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Intervalo Musical – The National em São Paulo

O The National, que se apresentará no Lollapalooza Chile, aproveitará para dar o ar da graça em São Paulo, em única apresentação no Citibank Hall dia 05 de Abril.

Formada em 1999, a banda norte-americana lançou em 2001 o primeiro disco, “The National”, em 2003 o segundo, “Sad Songs For Dirty Lovers” e 2004 o EP “Cherry Tree”, até aqui muito discretos e com notória influência de Joy Division. Em 2005 com o álbum “Alligator” ganhou espaço e a banda consolidou-se, seguido do grande ‘estouro’ que aconteceu em 2007 com o quarto disco, “Boxer”. Para o deleite dos inúmeros fãs, em 2008 lançou o EP “The Virginia” e no ano passado o elogiado disco “High Violet”, considerado o trabalho mais elaborado da banda, título da turnê que está chegando.


O que esperar deste show?

Q Magazine diz: “A melhor banda americana da nova geração foi coroada”

A turnê de High Violet na Europa foi um sucesso durante todo o mês de fevereiro, com ingressos esgotados antecipadamente em quase todos os países pelo qual passou.

Em 2008 assisti o show do The National, no já extinto Tim Festival. No palco, os irmãos Aaron (baixo) e Bryce Dressner (guitarra), Bryan (bateria), Scott Devendorf (guitarra) e a voz do barítono Matt Berninger. A banda ainda contou com o apoio de trompete, trombone, teclado e violino, muito mais do que eu esperava. O simpático Berninger não parou um minuto, conversou com as pessoas, pegou presentes e distribuiu autógrafos, à frente da banda que fez uma apresentação impecável. Enfim, com pouca expectativa tive o imenso prazer de assistir um lindo show e presenciar a comoção que ele provocou no público. (Para o azar do MGMT, que apresentou-se na seqüência).

Imagina tudo isso agora, em uma das melhores fases de sua carreira! Show altamente recomendável !!!

Ficou óbvio que sou fã.

Mais informações:
Tickets For Fun – www.ticketsforfun.com.br
Citibank Hall – http://www.credicard.com.br/citibank-hall/proximos-eventos/index.htm

Deixo aqui não uma das melhores músicas, mas a música que marcou minha vida:

RIP MIKE STARR

Mike Starr, baixista da formação original do Alice in Chains (uma das bandas da vida desse pobre feroz) foi encontrado morto em Salt Lake City por autoridades locais.

A causa da morte não foi divulgada, mas há a especulação em torno da possibilidade de overdose. Starr foi estrela do seriado Celebrity Rehab, em 2009.

Mais do que especular sobre sua perda, vale lembrar sua colaboração a música por meio de uma das mais espetaculares bandas dos anos 90. Ao lado de Jerry Cantrel, Sean Kinney e do inesquecível Layne Staley, Starr esteve na composição dos históricos discos “Facelift” e “Dirt”.

A histórica passagem do AIC por terras brasileiras em 1993 é um dos últimos registros de Mike Starr com a banda. É com um vídeo desse show que presto minha homenagem ao cara.

Alice in Chains – Angry Chair

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=eW3p9kN30u0[/youtube]

15 DIAS, 9 SHOWS

O mês de Novembro foi realmente privilegiado para os paulistas amantes de música.

Uma infinidade de shows invadiram São Paulo este ano. Festivais inéditos como o SWU (leia: http://ferozesfc.blogspot.com/2010/10/ferozes-conferindo-o-swu.html) e o já tradicional Festival Planeta Terra (leia: http://ferozesfc.blogspot.com/2010/11/chazinho-de-coca-festival-planeta-terra.html), trouxeram uma quantidade admirável de músicos ao Brasil.
Grandes nomes como Lou Reed e Paul McCartney, e nomes menores como, The Mummies, Hot Chip, Passion Pit, Yeasayer… passaram por aqui. Claro que eu não consegui assistir todos, afinal, show no Brasil é muito caro, sem falar no tempo e disposição que teria que dispensar, e não tinha, mas confesso que meu coração agora dói por ter perdido o show do Beatle.

Sobre os shows que assisti:


Começando pelo dia 10 de Novembro, local Via Funchal. Show doce, delicado, que começa morno, mas que depois contamina o público com muita alegria, alegria que leva todos à cantar e dançar. Alegria típica do simpático, exímio dançarino, animador de platéia, e músico Stuart Murdoch, este que escolheu no público um grupo de pessoas para dançar no palco, por coincidência neste grupo tinha duas amigas, e depois premiou cada um com um abraço e uma medalha, atitude única. Outro momento “so sweet” foi quando o Stuart colocou os seguranças para correr atrás dele, indo até a grade que separava a pista vip da pista ‘comum’, a impressão que tive é que ele também não curte muito este papo de pista vip. Enfim, este foi o show do Belle & Sebastian (1), lindo, como era de se esperar.


16 de Novembro, Massive Attack (2). Admito, nunca fui uma grande fã de trip hop, apesar de reconhecer a qualidade e admirar o talento de algumas bandas. Decidi ir neste show nos 45 minutos do 2º tempo, no susto mesmo, o show estava marcardo para começar às 22:00, cheguei na porta as 21:30, peguei fila para estacionar, peguei fila para comprar ingresso, peguei fila para entrar, consegui colocar os pés dentro do HSBC Music Hall ouvindo aplausos, passei a 1ª música me expremendo e atravessando uma densa aglomeração de pessoas até encontrar um local que achei relativamente bom para ver o show, na 2ª musica já estava acomodada. Foi incrível. Massive Attack preparou o show para o Brasil, atrás da magnífica banda, com músicos que prezam pela perfeição, havia um painel de luzes onde passavam informações políticas, sociais e econômicas, algumas comparando países, outras sobre futebol, incluindo o Campeonato Brasileiro 2010. Porém, um momento que me marcou, foi na música “Future Proof’, em que no painel passava uma sequência de códigos binários revezando com códigos hexadecimais, e a impressão que tive foi que as notas musicais foram convertidas neste códigos, o que causou um efeito estupendo. Não dá para descrever a magnitude do Massive Attack, somente assistindo ao show pode-se ter noção da perfeição.

Três dias depois o Sesc Pompéia proporcionou um ótimo show, a um preço módico que equivalia à duas cervejas na balada. O The Raveonettes (3), que tive o prazer de assistir em Curitiba, fez uma grande show com guitarra barulhenta, bateria bem marcada, toda aquela influência de Jesus And Mary Chain que valorizo, mas para variar achei o volume baixo, marca registrada dos shows na choperia do Sesc. Momento fã: 1 dia antes, Sune Rose Wagner (vocalista do Raveonettes) visitou a festa Generation X, na DJ Club, e lógico que não perdi a oportunidade e sai da festa com o meu poster da banda autografado.

No dia seguinte foi o Festival Planeta Terra (haja fôlego). O Terra tinha dois palcos e um cardápio saboroso de bandas, muito organizado e pontual, por isso foi impossível assistir a todos os shows que gostaria, ainda mais com amigos fanfarrões que me arrastaram para andar nos brinquedos, inclusive três vezes seguidas no Splash, o que me deixou molhada durante todo o show do Phoenix. No final das contas, eu assisti somente 4 shows, nenhum no indie stage.


Of Montreal (4), é o que chamo de doce surpresa, no palco uma bagunça sincronizada, show de interpretação com fantasias, um performance deliciosa de assistir. Destaque para o baixista que era um espetáculo à parte. Eu adoro Of Montreal achei magnífico sem deixar nada a desejar.

Phoenix (5), com seu vocalista Thomas Mars que “mergulhou” no público, “nadou” aproximadamente 40 metros, subiu em uma pequena plataforma, e repetiu o processo para voltar ao palco. Ficou deitado no chão enquanto a sua banda se apresentava, demonstrou-se um belo “rockeiro da pesada”, mas ao mesmo tempo sensível e simples. Ganhou minha total admiração por sua personalidade e competência musical. A banda toda é ótima, baixista incrível, o baterista excepcional, na minha opinião o show mais empolgante. Eu que esperava algo mediano, pois havia os assistido no Nokia Trends, fiquei impressionada.

Se você quiser, pode conferir o mergulho de Thomas Mars no Terra TV:
http://terratv.terra.com.br/videos/Diversao/Musica/Planeta-Terra/Planeta-Terra-2010/4921-332527/Vocalista-da-Phoenix-mergulha-na-plateia-em-HD.htm

Pavement (6), foi exatamente o que esperava! Momento fã: fui para o Terra só para ver Pavement, as outras bandas vinham de brinde. Não tenho o que falar mal, não esperava menos, e nem mais, uma apresentação não muito calorosa com os fãs, mas impecável, recheada com minhas músicas preferidas, momento de grande alegria para mim.

