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SANTOS 1X0 PALMEIRAS. E QUE ACABE LOGO O BR11.

De erros e acertos vivemos nossos dias, nossas condutas, nossas escolhas. Ser humano é errar e com eles aprender a acertar. No futebol erra o atacante que não faz gol, o meia que não arma, o zagueiro que erra o bote, o marcador que não sai do chão na bola cruzada na área, o goleiro que leva gol em bola defensável, o técnico que erra na escalação, na armação, nas alterações do time.

As vezes o seu acerto passa despercebido pela imersão em um mundo de erros, em um universo de avessos.

Considerei um acerto de Felipão a escalação de três zagueiros diante do Santos, na Vila Belmiro. Oras, o seu Palmeiras não bate no América, não vence o Atlético GO com dois jogadores a mais, óbvio então que diante do campeão da América a dificuldade seria maior. Óbvio que após todos os mandos desmandados pelos comandados sem horizonte, Felipão deveria se precaver, pensar antes em não perder.

Óbvio que isso não é Palmeiras. Mas há anos que o Palmeiras não é Palmeiras.

Ao Santos o BR11 é um mero estorvo até os dias do tão sonhado Mundial. Enfrentar os times do BR11 não muda nada quando se tem em mente o Barcelona.

Sobre o Peixe eu digo há tempos, tire o Neymar e o Santos vira um time comum, dentro da média dos clubes brasileiros, que infelizmente é baixa.

Sobre o Palmeiras eu também digo há tempos. Os pseudos ídolos não acrescentam nada. A média brasileira vale então ao Palmeiras também. Só não vale a confiança de Felipão.

Na escolha dos três zagueiros acertou Felipão. Nas trocas de 6 por meia dúzia, nas trocas de volante por lateral direito, em tese errou, mas pergunto: Mesmo que quisesse, dava para acertar?

O que seria acertar neste caso? Colocar o time pra frente com o que? Com quem?

Felipão tentou então trocar o “seis” por uma “meia dúzia” que funcionasse melhor.

Muricy sem a metade do seu time que veste a camisa 11 ainda tinha um Borges no qual apostar. O Borges que subiu sozinho, em meio aos três zagueiros, mais os três volantes do Palmeiras e cabeceou sozinho, ainda quase permitindo ao único ótimo do alviverde, Deola, operar um milagre.

O Palmeiras precisa torcer para o ano acabar logo. Precisar torcer para que seja contratado o quanto antes um diretor remunerado que blinde o treinador, seja Felipão ou o Zé da Esquina. Precisa também, depois de tudo isso, pensar como Palmeiras e trazer jogadores dignos de ser Palmeiras.

Ao Santos resta torcer para o BR11 se arrastar. Para que Ganso se recupere e que Neymar seja mais Neymar do que tem sido, para então sim imaginar fazer alguma frente ao Barcelona.

A meu ver, o nível do futebol brasileiro é lastimável. O melhor time do país não faz cócegas ao melhor do mundo. Mas ainda assim, com desfalques e tudo, pouco precisou suar para vencer o alviverde imponente de história, impotente de jogo.

O Santos não irá cair, assim como Palmeiras irá se arrastar até o final desse BR11.

Despeço-me da camaradagem feroz ao som do Stone Roses – Love Spreads

Cheers,

FELIPÃO NA BERLINDA: A OPINIÃO DO BLOGUEIRO

Confira a opinião de alguns palmeirenses leitores do Ferozes FC sobre a situação de Felipão no Palmeiras:

http://www.ferozesfc.com.br/felipao-na-berlinda-com-a-palavra-o-palmeirense/

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FELIPÃO NA BERLINDA: A OPINIÃO DO BLOGUEIRO

Em meu post logo após a derrota do Palmeiras para o Inter, usei dos números de Gian Oddi da ESPN para ilustrar o quanto aqueles 3X0 eram emblemáticos em demonstrar que, ainda que possua sua parcela de culpa, Felipão é o menor dos males do Palmeiras.

Contra o Inter o Palmeiras finalizou 26 bolas, 17 delas acharam o retângulo chamado gol. Qual a culpa do velho Bigode em não possuir um Leandro Damião, que por parte do adversário guardou 3 das 9 oportunidades que o colorado criou ao longo de todo o jogo?

