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A três pontos das “férias”

Amigos, estive distante destas linhas por um tempo, me preparando para as minhas férias. Distante também esteve o Corinthians, que na 28ª rodada perdeu para o Náutico no Estádio dos Aflitos, local onde o Timbu é soberano. Nada que fizesse tanta diferença para o Timão neste momento, em que também vive em uma preparação para as “férias”. Foi com este espírito que o alvinegro entrou em campo nesta quarta, contra um limitado Flamengo, que só abriu o placar no Pacaembu devido à apatia do time corintiano no primeiro tempo de jogo. Mas foi na segunda etapa que o jogo começou de verdade para o Timão. A começar por Edenilson, que marcou aos 15 minutos após cruzamento de Fabio Santos. Quinze minutos depois, foi a vez de Paulo André virar o jogo, de cabeça. E ainda houve tempo para Emerson Sheik marcar um golaço, depois de um contra ataque puxado por Edenilson, bem no finalzinho, aos 44. Liedson, em momento de Liedshow, marcou para o Flamengo, mas era tarde. A vitória corintiana já era consolidada. Falando em Liedson, além da demonstração de carinho pelo Timão ao fazer questão de cumprimentar todos os ex-colegas e seu ex-comandante Tite, o Levezinho ainda resolveu não comemorar o gol marcado. Sinal de respeito que a Fiel agradece.

Edenílson fez o seu e ainda puxou o contra ataque para o gol de Sheik.

Bem, com 42 pontos, o Timão está a uma vitória de atingir sua meta, de acumular os pontos para se manter tranquilo até o final do Brasileirão, passando a jogar com time misto, se concentrando para a disputa do Mundial no final do ano. O próximo confronto é contra a Portuguesa, sábado, dia 13, no Canindé. Se conseguir vencer a Lusa, o time corintiano pode seguir como eu: de férias.

O Levezinho ainda é Liedshow.

O Timão ocupa a sétima colocação na tabela, a uma distância de oito pontos para o G-4 e a quinze do Sport, primeiro clube na zona de rebaixamento. Estamos tranquilos.

Há muito tempo que não coloco vídeos por aqui, então fiquem com Jon Spencer Blues Explosion, em “Black Mold”. Um abraço.

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A VOLTA DA MAESTRIA

A noite futebolística da quarta-feira, 18/07 teve um dono: Douglas, devendo uma boa atuação desde que voltou ao Corinthians, no início do ano, teve sua chance no time titular, substituindo Alex, vendido a peso de ouro para o Al Gharafa, do Catar, e foi finalmente decisivo, marcando dois dos três gols do Timão. E foi pouco. Ainda deu tempo de Emerson perder um pênalti, mas dado o resultado, não chegou a fazer falta.

Após atuações fracas, finalmente Douglas "reestreou" pelo Corinthians

O que impressionou no time que atuou foi que, mesmo com a saída de jogadores que foram cruciais na campanha do Brasileirão passado, como Liedson (falarei mais sobre isso ao longo do texto), Leandro Castan e Alex, além de Willian, um reserva quase titular, o padrão de jogo foi mantido e preciso. Os laterais se concentraram na marcação e não deixaram espaços para o ataque rubro-negro. Romarinho e Émerson, mesmo tendo o jovem prodígio chegado há pouco tempo no clube, atuaram como velhos parceiros. É claro que a pífia atuação do time comandado por Joel Santana ajudou muito no sucesso da tática de Tite. O Flamengo, à exceção de Vágner Love, visivelmente irritado por ter que fabricar seu próprio remédio, ao deixar a área pra buscar a bola que não chegava ao ataque, não tem jogadores decisivos. O goleiro Cássio quase não precisou fazer defesas.

Curioso como às vezes somos obrigados a rever algumas convicções. Para mim (e acho que para a maioria da torcida), era impraticável um meio de campo formado por Danilo e Douglas, já que ambos não são jogadores de velocidade. Nos enganamos: o outrora classificado como “maestro” foi veloz, comandou o meio de campo e a troca de passes e ainda foi presenteado por Botinelli no primeiro gol e pelo ex-corintiano Renato Abreu, que deu uma “assistência” perfeita para a finalização. E ainda foi dos pés do camisa 15 que se iniciou a jogada do gol de Danilo, com passe de Romarinho.

