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Intervalo Musical – O Diabo é o Pai do Rock

Intervalo Musical em clima de Halloween. O juiz apita e solta as bruxas hoje. Mistérios entram em campo.

 
Existem muitas histórias e lendas na música, acontecimentos bizarros e grandes fatalidades que geram tristeza.
Sim, todos conhecem “A lenda da morte de Paul McCartney”, dizem que o atual Paul é um sósia do anterior. E sim, todos conhecem “A lenda Elvis não morreu”, dizem até que ele foi morar na Argentina, mas ninguém agüenta mais falar sobre estas lendas.

O universo musical é cercado de acidentes, assassinatos e suicídios, na maioria dos casos mortes estranhas e chocantes. A lista de engasgados com o próprio vômito e/ou por uso exagerado de drogas, ilícitas ou não, é imensa: Bon Scott, Jimi Hendrix, John Belushi, John Bonham e Sid Vicious, este tinha acabado de sair da prisão acusado de assassinar a facadas a sua namorada Nancy, um mistério que nunca foi provado, pois Sid jurava não lembrar de nada.

James Sheppard surrado até à morte. Ian Curtis e Paul Hester, enforcados. Kurt Cobain suicidou-se com um tiro. Johnny Ace brincou de roleta russa. Marvin Gaye baleado e morto pelo pai. John Lennon, assassinado por um fã, impossível medir a dimensão desta tragédia. Jeff Buckley afogou-se no rio Mississipi, para mim uma perda irreparável. Michael Hutchence, morto asfixiado enquanto masturbava-se em um quarto de hotel, “bizarríssimo”. E o gênio do pop Michael Jackson, a morte mais especulada de todos os tempos, história de vida conturbada e repleta de lendas sobre as transformações físicas do cantor.

Mortes difíceis de aceitar (só não vou citar o padre Adelir Antonio de Carli, também conhecido como “padre voador”, porque ele não era músico) são: Les Harvey, eletrocutado no palco por mexer em um microfone com os pés molhados, e Bob Marley, diagnosticado com câncer no dedão do pé direito, recusou-se a amputar o dedo, devido aos princípios rastafari.

Artistas, e em alguns casos fãs, não perdem tempo quando os assuntos são lendas e mistérios.

Mistério que existe há 14 anos é o desaparecimento do guitarrista e compositor do Manic Street Preachers, Richey Edwards. O seu carro foi deixado junto a uma ponte popular entre os suicidas, mas o seu corpo nunca foi encontrado. Desde então, muitos fãs garantem ter visto Richey em lugares como Ilhas Canárias e Goa. Ainda bem que a banda não acabou, pois está entre as minhas preferidas.

O álbum “Journal For Plague Lovers” do Manic Street Preacher, teve a capa censurada em diversas lojas por provocar sentimentos como angustia e perplexidade. Mas é nas letras que o nono álbum na discografia da banda revela sua força. Todas as canções foram escritas por Richey Edwards em uma espécie de diário que o músico deixou com o baixista Nicky Wire semanas antes de sumir, em fevereiro de 1995. Deixo aqui a música “Jackie Collins Existential Question Time” deste álbum.

Um desses mistérios insondáveis ganhou corpo com o documentário “Jandek on Corwood”. Jandek, veterando do blues e folk norte-americano, lançou 35 álbuns desde 1978. Recluso, ninguém sabe com certeza quem ele é. As capas dos discos não dizem nada sobre esta músico. O documentário é realizado recorrendo a testemunhos e opiniões de críticos, jornalistas e DJs, e também à única entrevista telefônica concedida pelo artista em 1985, e ainda assim, não se sabe se foi ele mesmo o entrevistado. Este Jandek sabe como estimular a curiosidade das pessoas.

Você já ouviu falar do “Enigma de Publius”? O enigma trata-se de um provável quebra-cabeça que teria sido montado pelo Pink Floyd nos últimos discos, havendo um possível prêmio para aquele que descobrir. Este enigma mobilizou milhares de pessoa em todo o mundo.

Quando o Kiss estava no auge da sua carreira, foram lançados HQ’s da banda. Houve rumores que os 100 primeiros exemplares tinham sangue dos integrantes da banda misturados à tinta da impressão. Gene Simons vomitando sangue e cuspindo fogo levou parte da opinião pública a chamar a banda de satanista, e o nome “KISS” chegou a ser interpretado como a sigla para “Knights In Satan’s Service” (Cavaleiros à Serviço de Satan).

Os Rolling Stones tem muitas “histórias”. As que envolvem o Keith Richards eu até acho graça, como ele ter trocado todo o seu sangue e ter cheirado as cinzas do pai. Mas Mick Jagger declarou que o fundador da Igreja de Satan, Antony LaVey, foi o inspirador da música Simpathy For The Devil, canção onde o personagem principal é o demônio cantando em primeira pessoa.

Black Sabbath, quero somente lembrar, pois o nome da banda e o vocalista Ozzy “príncipe das trevas mordedor de morcego” já diz tudo !

Eagles, aparentemente nada nesta banda remete ao assunto, mas descobriu-se que a música Hotel Califórnia possuía mensagens satânicas gravadas ao inverso e que tratava sobre a sede da Igreja de Satan, que havia sido anteriormente no hotel.

The Doors e seu vocalista Jim Morrison, sempre polêmico, casou-se em um ritual pagão com uma bruxa, além de dizer que trazia dentro de si o espírito de um índio feiticeiro.

AC/DC grava um álbum chamado “Highway to Hell” (Auto Estrada para o Inferno). Depois vem um famoso assassino psicopata conhecido como “Night Stalker” que, afirma matar influenciado pelas letras da banda. Não poderia ficar fora da lista dos malévolos.

Iron Maiden, tem como mascote um simpático morto vivo sempre associado a um demônio, chamado Eddie. Lança um disco com o nome “The Number of The Beast” (O Numero da Besta). Resultado: Apareceu em 1985 um garoto de 14 anos, com um grande “666” tatuado no peito, que matou 3 pessoas alegando estar dominado por Eddie.

E não pensem que o diabo é o pai somente do rock. Música erudita também pode ter má influência. Há 200 anos atrás, Nicolo Paganini, compositor e violinista considerado um gênio, usava cordas de tripa de carneiro em seu violino, até ai é somente estranho, mas a lenda sobre o encordoamento de seu violino vai além, dizem que ele substituía carneiro por humanos, ganhando uma sonoridade sobrenatural que levava as pessoas ao pavor ou ao êxtase.

No futebol, não lembro de histórias onde a bruxa estava solta em campo, mas uma que ficará na memória é a final do Paulistão 99, Corinthians x Palmeiras. Edílson jogador do Corinthians, conhecido como “O Capetinha”, briga com, Paulo Nunes, jogador do Palmeiras, conhecido como “O Diabo Loiro”. A briga entre o “capeta” e o “diabo” em campo, causou uma confusão generalizada acabando com o jogo antes dos 45 minutos.

Dos relatos acima, muitos são verídicos e trágicos. Outros somente lendários e que nunca serão comprovados, mas fica claro que muitas vezes a música provoca efeitos imprevisíveis. Acredito que a forma como a música “toca” o coração, a mente e a alma das pessoas, gera toda esta magia, seja ela boa ou não.

Este vídeo não é musical. É um curta em stop-motion do Tim Burton, uma homenagem ao consagrado ator Vincent Price, conhecido por contracenar em filmes de suspense e terror, narrado pelo próprio Price. Cinema também tem magia, mistério e terror. Adoro !

E você, lembra de alguma história bizarra ou lenda, da música ou do futebol ?

Happy Halloween !
Ósculos e Amplexos.

