FELIPÃO NA BERLINDA: A OPINIÃO DO BLOGUEIRO

Confira a opinião de alguns palmeirenses leitores do Ferozes FC sobre a situação de Felipão no Palmeiras:

http://www.ferozesfc.com.br/felipao-na-berlinda-com-a-palavra-o-palmeirense/

————————————–

FELIPÃO NA BERLINDA: A OPINIÃO DO BLOGUEIRO

Em meu post logo após a derrota do Palmeiras para o Inter, usei dos números de Gian Oddi da ESPN para ilustrar o quanto aqueles 3X0 eram emblemáticos em demonstrar que, ainda que possua sua parcela de culpa, Felipão é o menor dos males do Palmeiras.

Contra o Inter o Palmeiras finalizou 26 bolas, 17 delas acharam o retângulo chamado gol. Qual a culpa do velho Bigode em não possuir um Leandro Damião, que por parte do adversário guardou 3 das 9 oportunidades que o colorado criou ao longo de todo o jogo?

Será que ele não gostaria de ter uma perna que fosse daquele Damião para escalar como centroavante?

“Ah, mas foi ele quem escolheu esses jogadores. Ele quem trouxe Wellington Paulista e não deu chances ao cara”.

Concordo. Mas será que a diretoria traria o Ibrahimovic se ele pedisse? Mesmo o Borges, que vinha encostado no Grêmio. Será que Felipão não pediu algo melhor e lhe foi oferecido um Dinei?  Ainda assim, o mesmo cara que fez de Oséas ídolo marcador de gols e transformou o Pena (PENA!) em artilheiro, não conseguir encaixar um Wellington Paulista em um time sem nenhuma opção é de estranhar, não?

Oséas e PENA não eram jogadores de técnica refinada, mas tinham fome de bola. Fome de bola que falta, por exemplo, para Valdívia e Kleber. Que pode ter faltado a WP.

Aliás, Valdívia e Kleber, pseudos ídolos, mas jogadores de muito boa técnica. Uma dupla capaz de ser decisiva, se quisessem ser. Só que atuaram juntos em apenas 8 jogos. Kleber marcou ao logo de todo o campeonato o mesmo tanto de gols que Damião marcou só contra o Palmeiras. Valdívia marcou dois a mais ao longo desse mais de ano desde seu retorno.

Quem em sã consciência não gostaria de contar com esses dois jogadores em junho de 2010? Todo mundo queria, Felipão quis. O Palmeiras fez das tripas coração e deu os dois ao técnico, que os coloca pra jogar, mas que não obtém 10% do retorno esperado.

Luxemburgo passou pelo clube, armou um grande time que chegava a liderança do BR09 quando em um ato infeliz do bem intencionado, mas mal assessorado Belluzzo, derrubou o técnico que podia ter todos os defeitos, toda uma carga histórica recente de desserviço ao clube, mas naquele momento tinha o time nas mãos. Jorginho manteve o bom trabalho, mas apenas esquentou o banco para Muricy Ramalho, que já era o melhor técnico do país, só que no Palmeiras foi de uma infelicidade tremenda, perdendo o BR mais ganho dos últimos anos.

A demissão de Luxemburgo foi um erro, como errada foi depois a demissão de Muricy, que teve pouco tempo para realmente montar o time dele. Depois mais erro ao experimentar Antônio Carlos Zago e enfim um acerto, dos grandes, ao trazer Felipão.

Só que Felipão encontrou outros tempos, outras finanças, outro cenário, os mesmos velhos de velhas idéias que afundam o clube há anos em um ostracismo talvez mais perigoso que o da década perdida de 80.

Com Felipão, esse Palmeiras lidera as estatísticas de finalização do BR, mas é somente o 13º melhor ataque. (mais uma vez infos de Gian Oddi). Esse Palmeiras de Felipão jogou melhor que Cruzeiro, Atlético PR e Internacional, mas perdeu-se em meio a sua limitação técnica.

Se o time joga mal a culpa é do técnico, se joga bem idem. Mas se joga bem e não vence, a culpa é de quem se não de quem não reverte o domínio em resultado?

Felipão é patrimônio histórico do clube. Derrubá-lo é praticar mais um desserviço ao clube, só que dessa vez não momentâneo, mas de um cunho histórico difícil de recuperar depois.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *