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PORTUGUESA 2 X 0 VASCO – VITÓRIA IMPORTANTE PARA EMBALAR E FUGIR DA DEGOLA

Após passar um turno inteiro amargando o limbo da zona de rebaixamento, a Portuguesa iniciou a segunda metade do BR13 com o pé direito. A vitória de ontem, no Canindé, diante do Vasco, por 2 a 0, tirou a equipe rubro-verde das últimas quatro posições da tabela. Com quatro vitórias e apenas uma derrota nos últimos quatro jogos a equipe de Guto Ferreira começa a mostrar que pode brigar de igual para a igual pela permanência na elite. Clubes como Atlético-MG, Flamengo, Fluminense e São Paulo também estão na disputa para fugir do Z4.

Com a chegada de Guto, que estava na Ponte Preta, é nítido que o limitado elenco lusitano obteve melhora significativa no certame nacional. Antes do treinador assumir o comando técnico da Lusa, a equipe havia vencido apenas uma partida. Outro fator positivo é que peças importantes do plantel, que não rendiam no começo do campeonato, hoje passaram a ser protagonistas. Como é o caso da dupla Diogo, garçom da Lusa,  e Gilberto, artilheiro da Rubro-Verde, com 7 gols. Souza, líder e camisa 10, vêm recuperando seu bom futebol e desempenhando papel importantíssimo na meia-cancha, assim como o goleiro Lauro, na meta defensiva.

Fato é que o time está em plena ascensão, buscando uma arrancada na tabela, enquanto os adversários seguem perdendo pontos, principalmente em confrontos diretos. Porém, em meio aos bons resultados, a torcida deve sempre manter aquele “pesinho” atrás, pois se trata de PORTUGUESA – um dos clubes mais azarados do mundo. Qualquer zica é pouco. O que mais me entristece é ver um clube simpático, tradicional do futebol brasileiro, lutar ano após ano somente para fugir do rebaixamento. Em meio a tudo isso, a cada dia, é impressionante como a torcida fica mais fanática.

Na próxima rodada, a 21ª da competição, a Portuguesa terá pela frente outra equipe carioca. Os rubro-verdes encaram o Fluminense, às 21 horas (de Brasília), sábado, no Maracanã, em duelo de “seis pontos” contra a degola.

Corrêa comemora gol da Portuguesa diante do Vasco em duelo do Brasileirão no Canindé (FOTO: REGINALDO CASTRO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Corrêa comemora gol da Portuguesa diante do Vasco em duelo do Brasileirão no Canindé (FOTO: Reginaldo Castro/ESTADÃO CONTEÚDO)

POR NÃO TER O QUE DIZER

Constantemente, algumas pessoas me perguntam se parei de escrever sobre a Lusa no Ferozes. Sempre respondo que não, o que é verdade. Porém, o que mais me incomoda no dia a dia da equipe é a falta de assunto. Afinal, sempre procuro em meus textos referentes à Rubro-Verde não ser repetitivo. Entretanto, percebi que isto é praticamente impossível; o cenário não muda. A situação é precária (em todos os sentidos e setores). Desesperadora. O risco do rebaixamento, novamente, é grande. Iminente.

Como é do conhecimento de todos, o nível técnico do Campeonato Brasileiro da Série A tem sido alto nos últimos tempos – principalmente após alguns jogadores brasileiros (ou estrangeiros) consagrados na Europa retornarem ao Brasil buscando recuperar a boa forma ou mesmo encerrar a carreira em um clube de coração, como é o caso de Alex, hoje no Coxa. Aliás, o camisa 10 do Coritiba é, até então, o melhor jogador do torneio.

Fora isso, a saúde financeira das equipes, que a cada ano contam com patrocínios cada vez mais alto$ e cotas de TV cada vez mais gordas, tem aumentado. Em contrapartida, neste atual mundo cheio de cifra$, alguns clubes não aprenderam como se faz, pois ainda viabilizam a qualquer custo contratações astronômicas, pagando, na maioria das vezes, salários milionários – dignos de alguns gigantes do Velho Continente.

Dito isto, aquele clube que se der ao luxo de não organizar-se administrativamente, verá, no campo, que o nível de competitividade futebolística atual não permite mais gestões amadoras e, tampouco, retrogradas. Como é o caso de Juvenal Juvêncio, presidente há um certo tempo do turbulento São Paulo, e Manuel Da Lupa, mandatário da surrada Portuguesa.

O problema da Lusa é INTERNO. E não é de hoje. De ontem. Ou 10 anos atrás. Não! O problema é velho. Velho, como os velhos que estão à frente da Nau Lusitana, que afunda a cada rodada. Em 8 partidas disputadas na competição, a Portuguesa somou apenas 7 pontos: com 1 vitória, 4 empates e 3 derrotas. A última, sofrida no fim de semana diante do Goiás, fora de casa. Com um pífio aproveitamento de 29,2 %, os números refletem perfeitamente a atual posição da tabela: a “honrosa” 19° colocação.

Assistindo a equipe paulista jogar, é nítido que alguns atletas, a maioria fracos tecnicamente, atuam no limite máximo de suas respectivas capacidades. O elenco é grande, mas quantidade não representa qualidade. O técnico é teimoso, e trabalha à base da improvisação. Complicando ainda mais sua já desgastada relação com a impaciente e calejada torcida rubro-verde.

No frigir dos ovos, está tudo errado pelos lados do Canindé.
Confesso não saber mais o que fazer. Principalmente por não ter o que dizer.

Jogadores da Portuguesa lamentam mais uma derrota no Campeonato Brasileiro 20133  (Foto: Ale Vianna/Agência Estado)
Jogadores da Portuguesa lamentam mais uma derrota no Campeonato Brasileiro 2013
(Foto: Ale Vianna/Agência Estado)

IGUALDADE NO PLACAR, DESCONFIANÇA NO AR

O jogo de extremos entre Corinthians e Portuguesa, válido pela 5°rodada do Brasileirão, terminou frustrante para os alvinegros e até certo ponto bom para os lusitanos. 0 a 0 no Pacaembu. 1 pontinho para cada lado e fim de papo.

Luta, movimentação e raça não faltaram. Mas futebol, o principal, sim. O embate de ontem não lembrou em nada os memoráveis duelos de outros tempos. Entretanto, no ‘frigir dos ovos’, foi uma partida razoável. Assistível. Com chances claras para os dois lados.

O Corinthians, de fato, ainda está muito aquém do time aplicado taticamente e mortal nos contra-ataques que vimos ano passado. Pato, principal contratação do futebol brasileiro na temporada, não marca há 10 jogos. Paulinho, craque do time e volante titular da seleção, vive a iminência de uma possível (e provável) transferência para o futebol europeu. E para completar o enredo de azar, Paulo André e Alessandro se lesionaram. Enfim, a fase não é mesmo das melhores. Tanto é que as cobranças e, principalmente, cornetas já começaram a soar pelos lados de Pq. São Jorge. As recém-chegadas de Maldonado e Ibson dividiram opiniões entre os torcedores. Muitos desaprovaram os novos “reforços”. Fato é que o Corinthians, pelo elenco que tem, ainda é – no papel -, disparado um dos favoritos a conquista da competição. Basta provar tal status no campo.

Pelo lado rubro-verde, jogando mais um ano novamente para não cair, o placar no “clássico” foi comemorado como uma vitória. Demonstrando muita gana e vibração, a equipe do polêmico Coronel Pimenta teve “coração”, equiparando na base da vontade a técnica do adversário. Se não fossem uma bola na trave e algumas boas intervenções do gigante Cássio, a Portuguesa poderia ter deixado o Pacaembu em silêncio e com os três pontos na conta. Destaque especial para o meia Marcelo Cañete, vindo por empréstimo do São Paulo. Ao lado do experiente Souza, o argentino chegou, vestiu a camisa e tem decidido. Contra o Inter, na última quarta, no Canindé, o jogador deixou sua marca, garantindo o empate. Por outro lado, o elenco continua limitadíssimo para a força que exige o campeonato. Caso a inoperante e amadora diretoria não reforce o plantel em algumas posições cruciais, novamente o torcedor da Lusa sofrerá este ano. Abre o olho, Da Lupa. E o bolso também!

Analisando o BR-13, por enquanto monótomo e nivelado por baixo, nota-se que o resultado de igualdade tem sido até o momento a grande tônica da competição. Portuguesa e Corinthians, por exemplo, empataram três vezes cada. Porém, a equipe alvinegra ocupa a 12°colocação por que venceu uma partida, ao contrário da Lusa, que soma três empates, integrando atualmente o Z-4, na 18°posição, com 3 pontinhos.

PRÓXIMOS JOGOS – Pela disputa da final da Recopa Sul-Americana, o Corinthians volta a campo dia 3 de Julho, contra o São Paulo, no Morumbi. Já a Lusa, em duelo atrasado ainda do Nacional, enfrenta o Fluminense, na próxima quarta, no Canindé, às 19h30.

A esperança de corintianos e lusitanos, e muitos outros times, é que após a parada da Copa das Confederações, as equipes engrenem e façam boas campanhas. Caso contrário, teremos um Brasileirão pra lá de chato, com muitos clubes em crise e vários treinadores no mercado. Este é o futebol brasileiro.

Corinthians e Portuguesa empataram sem gols no Pacaembu, no último sábado (Foto: Fernando Borges / Terra)
Corinthians e Portuguesa empataram sem gols no Pacaembu, no último sábado (Foto: Fernando Borges / Terra)

MISSÃO CUMPRIDA. SEGUNDA DIVISÃO NUNCA MAIS

Ufa! Agora acabou de vez! Após confirmar o acesso semanas atrás, ontem, em um Canindé com bom público, a Portuguesa, mesmo perdendo, confirmou o status de favorita e conquistou o título da Série A2 do Campeonato Paulista 2013.