Intervalo Musical – Vamos Voltar à Pilantragem

Apita o árbitro ! Final do primeiro tempo. Hora o intervalo. E hoje vamos falar de música, cinema e futebol.

Em maio deste ano, assisti no cinema o documentário ‘Ninguém Sabe o Duro que Dei’, e recomendo, goste você ou não de Wilson Simonal.

Vamos à apresentação: Wilson Simonal de Castro, cantor, brasileiro, (Rio de Janeiro, 23/02/1938 – 25/06/2000), filho de empregada doméstica, era cabo do exército antes de começar a cantar e deu “um duro danado” ate revelar-se um “showman”. Começou cantando calipsos e rock em inglês e, de baile em baile, foi descoberto pelo compositor Carlos Imperial, o pai da ‘Pilantragem‘, que o levou para o seu programa de TV ‘Os Brotos Comandam’. No auge da carreira apresentava o programa ‘Show em Si Monal’ (primeiro programa de TV apresentado exclusivamente por um negro no Brasil)

 

O que era a Pilantragem?
Movimento cultural idealizado por Carlos Imperial, à pedido de Simonal, era o samba inspirado no soul e no rock (fazendo concessão ao uso da guitarra elétrica nos arranjos). Segundo o próprio Carlos Imperial: “pilantragem é a apoteose da irresponsabilidade consciente”.

O documentário mostra a vida deste artista genial, capaz de reger um coro de 15 mil vozes no Maracanãzinho (esta cena no documentário é de arrepiar). Mas além de mostrar o sucesso, mostra também a decadência e a pergunta que nunca calou “Simonal era ou não era um dedo-duro do DOPS (Departamento da Ordem Política e Social)?”.

O Crime:
Simonal achava que seu contador o estava roubando, contratou dois agentes do DOPS para torturar seu contador. Simonal, que já não tinha uma posição política claramente definida na época, declara: “Ninguém mexa comigo porque eu tenho amigos no DOPS”. Processado sob acusação de extorsão mediante seqüestro do contador, Simonal levou como testemunha o agente, que o apontou em julgamento como informante do DOPS, foi julgado culpado pelo seqüestro e referido como colaborador das Forças Armadas. Neste momento foi decretada a morte da carreira do Simonal, que foi banido por músicos e jornalistas, caindo no ostracismo. Somente em 2003 Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos, em julgamento simbólico. Tarde demais, infelizmente.

Com as declarações de Chico Anysio, Sergio Cabral, Miele (maravilhoso), Ziraldo e Jaguar, este que chora acompanhado de uma garrafa de cachaça, o documentário mostra que Simonal foi sim arrogante e pretensioso, ao mesmo tempo ingênuo, mas não um dedo-duro.

Algo que não sabia e descobri no documentário, foi sobre a amizade entre Simonal e Pelé. Simonal era garoto propaganda da Shell. O patrocínio ao cantor se misturava com o patrocínio à seleção brasileira da Copa de 1970. A Shell o levou ao México com seu grande amigo Pelé e cia., ele na condição de cantor oficial do Brasil.


Momento muito engraçado no documentário, é quando o próprio Pelé conta sobre a escalação de Wilson Simonal para jogar pela seleção na Copa. No primeiro treino Simonal quase morre com falta de ar, sem a menor condição física para jogar sai de campo carregado. Claro que tudo não passou de uma grande brincadeira, mas por incrível que pareça, Simonal acreditou que defenderia a “seleção canarinho” em um jogo de Copa do Mundo.

Fundador de um movimento cultural, apresentador de programa de TV, um grande comunicador cheio de empatia, carisma e “swing”. Gravou 21 LP’s, entre eles, ‘Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga’, só o nome do álbum já é espetacular, ‘Jóia’, que realmente é uma preciosidade, ‘Alegria, Alegria!’ e ‘Homenagem à graça, à beleza, ao charme e ao veneno da mulher brasileira’ .Cantou uma série de sucessos inesquecíveis como, ‘Mamãe Passou Açucar em Mim‘, ‘Sá Marina’, ‘Tributo a Martin Luther King’, ‘Meu Limão, Meu Limoeiro’ e ‘País Tropical’. Cantou contra o racismo e à mulher, cantou a alegria, a beleza e o amor.

