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Surpreendente (de novo)!

 

Em queda: Liedson não conseguiu resolver sozinho a escassez de boas jogadas. Foto: Ale Vianna.

Sim, amigo leitor. Você leu certinho. Repeti o título da coluna anterior. Só que desta vez o Corinthians surpreendeu negativamente. Mas tem uma coisa: mesmo o maior crítico do Adenor (crítico este que não sou eu) jamais acreditaria que o treinador repetiria contra o Figueirense a formação que começou jogando e tomando sufoco contra o Atlético-MG. Mas ele o fez, inclusive com Weldinho na lateral esquerda. Com o time tomando um sufoco inexplicável do time catarinense, Tite tentou salvar a lavoura aplicando a mesma tática do jogo anterior: colocando Jorge Henrique na lateral e promovendo a entrada do Sheik. Desta vez não funcionou. Talvez tenha sido o clima frio que tomava conta da cidade de São Paulo no dia do jogo. Fato é que até o capitão Chicão teve uma atuação pra lá de irregular, praticamente irreconhecível em campo.

 

Correm boatos de que Adenor estaria balançando no cargo. Foto: Ale Vianna.

Já há quem fale em uma iminente queda de Tite, com possibilidade de ser substituído por Ney Franco. Não acredito, sinceramente, e até acho precoce. Afinal, seja como for, ainda somos líderes. O que não pode acontecer é que se continue perdendo estes pontos bobos. Pode fazer falta lá na frente, especialmente se o Timão depender de um adversário no fim do campeonato. É bom pensar nisso.

De joelhos: Sheik não foi decisivo como no jogo anterior. Foto: Ale Vianna.

Meu palpite é que o maior candidato a sair do time é Danilo, que não vem repetindo as boas atuações do início do campeonato, para a entrada de um atacante (Willian ou Sheik) para jogar ao lado do Liedson, para que o Levezinho não seja obrigado a ficar saindo da área pra buscar a bola. Também espero que tenhamos uma opção melhor para a lateral esquerda no próximo jogo. E vai, Corinthians!

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Esta coluna não pode deixar de mencionar a internação do grande ídolo Sócrates e desejar melhoras ao Doutor. Não acompanhei plenamente a carreira dele, porque era muito pequeno na época da Democracia Corintiana, mas sei do inestimável valor que ele tem para a torcida do Timão. Força, Doutor! Estamos todos mandando vibrações positivas.

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Mais uma vez, agradeço ao Ale Vianna pelas fotos que ilustram este post.

Hoje indico o som do ex-vocalista da banda curitibana Poléxia, com seu novo projeto, o Lemoskine, com “Cabeça de disco”:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=hsZbQ2AHyBA[/youtube]

Surpreendente!

No segundo tempo, Liedson teve mais liberdade para atacar. Foto: Lancenet

Para os corintianos que assistiram ao jogo contra o Atlético-MG até o final do primeiro tempo, a perspectiva era de um desastre ainda maior do que o 2 a 0 que se apresentava. Até porque Tite montou um time lento, muito diferente do padrão da equipe que conquistou a liderança do Brasileirão. Porque – convenhamos – por mais que tenha feito boas apresentações com a camisa do Timão neste campeonato, Danilo é um jogador lento. Dividindo o meio de campo com Alex, destoou do ataque e Liedson se viu obrigado a ir buscar a bola, que não chegava. Jorge Henrique, sem saber se era meia ou segundo atacante, e ainda foi castigado com a marcação de um pênalti duvidoso.

Sheik foi o nome da virada de ontem.

Eis que – no momento em que muitos corintianos foram dormir – Adenor acordou. Improvisou JH na lateral-esquerda, mandou Welder para sua posição de origem (onde realmente ele sabe jogar) e colocou o Sheik no lugar de Alessandro, que parecia ter comido uma feijoada antes de entrar em campo – praticamente andava, não corria.

Aí a história mudou. Emerson fez chover: fez gol, deu assistência, sofreu pênaltis – dois, que Alex cobrou de maneira idêntica. Acertou um, errou o outro.

