrar de outras associações entre os dois mundos e quiser recomendar vídeos ou matérias, fique a vontade. A casa é sua.

Despeço-me da ferocidade com um vídeo daquele Monsters Of Rock de 1995, quando Billy Gould do Faith No More usou a camisa do Verdão e o figura do Mike Patton mandou o petardo em “português”. FNM – Evidence:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mSIYxOroxHw[/youtube]

Cheers

LIAM GALLAGHER E BEADY EYE LANÇAM A NOVA CAMISA DO MANCHESTER CITY

Dizem que todo comentarista esportivo é um jogador frustrado. O mesmo se aplica aos colunistas musicais.

Bola de futebol, guitarra e demais instrumentos de trabalho das áreas sonhadas devem povoar seus sonhos e muitas vezes decorar seus quartos, seus cantos.

Eu sou quatro vezes um frustrado. Não me tornei jogador de futebol, apesar da técnica apurada. Não me tornei músico, apesar dos pesares. Mas não virei nem comentarista esportivo e nem musical. Uma tremenda derrota que busco aliviar desde a criação do Ferozes FC.

Visualizo então e admiro nos ídolos todas aquelas coisas que não consegui alcançar.

E então vem alguém que é um ídolo dentre os ídolos e sintetiza em sua essência tudo isso de uma única vez.

William John Paul Gallagher , ex Oasis, atual Beady Eye, eternamente Liam Gallagher, torcedor fanático do City de Manchester.

Trata-se de um sujeito de sorte. Não apenas pelas passagens citadas na apresentação acima, mas por remeter aos apaixonados pelos supracitados universos, a personificação estereotipada, no ótimo sentido, do quanto esses mundos caminham lado a lado.

Não por acaso o figura foi escolhido, ao lado do seu Beady Eye, para estrelar a campanha de lançamento da nova camisa do Manchester City.

Na peça a banda faz uma versão para Blue Moon, composição de Richard Rodgers e Lorenz Hart e que posteriormente tornou-se clássica na voz de Elvis Presley.

Liam disse que sua versão para o clássico “é a melhor desde o cover feito por Elvis em 1956”. Bem característico.

A faixa “The Beat Goes On” do 1º disco do Beady Eye, “Differente Gear, Still Speeding” aparece na sequencia da peça.

De resto, só vendo a peça para se ter uma noção do quanto ficou sensacional.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=L7zDWpNBc3s&feature=player_embedded[/youtube]

PS: Coloco-me a disposição da Adidas para os próximos lançamentos do Palmeiras.

Cheers,

[PALESTRA ITALIA.DOC] E BOAS NOVAS MUSICAIS

Sou mesmo um eterno e embasbacado apaixonado pelos dois assuntos que permeiam o Ferozes FC.

Novidades vindas desses dois mundos geralmente me deixam exaltado. O sangue ferve, a razão se esvaece. Portanto tomo mais uma vez a liberdade em exacerbar meus sentimentos referentes aos temas, as novidades.

E hoje são duas as novidades. Uma no futebol, outra na música.

Estréia hoje, no Museu do Futebol, o documentário “1º TEMPO”. O doc tem por objetivo traçar os 93 anos de história do estádio Palestra Italia, tendo como linha central o último jogo oficial realizado no antigo e já saudoso Palestra.

Dia 22 de maio de 2010 e eu lá estava, embebido e embebedando o senso crítico que por vezes me assolava com um “auto” discurso de que o fechamento viria por um bom motivo – ótimo, como hoje bem sabemos. Mas ali, diante do meu jardim suspenso, do meu palco de sonhos e realizações, em meio aos amados abraçados a causa da nossa amada residência do alviverde e imponente, a última coisa que eu queria ter era senso crítico. Pois bem, consegui deixá-lo na outra calça.

O momento do time não era dos melhores, como não vem sendo há tempos. Mas como num sopro de disposição, num resgate dos bons tempos de outrora, como numa comunhão de gênios do passado e bagres daquele presente, o time fez o que dele se espera sempre, o que dele a velha casa acostumou-se a abrigar – bom futebol, entrega verdadeira.

Os 4X2 que o antigo placar eletrônico apontava ao final da peleja era exatamente o que precisávamos para trazer de volta a tona o mote daquele 14 de setembro de 1942, na transformação do clube de Palestra Italia para Sociedade Esportiva Palmeiras. Era o gigante que morria vencendo e que irá renascer vencedor (“O Palestra morre líder e o Palmeiras nasce campeão”, no original). É o Palestra copiando o Palmeiras, na mais sublime das comunhões que a dupla pode gerar em todos nós.

