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ÉVERTON RIBEIRO VIROU SINÔNIMO DE GOLAÇO

Everton Ribeiro, revelado no Corinthians em 2007, começou sua carreira como lateral-esquerdo. Entretanto, no time profissional do Timão o jogador não correspondeu como o esperado e acabou emprestado ao São Caetano. De lá, dois anos depois foi para o Coritiba, clube onde passou a atuar como meia – se destacando muito por seus dribles e chutes de longa distância. Principal jogador do Coxa nas temporadas 2011/2012, na qual os paranaenses ficaram por duas vezes consecutivas com o vice da Copa do Brasil, Éverton se transferiu para o Cruzeiro, e hoje vive sua melhor fase da carreira, sendo um dos principais destaques do Campeonato Brasileiro 2013.

O camisa 17 da Raposa já anotou belos gols nesta temporada. Quem não se lembra da pintura contra o Flamengo, na edição atual da Copa do Brasil? Pois é. Ontem, diante do Santos, na Vila, o jogo estava difícil, a equipe azul havia perdido dois gols até o craque do time resolver aparecer.

O volante Nilton iniciou a jogada com um belíssimo passe de trivela. Éverton dominou a pelota, encarou Mena e o deixou na saudade. Alisson tentou o carrinho para interceptar a bola, mas o meia o driblou ajeitando a potente canhota para o arremate certeiro no canto esquerdo de Aranha. Um golaço. Não digno de placa, como o diante dos rubro-negros, porém merecedor de aplausos.

O resultado diante do Santos proporciona ao Cruzeiro a possibilidade de já garantir o título brasileiro na próxima rodada. Para isso, os mineiros precisam vencer o Grêmio e torcer por um tropeço do Atlético-PR contra o São Paulo.

Alguém tem duvidas de que Éverton Ribeiro será escolhido como melhor jogador do certame nacional? Eu não.

Confira o golaço do cruzeirense diante do Peixe

http://youtu.be/Ris9V0lKIJM

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Éverton Ribeiro comemora golaço marcado diante do Santos, na Vila (Foto: Daniel Teixeira/Agencia Estado)

 

 

EM BUSCA DO FINAL FELIZ

Falta pouco, torcedor lusitano.

De acordo com alguns matemáticos de plantão, mais três vitórias e a Lusa terá um final feliz neste 2013 que parece interminável. Vivendo sob a incompetência administrativa peculiar que emana nos arredores do Canindé há pelos menos duas décadas, os atletas rubro-verdes têm demonstrado hombridade e, sobretudo, caráter. Afinal, a campanha da equipe no BR13, se não é ótima, ao menos é de regular para boa.

Com o empate diante dos baianos do Vitória, ao término da 30°rodada a Portuguesa soma 38 pontos e ocupa a 13°colocação. Mesmo com as últimas boas apresentações, o risco do rebaixamento ainda ronda o Canindé. Principalmente pelo fato do campeonato estar equilibradíssimo – na parte de baixo, é claro. É de cinco pontos a diferença entre Lusa e Vasco, primeiro time atualmente do temido z4.

Enquanto isso, vislumbrando arrecadar uns trocados a mais para quitar a incômoda dívida salarial com os atletas, Da Lupa e Cia. decidiram usar a velha tática de time pequeno de bairro: vender o mando de campo para um estádio neutro visando lucrar com a renda, ainda mais quando o adversário trata-se de um gigante como o Flamengo, dono da “maior torcida do Brasil”.

Quando atuou fora de seus domínios mas jogou como mandante, a Lusa aplicou sonoros 4 a 0 diante do turbulento Corinthians do, ainda, ameaçado Tite. Só para se ter um exemplo, a renda líquida desta partida foi de R$ 830.425,00. Sem contar a partida de ontem, que também teve pouco público, na última vez que mandou uma peleja no Canindé, a Rubro-Verde arrecadou 15.580,65. Com míseros 3.353 pagantes.

A verdade é que este campeonato está chato pra cacete. O equilíbrio se dá pelo baixo nível técnico das equipes. Como disse nosso ilustre amigo feroz Rene Luis Crema, o popular Parmera, nos canais do F.F.C. no Facebook: “Este Brasileirão 2013 merecia ter ao menos 12 rebaixados”.

Enquanto isso, a Lusa busca mais 9 gloriosos pontos para conquistar o objetivo do ano: fugir da degola.

Na foto, toda a devoção do jovem torcedor lusitano pedindo aos céus por uma vitória de seu time
Na foto, toda a devoção do jovem torcedor lusitano pedindo aos céus por uma vitória de seu time

QUANDO O TREINADOR É O CRAQUE DO TIME

Ele não entra em campo, não faz gol, nem tampouco mágica, mas é o responsável direto pelo bom funcionamento de um clube de futebol. Desde a parte psicológica até a tática. Por princípio, o técnico de futebol é aquele que deve conhecer muito bem a sua equipe e, principalmente, o adversário. Mesmo com a profissão ultimamente superdimensionada, às vezes, lhe é concebida uma responsabilidade que não condiz com suas obrigações, mas às vezes também ele acaba sendo o craque do time. Capaz de conduzir o time ao objetivo planejado, assumindo – nas entrelinhas-, o papel de protagonista. Temos inúmeros exemplos de treinadores que adotam ou já adotaram este tipo de postura. Atualmente, no BR13 temos dois exemplos claros: o ascendente São Paulo de Muricy, e a emergente Portuguesa de Guto Ferreira – clubes que ainda flertam com a zona de rebaixamento, mas que alcançaram a “calmaria” após a mudança no comando técnico.

O bom momento vivido pela Lusa se deve exclusivamente ao excelente trabalho de seu treinador. Após a saída de Gilson Kleina da Ponte Preta, em setembro do ano passado, Guto assumiu a equipe campineira e a levou a disputa da Sul-Americana. Este ano, pegou a Portuguesa entregue, afundada no limbo da tabela e sem perspectivas de mudança. Mas ele mudou. Tudo. E todos. O clima, antes pesado devido ao conturbado e recorrente ambiente político, hoje foi blindado pelo treinador, que deu tranquilidade a equipe, tirando de cada jogador o seu melhor.

Dona de uma das melhores campanhas do segundo turno, com 5 vitórias nos últimos sete jogos, a Portuguesa venceu mais uma na luta contra o rebaixamento. A vítima da vez foi o oscilante Internacional, em Novo Hamburgo. A vitória fez a equipe rubro-verde alcançar o 14°lugar na tabela, com 28 pontos. Quatro a mais que o Criciúma, primeiro do Z-4.

De acordo com levantamento realizado pelo globoesporte.com, desde que chegou para o lugar do polêmico Coronel Pimenta, em 28 de julho, a Portuguesa de Guto somou metade dos pontos que disputou (21 de 42), fazendo crescer o aproveitamento, antes de 25,9%, para 40,6%. Para se ter uma dimensão do momento, com este número, jamais uma equipe foi rebaixada no Brasileirão de pontos corridos.

No caminho certo, a meta agora é vencer os times de cima, como aconteceu ontem diante do Colorado. Nas 14 partidas até aqui sob o comando de Guto, a equipe venceu seis; cinco foram contra concorrentes diretos: São Paulo, Bahia, Ponte Preta, Vasco e Náutico.

Fato é que o trabalho de Guto começa até a chamar atenção de clubes maiores que a Lusa. Você apostaria no trabalho de técnicos como Guto para comandar seu time? Eu, sim.

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IGUALDADE NO PLACAR, DESCONFIANÇA NO AR

O jogo de extremos entre Corinthians e Portuguesa, válido pela 5°rodada do Brasileirão, terminou frustrante para os alvinegros e até certo ponto bom para os lusitanos. 0 a 0 no Pacaembu. 1 pontinho para cada lado e fim de papo.

Luta, movimentação e raça não faltaram. Mas futebol, o principal, sim. O embate de ontem não lembrou em nada os memoráveis duelos de outros tempos. Entretanto, no ‘frigir dos ovos’, foi uma partida razoável. Assistível. Com chances claras para os dois lados.

O Corinthians, de fato, ainda está muito aquém do time aplicado taticamente e mortal nos contra-ataques que vimos ano passado. Pato, principal contratação do futebol brasileiro na temporada, não marca há 10 jogos. Paulinho, craque do time e volante titular da seleção, vive a iminência de uma possível (e provável) transferência para o futebol europeu. E para completar o enredo de azar, Paulo André e Alessandro se lesionaram. Enfim, a fase não é mesmo das melhores. Tanto é que as cobranças e, principalmente, cornetas já começaram a soar pelos lados de Pq. São Jorge. As recém-chegadas de Maldonado e Ibson dividiram opiniões entre os torcedores. Muitos desaprovaram os novos “reforços”. Fato é que o Corinthians, pelo elenco que tem, ainda é – no papel -, disparado um dos favoritos a conquista da competição. Basta provar tal status no campo.

Pelo lado rubro-verde, jogando mais um ano novamente para não cair, o placar no “clássico” foi comemorado como uma vitória. Demonstrando muita gana e vibração, a equipe do polêmico Coronel Pimenta teve “coração”, equiparando na base da vontade a técnica do adversário. Se não fossem uma bola na trave e algumas boas intervenções do gigante Cássio, a Portuguesa poderia ter deixado o Pacaembu em silêncio e com os três pontos na conta. Destaque especial para o meia Marcelo Cañete, vindo por empréstimo do São Paulo. Ao lado do experiente Souza, o argentino chegou, vestiu a camisa e tem decidido. Contra o Inter, na última quarta, no Canindé, o jogador deixou sua marca, garantindo o empate. Por outro lado, o elenco continua limitadíssimo para a força que exige o campeonato. Caso a inoperante e amadora diretoria não reforce o plantel em algumas posições cruciais, novamente o torcedor da Lusa sofrerá este ano. Abre o olho, Da Lupa. E o bolso também!

Analisando o BR-13, por enquanto monótomo e nivelado por baixo, nota-se que o resultado de igualdade tem sido até o momento a grande tônica da competição. Portuguesa e Corinthians, por exemplo, empataram três vezes cada. Porém, a equipe alvinegra ocupa a 12°colocação por que venceu uma partida, ao contrário da Lusa, que soma três empates, integrando atualmente o Z-4, na 18°posição, com 3 pontinhos.

PRÓXIMOS JOGOS – Pela disputa da final da Recopa Sul-Americana, o Corinthians volta a campo dia 3 de Julho, contra o São Paulo, no Morumbi. Já a Lusa, em duelo atrasado ainda do Nacional, enfrenta o Fluminense, na próxima quarta, no Canindé, às 19h30.

A esperança de corintianos e lusitanos, e muitos outros times, é que após a parada da Copa das Confederações, as equipes engrenem e façam boas campanhas. Caso contrário, teremos um Brasileirão pra lá de chato, com muitos clubes em crise e vários treinadores no mercado. Este é o futebol brasileiro.

Corinthians e Portuguesa empataram sem gols no Pacaembu, no último sábado (Foto: Fernando Borges / Terra)
Corinthians e Portuguesa empataram sem gols no Pacaembu, no último sábado (Foto: Fernando Borges / Terra)