Será que ele não gostaria de ter uma perna que fosse daquele Damião para escalar como centroavante?

“Ah, mas foi ele quem escolheu esses jogadores. Ele quem trouxe Wellington Paulista e não deu chances ao cara”.

Concordo. Mas será que a diretoria traria o Ibrahimovic se ele pedisse? Mesmo o Borges, que vinha encostado no Grêmio. Será que Felipão não pediu algo melhor e lhe foi oferecido um Dinei?  Ainda assim, o mesmo cara que fez de Oséas ídolo marcador de gols e transformou o Pena (PENA!) em artilheiro, não conseguir encaixar um Wellington Paulista em um time sem nenhuma opção é de estranhar, não?

Oséas e PENA não eram jogadores de técnica refinada, mas tinham fome de bola. Fome de bola que falta, por exemplo, para Valdívia e Kleber. Que pode ter faltado a WP.

Aliás, Valdívia e Kleber, pseudos ídolos, mas jogadores de muito boa técnica. Uma dupla capaz de ser decisiva, se quisessem ser. Só que atuaram juntos em apenas 8 jogos. Kleber marcou ao logo de todo o campeonato o mesmo tanto de gols que Damião marcou só contra o Palmeiras. Valdívia marcou dois a mais ao longo desse mais de ano desde seu retorno.

Quem em sã consciência não gostaria de contar com esses dois jogadores em junho de 2010? Todo mundo queria, Felipão quis. O Palmeiras fez das tripas coração e deu os dois ao técnico, que os coloca pra jogar, mas que não obtém 10% do retorno esperado.

Luxemburgo passou pelo clube, armou um grande time que chegava a liderança do BR09 quando em um ato infeliz do bem intencionado, mas mal assessorado Belluzzo, derrubou o técnico que podia ter todos os defeitos, toda uma carga histórica recente de desserviço ao clube, mas naquele momento tinha o time nas mãos. Jorginho manteve o bom trabalho, mas apenas esquentou o banco para Muricy Ramalho, que já era o melhor técnico do país, só que no Palmeiras foi de uma infelicidade tremenda, perdendo o BR mais ganho dos últimos anos.

A demissão de Luxemburgo foi um erro, como errada foi depois a demissão de Muricy, que teve pouco tempo para realmente montar o time dele. Depois mais erro ao experimentar Antônio Carlos Zago e enfim um acerto, dos grandes, ao trazer Felipão.

Só que Felipão encontrou outros tempos, outras finanças, outro cenário, os mesmos velhos de velhas idéias que afundam o clube há anos em um ostracismo talvez mais perigoso que o da década perdida de 80.

Com Felipão, esse Palmeiras lidera as estatísticas de finalização do BR, mas é somente o 13º melhor ataque. (mais uma vez infos de Gian Oddi). Esse Palmeiras de Felipão jogou melhor que Cruzeiro, Atlético PR e Internacional, mas perdeu-se em meio a sua limitação técnica.

Se o time joga mal a culpa é do técnico, se joga bem idem. Mas se joga bem e não vence, a culpa é de quem se não de quem não reverte o domínio em resultado?

Felipão é patrimônio histórico do clube. Derrubá-lo é praticar mais um desserviço ao clube, só que dessa vez não momentâneo, mas de um cunho histórico difícil de recuperar depois.

FELIPÃO NA BERLINDA. COM A PALAVRA, O PALMEIRENSE.

O Palmeiras vive mais um mau momento dentro de sua já duradoura má fase. O mote do momento para os agitadores de dentro e de fora do clube é a manutenção ou não do trabalho do técnico Luis Felipe Scolari.

Para que possamos ter uma idéia do que pensam os torcedores, abri espaço no Ferozes FC para que os que se sentissem aptos a opinar sobre o tema o fizessem. A idéia não é provar que a massa alviverde é favorável ou não, mas sim para ter uma pequena amostragem de como pensam, como enxergam mais esse momento difícil do clube.

Como dito quando abri esse espaço, só seriam aceitas opiniões enviadas por e-mail e que mantivessem o bom senso e a educação na construção do pensamento. Muita coisa foi cortada, infelizmente. O espaço dessa vez é deles, não meu. Reservo-me a moderá-los. Em outro momento obviamente darei minha opinião.

Seguem os que compreenderam bem a idéia:

Fábio Angelini

Em poucas palavras: ninguém serviu. De Luxemburgo a Felipão, passando pelo Muricy e pelas experiências Antonio Carlos e Jorginho. Há algo de podre no reino e não é o Felipão. Há tempo não temos um time competitivo. Queimem o Felipão aos poucos, tragam outro. Tudo se repete. Nós, palmeirenses temos um jeito estranho (mais que os outros de lidar com a paixão). Elegemos como ídolo um atacante que não sabe fazer gols. E um meio campo estrangeiro com certa habilidade, mas que não joga. Execramos o Luan que é o mais esforçado e sempre regular. Desconfiamos do Felipão. Queremos qualquer um em seu lugar. Nós, de fato, não pensamos futebol.

 

Osnir Alexandre Jr

Felipão não deveria nem ter vindo, em minha opinião. Como comentei outro dia, o Felipão não ganha títulos há tempos e não merece esse título de “melhor técnico”. Ele já foi o “the best”, mas não o crucifico. O Palmeiras como um todo está uma vergonha,diretoria, comissão técnica e os jogadores.

Felipão deve sair SIM, mas não agora. Esperem acabar o campeonato e uma rescisão de trabalho amigável. Nada de ficar pagando o cara depois, como aconteceu com Luxemburgo e o Muricy, que acho que nem deveria ter saído do Palmeiras. Esse sim,  o melhor técnico.

 

Vitor Campos

Sou fã do Felipão. Acho o máximo a forma com que ele defende os jogadores, clube e etc. Mas de verdade, já deu para ele.

Não dá para aceitar um treinador que defende Luan, Marcos “Velho” Assunção, Rivaldo, Dinei. Que troca o Pierre por um encosto do Atlético Mineiro.

Que pede Wellington Paulista e não coloca o cara para jogar. Que coloca o Tinga para mudar o jogo. Tinga? Quem é esse cara meu Deus!

Sei também que isso não é culpa dele, e sim da diretoria. Mais muitos desses lixos que citei a cima são pedidos do Felipão!

O Felipão ganha muito e está fazendo muito pouco! Precisamos de alguém novo, estilo Jorginho, que vai agregar grupo, trazer meninos da base e tirar esses lixos que só o Felipão da valor.

Felipão, obrigado pelo Libertadores. Mas já deu. Beijo Tchau!

 

Claudio Roberto da Silva

Nós temos um time que no papel poderia brigar pelo título Brasileiro, time que foi valente ao segurar o Corinthians na semifinal do Paulista, com 1 jogador a menos e o Valdívia machucado. O Palmeiras quando é Palmeiras tem raça e força para encarar de igual pra igual e até vencer qualquer time do Futebol Brasileiro hoje. Quanto ao Felipão, não tem muito que dizer. É um grande técnico, nos levou à conquista da Libertadores e levou nossa seleção a mais um título mundial e não posso afirmar de maneira nenhuma que a fase em que estamos hoje é culpa do Felipão. É óbvio que não temos hoje a “seleção” que tínhamos em 1999, o último grande time da América do Sul segundo a BBC de Londres, mas mesmo assim poderíamos estar em uma posição bem melhor. Eu vi nesse campeonato inúmeros jogos em que o Palmeiras jogou melhor, teve inúmeras chances de marcar e não o fez, fora as jogadas banais em que perdemos a bola ou passamos errado, eu nunca vi o Palmeiras errando tantos passes e perdendo tantas chances quanto nesse ano. Não é o Felipão que erra os passes, que perde os gols, etc…

Eu não sei o que se passa na diretoria, mas é claro que temos problemas a serem resolvidos internamente. Ou será que o Palmeiras jogou “pra valer” quando tomou 6 do Coritiba? E a novela do Kleber querendo ir ao Flamengo? E a novela do Valdívia que vive machucado, não joga bem e ganha mais que todos os jogadores? Valeu a pena ter o Valdívia até agora?

Meus votos são para que Felipão fique no Palmeiras e que a diretoria haja de uma forma melhor, sem diz que diz, sem picuinhas.

 

Rafael Macieira

Eu acho que deve ficar! Acho que a mudança desde a volta dele foi bem grande e não da para culpá-lo (não 100%) por a bola não entrar.

 

Antônio Gelfusa Jr.

O Felipão deve ficar. Assim como em qualquer empresa ou negócio, alguns resultados só são possíveis apenas depois de 2 a 3 anos de bom trabalho. Porém, no futebol, infelizmente se exige resultados de curtíssimo prazo. No Palmeiras ainda mais pelo histórico recente de falta de títulos. E caso os resultados não apareçam o técnico é sempre culpado. Felipão deve ficar porque aos poucos está criando um clima melhor, tirando o que os jogadores tem de bom e aos poucos consertando erros, que são muitos. Isso sem falar que a diretoria do palmeiras fabrica problemas diariamente e a diretoria antiga deixou dívidas astronômicas para a atual gestão. O problema que o Palmeiras vive é fruto do mal plantio de anos atrás. Mas isso não significa que o Felipão não deve arriscar mais, agora com a chegada de um novo meia, ele deve sim ser mais ousado e aplicar esquemas diferenciados, mudar formas de jogar e não improvisar mais jogadores em posições que não são as suas. Fazer isso e o jogador se identificar, tudo bem. Agora o provisório se tornar permanente não dá!

A INVOLUÇÃO NO PALMEIRAS

Quatro pontos jogados na lata do lixo nos dois últimos jogos e até mesmo a mais humilde pretensão começa a ser jogada na mesma fétida lata de lixo.

Contra Cruzeiro em casa e Atlético PR fora o Palmeiras teve as vitórias em suas mãos, mas como quem não tem preparo para segurar a responsabilidade de algo maior, deixou escapar por entre os dedos as chances douradas de hoje brigar pelo título. Teria 38 pontos, ficando a apenas 3 do líder. Lamentavelmente os 34 de hoje derrubaram o alviverde para a 7ª colocação, 4 pontos distante da zona da Libertadores e a quase inalcançáveis 7 para o atual líder.

De quem é a culpa?

Felipão reclamou após o jogo que os erros que o time comete são os mais absurdos do mundo. Concordo com o velho Bigode. Mas está inserida a sua enorme parcela de culpa aí ou ele esqueceu de contabilizar os 5 inúteis volantes escalados contra o Botafogo que de nada adiantaram nos três gols que levou do time carioca? E as trocas de 6 por meia dúzia de ontem, contra um adversário inferiorizado numericamente e tecnicamente?

Vencia por 2X1 o Verdão, com um jogador a mais e pressionava o adversário. A entrada de Ricardo Bueno era muito interessante naquele momento, mas não na vaga de Fernandão, que era o melhor homem em campo. Uma troca de 6 por meia dúzia sem equiparação técnica. E depois ainda troca outro 6, Patrick, por uma meia dúzia, Tinga. Travou o time, chamou o adversário para cima e deu moral para um time desmoralizado ao longo de todo o campeonato. Ao final conseguiu deixar escapar mais uma das tantas vitórias consideradas certas ao longo do campeonato e mesmo da temporada.

Felipão tira leite de pedras, mas as pedras que lá estão foram em grande parte trazidas por ele.

Embora algumas das atuais pedras chegaram ao clube como diamantes e hoje são opacas feito um pedregulho. O declínio técnico de Kleber e Valdívia foge a qualquer correção tática de Felipão. É técnico e moral o declínio dos dois que deveriam ser o diferencial da equipe.

Kleber não tem mais sequer a entrega da qual se orgulhava e que o destacava diante dos outros. É hoje uma figura ornamental que passa dois jogos afastado por um desconforto e no retorno toma o 3º cartão amarelo da maneira mais estapafúrdia possível, deixando aberta a possibilidade de se fazer qualquer tipo de avaliação.

Valdívia marcou em pouco mais de 1 ano, desde seu retorno, meros cinco gols, dando outras cinco assistências. Um retorno ínfimo demais para um clube que fez das tripas coração para trazê-lo de volta, medíocre demais para alguém que carrega o status de craque, que tem vencimentos de craque e que passa mais da metade do tempo no estaleiro. Um desrespeito histórico. O meia recebeu proposta do glorioso Al Saad do Qatar. Com valores acima dos 8 milhões de euros, dos quais 5,5 entrariam para o Palmeiras. Um negócio das arábias para um clube que gasta tanto com um cara que não lhe reverte nada. Mas clube e jogador rejeitaram a proposta e Valdívia segue no Palmeiras.

Não mudo uma virgula do que sempre achei dele, um jogador de técnica diferenciada, sobretudo para o nível medíocre do futebol brasileiro. A decepção com Valdívia é proporcional a expectativa que sua qualidade técnica cria.

A temporada vai chegando ao fim e mais uma vez parece que sem grandes alegrias para o alviverde imponente. Trocar o comando agora é besteira maior do que as que já foram feitas. Mas ao final de 2011 é mais do que necessária uma avaliação fria do trabalho de Felipão. Conquistou o que no BR11? Vaga na Libertadores. Vale a pena continuar com Felipão? Ótimo. Não conseguiu nada? Então talvez seja hora de começar trabalho novo, com gente nova. Talvez seja a hora do Palmeiras olhar para o futuro e do passado manter apenas a reverencia de suas glórias.

Despeço-me dos gangueiros ao som do Faith no More – Falling To Pieces:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=1rcYBP0FdL8[/youtube]

 

Cheers,

O FUTEBOL ESTÁ FEDENDO

O futebol brasileiro anda tão emocionante quanto uma ida ao Poupa Tempo – ops, hoje é dia de ir ao Poupa Tempo. Quanta alegria!

Abro os cadernos de esportes, os portais especializados, ligo a rádio, vejo nos noticiários da TV, recebo em sms, via twitter e facebook da vida: “Seleção Brasileira vence amistoso contra Gana”; “Mano Menezes convoca somente jogadores que atuam no Brasil para amistosos contra a Argentina”; “Flatulência em preleção provoca racha entre Luxemburgo e elenco flamenguista”; “Valdívia volta da seleção lesionado e desfalca Palmeiras por 30 dias”; “Cruzeirense Gilberto, alegando ser perseguido pela arbitragem, anuncia aposentadoria no domingo e na segunda anuncia que não vai mais se aposentar”; “Neymar é vendido pela 47ª vez ao 98º clube em menos de dois anos”; “Atacante Henrique pede valorização para renovar com São Paulo”; “Ainda líder, Corinthians perde mais uma. Adversários solidários também perdem”.

Não é de hoje que as grandes novidades no nosso futebol residem nas transferências de nossos jogadores para o exterior.

Nosso campeonato é equilibrado? É sim. Mas por baixo, muito por baixo. Há anos que o campeão brasileiro é o “menos pior”. É aquele que vacila menos, não o que brilha mais.

Desde quando o campeão brasileiro não vence a Libertadores?

Os clubes que triunfam no 1º semestre buscam apenas a sobrevivência no 2º.

Os clubes brasileiros habituaram-se a muleta da vaga na Libertadores e projetam seus elencos para essa pífia finalidade. A taça de campeão é uma conseqüência de planejamentos piores que o seu.

Saudosos os tempos em que só campeões (do Brasileirão ou da Copa do Brasil) disputavam a Libertadores. Elencos qualificados que em princípio buscavam serem os melhores do país, para então buscarem a América.

Hoje os pseudos craques tomam conta do noticiário. Hoje eles manipulam instituições históricas conforme seus interesses. Cobram valorização sem que tenham prestado nenhum grande (médio, pequeno, minúsculo) serviço ao clube. Pulam de clube em clube, ganhando cada vez mais trocados com camisas cada vez menos gloriosas.

Luxemburgo, Felipão, técnicos remanescentes da última era de ouro do nosso futebol, acostumados a lidar com craques, com elencos qualificados e que hoje estão a mercê de jogadores flatulentos, descompromissados, que fazem biquinho via twitter.

O futebol virou negócio. Virou política, virou isenção fiscal, virou máfia, virou casa da mãe Joana.E está virando um negócio muito do sem graça.