Com muito gingado e uma voz poderosa, cantando “Nem Vem Que Não Tem, Nem vem de garfo, Que hoje é dia de sopa, Esquenta o ferro, Passa a minha roupa, Eu nesse embalo, Vou botar prá quebrar, Sacudim, sacundá, Sacundim, gundim, gundá!”, Simonal representou a pilantragem, conquistando tudo e à todos.

Culpado ou inocente?
Isso não importa mais. No final o que realmente pesa na história deste grande cantor, é a interrupção de uma carreira brilhante. Isso no país que adora esquecer e/ou perdoar pessoas como Jânio, Collor, PC e agora Sarney, Simonal pagou sua pena até o fim da vida, sem direito a anistia.

Hoje foi muito difícil escolher uma música.

DJ, toca esta por gentileza.

Chamada para próxima terça-feira: Intervalo Musical – Halloween

Intervalo Musical Bônus – Saudosismo Corintiano !

Hoje teremos Intervalo Musical Bônus, pois prorrogamos para TODAS AS TERÇAS-FEIRAS.

Mas, já que estamos aqui, vou aproveitar para mostrar dois presentes lindos que ganhei da minha amiga Luciana Cury.

Ela bem sabe que sou corintiana e também que sou apaixonada por música, por isso foi revirar sua imensa, antiga e divina coleção de discos de vinil para me presentear com estes 2 compactos históricos, para mim algo “invendável, inegociável e imprestável” (Parafraseando Vicente Matheus, referente o Sócrates)

Todos sabem que 1977 foi um grande ano para o Corinthians, quando o Timão ganhou o título de Campeão Paulista, pondo fim a um jejum de 22 anos e, em meio a uma grande festa veio o lançamento destes compactos:

TIMÃO MARAVILHA

Lado 1:
1-Timão Maravilha – Rick, Rock & Robyn

Lado 2:
1-Mulher Corintiana – Odair Cabeça de Poeta

Que maravilha, uma música para mim !

CAMPEÃO PAULISTA 77 – OS DEMÔNIOS DA GAROA

Lado 1:
1-Oi Nois Aqui Traveis
2-Hino do Corinthians

Lado 2:
– O Timão

Homenagem do corintianíssimo Demônios da Garoa, que dispensa qualquer apresentação.

VEJO TODOS AQUI NA TERÇA-FEIRA.

(ouvindo: The Pains Of Being Pure At Heart – Hey Paul).

Intervalo Musical – 90′s

90’s – O RETORNO

Certa vez assisti na TV Edgard Scandurra (guitarrista do Ira) falando, não me lembro das palavras exatas mas era algo do tipo, “no mundo rola uma coisa cíclica, e a cada 20 anos a moda volta”. Pensei nisso e achei perfeito.

Prova disso é que toda nostalgia que estava girando em torno da década de 80 está acabando, que bom, pois acho a moda nesta época desagradável, salvo uma porção de bandas. E quem está chegando? A década de 90. O que muito me alegra, pois foi a “minha época”, estava descobrindo o mundo, formando minha opinião e principalmente ouvindo muita música.

Quero deixar claro, gosto de música de todas as épocas, mas hoje o assunto será limitado.

Em meio a tantos avanços, mudanças e fatos históricos como o fim da guerra fria, globalização, popularização do celular, final de Copa do Mundo e um grito ecoando nos quatro cantos do Brasil “é tééééétra, é tééééétra”, vídeo games, dvd, Corinthians tricampeão brasileiro, browser, clonagem, São Paulo bicampeão da Libertadores, alimentos geneticamente modificados, reciclagem, fim da fila para o Palmeiras e uma Libertadores, teoria das cordas, dogma 95…, a década de 90 começa bem com a popularização do computador pessoal e da internet, junto com a explosão da MTV no Brasil, facilitando demais o acesso à música. Novas bandas surgiam a cada instante, e todas estas facilidades somadas a alta velocidade da informação, contribuíram muito para a divulgação e surgimento de novos estilos mas, simplesmente por gostar muito vou destacar bandas de rock, principalmente as independentes que são as maiores beneficiadas.

A música eletrônica se difunde com o rock e aparecem bandas como Nine Inch Nails, Rammstein, KMFDM e Ministry

Nas paradas de sucesso surge o grunge, trazido por bandas como Nirvana, Alice in Chains, Soundgarden, Stone Temple Pilots, Mudhoney e Pearl Jam. Tudo isso era bom, mas tinha muito mais para conhecer.

Simultaneamente conheci o pop rock britânico e, imediatamente me apaixonei. A grande maioria Influenciada por bandas da 1ª Invasão Britânica (quem leu a estréia do Intervalo Musical – The Rolling Stones, sabe do que estou falando, mas tratasse de outra década, portanto vamos manter o foco), surgem as conhecidas Oasis, Blur, Placebo, The Verve, The Charlatans, Belle & Sebastian, as minhas queridas Manic Street Preachers, Muse, Ocean Colour Scene, Pulp, Suede, Super Furry Animals, Ash…, sem esquecer a espetacular Spiritulized. Enfim, a lista é aparentemente infinita.

Acho Spiritualized tão espetacular que quero compartilhar:

Viajando para outro continente, chegando precisamente nos Estados Unidos da América, aparece outra lista gigantesca de bandas que descobri ao longo da década de 90, mas que até hoje eu ouço com prazer imenso. Bettie Serveert, Superchunck, Pavement, Weezer, Buffalo Tom, Velocity Girl e Nada Surf fazem parte desta lista.

E finalmente no Brasil, período fortemente marcado por Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A grandes colaboradores do movimento manguebeat, algo que considero realmente diferente além de ótimo e felizmente apareceu aqui, ainda mais considerando outras bandas que surgiram como Jota Quest, Raimundos e Charlie Brown Jr., que na minha opinião “ninguém merece”.
Lembro com carinho e sinto orgulho em dizer que fui nos shows do Brincando de Deus, Pelvs, Second Come e Low Dream, pois representaram muito bem o Brasil, e eu adoro.

Neste momento descobri o quanto é difícil falar de um assunto tão abrangente tentando não deixa-lo cansativo. Está faltando muito, portanto fique à vontade para citar alguma lembrança desta época que eu pequei deixando de escrever aqui.

Recebo de braços abertos o retorno da década de 90. Não sou retrógrada, também gosto do novo, mas um pouco de nostalgia não faz mal. É só para relembrar dos anos que eu efetivamente comecei a “viver”. Os anos dourados da minha vida.

Apesar de ser de 1983, esta banda marcou minha década de 90, presenciei muito “air guitar” nas pistas e é uma das minhas paixões da época. Sempre peço:

“DJ, toca esta por gentileza”

Intervalo Musical – A Seleção do Rock

Durante as partidas de futebol existe um intervalo de 15 minutos onde a bola NÃO está rolando.
Vamos aproveitar este intervalo para bater aquele papo descontraído, 100% informal, sobre algo que assim como o futebol, faz a gente vibrar muito, traz lembranças, nos faz rir e até chorar e, para não deixar toda a emoção que o futebol traz ‘esfriar’ neste intervalo, vamos falar de música.
Assim como cada um tem seu time do coração, cada um tem sua predileção por um estilo de música.
Eu sou apaixonada pelo Corinthians e pelo tal do Rock’n Roll. Pronto falei !
Por isso vamos conversar sobre rock e todas as suas incontáveis vertentes. Às vezes, pode aparecer por aqui algo sobre pop, jazz, mpb, eletrônico, samba de raiz, entre outros estilos, afinal boa música é sempre bem-vinda.