Palestra Italia em 1921

E é exatamente onde o Doc tenta tocar o espectador.  Serve para toda a população paulistana, mas é certeiro no coração do alviverde. Em meio a alternância das imagens daquele jogo, depoimentos de algumas das bandeiras do Verdão: Oberdan, Cesar Maluco, Evair, São Marcos e as mudanças históricas que a região onde está localizado o Palestra sofreu, na mesma proporção em que o estádio adequava-se aos novos tempos.

“1º Tempo” tem a duração de 45 minutos e o próprio conceito já dá a certeza de que a continuação virá. Este, porém, contará a história do nascimento da nova Arena, o renascimento do Palestra eternamente Italia, convictamente Brasil. 2013 está logo aí. O “2º Tempo” dessa peleja eterna e histórica ganhará enfim sua continuação.

Recibo da COMPRA do Palestra Italia

Os dois docs fazem parte do projeto “Palestra Italia.Doc”.

Que ganhem então novos e vitoriosos capítulos o doc. Capítulos que corroborem com a sina vitoriosa dos mais de 96 anos de história do Palmeiras e dos 93 do Palestra.

O doc “1º Tempo” foi produzido pela OKA Comunicações.

Veja o trailer:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=knrtZb6_GPU[/youtube]

 

A novidade musical a qual me refiro na introdução é a confirmação do show da banda Beady Eye no Festival Planeta Terra.

Para muitos um braço do que foi o Oasis, sem Noel Gallagher. Para mim a afirmação de que apesar da genialidade do guitarrista e compositor da espetacular banda de Manchester, seu irmão Liam Gallagher pode dar continuidade a sua vida pelas estradas do rock n roll com muita competência.

Marrento, encrenqueiro, bom bebedor de cerveja e fã confesso de futebol – é fanático torcedor do City, de Manchester – Liam Gallagher é a síntese de tudo o que o Ferozes FC tenta promover. Além de ser uma das vozes dos anos 90.

Voz marcante, mas que infelizmente não esteve plenamente em forma nas duas apresentações do Oasis em que estive presente, em 2006 e 2009. Desde que o Beady Eye saiu em turnê é notório o quanto ele tem se destacado nos mics. Não sei se batalhou para isso, até para provar que sem o Noel as coisas podem caminhar bem ou se foi obra do destino.

Sou fã confesso do Oasis. É das bandas que ao longo dos anos moldaram meu perfil musical, certamente também o comportamental, para o bem e para o mal.

O disco de lançamento do Beady Eye, “Different Gear Still Speeding”, traz uma sonoridade sessentista, que não tenta em momento algum soar como uma banda contemporânea. Soa rock n roll, simples e puro.

Tem momentos de Oasis sim, como em “The Roller”, faixa composta por Liam Gallagher e oferecida para constar em algum dos últimos discos do Oasis, mas que fora rechaçada por Noel. O Beady Eye a aproveitou muito bem e a faixa tornou-se carro chefe na divulgação do disco.

A presença do Beady Eye no line-up do Festival Planeta Terra fortalece um time que já vinha jogando no ataque desde a confirmação dos Strokes, e dá mais ainda a certeza de tratar-se do melhor festival do país. Em termos de organização, nunca restaram dúvidas. Os line-ups fortalecem essa afirmação também na questão musical.

Ouça “Beatles & Stones”, do Beady Eye:

 

Cheers,

MINHAS VERDADES. POUCAS E “BOAS”

Baseado na ótima coluna do Leandro sobre as verdades corintianas, resolvi elaborar uma lista de situações onde colocarei as minhas verdades. As minhas, não exatamente as de vocês, não exatamente uma verdade verdadeira, mas aquela verdade na qual eu acredito. Vejamos se batem com as de vocês.

Carnaval é uma delícia. Em São Paulo o frisson pelos desfiles das escolas de samba começa já na sexta. Mas a verdade é que eu pouco me interesso por desfiles. Meu barato são mesmo os dias de mamata, de pés para o alto, de completo desbunde. Cervejas, churrascos, pessoas amadas e queridas ao lado. Valeu, festa do povo.

-O Mano convocou a seleção da CBF para amistoso contra a Escócia. Robinho ficou de fora. Lúcio, Elano e Maicon estão de volta. Lucas foi convocado pela 1ª vez. Tudo certinho. A verdade é que desde que saiu do Santos pela 1ª vez Robinho nunca jogou o suficiente para ser jogador de seleção, mais ainda capitão, como vinha sendo com Mano. Lucio é ainda o melhor zagueiro que temos. Maicon o melhor lateral direito, apesar de que o momento de Daniel Alves seja melhor.  Elano a meu ver é um ótimo jogador para clubes. Não para a seleção. Foi um dos poucos destaques do Brasil na Copa passada, para se ter uma idéia do nível técnico da seleção dunguista. Mas a verdade é que hoje, com a contusão de Ganso e a queda vertiginosa de Kaka, não temos grandes opções para o meio. Lucas está lá e mais nada. Cabe sim o Elano dessa vez.

-Mas a minha grande verdade sobre a seleção é que eu pouco me importo com a seleção da CBF. Meu negócio é futebol de clubes. Ainda quando é em Copa do Mundo ou em algum amistoso contra algum país de ponta, vá lá. De resto, pouco me anima.

-Esse papo de Clube dos 13, Globo e CBF já está torrando a paciência. A verdade é que não há mocinhos, apenas vilões. Alguns são vilões do Chapolin, bonachões, “inocentões”. Outros são vilões da Cosa Nostra. Esses manipulam facilmente os vilõezinhos do chapolin com conchavos, com migalhas. A verdade é que no final todos sabemos de que lado todos irão ficar. E sabemos também que o futebol e o torcedor serão os maiores prejudicados, seja lá que acerto for feito. Os clubes também serão. Ou alguém acha que o pensamento dos dirigentes é o bem do próprio clube?

-A Sandy escolhida como a nova “devassa” da cerveja Devassa é o assunto da moda. Que pela saco! Ela é bonitinha até, mas é sem gracinha, sem salzinho, já afirmou que não bebe cerveja nem sem álcool. Mas a verdade é que a escolha dela foi um tiro certeiro de quem está cuidando da conta da cerveja. Fosse qualquer “devassa” de renome nacional e o impacto não teria sido nem perto do que tem acontecido. Ninguém em sã consciência imagina que os caras escolheram a pequena por ela evocar AQUELE espírito de devassidão, né? Não há inocência. É pura malandragem. A cerveja Devassa é hoje a mais comentada do país. Essa é a verdade. Ponto!

-“Noel Gallagher, seu irmão mais novo está mais veloz que você. Confirma que compreendeu o recado?”. Ah malandragem! Desde “Be Here Now” que neguinho sempre quis por fim ao Oasis. Banda que estoura demais virá “artificial”, cai na mesmice. Afirmam os doutores da musicalidade e dos lançadores de melhores bandas da próxima semana. Precisam sempre apontar a próxima tendência. Tudo mala sem alça! A verdade e que se não conseguiu mais lançar algo próximo de Definitely Maybe e Morning Glory, o Oasis ainda lançou discos melhores que a grande maioria das bandinhas da moda desde então. Vampire Weekend? Dá um tempo! Mas enfim o sonho desses virou realidade. O Oasis acabou. Mas a cornetagem continuou.  Se não havia mais banda, ainda existiam os personagens principais – Noel e Liam Gallagher. Liam é muito estrelinha, e de fato é. Mas isso é irritante demais para os nossos formadores de opinião de plantão. Então Noel foi eleito para continuar tendo uma carreira sagaz, quem sabe lançando um disco “rock n roll” de verdade. Nada disso. Quem deu a volta por cima 1º e lançou um discaço de rock foi o irmão mais novo, o estrelinha. Liam e o seu Beady Eye, que conta ainda com os remanescentes do Oasis (Gem Archer, Andy Bell e Chris Sharrock), lançou uma bolacha simples, de rock visceral, despretensioso, sem frescuras. Eu que gosto “pouco”, achei um tesão. Os plantonistas da corneta cravaram: “vergonha alheia o disco”. Nem escutaram direito. Vergonha é viver esperando o melhor lançamento de todos os tempos semana após semana.

É isso, felas. Algumas verdades que são só minhas, mas que podem ser suas, caso queiram. Um excelente carnaval a todos.

Ouça e veja Beady Eye: