Arquivo da tag: Colo-Colo

AINDA VIVOS…COM OU SEM MÁSCARA

Enfim o Santos venceu na Libertadores !
Alívio ?
Tranquilidade para o prosseguimento do trabalho ?
Classificação encaminhada ?

A resposta para todas as perguntas estão na tabela do Grupo 5 da Libertadores da América 2011:
Cerro Porteño       8 pontos
Colo – Colo            6 pontos
SANTOS                  5 pontos
D.Táchira               2 pontos

Dramática e tumultuada. Definições melhores para a primeira vitória santista na Libertadores não existem. De fato, o triunfo alvinegro manteve acessa a esperança e proporcionou ao Santos caminhar por suas próprias pernas para alcançar a classificação. Porém, a tarefa é bem indigesta, já que a próxima batalha será em território inimigo, mais precisamente, em Assunção-PAR e para piorar a equipe não poderá contar com seus principais jogadores (Neymar, Zé Love e Elano), expulsos contra o Colo-Colo.

Sem antecipar o sofrimento que todo santista irá passar semana que vem, vamos tratar de coisas imediatas: a dramática vitória contra os chilenos.

Quem acompanhou minuto a minuto da partida entre Santos x Colo Colo, certamente sabe e pôde sentir o que é uma Libertadores da América. Cinco gols, cinco expulsões, polêmicas e muita, mas muita catimba foram os ingredientes que ditaram o ritmo do jogo.

A polêmica toda se resume dos 12 minutos do 2° tempo em diante. Após gol antológico, o garoto Neymar saiu para o abraço usando uma máscara em homenagem a ele próprio, como já tinha amarelo e o juiz estava louco para expulsa-lo, o vermelo não demorou para sair do bolso do árbitro e a jóia santista foi pro chuveiro mais cedo. Zé Eduardo e Elano solidários com o garoto também fizeram por onde e acabaram expulsos. Detalhe: O Elano foi expulso quando já havia saído da partida, justamente porque já tinha amarelo e a intenção de Martellote era contar com o meia para o próximo confronto.

Os dois gols chilenos serviaram para matar os santistas do coração e garantir tons dramáticos até o final. No fim 3×2 Santos com a um sabor bem amargo, mas suficiente para nos manter vivos na competição.

Façamos jus ao título de ”time da virada” superando tudo e todos !

EU ACREDITO !
PRA CIMA DELES SANTOS !

________________________________________________________________________________
Como já é de praxe em clássicos ou jogos importantes, a nota dos jogadores:

RAFAEL – Mais uma vez sem muito trabalho e isento de culpa nos gols — Nota: 5,0

PARÁ – ”Bola pro mato que é jogo de campeonato” , fez o simples. — Nota: 5,5

EDU DRACENA/DURVAL – Sobrecarregados com as expulsões, pouco puderam fazer para evitar os gols. — Nota: 5,0

LÉO – Virou até atacante no final da partida. — Nota: 6,0

ALEX SANDRO – Pouco tempo para mostrar alguma coisa. — Sem nota

ADRIANO – Exímio ladrão de bola, mais uma vez, um dos destaques. — Nota: 7,0

DANILO – Cansei de falar sobre a posição dele, vamos ver se o Murici percebe isso e coloca o indivíduo na lateral e não de volante, no mais fez um lindo gol e contribuiu para a vitória. — Nota: 6,5

ELANO – Apesar do lindo gol e da boa atuação foi expulso de forma extremamente infantil. — Nota: 5,5

GANSO – Apagado como sempre. Fez jus ao julgamento feito pelo técnico adversário antes da partida: ”Para mim o Ganso é um anônimo”. — Nota: 4,0

NEYMAR – Correu, driblou, anotou o seu tento e foi expulso injustamente. Enfim, foi o personagem da partida. — Nota: 7,0

ZÉ EDUARDO – Pior em campo em todos os aspectos, tanto técnico, quanto psicológico. — Nota: 1,0

MAIKON LEITE – Acho que estava com a camisa do Palmeiras por baixo do manto alvinegro. — Nota: 2,0

LIBERTADORES, UM TORNEIO ATÍPICO

A Libertadores 2011 vem mostrando que o simples de fato de um clube possuir um grande elenco com jogadores qualificados não é o suficiente para almejar a taça. Essa competição sul-americana carrega uma atmosfera muito peculiar onde os ”fracos” tem vez e o talento não é sinônimo de vitória.

A partida Colo-Colo x Santos colocou frente a frente dois gigantes do continente, porém com equipes bastante distintas no quesito qualidade. Infelizmente, para o Santos tal circunstância não prevaleceu e durante 20 minutos de apagão, o Colo-Colo decidiu os rumos da partida.

O futebol apresentado pela equipe santista não foi lastímavel como nas outras duas partidas da Libertadores, mas faltou malícia e espírito de Libertadores, coisa que não falta aos clubes argentinos por exemplo, que mesmo sem grandes esquadrões estão anos-luz a frente dos brasileiros em n° de títulos (22 x 14). De fato, a Libertadores é um torneio atípico e não se engane quem pensa que não teremos mais surpresas na competição, muitos gigantes podem ficar pelo caminho e se o Santos não encarnar o espírito da competição de nada adiantará Neymar, Ganso e Cia.

Ainda há tempo !
O espírito da Libertadores começa pela persistência !

PRA CIMA DELES SANTOS !

Chazinho de Coca – Wonderwall

“I don’t believe that anybody feels the way I do about you now”

Diga você, amigo palmeirense. Existe alguém nesse mundo que sinta pelo seu time, o mesmo que você? Sim, claro que existe. Existe o seu camarada palmeirense que hoje transborda de emoção, e mesmo que ele não consiga transcrever o que sente, tem dentro de si um sentimento do tamanho do Universo. O que não quer dizer que o seu não seja maior que o dele. No seu mundo ele é. Esse universo de paixões e sentimentos é inerente a cada um e cada um dá a ele o tamanho e a dimensão que bem entender.

Combalidos corações palestrinos devem ter se extinguido ontem. Saudáveis corações palmeirenses, certamente estiveram a ponto de explodir. Todos os corações alviverdes atravessaram a tênue linha entre a tristeza e a alegria extrema. E todos eles, aposto, não mudariam uma vírgula sequer no dramático roteiro da peça palmeirense de ontem.

E que peça, hein amigo? Digna de estatuetas de ouro. Ainda que ela tenha quase se tornado uma peça muito da ingrata. Tortuosa peça. Com altos e baixos ao longo de sua trama. Mas com um final apoteótico.

Final? Bem, final do 1º de mais 4 capítulos que, esperam os palestrinos, essa trama ainda possa render.

Alguns detratores da paixão pela bola dizem que o futebol é um ópio para as massas. Se esse ópio provoca o delicioso entorpecimento sentimental provocado com aquele gol na bacia das almas, Senhor, que sejam então distribuídos pombos sem asas a toda população. A carranca matinal não mais existirá, garanto.

Almas, corações, emoções, paixões, uma enorme paixão. Os adjetivos que descrevem essa história são quentes, são efervescentes, são Palmeiras.
——–

-Luxa surpreendeu entrando com Wendell na lateral direita, sem Williams e mais ainda com o garoto Souza como 2º volante. Fora o 3-5-2 que é sempre temerário. Não gostei logo de cara, mas tive de dar o braço à torcer. Souza, o “Ferrugem” fez uma belíssima partida. Seguro, com boa saída de bola e firmeza na marcação. Jumar? Mozart? Vale a aposta em Souza.

-O 1º tempo foi muito bom para o Palmeiras. Com 2 bolas na trave e uma certa tranquilidade, mas que não foram suficientes para reverter em gol. Torres deixou o jogo contundido, tornando o Colo-Colo acéfalo e isso ajudou demais o Palmeiras.

