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Chazinho de Coca – O palmeirense começa a conjugar o verbo “planejar”.

Texto: João Paulo Tozo

Imagem: Jarbas de Oliveira )p/ Lancenet!)

Quando Felipão diz que não se pode esperar que esse time do Palmeiras brigue pelo título do BR10, ele só fala a verdade.

O time ainda é bastante desequilibrado em seus setores. A ocupação de espaço é deficiente. Não a toa essa é uma das principais preocupações de Scolari nesse seu início de trabalho – organizar melhor as peças e com isso povoar de verde todos os espaços do campo.

O que não quer dizer que o time não vem melhorando. Taticamente já é bem visível a ação do trabalho do treinador. Individualmente o ataque ganhou muita força com Kleber, mas Ewerthon ainda está devendo, além do que nenhum dos dois é goleador. As jogadas acontecem, mas os gols nem sempre acontecem.

Ontem essa deficiência saltou aos olhos na partida contra o Ceará. Jogo complicado, mas no qual o Verdão foi melhor em quase todo o cotejo – sobretudo na 2ª etapa.

No começo o time verde aceitou a proposta ofensiva dos donos da casa. Lincoln preso não conseguia acionar o ataque. Por outro lado a zaga esteve segura, ainda que o goleiro Deola na transmita a segurança necessária. Marcos ainda não tem um substituto a sua altura – se é que haverá algum um dia.

Com quase metade do time suspenso, Felipão deu maior liberdade a Vitor e Armero para apoiarem o ataque. Leo fez boa cobertura no lado esquerdo, por onde o Ceara mais atacou.

Até os 30 minutos o jogo foi mais cearense. Até que Kleber perdeu grande chance e acendeu o time.

Tinga saiu mais para o jogo e deu a Lincoln a companhia que faltava na armação. O meia, aliás,  tornou-se a melhor opção do time.

Na 2ª etapa o Palmeiras imprimiu velocidade, agora também com Patrick apoiando mais e Vitor sendo quase um meia pela direita. O jogo ficou bom. Aos 7 minutos Kleber meteu bola no travessão.

Estevam Soares mandou Wellington Paulista para o lugar de Erik Flores, na tentativa de dar mais rapidez a saída de jogo. O Palmeiras marcava a saída de bola cearense e ganhava quase todas as bolas pelo meio.

Mas a mexida de Estevam só foi surtir algum efeito a partir da tola expulsão de Leo, que até vinha bem, mas levou um drible fácil e apelou.

Deola então teve de mostrar serviço. Ainda que estabanado, promoveu defesas importantes e conseguiu segurar o 0 no placar.

Felipão ainda aguada por Valdívia. Mas há de se salientar que o ótimo meia não irá salvar sozinho essa lavoura. O time precisa de ao menos um zagueiro de bom nível para fazer dupla com Danilo quando esse voltar de suspensão. Felipão quer também um meia de pé esquerdo, mas sinceramente não há grandes opções no mercado. O último que passou pelo Palmeiras foi Alex Cabeça. Terá de ser ele novamente? Para esse ano a chance é zero.

E além de organizadores de jogo, o time necessita urgentemente de um fazedor de gols. Ele não é o Kleber e muito menos o Ewerthon. Mas se o meia tá difícil, o que dizer de um centroavante de bom nível?

Já são 10 pontos separando o Palmeiras do 1º colocado – 4 rodadas. A preocupação de momento é muito mais em se afastar do pelotão de trás do que pensar em título. Título que pode vir a ser o da Sulamericana, agora sim uma competição de grande importância, que leva a Libertadores.

Felipão sabe disso. Em seu discurso realista está também inserido um planejamento que traz a memória do torcedor o ano de 1998, quando o time já com vaga garantida na Liberta que depois conquistou, fez um forte trabalho na Sulamericana da época, a Copa Mercosul, conquistando o título e dando ao elenco a tarimba em competições internacionais.

Fosse qualquer outro o treinador e a palavra “crise” voltaria ao cotidiano do time. Mas com Felipão a paciência existe. O verbo “planejar” ganha a conjugação que há tempos o palmeirense esqueceu como se faz.

Despeço-me da rapaziada feroz que nos acompanha ao som do petardo do Ride – Drive Blind:

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Cheers

Chazinho de Coca – A justa vitória do Avaí sobre o Palmeiras de Felipão.

Contra o Avaí Felipão fez a sua estréia no banco de reservas do Palmeiras. Mas sua filosofia de jogo vem sendo aplicada desde o jogo contra o Santos, onde das tribunas deu as coordenadas para Murtosa comandar o time em campo. Contra o Peixe o time foi bem, o ataque funcionou. Contra o Avaí, não.

Não funcionou o ataque, porque o time teve a mesma postura, criou oportunidades que não foram concluídas.

A vitória do Avaí por 4X2 foi justa, do tamanho que foi. Não que tenha sido muito mais time. Mas foi muito mais fatal quando necessitou.

Logo aos 10 minutos Marcos Assunção cobrou falta venenosa, que Renan espalmou para o meio da área, onde Gabriel Silva finalizou. O Verdão abria o placar e era melhor em campo. Marcos Assunção é um jogador símbolo desse início de trabalho de Felipão. Ganhou definitivamente a vaga de titular e tem atuado como 2º volante, que de fato é a sua posição. Só que Felipão tem lhe dado liberdade para chegar a frente, até porque Assunção finaliza muito bem de fora da área. Uma deficiência há tempos inserida no jogo Verde, que tinha a solução dentro do próprio elenco mas não vinha conseguindo usá-la corretamente.

Aos 19 minutos Kleber entrou na área pela esquerda, driblou dois marcadores e caiu. Reclamou pênalti, que Gaciba não deu.

No que eu enxergo de futebol, coisa de contato e aquela coisa toda, não foi pênalti. Como não foram pênaltis os que Gaciba deu para Palmeiras e Avaí no decorrer do jogo. Mas se ele marcou os outros, o de Kleber também deveria te sido sinalizado. Faltou coerência ao juizão.

Na sequência o nome do jogo mostrou seu cartão de visitas. Caio encheu um canudo de fora da área, perfeitamente defensável, mas que Deola aceitou. 1ª falha do goleiro do Palmeiras. 1º êxito de Caio no jogo.

Equilíbrio no placar, restabelecido também em campo. O jogo ficou bom.

O Palmeiras foi novamente a frente pelo seu lado forte que é o direito.Vitor enfiou bela bola para Ewerthon, que dominou e rolou para Lincoln, que poderia ter finalizado, mas viu Kleber entrando livre, sem marcação e sem goleiro para evitar o gol certo. O meia deu o gol para o Gladiador, que finalizou, mas não contava com a intervenção sensacional, quase divina,  de Patrick que surgiu como um foguete e tirou a bola em cima da linha.

O toma lá da cá continuou e o Avaí respondeu na mesma moeda. Rápido contra-ataque, triangulação perfeita, passe de Robinho para Roberto só desviar para o gol.

O equilíbrio acabou aí. O Avaí acendeu no jogo e o Verdão começou a se perder. Até que Pará fez falta forte em Márcio Araujo e foi expulso.

Com 3 volantes no time contra uma equipe com jogador a menos, Felipão sacou Marcio Araujo e mandou o centroavante Tadeu ao jogo. Poderia ter colocado Tinga no lugar de Pierre, que já tinha amarelo e não vinha bem no jogo. Araujo era o mais ofensivo dos 3 volantes naquele momento. Tinga poderia auxiliar o sobrecarregado Lincoln na armação.

Bem, fato é que Tadeu não entrou legal. Mas ainda assim o Verdão empatou. Kleber sofreu o pênalti e o próprio converteu. Marcou seu 1º gol no retorno ao time, mas seu 3º no campeonato, contabilizando aí os 2 que já havia marcado pelo Cruzeiro. Acabou também com a “má sorte” do time em cobranças de penalidades.

Ainda houve chances com o próprio Tadeu e depois com Assunção, em belo chute que Renan defendeu no canto.

Mas quem começava a ganhar o jogo era o Avaí de Caio. Ainda que com jogador a menos.  Na medida em que o Palmeiras buscava a virada a todo custo e perdia gols, ainda abria espaços para as escapadas de Caio e Roberto.

Mesmo que com menor volúpia ofensiva, o time catarinense foi mais eficaz na hora de decidir.

Foi assim quando Roberto entrou driblando e sofreu pênalti de Leo. Caio bateu, Deola acertou o canto – ufa! – mas por azar a bola voltou limpa para Caio mandar pro gol. Leo ainda foi expulso ao receber 2º amarelo.

Deola voltou a ser protagonista no 4º, mas negativamente. Em rápido contra-ataque Roberto foi lançado livre de marcação, mas dois palmeirenses o acompanhavam de perto, podendo eventualmente interceptar a jogada. Mas Deola saiu atabalhoadamente do gol e foi até a intermediária para cortar o lance, foi driblado facilmente por Roberto, que depois só rolou para o gol vazio.

São outros tempos no Palmeiras. Uma derrota dessas com qualquer outro treinador e hoje os muros do Palestra amanheceriam pixados, haveria manifestação no CT e aquela coisa toda.

Mas de fato, apesar da derrota o time mostra sim uma postura diferente. Alguns jogadores começam a marcar a era Felipão, como Marcos Assunção, Vitor e Edinho. Parece haver confiança de que o trabalho será bem feito e trará resultados.  Ainda que não sejam a um curto prazo. Ainda que sejam necessários os reforços que irão sim chegar. Ainda que a derrota para o Avaí tenha sido merecida.

