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PERDAS E DANOS

É Amy, agora não é só o jogo do amor que foi perdido, você perdeu mais do que isso. Mas não estou aqui para te julgar, pois agora não é hora de lembrar dos seus problemas com drogas, prisões e agressões.

A maioria das pessoas parecem ter uma certo prazer pela desgraça alheia, e vendo dessa maneira, é de se questionar se vale a pena ter um lado bom e ser uma boa pessoa, já que quase ninguém se importa.

Como não se importaram em saber o quanto você era uma pessoa querida pela sua vizinhança em Camden. Como foi educada e gentil com todos aqueles que você teve contato no hotel em Santa Tereza, onde ficou hospedada, quando passou pelo Brasil.

No casino mórbido, ganhou quem apostou na sua morte. Mas o que eles lucraram com isso? Quem será que eles escolherão para ser a próxima aposta? Pois terão outros, porque os abutres simplesmente não param.

Em nenhum lugar estava escrito que isso tinha que acontecer agora. E mesmo que todos os laudos do mundo apontem que foram as toneladas de drogas ingeridas por você, a causa da sua precoce morte, é preciso enxergar as coisas alem disso tudo.

Querem te colocar de qualquer maneira no famoso Clube 27, onde os frequentadores são estrelas da música que morreram ao atingir essa idade. Mas você pertence a outro clube frequentado por Billie Holiday, Dusty Springfield, Nina Simone e James Etta.

Mulheres talentosas e com vozes poderosas, mas donas de vidas frágeis e sofridas, e que levaram sua arte ao extremo por conta disso. Algumas delas tinham hábitos tão perigosos quanto os seus.

Mulheres que choravam e sofriam por amor, mesmo que esse amor não fosse tao honesto assim. E que acima de tudo sentiam falta de um abraco amigo e/ou familiar quando mais se precisava.

Coisas pequenas, alguns podem dizer, mas a dor é algo que não se pode dimensionar. Cada um tem a sua e tenta conviver com ela da melhor maneira possível e você infelizmente não soube lidar com a sua.

Mas não sera a primeira nem a ultima pessoa a fazer isso.

O que posso fazer agora é te agradecer pela sua pequena obra deixada e desejar que finalmente você descanse em paz!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=w1evzhSast8[/youtube]

“MINHA NOITE COM O PULP NA BÉLGICA”

Por Jéssica Torres (@lookslikethesun)

Sexta passada, dia 15/07, eu tive a imensa felicidade de assistir o Pulp em uma vila na Bélgica.

Quando chegou a hora de tirar as minhas mais que merecidas férias, não passava pela minha cabeça que algo tão extraordinário quanto ver o Jarvis Cocker de perto poderia acontecer. Isso porque em um dia de insônia, resolvi dar uma olhadinha na agenda do Pulp, porque vai que eles fossem tocar em alguma cidade em que eu passaria, né?

Descobri que não, mas eles iam tocar na Bélgica enquanto eu estivesse em Londres, então pensei comigo mesma: Por que não?

Fã definitivamente não pensa direito e nem mede esforços para ver uma banda muito querida. Então lá fomos eu e minhas irmãs em uma pequena aventura até uma vila no interior da Bélgica, que até então eu nunca tinha ouvido fala.

Primeiro tenho que dizer que na Bélgica aparentemente quase ninguém fala inglês (ou finge que não fala). Isso deixou tudo bem mais complicado e cansativo do que eu esperava. Mas depois de muito estresse, finalmente cheguei no festival de Dour, por volta das 21h20 e o Mogwai estava tocando (show muito simpático por sinal).

Faltando uns 20 minutos para o começo do show, tinha meia dúzia de gato pingado na grade. Eu fiquei passada, afinal qual o problema dessa gente que não estava lá se matando para ver o Jarvis de perto?

Então começaram a aparecer algumas coisas escritas na cortina como: “Olá? Como vocês estão?” “Vocês querem ver um golfinho?” “Vamos jogar um jogo?” E por assim vai. Coisas bem Jarvis Cocker, sabe?

E parecendo que eu explodiria de ansiedade, finalmente eles entraram no palco. Abriram com “Do You Remember the First Time”?  Logo depois Jarvis começou a ser ele mesmo, explicando como eles falavam muitas línguas na Bélgica, e era muito confuso, ele ia falar em inglês mesmo.

Então ele convidou todos para jogar um jogo: Levantar a mão, fingir que estava segurando um globo e fazer um barulho para direita e depois para a esquerda. Minha irmã mais velha, que não conhecia o Pulp, depois dessa se apaixonou instantaneamente por eles! Depois veio “Pink Glove”, que dava vontade de chorar, em seguida “Pencil Skirt”, com Jarvis pulando, subindo nas caixas de som, dançando, como se ele num tivesse envelhecido um só dia desde 94. E sempre falando com o público entre uma musica outra, sempre sendo extremamente simpático, um verdadeiro show man. Porque ele é engraçado, irônico e interessante. E o público calmo, mal gritava, mal dançava.

Na sequência rolou “Something Changed”, onde Jarvis refletiu ser uma música sobre amor. Com “Disco 2000” logo em seguida, que foi quando o público finalmente pareceu mais empolgado, e logo emendou “Sorted for E’s and Wizz”, perfeita para qualquer um desses festivais loucos. “A Feeling Called Love”, maravilhosa. “I Spy”.

E então uma parte super emocionante, quando Jarvis disse que naquele dia, Ian Curtis completaria 55 anos, então ele recitou como uma poesia um trecho de “Love Will Tear Us Appart” e desejou feliz aniversário para Ian onde quer que ele estivesse. Lágrimas rolaram na platéia.

Eles tocaram “Babies” em seguida. “Underwear” para minha felicidade eterna, seguida de “This is Hardcore”, que eu não esperava ouvir e foi além da imaginação ver ao vivo. Depois antes da próxima música ele achou de bom tom jogar Mars e Twix para a platéia, e então tocou “Sunrise” e “Bar Italia”. Então o grande momento! A hora de “Common People”.

Antes de começar ele disse que o Pulp tinha 2 regras: 1) Nunca confiar no Pulp. 2) Sempre deixar para o final a música que as pessoas mais querem ouvir. E então começou “Common People” que é praticamente um hino. Aí não tinha como todos não ficar empolgados. Foi incrível!

Infelizmente também foi a ultima música. Quando o show acabou e eu finalmente me dei conta do que eu tinha acabado de ver, foi inevitável não chorar como uma adolescente de 15 anos, mas aposto que se você é um bom fã de Pulp faria o mesmo!

http://www.flickr.com/photos/frf_kmeron/5954283149/

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Quando o John conversou comigo sobre escrever esse texto, disse para colocar vídeos caso eu tivesse. Eu até tenho, mas não vale a pena colocar aqui. Só dá para ouvir eu gritando. Então fica para a próxima!

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Agradecimentos a queridissima Jessica Torres pela colaboração emocionada.

Agora bem algum desses festivais bacanas do 2º semestre brasileiro poderia bancar a vinda dos caras. Por que a inveja da Jess está gigante (risos)

Achei alguns videos desse show aqui no youtube. Peguem essa Commom People:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ZDcSUD-Dn4g&feature=related[/youtube]

Cheers,


FEROZES FC ENTREVISTA: LEVEL 2!

 

 

Level 2 surgiu para mostrar que os brazucas também são ótimos produtores de Drum’ n Bass.

Suas musicas já foram assinadas por grandes nomes da cena eletrônica mundial, como Bryan Gee dono do selo Liquid V, e DJ Marky dono do selo Innerground Records.

Muito valorizado e respeitado na cena, sua primeira musica de trabalho lançada foi “Going Back”, um petardo que balançou o mundo eletrônico.

Residente em São Paulo, hoje é cotado para grandes festas e eventos internacionais.

Level 2 recentemente lançou seu novo EP pela Liquid V, “Rampage” que está sendo um dos mais tocados, e faz parte do case de muitos DJs ao redor do mundo.

Sempre fui um admirador de seu trabalho, de suas musicas bem trabalhadas e empolgantes, mas esse EP em particular me pegou de jeito. Não canso de ouvi-lo e não vejo a hora de tocar algumas tunes na pista para o público delirar e botar a pista no chão.

O Ep conta com seis faixas:

A: Time to do
B: conquest
C: rampage
D: no time
E: ghetto sounds v.i.p
F: days of rain v.i.p

E já está disponível nos melhores sites de vendas de MP3.

http://itunes.apple.com/us/album/rampage-ep-ep/id442106164

http://download.breakbeat.co.uk/mp3/level-2/rampage.aspx

 

Abaixo um entrevista exclusiva com Level 2!! Enjoy

 

Dido Reis: Com tantas possibilidades e tantos estilos musicais o que o levou a produzir Drum n Bass?

L2: Ja temos muitos bons produtores de outros estilos musicais, eu acho que produzir drum n’ bass para mim é uma terapia, alias, fazer o que gosta é uma terapia!

 

Dido Reis: O cenário do Drum n Bass no Brasil, já esteve em alta, com os Dj´s Marky, Patife entre outros. Qual sua opinião sobre a cena hoje?

L2: Estamos voltando com força total dessa vez, no mês  anterior tivemos 6 festas de Drum n’ Bass, isso é um bom sinal, acredito que agora só tende  a melhorar

 

Dido Reis: Quais são seus Produtores e Djs Preferidos?

L2: No Momento estou ouvindo muita produção nacional, ariscas como L-Side, Subsid e outros são meus favoritos depois dos pioneiros Critycal Dub, la fora Dramatic & DbAudio, Enei & S.P.Y.. e Djs a resposta é bem curta.. DJ Marky!

 

Dido Reis: Quando começa a produção de um EP novo, onde você busca inspiração?

L2: Tudo para mim é inspiração, agora mesmo estou respondendo essa entrevista e estou com meu setup a todo vapor fazendo uma nova faixa, e costumo muito ouvir uma radio do itunes que se chama Project Vibe , isso é minha inspiração.

 

Dido Reis: Conte-nos um pouco da emoção de ser convidado para lançar suas musicas pelo selo Liquid V?

L2: Ser artista do Bryan Gee nao tem preço, o primeiro convite foi incrível, e até hoje me treme as pernas quando ele assina minhas musicas, hoje em dia me sinto respeitado aqui e principalmente lá fora, isso não tem preço!

 

Dido Reis: Seu novo EP, Rampage, foi lançado recentemente com verdadeiros petardos. Desse EP, qual sua preferida para se ouvir na pista?

L2: Conquest é minha faixa favorita do EP ou talvez minha favorita entre todas, acho que o EP foi bem elaborado e faz parte do case de muitos Dj’s como Marky, Grooverider, Sigma, Nu:tone, Break, Die e outros.

 

Dido Reis: Conte-nos um pouco sobre influências musicais?

L2: Escuto de tudo desde RnB ate Soul, Funk, Jazz.. nao importa o estilo o que importa é a boa musica!

 

Dido Reis: Qual a musica que não pode faltar em sua Bag de discos?

L2: Commix – Roots Train. nem sempre toco, mas é meu disco favorito!

 

Dido Reis: Fale sobre sua paixão pela musica e pelo seu time de coração. Qual a influencia dos 2 na sua vida?

L2: Aonde eu estou, o fone de ouvido me acompanha, em casa estou escutando ou produzindo musica, é complicado, agora com relação ao meu time, sem comentários (rs) meu tio me ensinou tudo sobre o SPFC desde meus 6 anos de idade, minha primeira camisa do SPFC com patrocínio da IBF hahaha. bons tempos!

 

Vou lhe aplicar agora o nosso famoso Top 5. Prepare-se!

– Top 5 Dj´s mais rock n roll da cena eletrônica

Marky

Andy C

Friction

S.P.Y.

Rusty

– Top 5 jogadores do São Paulo que dariam bons dj´s

hahahaha

acho que não tem!

– Top 5 dj´s que dariam bons jogadores de futebol

David (Critycal Dub)

David WS

MS2

Chap

Marky

Pernas de Pau FC. (rs)

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A dica musical do dia fica por conta do entrevistado.

Level 2 – Conquest

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=uS88W1SUuq0[/youtube]

15 DIAS, 9 SHOWS

O mês de Novembro foi realmente privilegiado para os paulistas amantes de música.

Uma infinidade de shows invadiram São Paulo este ano. Festivais inéditos como o SWU (leia: http://ferozesfc.blogspot.com/2010/10/ferozes-conferindo-o-swu.html) e o já tradicional Festival Planeta Terra (leia: http://ferozesfc.blogspot.com/2010/11/chazinho-de-coca-festival-planeta-terra.html), trouxeram uma quantidade admirável de músicos ao Brasil.
Grandes nomes como Lou Reed e Paul McCartney, e nomes menores como, The Mummies, Hot Chip, Passion Pit, Yeasayer… passaram por aqui. Claro que eu não consegui assistir todos, afinal, show no Brasil é muito caro, sem falar no tempo e disposição que teria que dispensar, e não tinha, mas confesso que meu coração agora dói por ter perdido o show do Beatle.

Sobre os shows que assisti:


Começando pelo dia 10 de Novembro, local Via Funchal. Show doce, delicado, que começa morno, mas que depois contamina o público com muita alegria, alegria que leva todos à cantar e dançar. Alegria típica do simpático, exímio dançarino, animador de platéia, e músico Stuart Murdoch, este que escolheu no público um grupo de pessoas para dançar no palco, por coincidência neste grupo tinha duas amigas, e depois premiou cada um com um abraço e uma medalha, atitude única. Outro momento “so sweet” foi quando o Stuart colocou os seguranças para correr atrás dele, indo até a grade que separava a pista vip da pista ‘comum’, a impressão que tive é que ele também não curte muito este papo de pista vip. Enfim, este foi o show do Belle & Sebastian (1), lindo, como era de se esperar.


16 de Novembro, Massive Attack (2). Admito, nunca fui uma grande fã de trip hop, apesar de reconhecer a qualidade e admirar o talento de algumas bandas. Decidi ir neste show nos 45 minutos do 2º tempo, no susto mesmo, o show estava marcardo para começar às 22:00, cheguei na porta as 21:30, peguei fila para estacionar, peguei fila para comprar ingresso, peguei fila para entrar, consegui colocar os pés dentro do HSBC Music Hall ouvindo aplausos, passei a 1ª música me expremendo e atravessando uma densa aglomeração de pessoas até encontrar um local que achei relativamente bom para ver o show, na 2ª musica já estava acomodada. Foi incrível. Massive Attack preparou o show para o Brasil, atrás da magnífica banda, com músicos que prezam pela perfeição, havia um painel de luzes onde passavam informações políticas, sociais e econômicas, algumas comparando países, outras sobre futebol, incluindo o Campeonato Brasileiro 2010. Porém, um momento que me marcou, foi na música “Future Proof’, em que no painel passava uma sequência de códigos binários revezando com códigos hexadecimais, e a impressão que tive foi que as notas musicais foram convertidas neste códigos, o que causou um efeito estupendo. Não dá para descrever a magnitude do Massive Attack, somente assistindo ao show pode-se ter noção da perfeição.

Três dias depois o Sesc Pompéia proporcionou um ótimo show, a um preço módico que equivalia à duas cervejas na balada. O The Raveonettes (3), que tive o prazer de assistir em Curitiba, fez uma grande show com guitarra barulhenta, bateria bem marcada, toda aquela influência de Jesus And Mary Chain que valorizo, mas para variar achei o volume baixo, marca registrada dos shows na choperia do Sesc. Momento fã: 1 dia antes, Sune Rose Wagner (vocalista do Raveonettes) visitou a festa Generation X, na DJ Club, e lógico que não perdi a oportunidade e sai da festa com o meu poster da banda autografado.

No dia seguinte foi o Festival Planeta Terra (haja fôlego). O Terra tinha dois palcos e um cardápio saboroso de bandas, muito organizado e pontual, por isso foi impossível assistir a todos os shows que gostaria, ainda mais com amigos fanfarrões que me arrastaram para andar nos brinquedos, inclusive três vezes seguidas no Splash, o que me deixou molhada durante todo o show do Phoenix. No final das contas, eu assisti somente 4 shows, nenhum no indie stage.


Of Montreal (4), é o que chamo de doce surpresa, no palco uma bagunça sincronizada, show de interpretação com fantasias, um performance deliciosa de assistir. Destaque para o baixista que era um espetáculo à parte. Eu adoro Of Montreal achei magnífico sem deixar nada a desejar.

Phoenix (5), com seu vocalista Thomas Mars que “mergulhou” no público, “nadou” aproximadamente 40 metros, subiu em uma pequena plataforma, e repetiu o processo para voltar ao palco. Ficou deitado no chão enquanto a sua banda se apresentava, demonstrou-se um belo “rockeiro da pesada”, mas ao mesmo tempo sensível e simples. Ganhou minha total admiração por sua personalidade e competência musical. A banda toda é ótima, baixista incrível, o baterista excepcional, na minha opinião o show mais empolgante. Eu que esperava algo mediano, pois havia os assistido no Nokia Trends, fiquei impressionada.

Se você quiser, pode conferir o mergulho de Thomas Mars no Terra TV:
http://terratv.terra.com.br/videos/Diversao/Musica/Planeta-Terra/Planeta-Terra-2010/4921-332527/Vocalista-da-Phoenix-mergulha-na-plateia-em-HD.htm

Pavement (6), foi exatamente o que esperava! Momento fã: fui para o Terra só para ver Pavement, as outras bandas vinham de brinde. Não tenho o que falar mal, não esperava menos, e nem mais, uma apresentação não muito calorosa com os fãs, mas impecável, recheada com minhas músicas preferidas, momento de grande alegria para mim.

Agora vem a banda divisora de águas, Smashing Pumpkins (7). A organização do festival anuncia a entrada da banda, cinco minutos de palco vazio e público silencioso. De repente a banda entra, gritos, assovios, aplausos, muito barulho, e até algumas lágrimas, é o que vejo ao meu redor. Olho para o palco vejo a D’arcy morena no baixo e o Iha de cabelo curto na guitarra. Mentira, não eram eles, mas o Corgan aparentemente fez questão de manter a estética da primeira formação da banda. Eu não sei dizer exatamente se estava muito exausta, ou se o show foi monótono, mas sei que foi menos do que esperava. O baterista era muito bom, muito técnico, mas aquele imenso solo achei chato demais. Billy Corgan, ou “Billy Ronaldinho” como se auto-denominou, sentiu-se “the god of metal” e mandou um solo i.n.t.e.r.m.i.n.á.v.e.l. de guitarra, e haja paciência. Já que a banda era esteticamente parecida com a primeira formação, pensei que o set seria baseado no Gish e no Siamese Dream, mas não, não foi, e a única música que me fez prestar um pouco mais de atenção foi “Ava Adore”. Porém, alguns amigos acharam o show perfeito, magnífico e tudo mais de bom que existe. Não sei, vai ver, eu estava realmente cansada demais!

Lembrei: Que tristeza não ter ido ao show do Paul, continuando….

Dia 25 voltei à adolescência e fui assistir a duas bandas punks: The Adolescents (8) e Buzzcocks (9). Realmente foram shows para quem tem muita saúde e idade não muito avançada, mas foram maravilhosos. Adolescents exatamente como imaginava, inclusive, conforme havia previsto, vi um amigo “voando” na platéia. E Buzzcocks simplesmente perfeito !

Ainda estou me recuperando do desgaste físico e de tantas emoções, mas agora tenho que me preparar para a rodada final do BR 2010. “VAI TIMÃO”. Haja coração !!!!

DJ,toca esta por gentileza !

Top 5 Discos Ferozes 2009

 
João Paulo Tozo

Alice In Chains –Black Gives Way To Blue

Em essência, Layne Staley está vivo em Black Gives Way to Blue.

Substituir o mitológico vocalista do Alice in Chains, considerado um dos maiores de todos os tempos, não apenas é complicado, como impossível. Mas o AIC achou em William Duvall uma possibilidade real de seguir adiante com grandes discos. Ajuda também o fato de Jerry Cantrell cantar em quase todas as faixas.

14 anos após seu último trabalho, foi estranho imaginar a volta do Alice In Chains.
Dinheiro? Ostracismo? As razões que apontavam para esse retorno eram tenebrosas. Mas Jerry Cantrell continua um fantástico guitarrista, assim como Mike Inez (baixo) e Sean Kinney (bateria) continuam com a mesma pegada de outrora.

Das bandas que levantaram a cena grunge de Seattle, o AIC foi certamente a que mais abusou do peso do metal e se aproveitou de uma atmosfera sinistra com os vocais de Staley.

E tudo isso está de volta. Menos Staley, infelizmente.

O disco pode ser datado, mas está inserido nesse contexto a inventividade do Alice in Chains. É datado mas não há outra banda que faça algo parecido. Nem outra banda que tenha feito um disco tão sensacional em 2009.

Comece escutando a faixa inaugural, “All Secrets Known”, e mergulhe na atmosfera sombria do AIC.

Em “Check My Brain” e na fantástica Looking in a View, para mim o single do ano, você vai de encontro ao AIC cheio de vigor do começo dos anos 90.