-No 2º o time verde voltou com Williams no lugar de Wendell e voltou pior. Williams parecia claramente fora de ritmo e o Colo-Colo dominou a partida.

-Aos poucos a situação tornava-se mais e mais dramática e os jogadores que fazem a diferença, foram caindo um após o outro. 1º Pierre, que até tentou voltar, mas não deu. Depois Diego Souza, que bateu a cabeça ao tentar dar uma bicicleta e foi a nocaute. Para piorar, Marcão, que vinha fazendo boa partida, foi expulso. A vaga parecia estar mesmo destinada ao time chileno.

-Cleiton Xavier era, na minha opinião, o jogador mais apagado do time. No 1º tempo não acertou quase nenhum passe e no 2º estava mal como todo o time. Mas futebol é aquela coisa, não dá pra você enrolar a bandeira e desistir antes do apito final. Aos 42 da etapa final, Cleiton recebeu bola na intermediária, sassaricou pra lá, pra cá – o time chileno todo fechado, não haviam opções para fazer a jogada – ele trouxe para a perna direita, clareou e fez a única coisa que poderia ter feito. Mandou a bola no único lugar onde o goleiro não conseguiria defende-la. Fez o que quase ninguém mais esperava, salvo o torcedor do time. Classificou o quase desclassificado Palmeiras. Salvou a lavoura, engrandeceu o futebol brasileiro ao colocar o 5º time do país na próxima fase e fez a quinta-feira surgir com tonalidades esverdeadas.

Acompanhe o Pombo sem asa de Cleiton Xavier:

O pombo, na voz de José Silvério (O Pai do Gol):
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios/col0%20X1palcleitonxavier.mp3

Despeço-me da nobreza com o clássico Wonderwall, do Oasis.

Cheers,

Chazinho de Coca – Vai ou não vai, Verdão?

Vai ou não vai, Verdão?

Hoje o Palmeiras enfrenta o Colo-Colo, no Chile, em jogo válido pela última rodada, da fase de grupos da Libertadores. É o jogo do ano para o Verdão.

Mais um?

Pois é, já faz tempo que dizemos que o Palmeiras tem pela frente o “jogo do ano”. Pela Libertadores o 1º foi contra o Sport na Ilha, depois o mesmo Sport, só que no Palestra. E então vieram os 2 jogos das semifinais do Paulista contra o Santos e depois a LDU, novamente pela Libertadores, no Palestra Itália.

A diferença desse de hoje para os demais, está exatamente no fato de que em todos os outros o Palmeiras poderia ainda pensar adiante, em buscar possíveis perdas em jogos complementares das fases nas quais se encontra ou já se encontrou. Hoje não mais.

É vencer o Colo-Colo ou vencer o Colo-Colo. Caso contrário, Luxa e seus comandados voltam para casa sem a vaga e sem ter pelo que brigar no 1º semestre.

O adversário é o mesmo que bateu o Palmeiras em São Paulo por 3X1. Foi curiosamente ali que o time começou a oscilar o seu, até então, elogiado futebol.

O Colo-Colo está em péssima fase no campeonato chileno, ocupando a 14º colocação, num campeonato que conta com 18 participantes. Mais que isso, viu seu técnico ser demitido e não ter ainda definido o seu substituto. O de hoje será interino.

O que deve fazer o Palmeiras então?

A imprensa chilena diz que o Colo-Colo resume-se a Barrios e Torres. O resto é coadjuvante.
Em São Paulo os dois bagunçaram o coreto palmeirense e definiram a vitória. Naquele jogo não houve marcação especial em nenhum dos dois.

Portanto, realizar uma marcação especial nesses jogadores, sobretudo no cerebral Torres, deve ser a tônica do sistema defensivo alviverde. Pierre deverá ser seu cão de guarda.

Williams volta ao time e com ele a esperança do bom jogo de Keirrison, que caiu justamente quando o camisa 8 lesionou-se. Diego Souza deverá ser, mais do que nunca, o “animal” que a torcida passou a reverenciar.

Mais do que tudo isso, o Palmeiras deve usar a pressão dos 45 mil torcedores adversários a seu favor. O Colo-Colo também precisa do resultado, então não deverá jogar todo recuado, além do que joga em casa e sua torcida exige que o time se imponha. Com técnico interino, com crise técnica e dependendo também desse jogo para salvar a sua lavoura, o Palmeiras pode muito bem se ver beneficiado por esse mix de problemas chilenos. Claro, desde que não exponha o seu ao adversário.
Time por time o Palmeiras tem mais. Problemas por problemas, o Colo-Colo me parece ter mais. Resta saber se essa combinação dá samba para o Verdão.

Chazinho de Coca – “Chega de historinha, o Luxembugo só ganha Paulistinha”

“Chega de historinha, o Luxembugo só ganha Paulistinha”

Foi isso que o técnico Luxemburgo escutou ao final da partida contra o Colo-Colo, onde o seu Palmeiras saiu derrotado por 3X1 e complicou-se no grupo da “morte” da Libertadores.

Vou discordar? Se eu tiver boa vontade e analisar toda a carreira do treinador, sim, irei discordar. Mas futebol é momento, certo? Sendo assim, estou quase dando razão à torcida.
Desde 2004 que Luxemburgo só ganha o Campeonato Paulista, simples assim.

Quer mais uma? Pois dizem que esse Palmeiras lembra aquele de 1996. Pois lembra mesmo, como eu já bem disse. É um time jovem, veloz, técnico e que se atira ao ataque, sobretudo por ser sabedor de suas qualidades de definição. Aquele Palmeiras de 1996 era assim, deitou e rolou no Paulista, mas ganhou “só” o Paulista. Aquela edição do maior regional do país era por pontos corridos, com turno e returno, onde só haveria uma final se houvesse um campeão em cada turno. O Verdão faturou os 2 turnos e cancelou a final.

Naquele mesmo ano, disputou a final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro e era franco favorito. Perdeu por 2X1 em pleo Palestra Itália. Depois no BR 96, terminou a 1ª fase em 3º lugar e pegou o Grêmio nas oitavas e foi novamente eliminado.

Muita semelhança?

Mas não, não vou detonar o Luxa, até porque como já disse inumeras vezes, ainda acho que ele é o técnico que arma as melhores equipes, aquelas que mais enchem os olhos. Mas futebol é resultado e entre ter uma equipe meramente vistosa e uma que jogue feio, mas que seja campeã, “infelizmente” sou obrigado a escolher a 2ª.

Não se joga Libertadores com se joga Paulistão. Colo-Colo e LDU não são Marília e Oeste, muuuuuuito longe disso.

Muito se critica a defesa alviverde, mas armar o time tendo apenas o Pierre como leão de chácara do meio campo, não só sobrecarrega o ótimo volante, como faz a bomba estourar toda em cima do trio de zagueiros. E não adianta colocar 3, 4 ou 11 zagueiros.

No Paulista os times jogam fechados contra o Palmeiras, então realmente não justifica ter 2 volantes, por isso Cleiton Xavier joga ao lado de Pierre, mas é quase um amador. Os times da Liberta, sobretudo esses com tanta tradição como qualquer outro brazuca, não se intimidam e ontem o Colo-Colo deu um baile. Barrios fez tudo aquilo que o mundo esperava de Keirrison, Diego Souza e Cleiton Xavier – Williams até que fez boa partida.

OS: Aliás, o Colo-Colo mstrou com Barrios, o caminho das pedras para o Corinthians vencer no domingo.

Marcão não apoiou e mesmo assim tomava todas as bolas nas costas, péssima partida. E quando na virada do 1º para o 2º tempo, Luxa entrou com Jefferson e Jumar, aí foi para o torcedor se desesperar de verdade.

Ainda dá para se classificar? Até que dá. Mas a postura deverá ser completamente outra e a armação do time, para a Liberta, idem.

Despeço-me da nobreza ao som de Manic Street Preacher – There by the grace of God

Cheers,