E o Avaí mostra que não é azarão ao chegar a 2ª vitória consecutiva, contra dois times paulistas. São Paulo, no Morumbi e Palmeiras, em casa. Mais um bom trabalho do eterno Antônio Lopes.

Despeço-me da ferocidade que nos acompanha com o saborosissimo som da Kate Nash – I Just Love You More:

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Cheers,

Chazinho de Coca – Palmeiras vence o clássico. Sob o "Efeito Felipão".

Texto: João Paulo Tozo
Imagens: Tom Dib

Mesmo no papel de Auxiliar Técnico de luxo, Felipão já colocou em prática o “Efeito Felipão” e “estreou” com vitória em seu retorno ao Palmeiras.

Se o Verdão havia perdido Cleiton Xavier horas antes do clássico contra o Santos, por outro lado tinha a estréia de Kleber Gladiador e – ao menos no mérito técnico – a estréia de Ewerthon, que fez seu melhor jogo desde que chegou ao Palestra Italia. Com Lincoln – outro destaque do time – mais centralizado e armando o jogo, estava formado o triangulo que fez uma fumaceira dos diabos pra cima da zaga santista.

O Peixe vinha com Ganso no banco, recuperando-se de artroscopia e sem Robinho, que estranhamente pediu para não jogar.

Murtosa e Felipão trancaram o Palmeiras escalando Edinho como um falso 3º zagueiro, por vezes aparecendo a frente, enquanto Assunção e Marcio Araujo se seguravam.

Entretanto o gol saiu em falha de Maranhão, que afastou mal o cruzamento verde. Inteligente, Kleber ajeitou de cabeça para Ewerthon que vinha de trás e que com extrema felicidade acertou um petardo indefensável, no ângulo direito de Rafael. Um golaço!

Daí o jogo ficou bom. O Santos partiu pra cima e passou a deixar espaço para as rápidas investidas de Kleber e Ewerthon. O Peixe esbarrou também na má jornada de Neymar, mais preocupado em reclamar da marcação do que em jogar futebol.

O Santos era quem dava o tom do jogo. Quando partia pra cima, o Palmeiras postava Kleber e Ewerthon abertos nas pontas. Quando diminuía o ritmo o jogo, Edinho voltava e formava o tripé da defesa. Tava ruim pro Santos.

O 2º tempo começou e o panorama permaneceu o mesmo. Mas o Santos voltou com Ganso no time.

Aos 14 minutos uma alteração estranha no Palmeiras. Murtosa e Felipão sacaram Lincoln, que vinha muito bem e era o cérebro do time, e promoveram a estréia de Tinga.

E dava pra ter cornetado essa mudança. Mas aí o “Efeito Felipão” funcionou outra vez.

Felipão não é só competente, tem estrela. Muita estrela. A alteração que seria xingada por qualquer um, mal teve tempo de sofrer os xingamentos. Em seu 1º lance Tinga recebeu aberto pela esquerda e enfiou o canudo, a bola ainda desviou em Edu Dracena e matou o goleiro Rafael.

O Palmeiras batia no Santos e ainda jogava bem. Felipão tirava um destaque do jogo e colocava uma jovem promessa e a coisa funcionava. Palmeiras e Felipão é de fato uma parceria diferente.

A dupla de comandantes continuou mexendo no time. Depois veio Patrick no lugar de Ewerthon e Tadeu no de Kleber. E ambos vinham bem no jogo.

Dorival Jr mandou Marcel no lugar de Neymar, que saiu soltando fogo pelas ventas. Só que a alteração surtiu efeito, tornando a reclamação de Neymar injustificável.

Ainda que na base do abafa e dos cruzamentos, jogo que não é característico do Peixe, aos 38 pintou outro golaço. Dele, de Marcel.

O Cruzamento veio da direita, o centroavante dominou no peito e encheu o pé, a bola ainda tocou no travessão e dormiu dentro da rede. Ainda teve tempo do Santos meter uma bola na trave. Mas não seria justo o empate.

O Palmeiras foi mais time ao longo do jogo e fez sua reestréia no BR10 com o pé direito. E também sob o “Efeito Felipão”.

Despeço-me da ferocidade cheia de ginga que nos acompanha com um clássico do AC/DC – You Shook Me All Night Long:

Cheers,

Chazinho de Coca – Vasco 0X0 Palmeiras. Um jogo para encher o Dunga de orgulho.

Protesto da torcida do Vasco em São Januario, mas que serve para refletir o momento das duas equipes.
Texto: João Paulo Tozo
Foto: Gilvan de Souza (paa o Lancenet!)