Um discaço fez o Alice in Chains. Brindaram os fãs, onde me incluo, com um retorno retumbante e sem ressalva alguma.

Para os que não acreditam no que digo, deixo aqui o clipe da música do ano – Alice in Chains – Looking in a View: http://www.youtube.com/watch?v=lr_tyst3SVE

Yeah Yeah Yeah´s – It´s Blitz

Os desavisados podem ter achado se tratar de uma nova banda quando escutaram na rádio o petardo “Zero”. Fato é que desde “Show Your Bones” que o Yeah Yeah Yeah´s mostram sinais claros de maturidade. Não que a anarquização de Fever to Tell não seja sensacional. Tanto que ainda é meu disco favorito de Karen O e Cia.

Dave Sitek do “TV On The Radio” tem grande parcela de culpa nessa remodelação do YYY´s, já que foi responsável pela produção da maravilha.

A Faixa “Zero”, com todo o seu despejo de sintetizadores, só não é a música do ano porque o YYY´s teve o “azar” de lançar sua obra no mesmo ano de uma das maiores bandas de todos os tempos.

Vale também destaque para a deliciosa “Heads Will Roll”.

Camera Obscura –My Maudlin Career

Ex pequena do Stuart Murdoch do Belle&Sebastian, Tracyanne Campbell tem uma voz de fazer qualquer um abrir largo sorriso de satisfação.

Tem um “que” de B&S, claro. Mas o seu “indie pop” me agrada bem mais. Fosse lançado em outra época e teria potencial para se tornar um disco clássico.

As faixas “French Navy” e “Swans” estão entre os grandes sons do ano, na minha humildíssima opinião.

Marilyn Manson – The High End of Low

Tio Twiggy faz um bem danado ao tio Manson. O retorno de seu eterno braço direito trouxe também a agressividade musical e algumas texturas esquecidas nos últimos discos da banda.

Sem o peso de outrora, mas ainda assim é possível fazer paralelos com a trinca clássica de Manson. “Pretty as a Swastika” pode fazer boa tabelinha com “Little Horn”, de Antichrist Superstar. Assim como “Running To The Edge of The World” remete a Speed Of Pain, do Mechanical Animals. Já em Four Rusted Horses, Manson e Twiggy buscam referencias em Johnny Cash.

Abismado? Eu também fiquei.

Muse – Resistance

Eu poderia aqui na 5ª colocação citar o Animal Collective ou o Wild Swans. Mas por mais bacanas que seus álbuns tenham sido, são bandas que não fazem o tipo de som que pira completamente o meu cabeçote.

O Muse por outro lado é banda de cabeceira e, por mais que esse último trabalho dos caras seja em grande parte um pastiche do Queen (diga-se de passagem, os próprios dizem que esse disco foi totalmente influenciado pela banda de Freddy Mercury), além de ser o trabalho menos genial dos caras, ainda assim me agrada demais aos ouvidos. Ainda assim, um álbum que tenha a faixa “United States Of Eurasia” não pode ser desconsiderado.

Sinal de que o ano foi uma droga? Que nada. Animal Collective e Wild Swans são bacanissimos e, não fosse eu um turrão que não abre mão de louvar as bandas do coração, certamente estariam aqui na lista.
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Angelo Malka

Dinosaur Jr. – Farm

Este disco é o segundo do Dinosaur desde seu retorno em 2007, a banda que influenciou ícones como Pixies e Nirvana mostra o bom e velho rock dos anos 90 que de certa forma foram eles que ajudaram a moldar. Com as guitarras cheias de flanger e wah wah comendo solto na hora dos solos, o power trio engata excelentes músicas como “plans” e “over it”, esta última com clipe lançado que tem um certo clima nostálgico, e para quem viveu aquela época (como nós do blog Ferozes FC) talvez traga até certa estranheza ao ver que idade chega para todo mundo, não é um sentimento bom nem ruim, só a certeza de que isso acontece a todo mundo.

O fato é que o novo cd da banda está repleto de melodias excelentes que me remetem aos dias em que remava em cima do meu skate (é, já fiz muito isso) sem me preocupar com as contas a pagar, as matérias a escrever, as noites em discotecar, e sempre é bom lembrar desta época.

The XX – Self Titled

Este disco e esta banda me foram apresentados este ano aos 48 do segundo tempo e conquistou meu coração. O cd é regado a canções lentas, com vocais masculino e feminino cantando juntos (gosto deste tipo de duo na linha de algumas músicas do Pixies) e com o tema geralmente voltado ao sexo. A banda e o cd não tem nenhuma música considerada um HIT e tudo o mais, mas o mais bacana do cd é o balanço ao qual ele te leva em um chilli out ou até mesmo durante uma tarde ensolarada, as melodias tem aquele “easy listening” e não tem nenhuma faixa que possa irritar aos ouvidos por ser aguda ou grave demais, tudo parece muito bem colocado em cada canção.

Se fossemos seguir uma lista de bandas que você pode lembrar quando ouve o som dos caras, podemos dizer que em algumas guitarras lembramos de Interpol, em alguns momentos temos surtos de Radiohead, mas em geral não lembro de ter achado alguma canção totalmente influênciada por algum artista. Como música favorita voto em “crystalised” pela melodia, pela letra, e pelo sentimento que ela me trás, que não vou revelar a vocês para que possam ouvir e tirar as próprias conclusões e sentimentos dela.

The Pains of Being Pure at Heart – The Pains of Being Pure at Heart

Quando a princípio ouvi o nome dessa banda, achei fantástica a idéia dele, gosto de nomes grandes para bandas, como por exemplo: “and you will know us by the trail of dead” ou “nine inch nails” ou ainda “does it offend you, yeah?”. Quando ouvi a primeira vez as músicas via You Tube me apaixonei no mesmo instante, as guitarras e a influência descarada do guitar pop junto com os vocais da tecladista Peggy Wang-East que são doces demais acompanhando do vocal amador e cativante de Kip Berman, fazem você se sentir numa garagem com guitarras no último volume tocando aquele som pop despretensioso que você sempre quis ouvir em uma tarde de verão.

Deste cd eu consigo eleger as primeiras 8 músicas como fantásticas e as duas últimas como muito boas, por tocar um rock simples, sem pensar muito na estética como hoje se faz com todas as bandas, tocando algo sincero, o The Pains of Being Pure at Heart conseguiu compor o que na minha opinião constitui como o melhor disco de rock do ano.

Florence and the Machine – Lungs

Esta banda com certeza é uma das coisas mais geniais que descobri este ano, imagine você tirar as pessoas do filme Hair, pegar aquela estética toda dos anos 70, flower power, com um toque de vocais na linha Kate Bush, influências de divas de todas as décadas, um pouco de rock e indie pop, juntar com coreografias imensas, vídeos extravagantes e todo um clima psicodélico e jogar em uma banda só, este é o Florence and the Machine, uma banda fantástica.

Os vocais de Florence ‘Flossie’ Welch são de uma potência que há tempos não via em uma cantora pop, potência esta que é testada em “drumming song” onde em grande parte a voz e a percurssão são os únicos instrumentos presentes, lindas canções como “dog days are over” estão presentes no álbum também, o lançamento da banda foi feito com uma canção que não resume bem o estado de espírito deles e se chama “kiss with a fist” é mais pro lado do rock garagem, porém, apesar de não combinar muito com a banda a música não deixa de ser boa, mas se você quer realmente captar a essência desta banda ouça a música “Rabbit Heart (Raise it up)” que considero como a melhor do grupo. Compre, baixe ou ouça em streaming mas não deixe de conhecer Florence + the machine.

The Loves – Three

Esta banda, The Loves, você provavelmente nunca ouviu falar, mas não se desanime, eu também não tinha ouvido falar, nem ninguém que eu conheça. Essa banda é daquelas que um dia sem querer você tropeça no meio da internet e acha fantástica, isso foi o que aconteceu entre eu e o The Loves. Estava ouvindo um dia uma coletânea de bandas alternativas de um canal de vídeos do You Tube, e entre todos os clássicos tinha essa banda no meio, não sei se porque quem fez a lista foi alguém da banda, ou se como eu gostou muito quando ouviu. O fato é que esta banda é de Liverpool e toca basicamente em pequenos eventos e garagens pela Inglaterra, sem grandes shows, sem grandes fãs, sem grandes públicos, até mesmo em sua terra natal o The Loves não é muito conhecido, apesar disso tem um EP e três maravilhosos discos, sendo que um deles o “three” saiu este ano.