Sob vaias e protestos contra o presidente Manuel da Lupa, além do sol escaldante de um domingo de outono, a Lusa terminou o certame da maneira como começou: com derrota.

Preguiçosa, a equipe rubro-verde pouco fez durante os 90 minutos de péssimo futebol. Em alguns momentos, diante do marasmo que arrastava-se o embate, confesso que fechei os olhos e cochilei, porém a narração do ótimo Silvio Luiz, que mais se parece com um show de humor, constantemente me acordava. Resisti até o fim.

Após o apito final, era nítido na face dos torcedores lusos a sensação de alívio. De dever cumprido e esperança que dias melhores virão.

Sem gritar o famoso “É Campeão!” a maioria dos quase 6 mil presentes preferiram cobrar a diretoria.

Era notório que time e torcida estavam brigados. Das arquibancadas não faltou apoio, mas a conquista pouco importava para o calejado e bravo torcedor da Portuguesa. Ele estava machucado. Engasgado.

Voltando no tempo, em 2007, o forte time comandado por Benazzi subiu de forma brilhante para a elite do futebol paulista. Já o de 2013, subiu. Mas sem brilho, com uma campanha marcada pela goleada para o Comercial e o amadorismo da gestão hegemônica de Da Lupa.

Talvez o principal motivo para tanta bronca seja pelo fato como tudo aconteceu. Afinal, há dois anos a Lusa acabara de realizar uma excelente campanha no Campeonato Brasileiro da Série B, terminando com o título.

A sensação de 2011, a Barcelusa e a favorita ao título do Campeonato Paulista sucumbiram no estadual de 2012. Ninguém entendeu a queda.

Fato é que o espinho do bacalhau desentalou da garganta ontem. Ele saiu, mas deixou sequelas. Sequelas do descaso. Do abandono.

O Brasileirão vem aí e a incerteza do que será da Portuguesa paira sobre a cabeça da torcida. A princípio, a equipe do Coronel Pimenta é candidata ao descenso. Vamos torcer e acompanhar para que, assim como ano passado, a Lusa mantenha-se na primeira divisão, que sempre será o seu lugar.

Parabéns, torcedor!

SEGUNDA DIVISÃO NUNCA MAIS.

 

ACABOU O MARTÍRIO: A LUSA VOLTOU!

15 de Abril de 2012. 19°rodada do Paulistão. Mirassol 4 x 2 Portuguesa. Foi nesta fatídica data que um dos clubes mais tradicionais do Brasil sucumbia novamente ao limbo de uma segunda divisão. E estadual, para piorar o cenário. Era mais uma página triste sendo escrita na história da popular Lusa.

Passado um ano da triste data, e após viver nos últimos 15 dias uma crise tremenda, a Rubro-Verde, enfim, voltou ao seu lugar: a primeira divisão.

E só para variar um pouco o enredo, não foi nada fácil a partida que decretaria seu retorno. Pelo contrário. Diante de um adversário disposto a colocar mais pimenta no já meio azedado bacalhau lusitano, o Capivariano foi um daqueles adversários chatos de se jogar.

Mesmo assim, com muito brio e raça – algo que vinha faltando nos últimos jogos – a Portuguesa foi valente e conseguiu a vitória suada, por 2 a 1, na casa do oponente. Festa de toda a coletividade lusa em Capivari e, principalmente, nos quatro cantos do planeta!

Além do acesso, a Portuguesa confirmou-se na decisão da competição. Graças ao empate na outra partida da rodada, entre Comercial e Catanduvense, a Lusa não pode mais ser ultrapassada em seu grupo. Até o momento foram 12 pontos conquistados, contra sete do Comercial, cinco do Catanduvense e quatro do Capivariano.

O momento é de festa, mas ao mesmo tempo o modo como vem sendo gerido o clube faz com que grande parte da torcida se coloque com os dois pés atrás em relação as investidas da diretoria. Os vexames dos últimos anos ainda permanecem bem vivos na memória do bravo torcedor lusitano. Somente algum feito extraordinário, bem maior do que, por exemplo, um acesso à primeira divisão do futebol de São Paulo, para salvar a desastrosa gestão de Manuel da Lupa, apelidado por mim como “Presidente Cego”.

Agora o foco é total no Brasileirão. Há um mês do início de um dos campeonatos mais difíceis do planeta bola, espera-se ao menos que a diretoria reforce o elenco com peças pontuais e honre com seus compromissos: principalmente com o pagamento em dia dos salários dos atletas.

E MAIS: Que este retorno seja o último, pois o lugar da Associação Portuguesa de Desportos é, e sempre será, na primeira divisão! Seja qual for o torneio.

Renasce, Lusa!

Foi com emoção que a Portuguesa conquistou o acesso à primeira divisão do futebol paulista (foto: site da Portuguesa)
Foi com emoção que a Portuguesa conquistou o acesso à primeira divisão do futebol paulista (foto: site da Portuguesa)