Com isso, piora a situação na Gávea, especialmente a do treinador Joel Santana. Uma cena emblemática foi quando, já com o resultado consolidado, o comandante flamenguista olhou para o banco de reservas e voltou seu olhar novamente para frente, com uma expressão de desespero. Ao que parece, os “ventos de mudança” ensaiados no início da gestão de Patrícia Amorim não se concretizaram, e a torcida rubro-negra vê o sentido de seu lema “uma vez Flamengo, sempre Flamengo” sendo interpretado da pior forma possível. É de se lamentar.

VALEU, LIEDSON! FOI SHOW.

O Levezinho já se despediu da Fiel. Boa sorte, Liedshow!

Chegou ao fim o segundo ciclo de Liedson no Corinthians. O Levezinho (apelido trazido de sua passagem pelo Sporting de Portugal) não se acertou com a diretoria e se despede ao final do seu contrato, no dia 31 de julho. A ele, toda a sorte em seu próximo clube (estamos torcendo pra que seja de fora do Brasil. Será muito estranho vê-lo com outra camisa de time brasileiro que não a do Timão), e um agradecimento por ajudar a escrever a história do Corinthians com a conquista do Campeonato Brasileiro de 2011 e da Copa Libertadores 2012. Valeu, Liedshow!

OS REFORÇOS

Paolo Guerrero, peruano que jogava no Hamburgo, é a esperança de gols no Parque São Jorge. Centroavante, ainda é uma incógnita, já que não vinha em grande fase na Alemanha. Mas pelo que se viu, parece saber finalizar muito bem. Temos que esperar.

Guerrero é a esperança de gols no ataque do Timão.

Realidade mesmo é a contratação do argentino Martínez, do Velez. O atacante tem como característica a velocidade, e vem como alternativa a Jorge Henrique, após a saída de Willian e Gilsinho (que não vingou, sejamos francos).

Além destes, o Timão ainda procura um substituto para Leandro Castan. O nome da vez é o do chileno Rojas, capitão da Universidad do Chile. Antes dele, foi especulada a contratação de Gil, ex-Cruzeiro, mas ao que parece as negociações não avançaram.

Nenê, ex-Palmeiras e Santos,atualmente no Paris Saint Germán, foi um nome especulado, mas não deve vir. Tem proposta do Galatasaray, da Turquia, e é pra lá que deve acabar indo. Bom jogador.

O próximo compromisso do Corinthians é no dia 21, sábado, contra a Lusa. Se hoje já não briga por uma vaga na Libertadores, já que como campeão já está garantido na competição, ao menos o Timão tem a calma de quem não precisa se preocupar com a pressão. A mesma calma que o levou às conquistas recentes. #VaiCorinthians!

 

O GIGANTE ROMARINHO

Aos 3 minutos de jogo no Pacaembu, a escrita parecia consolidada. Foi o momento em que Mazinho, o jovem jogador do Palmeiras, que vem fazendo boas atuações desde que chegou, vindo do Oeste, acertou o gol de Julio César, após vacilo generalizado da defesa corintiana. Mas a tarde era de outro homônimo de jogador da seleção campeã do mundo de 1994. Romarinho (filho de Ronaldo e neto de Mário, ele não deixa de frisar) foi a estrela do time reserva que enfrentou o arquirrival na fria tarde de domingo, dia de São João. Foi a estrela e teve estrela pra fazer dois belos gols. O primeiro de letra, após cruzamento de Liedson, que também foi um gigante na partida, apesar da nítida falta de forma. O levezinho ainda teve a chance de fazer o gol que seria sua redenção, numa bicicleta que só não foi certeira por capricho do destino, que deve ter arrastado a trave por alguns centímetros para que a bola batesse nela. Ainda perdeu uma chance frente a frente com o goleiro Bruno. Uma pena.

Mas Tite acertou ao confiar na velocidade do “Little Romário” e desenhar um esquema de jogo à sua volta. Serviu até pra neutralizar um pouco a habitual apatia de Douglas e os muitos erros de passe do lateral Ramon. De ponto negativo, a insistência do treinador em improvisar o zagueiro Marquinhos como volante. O garoto não parece ter o cacoete nem o porte físico para jogar à frente dos zagueiros.

O segundo gol de Romarinho, usando um inevitável clichê para descrever, “foi uma pintura”. O jogador parou na frente de seu marcador, o lateral Cicinho, gingou, dominou a bola e acertou um chute no ângulo, consolidando a virada.