Agora vem a banda divisora de águas, Smashing Pumpkins (7). A organização do festival anuncia a entrada da banda, cinco minutos de palco vazio e público silencioso. De repente a banda entra, gritos, assovios, aplausos, muito barulho, e até algumas lágrimas, é o que vejo ao meu redor. Olho para o palco vejo a D’arcy morena no baixo e o Iha de cabelo curto na guitarra. Mentira, não eram eles, mas o Corgan aparentemente fez questão de manter a estética da primeira formação da banda. Eu não sei dizer exatamente se estava muito exausta, ou se o show foi monótono, mas sei que foi menos do que esperava. O baterista era muito bom, muito técnico, mas aquele imenso solo achei chato demais. Billy Corgan, ou “Billy Ronaldinho” como se auto-denominou, sentiu-se “the god of metal” e mandou um solo i.n.t.e.r.m.i.n.á.v.e.l. de guitarra, e haja paciência. Já que a banda era esteticamente parecida com a primeira formação, pensei que o set seria baseado no Gish e no Siamese Dream, mas não, não foi, e a única música que me fez prestar um pouco mais de atenção foi “Ava Adore”. Porém, alguns amigos acharam o show perfeito, magnífico e tudo mais de bom que existe. Não sei, vai ver, eu estava realmente cansada demais!

Lembrei: Que tristeza não ter ido ao show do Paul, continuando….

Dia 25 voltei à adolescência e fui assistir a duas bandas punks: The Adolescents (8) e Buzzcocks (9). Realmente foram shows para quem tem muita saúde e idade não muito avançada, mas foram maravilhosos. Adolescents exatamente como imaginava, inclusive, conforme havia previsto, vi um amigo “voando” na platéia. E Buzzcocks simplesmente perfeito !

Ainda estou me recuperando do desgaste físico e de tantas emoções, mas agora tenho que me preparar para a rodada final do BR 2010. “VAI TIMÃO”. Haja coração !!!!

DJ,toca esta por gentileza !

Intervalo Musical – The Suburbs @Arcade Fire

O recém-lançado “The Suburbs” é o 3º albúm da banda Arcade Fire, merecedor de infinitas audições, mas aviso que você pode se apaixonar logo na primeira.

Arcade Fire ficou famoso por suas magníficas apresentações ao vivo e pelo uso do grande número de instrumentos musicais. Além de guitarra, baixo e bateria, temos o prazer de ouvir em suas músicas, piano, violino, viola, xilofone, teclado, acordeão e harpa, tudo muito bem acompanhado por vozes em perfeita harmonia. E graças a banda, finalmente, o Canadá aparece na cena musical mundial.

2004 a banda lança o primeiro álbum, “Funeral”, nome escolhido devido às diversas mortes de pessoas próximas aos integrantes banda, que ocorreram durante a gravação. Logo na 1ª turnê da banda, o gênio David Bowie percebeu o talento dos músicos e chamou a atenção das grandes gravadoras. Na seqüência Bono Vox, que é bastante esperto, convida a banda para abrir os shows do U2 no Canadá, e elege a música “Wake Up” como tema de abertura da turnê Vertigo. Isso é pouco comparada as inúmeras criticas positivas da imprensa, aliás, não me lembro de ler uma crítica negativa.

2007 vem “Neon Bible” o segundo álbum, gravado em uma igreja comprada pelos próprios integrantes, motivados pela acústica. Este disco estréia na 1ª posição das paradas de álbum do Canadá e em 2º lugar na Billboard Top 200.

No Brasil, apresentarem-se em outubro de 2005 no Rio de Janeiro (dia 22), em São Paulo (dia 23) e em Porto Alegre (dia 25) durante o Tim Festival. Na ocasião, Win cantou uma versão da “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, que está no lado B do single “Cold Wind”, lançado na Inglaterra


2010 é o ano do “The Suburbs”, que veio ratificar a idéia que, Arcade Fire não brinca com música !
Um petardo que supera todos os trabalhos anteriores, algo que eu considerava quase impossível acontecer, mas acredito ter encontrado uma explicação para tal superação: ‘As faixas são inspiradas em cartas de amor do Liceu, mas mais do que isso, o disco relata a nostalgia e ansiedades da infância nos subúrbios’. Essa declaração explica toda a emoção que as músicas deste disco transmitiram para mim, e música é emoção, seja lá qual for, (assim como no futebol, que transmite emoção, seja lá qual for). Empty Room elegi minha música para dançar, Sprawl II a melhor música do disco e City With no Children a música que me leva para passear sem sair do lugar. A única coisa que me incomodou, é que o disco tem 16 músicas, achei um pouco longo.
A banda manteve todas as qualidades já citadas, porém algo que achava incrível agora veio com arranjos maduros e com ainda mais harmonia, que cercam composições autênticas, determinando originalidade e qualidade incontestável.
Mais uma vez, temos um disco com músicas para qualquer ocasião.

DJ, toca esta por gentileza.
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Intervalo Musical – Caiu na área é “Peanuts”

Hoje tem Peanuts no intervalo, com música e muita ‘animação’ !

Se existiu algo na TV durante minha infância que lembro com carinho, (além dos jogos da Copa do Mundo, que era uma grande festa em casa) é Peanuts. E o mais engraçado é que assistir novamente os episódios de Charlie Brown com sua turma e seu cachorro Snoopy, me fez gostar ainda mais.

 
Cheguei a conclusão que Charles Schulz foi genial, retratando o cotidiano e escondendo uma mensagem em cada um dos seus personagens. Quem assistiu com certeza em algum momento se identificou com Minduim. Timidez, insegurança, dramas existenciais, vontade de ser aceito e muitas vezes ser vítima de chacota dos amigos e até do seu cachorro, enfim, todas as dificuldades que cercam os seres humanos quando o assunto é viver em sociedade e torcer para seu clube do coração. Quem não teve medo de ser rejeitado por sua ‘garotinha ruiva’? Quem não tem um amigo confidente, assim com Minduim tem Linus? Quem nunca viu seu time perder e não disse “que puxa!”?

Muitos comentários sociais são claros, como por exemplo, o personagem Franklin em uma vizinhança racialmente integrada, ou Charlie Brown recusando um patrocínio para o time de beisebol porque o patrocinador não queria garotas no time. Isso demonstra que Schulz estava pelo menos 20 anos à frente de seu tempo. E atualmente o futebol feminino ainda sofre!

Arte também é marca registrada na série Peanuts. Várias referências artísticas em várias áreas são citadas como grandes escritores e artistas plásticos. E é claro que a boa música também está presente.

O personagem Schroeder era um fanático por música, obcecado por Beethoven, e quando tocava seu piano, emitia notas que flutuavam reluzentes ao seu redor. Isso demonstrava claramente a paixão de Schulz pela música.

Bom, já deu para perceber que, além de música e futebol, sou apaixonada pela série Peanuts, pois tudo o que escrevi até agora, foi somente para mostrar o porque eu gosto tanto.

Mas, vamos falar sobre o que interessa no Intervalo Musical.

No decorrer do tempo foram lançados discos com as trilhas sonoras da série, incríveis, recheados por um seleto time de músicos renomados do jazz, altamente recomendáveis. Pronto, cheguei no ponto que queria.

Em 1962, a Columbia Records lançou um disco intitulado Peanuts, com Kaye Ballard e Arthur Siegel representando Lucy e Charlie Brown, cantando músicas compostas por Fred Karlin, um trompetista capaz de executar jazz, blues, música clássica e rock, participou da trilha sonora de centenas de filmes e foi vencedor de Oscar e Emmy.

Vincent Guaraldi, pianista, o meu preferido, expressa perfeitamente o universo lúdico da série. Tem vários discos lançados pela Fantasy Records, entre eles: “A Boy Named Charlie Brown”, de 1964, “A Charlie Brown Christmas”, de 1965, “Oh, Good Grief!”, de 1968 e “Charlie Brown’s Holiday Hits”, de 1998. Todos relançados em CD.

O responsável pela gravação do disco “Joe Cool’s Blues”, foi Wynton Marsalis, ao lado do seu irmão Ellis. Wynton é considerado uma dos maiores trompetistas da atualidade e “embaixador da música americana”. (mais sobre: http://www.wyntonmarsalis.org/)
 
David Benoit, indicado 5 vezes ao prêmio Grammy pela sua extraordinária contribuição para o jazz contemporâneo, gravou “Here’s to You, Charlie Brown!”, em 2000.

Outros nomes do jazz gravaram discos com as músicas dos Peanuts, como: George Winston “Linus & Lucy” e Clark Gesner “You’re A Good Man, Charlie Brown”. E o disco “Happy Anniversary, Charlie Brown”, tem a voz de vários músicos consagrados.

Poderia ficar aqui escrevendo o dia inteiro sobre este artista, mas acho que ficou claro que Charles Schulz só marcou gol de placa em sua carreira, com suas criações um tanto quanto inspiradoras !

DJ, toca esta do Vicent Guaraldi, por gentileza:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=qbiYFA0-8mU&feature=player_embedded[/youtube]