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Plantão médico

Nota: nas últimas duas semanas, este que vos escreve fez exames de sangue, endoscopia e ecocardiograma. Mas se sente bem.

Inclusive, amigos, assisti ao jogo do Timão contra o Botafogo em pleno início de um jejum de 12 horas, como preparação para a endoscopia.

LiedSHOW vai desfalcar o Timão.

Mas foi um jogão! Tudo bem que o Corinthians perdeu muitos gols, inclusive um chute de cobertura inacreditável de Emerson Sheik, que caprichosamente foi em direção ao travessão. Mas é interessante constatar a raça com que esta equipe tem atuado. Especialmente hoje, tenho que dar destaque ao volante Paulinho, que sempre achei limitado em relação ao antecessor Elias, principalmente no que diz respeito às chegadas de fora da área. Mas é legal ver que o meio de campo se encontrou, até mesmo com o outrora cornetado por mim e por boa parte da Fiel, o experiente Danilo. O que dizer então do Julio César. Assim como muitos torcedores, também acho nosso goleiro de certa forma limitado. Porém, uma coisa que nunca lhe faltou foi raça. Ontem, deu susto na torcida, principalmente quando apareceu a imagem de seu sofrimento por conta do dedo mínimo, aparentemente fraturado. No fim, foi só uma luxação, que o afastará dos gramados por um mês, dando a chance do contratado Renan estrear. Mas foi bonito ver a atitude “Aqui é Corinthians” do arqueiro.

Ai meu dedo!!!

Outro que fará IMENSA falta ao time neste momento excelente que vivemos é o centroavante Liedson. Uma cirurgia no joelho o afastará dos jogos por pelo menos um mês e meio. Imagino que Tite optará por escalar o Sheik em seu lugar, já que – caso opte por avançar Jorge Henrique e colocar Alex junto com Danilo no meio, podemos até ganhar em armação, mas a finalização ficaria prejudicada. Mesmo sabendo que Emerson não é exatamente um centroavante, como é o Levezinho, tem mais condições de fazer esta função.

O mais importante de tudo isso, e talvez a explicação pela ótima fase: temos elenco, finalmente. Embora se saiba que é difícil substituir titulares absolutos, estamos bem servidos. Imagine se Renan não tivesse chegado. Estaríamos dependentes de Rafael Santos, que convenhamos, não tem a menor condição de assumir o posto.

Mas vamos que vamos, amigos.  Agora, temos pela frente o Cruzeiro, aqui no Pacaembu. Vamos com força tentar manter a boa fase. Vai, Corinthians!!!

P.S.: Tevez não veio. Mas que tal investir a grana em algum benefício para clube?

E fiquem com “Digging the grave”, do Faith no More, banda que graças a um esforço meu e de João Paulo Tozo, foi confirmada no SWU (piada interna, hahahaha):

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=3yVI3UgtvwU[/youtube]

 

Liderabilidade

Willian já divide a artilharia com Liedson

Olá, companheiros de ferocidade! A fase é ótima para o Timão, não há o que falar do nosso treinador Tite (aposto que João Paulo Tozo irá tripudiar desta minha declaração), que conseguiu dar padrão ao time, graças aos reforços que chegaram. Ontem, por incrível que pareça, havia o temor de que mais um tabu estivesse sendo formado, já que corríamos o risco de nos tornarmos fregueses do Atlético-GO (já pensou?). Mas não foi o que aconteceu. Graças ao gol do talismã Willian, chegamos aos 22 pontos, mantendo a liderança do Brasileirão. E o mais importante: com ampla vantagem sobre o segundo colocado, o Flamengo, já que o Corinthians conseguiu chegar a esta pontuação tendo um jogo a menos (o adiado confronto contra o Santos).

Agora, quem diria? O jogador que fará falta ao Corinthians no próximo jogo (contra o Internacional, na quinta-feira, dia 14, no Pacaembu) é justamente o anteriormente contestado Danilo, que tomou o terceiro amarelo e não joga contra o Colorado.  Aliás, o gol de Willian saiu de um belo passe dele. A fase é boa.

Sobre a polêmica gerada no possível gol do Atlético-GO, não sei dizer se realmente a bola entrou ou não, mas fico propenso a concordar com Tite quando ele diz que um árbitro atrás do gol traria mais credibilidade no julgamento das partidas. É de se pensar.

Ah, sim: e hoje o Timão apresentou seu novo lateral-esquerdo, Ramon, vindo do Vasco, onde passou em branco. O jogador teve uma ótima fase jogando pelo Internacional, e o que se espera dele é que possa repetir as boas atuações desta fase. Até porque, jogando bem, tem tudo para ganhar a vaga do fraco Fábio Santos. Vamos ver.