Com dois gols, Romarinho foi o nome do jogo.

É claro que a vitória do time B do Corinthians sobre o time A do Palmeiras (desfalcado de Marcos Assunção) se deve não só à atuação do jovem meia-atacante. Vamos lembrar que nos demais jogos do Brasileirão, o time vinha jogando com o inexperiente Antonio Carlos na zaga e com o inoperante Elton no ataque. Ao contrário de Liedson, que mesmo sendo centroavante não se limita a ficar parado na área, Elton atua fixo, e geralmente conta com que a bola bata nele e entre no gol.

Além disso, talvez tenha havido entre os jogadores do alviverde uma inconsciente preocupação em se pouparem para a final da Copa do Brasil, contra o Coritiba. Mesmo que isso tenha significado a perda do clássico e a lanterna do campeonato, que antes era do Timão.

Com a lição de casa feita pelos reservas, hora de pensar no primeiro jogo contra o tradicionalíssimo em Libertadores, Boca Juniors. Para o confronto, Tite tem o retorno de Emerson ao time titular, depois de cumprir suspensão. Ou seja, nenhum desfalque para a semana mais importante do ano até o momento.

#VaiCorinthians!

Fiquem com a faixa-título do recém-lançado álbum dos Beach Boys, “That´s why god made the radio”. Abraços!

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SEGURA ESSA LANTERNA AÍ!

Tudo errado no Corinthians em uma semana em que o item mais necessário é a tranquilidade. O ambiente político no clube não é dos melhores, e pra ajudar, o vice-presidente Luis Paulo Rosenberg resolveu falar (mais) bobagens por aí. Quem acompanha estas mal escritas linhas sabe da campanha que lancei por aqui, reivindicando um esparadrapo na boca do citado dirigente. O caro leitor pode observar que Rosenberg disse algo que pode até não ser tão inverídico, ao apontar que o Timão tem um elenco medíocre. Pode ser, mas não é papel de um dirigente falar isso por aí.

Uma reflexão: se o time titular do Corinthians é mediano (o significado literal de “medíocre”, embora o termo seja empregado de forma muito menos nobre por aí), o que é então o time que enfrentou o Grêmio pelo Brasileirão neste domingo?

Uma das minhas principais dúvidas é se a política de redução de custos promovida pelo atual presidente Mário Gobbi tem algo a ver com possíveis abusos cometidos pela diretoria anterior. Rumores dão conta inclusive de que o atual presidente já não se dá bem com seu antecessor e padrinho político Andrés Sanchez, que andaria flertando com a oposição. Fato é que Gobbi tem se assustado com os valores para contratação de nomes de peso, e a vinda de reforços até o momento se restringiu a promessas como Adilson e Romarinho, além do lateral direito Guliherme, da Ponte Preta, que só chegará após se recuperar do procedimento cirúrgico a que foi submetido.

Douglas não comprometeu, mas também não brilhou. Foto: UOL

Essa mesma política de custos parece dar o tom na conturbada renovação de contrato de Liedson. O Levezinho, em má fase, até pelos problemas físicos que enfrenta, ainda não sabe se continuará no Corinthians.  O que a diretoria ainda não percebeu é a importância de Liedson dentro do elenco. É querido pelos demais jogadores e pela torcida, e mesmo que seja pra não jogar mais, merecia maior respeito por parte do clube. Que se renove ao menos até o final do ano com o jogador. Impressionante ver que hoje, o centroavante não vem sendo escalado nem para o banco, enquanto temos que ver Elton cometer erro atrás de erro a cada chance que tem de sair jogando, ou de entrar no decorrer da partida.

No jogo contra a Grêmio, Tite optou por escalar somente um titular, o lateral esquerdo Fábio Santos. É de se estranhar um pouco, já que o confronto contra o Santos pela Libertadores é na quarta-feira. Portanto, não vejo necessidade tão forte de se poupar titulares por tanto tempo. Mas foi a decisão do treinador, que resolveu inventar Ramon no meio de campo. Ora, se o lateral já não faz partidas marcantes jogando em sua posição, por que improvisá-lo em uma em que o risco de bater cabeça com Fábio Santos era claro?