Por mais que o treinador tenha sido obrigado a improvisar um meia-atacante na lateral, não dá pra dizer que Tite foi um “professor Pardal” ontem. Pelo contrário, consertou a invenção mal-sucedida. Saiu do estranho esquema 4-2-3-1, que sacrificava Liedson e colocou o time pra jogar no tradicional 4-4-2. Deu muito certo, e foi premiado com a merecida virada.

Para o próximo jogo, contra o Figueirense, no Pacaembu, no próximo sábado, Tite contará com a volta de Chicão. Resta saber o que pode ser feito para suprir a falta de um lateral-esquerdo. Quem diria que – com dois jogadores na posição (por mais que se questione a qualidade de ambos) – o time ainda teria dificuldades por este lado?

Com os demais times grandes capengando, Corinthians e Flamengo parecem estar caminhando para uma disputa isolada pelo Campeonato. É preciso consciência: ainda há muito pela frente. Mas é muito estranho ver o Santos, por exemplo, na situação que se encontra. Também é estranho ver o Palmeiras, comandado com mão de ferro por Felipão, mas cheio de problemas internos. Assim como é estranho ver o São Paulo, com elenco razoável, tendo tantas dificuldades pra ter opções válidas para montar uma equipe coesa, obrigando o apenas esforçado treinador Adílson Batista a despertar sua mania de inventor, a mesma mania que tinha seu antecessor Paulo César Carpegiani. Com todos estes problemas nos adversários, a oportunidade está aí. Resta saber se Adenor e seus comandados saberão aproveitá-la.

É isso aí. Fiquem com o Molotov tocando “Gimme tha power”. Abraços.

 [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=hfmY9Wlxx0o[/youtube]

Dá pra confiar?

"Vai tu mesmo": na falta de um lateral esquerdo de ofício, Welder quebra um galho.

Adenor Leonardo Bacchi está preocupado. Em recentes declarações, admite que um monstro foi criado, por conta da excelente que o clube andava tendo no Campeonato Brasileiro. Sabe-se lá o que o treinador quis dizer, mas é fato que talvez o elenco tenha sido superestimado, inclusive por este que vos escreve. Como também é fato de que a situação ainda não é grave, desde que bons ajustes sejam feitos na equipe. A volta de Liedson ao time traz um pouco de tranquilidade, mas ainda não sei se a manutenção de dois meias, Alex e Danilo, com Jorge Henrique mais avançado, seja mesmo a melhor opção. Perdemos em velocidade, eu diria. Também me parece que Danilo não está se sentindo à vontade na posição que tem ocupado. Talvez ele e Alex ainda não tenham se entrosado como deveriam. E o que dizer da ida do talismã Willian para a reserva? Se é verdade que o jovem não tem  acertado os chutes como antes, também é verdade que sua vontade em campo não tem igual. Na lateral esquerda, com a Avenida Fábio Santos interditada, teríamos Ramon em seu lugar, mas este também se lesionou, dando lugar ao improvisado Welder. E para o confronto de hoje contra o desesperado Atlético-MG, ainda não temos Chicão, que será substituído por Wallace. Será que dá pra confiar neste time? Temos outra opção? Não, né? Então vai Corinthians!!!

Hoje como trilha, escolho “Um rei e o zé”, da banda gaúcha Apanhador Só.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=PLgYc5rIW6o[/youtube]

Sinal de alerta

Foto: Gazeta

É inevitável que eu seja repetitivo. Como eu disse na postagem anterior, o Corinthians está pecando nas finalizações. Muito disso por conta da ausência de Liedson, claro. Até porque, por mais que saiba fazer gols, Willian não tem perfil para ser o centroavante da equipe. Além disso, parece estar sentindo falta da referência na área, e acaba sendo bloqueado pelos zagueiros adversários. Sobretudo nos últimos confrontos, em que o time enfrentou equipes que lutam para não caírem, e por isso seus treinadores montam verdadeiros ferrolhos.

Fato é que agora o Corinthians perdeu a liderança para o Flamengo, embora ainda esteja melhor em termos de aproveitamento. Na quarta, contra o Santos, na Vila Belmiro, além dos desfalques certos de Julio César (ainda em recuperação), Ralf (convocado por Mano Menezes, além de ter forçado o terceiro cartão amarelo para não desfalcar ainda mais o time), teremos ainda a ausência de Jorge Henrique, também suspenso. Ainda assim, acho que o Timão se beneficia por conta da ausência de Neymar e Ganso no time do Peixe. Resta saber se a equipe vai conseguir aproveitar esta vantagem.

Sobre o jogo de ontem, acho que acabou sendo acertada a decisão de colocar Danilo Fernandes no lugar de Renan, que não consegui fazer uma partida boa sequer. Pode ser bom goleiro no futuro, mas acho que não se adaptou ainda.

Alex foi o melhor do Timão contra o Furacão, e ainda marcou um gol de pênalti. Foto: Gazeta.

Já o meia Alex arrebentou e foi ontem o grande nome do jogo. Merece ser titular. Resta saber, quando Tite tiver todos os jogadores à sua disposição, quem é que sairá.

Na revista Istoé desta semana saiu uma matéria reveladora sobre o nosso controverso presidente Andrés Sanchez. Vale dar uma conferida.

Me despeço ao som de The Decemberists, “This is why we fight”:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=oLSOzcEQjiE[/youtube]

Ralf é Seleção! E agora?

Ralf tem lugar cativo no time titular do Corinthians

O nobre treinador Tite já diz há muito tempo, e eu tendo a concordar com ele: Ralf é ohoje o melhor do Brasil em sua posição. Vindo do indeciso time do Grêmio Barueri antes deste se tornar Grêmio Prudente e depois voltar a ser Grêmio Barueri, o volante virou peça-chave na equipe do Parque São Jorge, fosse quem fosse o treinador. A princípio seria reserva de Marcelo Mattos, que veio para substituir Cristian, mas assim que entrou no time, não saiu mais. É exemplo de regularidade, tanto é que – em um post que fiz com alguns recados para jogadores do clube – até me esqueci de citá-lo. Portanto, o reconhecimento ao seu futebol veio em hora mais do que certa. O que fica é a preocupação: em sua posição, o que há disponível são dois resquícios do time que caiu para a segundona: Moradei e Bruno Octávio. Há ainda a opção de improvisar o novato Edenilson, que vem correspondendo quando entra em campo. Porém, Edenilson é segundo volante, com estilo de jogo mais parecido com o de Paulinho. O desfalque ocorrerá justamente na partida contra o Santos, que o rival pediu para a CBF adiar novamente, dada a convocação de suas estrelas Neymar e Ganso. Confesso que não me desagradaria este novo adiamento, já que a proteção à zaga que Ralf promove seria prejudicada com sua ausência.

Outra preocupação: os outros volantes corintianos convocados por Mano Menezes, Jucilei e Elias, foram negociados tão logo estrearam com a camisa amarelinha. Será que Ralf seguirá o mesmo caminho? Se sim, fico imaginando quem teríamos disponível no mercado para substituí-lo. A melhor opção, Cristian, é caro e difícil de trazer. Esperemos.

Sobre a derrota para o Cruzeiro, tenho a dizer que não chega a assustar, mas é bom que Tite fique atento. Ainda vai demorar para termos a volta de Liedson ou a estreia de Adriano.  Vai ser complicado passar as próximas rodadas sem um jogador-referência na área. A única opção na posição de centroavante é o jovem Elias Oliveira, de 19 anos. Emerson joga bem, mas não parece ter a manha de permanecer na área, é mais de movimentação. Aliás, queria pedir ao Sheik que parasse de se preocupar tanto com firulas. Faça o simples, a Fiel agradece.

Hoje deixo vocês com Deep Purple tocando “Burn” no festival California Jam, de 1974. Destaque para a fenomenal divisão de vozes entre David Coverdale e Glenn Hughes.

 [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=pfzv3bf9-OY[/youtube]