“Se o time for reforçado, pode brigar para ser campeão ou por uma vaga na Libertadores. Mas, com esse time, precisamos esperar para ver o que vai acontecer”

O sempre sincero goleiro Marcos do Palmeiras sintetizou o que tem sido o seu Palmeiras, após mais uma partida medonha tecnicamente.

Medonha do Palmeiras, medonha do Vasco, mandante do “jogo”.

Antônio Carlos tem transformado o Palmeiras em um time difícil de tomar gols. Com isso ele debita da conta do setor ofensivo, praticamente inexistente nas últimas partidas.

Para o torcedor acostumado a grandes jogos entre Vasco e Palmeiras, grandes times de um lado e de outro, assistir o que se viu ontem é de chorar de tristeza.

Armado com 3 volantes: Marcio Araujo, Pierre e Marcos Assunção e com o ótimo lateral direito Vitor visivelmente constrangido em ultrapassar o meio campo, o Palmeiras armou-se para não sofrer gols. Marcar gol era um objetivo distante de ser prioridade. Armado com apenas Cleiton Xavier na criação e apostando na velocidade de Everthon, a pobreza técnica do Palmeiras mostrou-se evidente. Não é um time de cabeças de bagre, mas não há um único capaz de desequilibrar em jogada individual, nada. Xavier poderia ser, mas está em ma fase. Já Everthon ainda não embarcou o seu futebol, esquecido na Europa.

Reclamar do Robert como, se a pelota não chega até o cara?

Já o Vasco ainda é o time da Série B. E é um time de série B.Esperando que Felipe Coutinho tire alguma carta da manga. Ao menos na partida de ontem a manga de Felipe estava curta.

Apesar do domínio territorial na 1ª etapa, o Vasco pouco incomodou Marcos. Incomodou muito a sua torcida, que realizou uma série de protestos.

Na 2ª etapa, talvez enxergando o quanto parecia ser inofensivo o adversário, o Palmeiras postou-se mais a frente. Vitor deve ter sido autorizado por Tonhão a romper a barreira do meio campo e enfim as jogadas aconteceram. Marcio Araujo estava afim de jogo e era dos pés dos dois que as coisas aconteciam. Ainda que timidamente.

Quando Gaucho resolveu aumentar a volúpia ofensiva do Vasco, o Palmeiras passou a tomar conta do jogo.Cleiton Xavier e Robert quase marcaram aos 20 e aos 26 minutos.

Com posse de bola, mas sem saber o que fazer com essa posse, o Palmeiras alugou meio campo.

Tonhão ainda mandou a campo Marquinhos e Bruno Cesar, em trocas de seis por meia dúzia com Everthon e Robert. Alterações que, lamentavelmente para quem assistiu ao jogo, não agregaram nada.

Um jogo que não agregou nada a quem assistiu. Que agregou somente um ponto para cada lado na tabela do BR10. Que debitou brilho da conta histórica dos dois gigantes do futebol.

Um jogo pra quem não gosta de futebol, mas adora volantes. Um jogo para encher Dunga de orgulho.

Despeço-me da ferocidade que nos acompanha ao som do Alice in Chains – Take Her Out.

Cheers,

Tabela Campeonato Brasileiro – Rodada 1

Time PG J V E D GP GC SG (%)
1 Avaí 3 1 1 0 0 6 1 5 100
2 Atlético-MG 3 1 1 0 0 2 1 1 100
2 Corinthians 3 1 1 0 0 2 1 1 100
2 Cruzeiro 3 1 1 0 0 2 1 1 100
5 Ceará 3 1 1 0 0 1 0 1 100
5 Guarani 3 1 1 0 0 1 0 1 100
5 Palmeiras 3 1 1 0 0 1 0 1 100
8 Botafogo 1 1 0 1 0 3 3 0 33
8 Santos 1 1 0 1 0 3 3 0 33
10 Flamengo 1 1 0 1 0 1 1 0 33
10 São Paulo 1 1 0 1 0 1 1 0 33
12 Atlético-GO 1 1 0 1 0 0 0 0 33
12 Grêmio 1 1 0 1 0 0 0 0 33
14 Atlético-PR 0 1 0 0 1 1 2 -1 0
14 Internacional 0 1 0 0 1 1 2 -1 0
14 Vasco 0 1 0 0 1 1 2 -1 0
17 Fluminense 0 1 0 0 1 0 1 -1 0
17 Goiás 0 1 0 0 1 0 1 -1 0
17 Vitória 0 1 0 0 1 0 1 -1 0
20 Grêmio Prudente 0 1 0 0 1 1 6 -5 0

PG – pontos ganhos; J = jogos; V – vitórias; E – empates; D – derrotas; GP = gols pró; GC – gols contra; SG – saldo de gols; (%) – aproveitamento

Fonte Universo Online