O som do The Loves lembra bem aquela fase áurea do Teenage Fanclub, com influências da fase mais pop dos Beatles, e todo o rock grudento que você canta facilmente depois de ouvir uma vez só. Rock para meninos e meninas, jovens ou adultos, The Loves faz o estilo de quase todo mundo. Coloco o link do last FM deles, porque esta banda realmente é difícil de achar: http://www.lastfm.com.br/music/The+Loves/Three

Destaque para as faixas do álbum: “the ex-gurlfriend”, “everybody is in love” e “sweet sister Delia”

Esta foi minha seleção de melhores álbuns de 2009, espero que tenham gostado, e se quiserem trocar figurinhas ou me mostrar um álbum novo que támbem goste, mande e-mail para: malkaviano_etejs@hotmail.com ! OBRIGADO!
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Karen Bachega

The Pains of Being Pure at Heart – The Pains of Being Pure at Heart
Este é o primeiro disco desta banda norte-americana, lançado em fevereiro. Foi o achado do ano para mim. Com melodia pop, guitarra distorcida e letras sobre o amor,.tem influência de tudo o que eu gosto, shoegaze bem definido, portanto contam com um público apaixonado, assim como eu.

Gutaf Spetz – Good Night Mr. Spetz

Este artista sueco é pretensioso, mas não é à toa. Músico talentoso, toca piano e compôs um dos melhores discos do ano na minha opinião. Suas melodias são daquelas que me faz deitar na cama, olhar para o teto e viajar em meio a boas sensações.

The Raveonettes – In and Out of Control

No Intervalo Musical de 02/10/2009 falei sobre este disco, pois o achei merecedor de uma coluna só para ele. Como já disse, não fugiu da fórmula dos discos anteriores, mas como eu adoro este duo dinamarquês e acho divinas todas as suas músicas, não poderia ficar fora do meu top 5. Se quiser saber mais, olha aqui: http://ferozesfc.blogspot.com/2009/10/intervalo-musical-raveonettes-2009.html.

Dinosaur Jr. – Farm

Este disco é “Dinosaur Jr.” e ponto final, sem inovações. Se você aprecia a carreira da banda, vai adorar o disco. Rock jovem, despretensioso, sem repetições e com letras interessantes, essa é a marca da banda que foi influência de outras tantas grandes bandas.

Yo La Tengo – Popular Songs

Este disco de popular só tem o nome. Álbum cuja a essência é musica pop, com pitadas de soul, r’n’b, folk e country, tudo isso sem esquecer do passado guitar band da banda. Criatividade sem perder a mão, com músicas para todas as ocasiões.

Fica aqui o meu top 5, com a difícil missão de escolher 1 música entre tantas nestes 5 discos maravilhosos.

DJ, toca esta por gentileza. http://www.youtube.com/watch?v=B4itzHRpltQ
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Rene Crema

Yeah yeah yeahs – its blitz

Segundo disco da banda, mostrando que Karen O chegou pra dar as cartas, e com toda sua elegância, botou a galera pra dançar com seu hit Zero, música que fecha o ótimo disco! Um dos meus critérios pra fazer minhas escolhas esta no quantidade de vezes que ouvi o disco, por prazer, por viciar, e esse me fez gastar o player!

The Raveonettes – In and Out of Control

O Pop rock de melhor qualidade pra mim, musicas fáceis e pegajosas (no bom sentido), o disco acaba e me faz querer ouvir mais, a cada disco a dupla da um salto de qualidade, se continuar na escalada todo mundo só tem a ganhar.

Alice in Chains – Black Gives Way To Blue

O retorno de um dos ícones dos anos 90, Layne Stanley não esta mais ali, mas seu sucessor Willian DuVall deixou todos de queixo caído com seu timbre parecidíssimo, músicas fortes, a velha pegada que a banda nunca esqueceu, disco de encher a barriga! Não podia ficar de fora!

Hearts Of Black Science – The Ghost You Left Behind

Ultima audição que viciei no ano, arranjos que adornam uma viagem deliciosa, uma massagem nos ouvidos, melodias que prendem, caiu em cheio ao meu gosto pessoal, uma mistura eletrônica com instrumentos que me fascinou! Acredito que ouviremos falar muito ainda deles!

The Horrors – Primary Colours

Insano, quando todo mundo achava que o Horrors era uma banda tipo Y, os malucos vem e fazem um disco tipo X, viajante, hipnotizante, riffs de arrepiar, atmosfera única que Horrors conseguiu criar, maravilha de disco!