The Rolling Stones – A Seleção do Rock

Você deve estar pensando: “que clichê falar de rock e Rolling Stones!”.
Eu pergunto: “Quem poderia representar melhor o rock?”

Vamos aos fatos:
Pense em uma banda que nasceu 1962, cresceu e não esqueceu de acompanhar as mudanças do mundo durante 47 anos com tanto sucesso.
No atual elenco temos Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood (Ron Wood, que antes tocava com a banda The Faces, liderada pelo maroto Rod Stewart). Darryl Jones, que é baixista contratado, não é considerado membro oficial. E não vamos esquecer de quem marcou presença nos Stones, o gigante Brian Jones, Bill Wyman e Mick Taylor.
Conhecida como uma das bandas da “Invasão Britânica” que foi a grande explosão da música inglesa na América do Norte (lembrando que este tipo de representatividade no futebol só quem tem é o Corinthians, com a invasão de 1976 no Maracanã), começou sob a forte influência de R&B e Rock, com covers de canções de Chuck Berry e Muddy Waters e a composição I Wanna Be Your Man da dupla John Lennon e Paul McCartney – que eu adoro. O álbum Stick Fingers teve a capa idealizada pelo Andy Warhol. Parcerias incríveis que vão de Buddy Guy a Jack White fazem parte da história da banda. Hits como Satisfaction, Start Me Up, Sympathy For The Devil, Jumping Jack Flash, Miss You e Angie fizeram dos Stones uma das bandas mais conhecidas do rock, mas também os levaram aos grandes clichês do gênero porém, é impossível negar que são músicas espetaculares e destaco Gimme Shelter que considero um marco na história, chega a dividir o rock em “AGS” (Antes de Gimme Shelter) e “DGS” (Depois de Gimme Shelter). Impossível não sentir uma vibração intensa e inexplicável quando se escuta estas músicas. Jean Luc Godard fez Sympathy For The Devil, um documentário sobre apenas uma das músicas da banda e o Martin Scorcese fez Shine A Light, um documentário sobre apenas um show da banda, ambos ótimos.
Os Rolling Stones já venderam mais de 500 milhões de álbuns no mundo inteiro. Facilmente se enche um estádio de futebol anunciando que lá haverá um show dos Rolling Stones e, em um único show, eles podem fazer mais de 1,5 milhões de pessoas “cantar, pular, gritar, rir e chorar”. (isso não lembra futebol ?).
Recepções efusivas da crítica, problemas com drogas, conflito de egos, tudo isso faz parte da rotina de grandes rockstars, nada que desabone os Stones na minha opinião. O fato deles serem populares e de ouvir músicas deles em todas as rádios não me incomoda; faz tempo que aprendi a discernir entre popular bom e popular ruim.
Em um breve resumo citei grandes nomes da música e da arte, lembrei de grandes shows. Poderia falar páginas e mais páginas sobre a grandiosidade desta banda e tudo o que ela representa para o rock. Com certeza você também se lembra de algo não citado aqui que descreve a magnitude desta banda, mesmo que você não goste dela.
E por estas e outras que The Rolling Stones está no meu Top 5.
E agora? Você ainda acha que eu deveria fazer minha estréia aqui, falar sobre rock, e não falar de Rolling Stones?

É isso ai ! Espero revê-los em breve. Críticas, sugestões e elogios são bem-vindos, afinal “Sua opinião é muito importante para nós”

Pode trazer quem quiser, é só chegar, puxar a cadeira e ficar à vontade.

Agradecimentos: Luciana Cury e Viviane Santana pela colaboração e incentivo e João Paulo Tozo pelo convite para participar desta equipe.

Chamada: Na próxima vai rolar Show do Beirut e, não é promoção de restaurante árabe.

DJ, toca esta por gentileza !