Foi também mais uma chance para Douglas mostrar a que veio. Não mostrou. Embora não tenha comprometido, o antigo maestro não teve atuação destacada. Fez o arroz com feijão, mas foi um arroz com feijão indigesto, dado o resultado de 2 a 0 para os gaúchos comandados por Vanderlei Luxemburgo.

O primeiro gol saiu de um chute de fora da área de Marco Antonio, que Danilo Fernandes, o goleiro da vez no Timão-reserva, aceitou prontamente, numa mal sucedida tentativa de espalmar a bola. Minutos depois, André Lima apareceu pra fechar a conta. Tudo isso no primeiro tempo. O que se viu depois disso foi um Corinthians fraco, apático, sem vontade. No segundo tempo, melhorou um pouco, mas a pontaria não ajudou. E não ajudou também o rival, já que Kléber conseguiu a façanha de perder um chute sem goleiro. Sorte dos corintianos.

Romarinho entrou no lugar de Douglas, mas não se destacou.

Com o resultado, o Corinthians assume a lanterna do campeonato, mas concentra todas as suas atenções para o jogo contra o Santos. Será que Neymar, voltando da Seleção com a frustração de perder o jogo para a Argentina do não menos do que gênio Lionel Messi, irá descontar tudo em seu marcador, o nosso Alessandro? Esperamos que não. Nos resta torcer.

Por um fio!

Foi por pouco. Era grande a possibilidade de cerca de seis mil torcedores  corintianos presentes no estádio Orlando Scarpelli soltarem o grito de campeão brasileiro de 2011. Mas tinha um clássico carioca no meio do caminho, no meio do caminho tinha um clássico carioca. E a emoção resolveu dar as cartas bem no final do campeonato contra todos os que defendem a volta do mata-mata. A rodada final promete ser explosiva, e este que vos escreve cogita até se refugiar em algum lugar sem TV, sem sinal de internet, longe de qualquer ruído que possa anunciar resultado positivo ou negativo. Balela: isso vai trazer ainda mais nervosismo e ansiedade.

Liedson marcou o único gol do jogo, depois de belo passe de Alex.

Fato é que o Corinthians fez seu papel. Embora tenha tomado um sufoco do Figueirense, que lutava por uma vaga na Libertadores, o Timão conseguiu ser mais eficiente (ou ao menos eficaz), com o gol de Liedson, após belíssima jogada de Alex (inexplicavelmente relegado por Tite ao banco de reservas, entrando apenas no segundo tempo, no lugar de Willian). O meia, que ontem foi o melhor em campo, ainda levou perigo em uma cobrança de falta bem na entrada da área. Mas o 1 x 0 foi suficiente para garantir ao Corinthians a liderança. Só não foi suficiente para garantir o campeonato, já que no duelo eletrizante entre Vasco e Fluminense, Bernardo conseguiu manter o time cruz-maltino na briga.

A emoção vai continuar na última rodada, já que arquirrivais podem definir o rumo dos candidatos ao título. Em São Paulo, o Palmeiras lutará como se fosse uma final para não proporcionar ao Timão a conquista do campeonato. Já no Rio de Janeiro, além da motivação de tirar o título do rival, o Flamengo ainda espera garantir sua vaga na Libertadores.

Segundo os números, o Corinthians tem 88% de chances de conquistar o pentacampeonato, e entre nove combinações, oito lhe são favoráveis. Pronto, agora pode amassar o papel onde foram feitas estas contas e desligar a calculadora. Estamos falando de clássicos, e tudo pode acontecer.

Como grande fator de desvantagens, haverá o desfalque de Ralf, suspenso. Além dele, também não teremos Danilo, mas este não tem feito a diferença nos últimos jogos, e o momento é mesmo de Alex. Vamos esperar que Tite não resolva inventar, escalando alguém diferente e mantendo Alex como elemento-surpresa. Já para o lugar de Ralf não há muito o que fazer: temos que nos contentar com Moradei (e um Pai Nosso) ou quando muito, Edenilson improvisado. Mas este último tem características mais ofensivas, não deve ser a melhor escolha.

Uma certeza: para os corintianos, esta deverá ser a semana mais longa do ano de 2011. #VaiCorinthians!

Por último, uma campanha: colem um esparadrapo na boca de Luís Paulo Rosenberg!

Deixo vocês com um som do projeto Record Club, do cantor Beck. Aqui, o grupo, que regravou o disco do INXS, “Kick”, na íntegra, faz uma bela versão de “Calling all nations”. Abraços!

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