Fiquem com uma versão de minha canção preferida do REM, “It´s the end of the world as we know it (and i feel fine)” com uma bela citação de Patti Smith no meio e participação de Eddie Vedder nos vocais.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=5iwK0IFgZyQ&feature=player_embedded#at=170[/youtube]

Salve Jorge

Jorge ganhou este nome porque nasceu no dia do santo padroeiro do Timão.

Existem jogadores que transcendem esquemas táticos. São aqueles que, não importa como, o treinador tem que arranjar um jeito de manter no time titular. Jorge Henrique é um desses jogadores. O baixinho vindo do Botafogo foi ganhando espaço “quase sem querer”. Mano Menezes acabou o escalando num esquema de três atacantes, com Ronaldo e Dentinho. E foram grandes exibições do trio. Mudaram os treinadores, mudaram os esquemas, saíram jogadores e nosso JH se manteve. Chegou Willian, o talismã da Fiel, com atuações empolgantes e lá estava ele, dessa vez jogando no meio de campo. Teve uma fase ruim recentemente, o que atribuo a um posicionamento errado, até pela falta de opções de nosso treinador (um abraço, Adenor!). Agora temos: Willian, Emerson Sheik, Liedson e em breve Adriano para o ataque. No meio de campo temos Danilo em boa fase, Alex estreando, Morais (NÃO!) e Ramirez (TAMBÉM NÃO), além dos volantes Paulinho, com atuações regulares e Edenílson, uma promessa que, se seguir o nível com que jogou contra o Bahia, pode surpreender pelo vigor semelhante ao de Elias. Onde entra Jorge neste time? Ou melhor: como podemos pensar em uma formação sem ele?

Contra o Bahia, além de boas atuações de Julio César (a sombra de Renan parece estar fazendo bem), tivemos nosso homenageado numa belíssima atuação, marcando até o último minuto. E aqui cabe também uma menção honrosa ao Ralf, um monstro nos desarmes. Aliás, estes dois são jogadores que têm uma coisa em comum. São o que chamam de jogadores “de equipe”. Pouco aparecem nos destaques, mas são essenciais para o coletivo.

Houve boatos de que Jorge Henrique estaria dificultando as negociações de renovação de contrato, que estaria pedindo o mesmo salário de Adriano. Também ventilou-se a possibilidade de usá-lo como “moeda de troca” por Andrezinho, do Internacional. Acho que vale a pena acender uma vela a São Jorge por não permitir que essa atrocidade fosse cometida. JH23 é patrimônio da Fiel.

Pois bem, após mais um vacilo do São Paulo, chegamos à liderança do campeonato, com um jogo a menos, por conta do adiamento do jogo contra o Santos. Nosso próximo compromisso é contra o Vasco, no Pacaembu, dia 6/7. Até lá.

 

Como trilha, escolho o palestrante do SWU, Neil Young, com “Rockin´ in the free world”, e um recado a ele: traga o violão, mestre!

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=PdiCJUysIT0[/youtube]

Mão à palmatória

Uma advertência: este colunista tentará ao máximo não cornetar o senhor Adenor Leonardo Bacchi no texto de hoje. Vamos acompanhar.

Não tinha como terminar melhor este feriado prolongado. Além do rebaixamento de nosso algoz argentino, ainda tivemos uma atuação mais do que fantástica de nossa equipe. Vamos aos fatos:

 

Pode chamar de Zidanilo e Liedshow.

Fato número um: Danilo se tornou titular incontestável no meio de campo do Corinthians. Tite terá que encontrar algum jeito de colocar Alex neste time, mas sem tirar este que foi o melhor em campo na goleada contra o São Paulo. O primeiro gol do jogo foi um lance pra fazer jus ao apelido de “Zidanilo”. Se o jogo terminasse com apenas este gol, já haveria história pra contar.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=G4dlRid2raY[/youtube]

Mas não foi o que aconteceu. Antes até do primeiro gol, o São Paulo perdeu Carlinhos Paraíba, expulso após uma entrada maldosa em Welder. Expulsão merecida, mas o capitão tricolor Rogério Ceni resolveu ir tirar satisfação com o árbitro mesmo assim. Desde então, mais cartões foram sendo distribuídos, numa amostra de como seria o jogo dali para a frente. Mas o Corinthians soube aproveitar a vantagem de ter um jogador a mais durante todo o segundo tempo. O que se seguiu foi o Timão dominando praticamente todas as jogadas. Tivemos então três gols do “levezinho” Liedson e um frangaço de Rogério Ceni após um chute de Jorge Henrique. Ainda tivemos um chute de Ralf que bateu na trave e (talvez) um pênalti não marcado (confesso que fiquei em dúvida, mas parece ter sido pênalti).

 

O que dizer de um jogo no qual há gritos de olé aos 15 minutos do segundo tempo?

Fato número dois: embora o São Paulo que jogou neste domingo não sirva de parâmetro, pois veio desfalcado e perdeu o rumo após a expulsão, já dá pra notar que o Corinthians encontrou um padrão de jogo. Com a estréia de Alex e mais algum reforço (ainda precisamos de lateral-esquerdo, não dá pra esperar muito do Fábio Santos), inclusive com a volta do nome de Fábio Simplício à pauta, é possível esperar algo deste time. E – mão à palmatória – talvez Tite seja o melhor nome para comandá-lo no momento. Até porque não há melhores opções. Ou alguém gostaria de ver Cuca ou Celso Roth no comando da equipe? São os treinadores disponíveis no mercado. Ah, tem o Adilson Batista, que não conseguiu se firmar em time algum desde sua saída do Cruzeiro. Não, né? Pois é.

 

Apesar da goleada, o São Paulo ainda é líder do Brasileirão. Resta saber o impacto deste resultado nas próximas atuações da equipe. Também não dá pra saber se o treinador são-paulino Paulo César Carpegiani conseguirá se manter por muito tempo no cargo.

 

O próximo compromisso do Timão é contra o Bahia, fora de casa, na próxima quarta. Espero que a boa fase se mantenha.

 

Fiquem com The Who e a bacanérrima “Substitute”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=eswQl-hcvU0[/youtube]

Abraços.

 

Pequenos mitos

Tite ainda não encontrou substituto para Elias

Recentemente, nosso treinador disse que a saída de Elias do time foi preponderante para a eliminação do Corinthians na pré-Libertadores. Não posso deixar de concordar, pelo menos em parte. É claro que o fato de Ronaldo ter estendido a carreira mais do que devia e Roberto Carlos estar pouco se lixando com o clube também contribuíram para o mau desempenho. Mas a declaração de Tite leva a uma reflexão: por que é que os clubes, depois de conseguirem chegar numa formação tática bastante eficiente, acabam por criar uma extrema dependência das peças integrantes desta formação? Elias, que começou a carreira como atacante, e chegou ao Corinthians como meio campista, foi treinado por Mano Menezes para ser segundo volante. Um volante ofensivo, com muita velocidade e uma bela pontaria em chutes de fora da área. Sem Elias, negociado com o Atlético de Madri, temos Paulinho, que não é mau jogador, mas a cada mil chutes de fora da área, acerta um. Edenilson, vindo do Caxias-RS, chegou como promessa de ser o “novo Elias”. É um jogador jovem, e não dá pra saber se vingará. Tite queria Fábio Simplício, que a Roma não liberou. Sinceramente, nem sei se seria uma boa opção.

Fato é que os times às vezes ficam muito dependentes de jogadores com uma característica específica. Quem não se lembra da incessante busca por um meia-armador, após a saída de Ricardinho? Isso não é exclusividade do Corinthians, claro. Veja o Palmeiras penando para ter um centroavante, e tendo Wellington Paulista como única opção viável. Veja o São Paulo tendo que esperar a recuperação de Luís Fabiano. Já comentei aqui neste mesmo espaço sobre a escassez de laterais-direitos. Mas é de se pensar no caso de jogadores tidos como indispensáveis, o que encarece seus passes e estigmatiza seus possíveis substitutos. Temos Ralf, mesmo assim negocia-se ad eternum com Cristian (e no caso dele, bastava um aumento de salário para que ele ficasse). Não que os dois não possam jogar juntos, mas o segundo – se voltar – volta com um salário muito maior do que o ganharia se tivesse permanecido, mesmo com aumento. O próprio Douglas, hoje no Grêmio, fez falta no meio de campo do Timão. Aí tivemos Bruno César com seus altos e baixos, Morais com seu desespero e Danilo com sua lentidão. Hoje temos este mesmo Danilo fazendo boas apresentações e Tite já cogitando mantê-lo no time, com o contratado Alex ficando no banco (Não, Adenor, não!!!). Fato é que a equipe vem se acertando, e talvez até tenha chance de brigar pelos primeiros lugares no Brasileirão, apesar da disputa ser acirrada. Vamos observar.

Uma fábula

Conta certa lenda que um homem caminhava após enfrentar uma tempestade de neve. Aí ouve um barulho, e vê uma cobra ferida e quase morta de frio. A cobra clama por socorro (lembre-se de que isso é uma lenda). O homem argumenta: “mas você pode me picar!”, e a cobra retruca: “Estou ferida, não posso te causar nenhum mal”. O homem então resolve levá-la para casa e cuida da cobra. Durante algum tempo, os dois convivem em harmonia. Certo dia, ao se aproximar da cobra, recebe uma picada fatal. Perplexo, pergunta: “Mas o que é isso? Salvei sua vida, te alimentei, e agora você me envenena?”. A serpente respondeu: “Mas você sabia que eu era uma cobra, né?”.

Não perde a balada, nem o peso.

No começo deste ano, o Corinthians contratou Adriano. Sem mais.

Fiquem com Beatles, “Two of us”. Destaque para a belíssima linha de baixo de George Harrison (sim, nesta Paul ficou só no violão e voz).

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